Fora de Pauta

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Redação

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  1. MANHATTAN CONNECTION – Um

    MANHATTAN CONNECTION – Um show de imbecilidades, ao entrevistar o ex-Presidente FHC Licas Mendes , completamente gagá, inventou um “quiz” onde perguntaram ao FHC sobre as hemorroidas de Napolão, sobre o segredo dele no jogo de poquer, perguntas sem qualquer proposito ou sentido em um programa de entrevistas, coisas sem pé nem cabeça,

    depois o Mainardi de peruca preta sobre costeletas brancas falando o que ele acha que vai acontecer em seus delirios venezianos, tudo meio histrionico, vão prender o Lula e extinguir o PT, como FHC se presta a ser entrevistado nesse circo de debiloides?  Havia espaço para perguntas mais pertinentes mas os caras vem com “quiz” de tres palpite para acertar,

    a proposito de que?  FHC disse que não tinha nada a dizer sobre as hemorroidas de Napoleão, não era especialista.

    Sobra como mais normal o Pedro Andrade com suas dias de restaurante, o programa precisa se definir se é sério ou se é comico. Fica mal para a Glononews empinar um programa desses desde NY com tanta palhaçada.

  2. TSE rejeita as contas de Aécio Neves e deixa PSDB, Gilmar e Moro

    TSE rejeita as contas de Aécio Neves e deixa PSDB, Gilmar e Moro em situação delicada

    Ministra do TSE pediu explicações ao senador tucanohttp://brasilpensador.blogspot.com.br/2015/09/tse-rejeita-as-contas-de-aecio-neves-e.htmlO site conexão Jornalismo publicou ontem (31), que o TSE rejeitou as contas do senador Aécio neves -PSDB/MG, por ter detectado pelo menos 15 irregularidades, que vão deste a omissão de doações como a da construtora Odebrecht (envolvida no escândalo Lava Jato), até a irregularidade de cálculos. A ministra Maria Thereza Assis Moura pediu explicações ao candidato que há meses vem criticando as supostas pedaladas praticadas pelo governo Dilma Rousseff. Diante desta rejeição das contas pelo TSE, o PSDB que faz oposição sistemática a Presidenta Dilma, chegando a sugerir o seu  impeachment ficou em uma posição delicada, não tendo o partido moral para cobrar a saída de Dilma , uma vez que seu candidato e partido fizeram igual ou pior. Mas o PSDB de Aécio não é o único a ficar em saia justa. Diante desta rejeição das contas, o PSDB mineiro e o Senador fanfarão carregam também para a vala comum o Ministro do STF Gilmar Mendes que recentemente  mandou investigar as contas de Dilma e o Juiz Sergio Moro da operação Lava Jato. Gilmar Mendes que chegou ao cargo de ministro da suprema corte pelas mãos do então presidente Fernando Henrique Cardoso- PSDB/SP, é visivelmente um opositor do governo Dilma dentro da corte e, caso não exija a mesma investigação contra Aécio Neves, ficará mais do que evidente que a balança de sua justiça pende apenas para o lado  da hipocrisia. Já para o Juiz da Lava Jato Sergio Moro, fica a duvida na transparência das apurações feitas  pela policia federal, pois como explicar que o TSE rejeita as contas de Aécio Neves que omitiu doações da construtora Odebrecht, mas no entanto o senador não apareceu nenhuma vez nas apurações da PF sobre as doações da mesma construtora, ou se quer, foi citado e ouvido na referida operação. Esta situação deixa aos cidadãos a seguinte pergunta que não quer calar: Nas apurações da Lava Jato ou a PF escondeu as doações de Aécio Neves, ou não apurou todos os envolvidos?.  Seja qual for a resposta a posição da eminente Ministra do TSE, mostra cada vez mais que aqueles que tentam o impitim do governo Dilma, não o fazem com o intuito de melhorar a situação do povo Brasileiro, mas apenas, o fazem com o intuito de esconderem o rabo da corrupção que deixaram para fora,  agora tentam esconder diante da exposição publica da corrupção que a séculos implode as instituições, deixando sempre a conta para que os brasileiros menos abastados paguem. Confira  a matéria na integra Click no Link abaixo. TSE rejeita contas de Aécio que omitiu doação da Odebrecht 

     

  3. Black Mirror – Uma série sobre a vida de hoje

    Black Mirror é uma daquelas maravilhosas mini-séries inglesas que de tão boas acabam gerando outros filmes e ficam gravadas no imaginário popular.

    Está disponível na Netflix. Será continuada em 2016. Cada episódio traz uma história e elencos diferentes

    O que tem Black Mirror de diferente?  Posso dizer que seria algo do tipo “Além da Imaginação” com muito mais realidade crítica do que apenas imaginação. É a assombrosa perspectiva que ela nos apresenta que causa o impacto. Humor negro muitas vezes, mas principalmente a crueza com que mostra o comportamento humano em situações limites e no mundo tecnológico e paranóico que vivemos.

    Em uma sociedade em que cada um cria seu(s) avatar(es) e a realidade muitas vezes se perde. Black Mirror traz isso para a frente. Escancara. Tira-nos da zona de conforto.

    Nas palavras do criador da série, Charlie Brooker:   “Se a tecnologia é uma droga – e parece mesmo ser uma – então quais são precisamente os efeitos colaterais? Este espaço – entre apreciação e desconforto – é onde Black Mirror está localizada. O ‘espelho negro’ do título é um que você encontrará em todas as paredes, em todas as mesas, na palma de toda mão: a fria e brilhante tela de uma TV, um monitor, um smartphone”.

    O primeiro episódio é clássico. Ultrajante: Chamado de “Hino Nacional” ele nos conta a história do sequestro da princesa inglesa. Pra salvá-la da morte os sequestradores exigem que o primeiro-ministro inglês transe com uma porca (sim, o animal) com a transmissão em rede nacional, ao vivo e para todo o país. As exigências são postadas no youtube e o mundo todo fica sabendo.

    A partir dai assistimos o comportamento dos políticos, da imprensa, dos marqueteiros e do povo nas ruas e nas redes sociais sobre essa situação absurda. O que o primeiro ministro vai fazer? O que vai acontecer? E se ele não fizer? …

    Tudo muito factível, especialmente como se dá o relacionamento de jornalistas com os politicos ou funcionários do governo. As “trocas” que são feitas. E também do que os governantes são capazes de fazer.

    Os outros episódios…. Bom, vários deles tem propostas para se tornarem filmes. São completamente desconcertantes. O 2o. episódio da 1a. temporada (“15 milhões de motivos”) é uma porrada na forma como vivemos hoje. Assustador como não percebemos que caminhamos exatamente para o que o episódio trata. O terceiro episódio, outra obra-prima, chamado   “The Entire History of You” já está em produção em Hollywood,  vai virar blockbuster  a cargo de Robert Downey Jr.  Dúvido que supere o brilhantismo do episódio.

    Não há como não gostar de Black Mirror. Ela retrata o nosso mundo de uma forma um tanto distópica. Nós , de certa forma, já vivemos a realidade que os personagens encaram. É isso que assusta. É tudo muito familiar.

  4. Volodya assinou, 2016 começa perigoso

        Na area da geopolitica, sub-area militar estratégica, os “livros brancos” ( determinações estratégicas referentes a segurança nacional ), são sempre muito aguardados, os principais, relativos as potencias nucleares, como Estados Unidos, China, Russia e NATO ( é diferente do USA, pois possui inferencias européias ), o da China* irá sair em junho/julho de 2016, o americano, o que importará, será o da próxima administração pós Obama, pois o atual, é muito voltado ao Pacifico ( China), já o da NATO/OCCAR, na revisão do ano passado, encontra-se mais voltado, para duas vertentes : 1. Mediterraneo 2. “Ressorgimento” da Russia, tanto no aspecto europeu, como em suas atuações no Mediterraneo, Egeu e Adriatico.

         Só que desde julho passado, no Ocidente/NATO/USA, era esperada a revisão da doutrina estratégica russa, uma revisional da de 2009, a qual esperavamos que Volodya ( Putin ), se referi-se apenas as movimentações na Ucrania e no Báltico, sem maiores pretensões de preponderancia alem das fronteiras dos estados da CEU, e erramos, as analises não esperavam um planejamento de confronto aberto, com os pingos nos “is”, como os que Putin assinou ontem, na revisional proposta para a DUMA ( Parlamento Russo ), já aprovada por decreto presidencial, na qual a Federação Russa, delineia explicitamente seus “inimigos”, e suas ações de contenção destas ameaças.

          Partes deste texto importante, esta em http://www.sputiniknews.com/russia/20160102/1032599111/russia-national-security-strategy.html, leiam, pois ele é pela primeira vez, após o final da “guerra fria”, no qual a Federação Russa coloca nominalmente seus “inimigos”, os escala em niveis de preponderancia e estratégia.

          *China : A movimentação estratégica mais interessante, combinando soft power com hard power, pouco importando a variação temporal ( equação de poder chinesa, matemática : Sp / Hp (- ) derivada tempo = integrar tudo independente da derivada tempo / prazo , portanto significa, em termos mais acessiveis, que nas 3 variaveis da equação ( Sp, Hp, e prazo – x, y , z espaciais ), a variavel z ( tempo/prazo) alonga-se na demonstração gráfica ) . Acho que até exagerei, mas a demonstração matemática, auxilia a explicação de fenomenos geopoliticos.

  5. Concordo com o André Araújo: o Manhattan Connection de ontem

    um show de imbecilidades, até onde eu tive saco para assistir. O  PIG, a direita e a extrema direita perderam completamente a compostura. Partiram para um vale tudo caótico e irracional e insistem em apresentar os maiores corruptos desse país como exemplos de reserva moral a serem copiados. O diogo mainardi queria porque queria garantir um emprego  para o Serra para o caso do golpe vingar. Foi tanta hipocrisia  que eu tive vontade de vomitar.  Esses bandidos unidos não podem ser os vencedores dessa briga política. O Brasil merece respeito!  

    compos

    MANHATTAN CONNECTION – Um show de imbecilidades, ao entrevistar o ex-Presidente FHC Licas Mendes , completamente gagá, inventou um “quiz” onde perguntaram ao FHC sobre as hemorroidas de Napolão, sobre o segredo dele no jogo de poquer, perguntas sem qualquer proposito ou sentido em um programa de entrevistas, coisas sem pé nem cabeça,

    depois o Mainardi de peruca preta sobre costeletas brancas falando o que ele acha que vai acontecer em seus delirios venezianos, tudo meio histrionico, vão prender o Lula e extinguir o PT, como FHC se presta a ser entrevistado nesse circo de debiloides?  Havia espaço para perguntas mais pertinentes mas os caras vem com “quiz” de tres palpite para acertar,

    a proposito de que?  FHC disse que não tinha nada a dizer sobre as hemorroidas de Napoleão, não era especialista.

    Sobra como mais normal o Pedro Andrade com suas dias de restaurante, o programa precisa se definir se é sério ou se é comico. Fica mal para a Glononews empinar um programa desses desde NY com tanta palhaçada.

  6. O Globo conquista o primeiro Troféu Boimate

    Do blog coleguinhas, uni-vos!

    A grande final do prêmio individual do maior cascateiro de 2015 será semana que vem, mas o Troféu Boimate, que, pela primeira vez, premia o veículo com o melhor (ou pior, de novo é com você) desempenho por equipe já tem dono: O Globo. O jornal dos Irmãos Marinho venceu a disputa com facilidade, garantindo 7 entre as 25 cascatas que disputarão a final do KofK-2015.

    A classificação final foi a seguinte:

    1. Globo: 7
    2. Folha: 3
    3. TV Globo, Valor, Veja, Época e CBN: 2
    4. UOL e Reuters: 1

    (Todos/Vários: 3)

    Parabéns a todos os envolvidos!

    https://coleguinhas.wordpress.com/

     

  7. Senhor Nassif:
    Observo pouca
    Senhor Nassif:

    Observo pouca (ou nenhuma) citação à questão da #AuditoriaCidadãDaDívidaPública neste site…

    Da mesma forma quanto ao incansável trabalho da sra. #MariaLuciaFattorelli…

    Algum motivo especial para ignorar essa necessária Auditoria, prevista na nossa Constituição Federal de 1988 ?? Logo AQUI ??!

    Acabo de pesquisar:

    Auditoria Cidadã da Dívida Pública x Luís Nassif => zero comentários por LN !!
    __________________________________

    AuditoriaCidadã x Constituição Federal 1988 ==>>

    …Com efeito, a Constituição Federal de 1988 estabeleceu, no Art. 26 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que no prazo de um ano o Congresso Nacional deveria promover exame analítico e pericial dos atos e fatos geradores do endividamento externo brasileiro:

    Art. 26. No prazo de um ano a contar da promulgação da Constituição, o Congresso Nacional promoverá, através de Comissão mista, exame analítico e pericial dos atos e fatos geradores do endividamento externo brasileiro.
    § 1º – A Comissão terá a força legal de Comissão parlamentar de inquérito para os fins de requisição e convocação, e atuará com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
    § 2º – Apurada irregularidade, o Congresso Nacional proporá ao Poder Executivo a declaração de nulidade do ato e encaminhará o processo ao Ministério Público Federal, que formalizará, no prazo de sessenta dias, a ação cabível.

    http://www.infonet.com.br/mauriciomonteiro/ler.asp?id=102475&

    Att.
    Martin

  8. Crises anunciadas na Eurolandia

    Quando a política de segurança européia deixou de ser feita pela NATO e  delegada de forma sub reptícia à UE deixou a porta aberta à varias crises .

    O alargamento da UE (ou ao menos a promessa de uma aceitação futura) era a arma que estava à disposição; pois abrir mão dos mercados , nem pensar.  Nem dinheiro ou disposição para uma nova corrida armamentista.

    A opção preferencial estadunidense pelo flanco asiático deixou o onus de  tonificar os músculos ao seus aliados europeus (e quase-europeus como a Turquia).

    Desacostumadas , as lideranças européias promoveram algumas ações que seriam nominalmente temerárias, para não dizer de uma inaptidão sem par.

    Nesta categoria pode-se classificar o apoio aos neofacistas na Ucrânia (um desastre , e um reforço no ego de Putin).

    Ou a crise migratória potencializada pela posição da UE no conflito sírio. Ou a submissão financeira da área de contenção grega

    Mas como era voz corrente no século passado, não existe ato estúpido que não possa ser superado pelo próximo!

    Do Diário de Notícias de Lisboa

     

    04 DE JANEIRO DE 201600:05

    Wolfgang Münchau

    A multiplicidade de crises na Europa não é acidental

     

    Ao entrarmos na segunda metade da segunda década do século observamos a existência de três linhas divisórias dentro da UE. Uma divide o Norte próspero do Sul endividado. Uma segunda separa uma franja eurocética de um centro europeísta. Uma terceira situa-se entre um Ocidente socialmente liberal e um Leste cada vez mais autocrático. Este é um cenário de desintegração e de fratura.

    É difícil fazer previsões específicas para 2016. Há, evidentemente, muitos riscos conhecidos. Um referendo britânico sobre a permanência na UE. O fluxo constante de refugiados. O agravamento dos desequilíbrios económicos. A crise na Grécia. O quase insolvente sistema bancário italiano e tensões iminentes entre a Alemanha e os países periféricos da zona euro sobre a política orçamental. Uma onda de terrorismo jihadista. A incerteza política em Espanha e em Portugal. A crise na Ucrânia, ainda longe de estar resolvida. O escândalo das emissões Volkswagen, que se desvaneceu nas consciências, mas corre o risco de minar um dos pilares remanescentes da força industrial do continente.

    Com tantas crises a acontecer em simultâneo, acho que é mais útil olhar para o cenário no seu todo – para o risco sistémico que não surge de uma qualquer crise em particular, mas do enfrentar tantas delas ao mesmo tempo.

    Depois de se recuar um pouco, a multiplicidade de crises começa a parecer menos acidental. Se se criar uma união monetária sem instituições económicas, políticas orçamentais e sistemas jurídicos comuns, é certo que se acaba com um desastre. Da mesma forma, uma zona de livre circulação sem uma guarda costeira e controlos de fronteiras comuns não pode durar.

    Existe aqui um padrão. A UE tem uma tendência inata para entendimentos podres e construções que só funcionam em tempo de bonança. Nada de fundamental mudou no ano passado, exceto o facto de este problema se ter tornado evidente para muito mais gente.

    A rutura, quando chegar, poderá ainda chocar-nos. Mas ela também oferece oportunidades. Eu penso que o maior erro que a UE poderia cometer seria continuar como até aqui. É mais provável que as grandes mudanças venham a ser forçadas diretamente pelos eleitorados – através de um referendo, como o que terá lugar em breve no Reino Unido – do que pelos políticos e diplomatas. O processo da UE tem a tendência para evitar deslocamentos bruscos. As coisas só se desmoronarão quando a pressão das capitais nacionais se tornar demasiado forte.

    Existe o perigo de que isso possa provocar a desintegração descontrolada. Mas há boas hipóteses de os líderes políticos da Europa terem a sensatez suficiente para seguir em frente com um espírito construtivo. Uma votação no Reino Unido favorável à saída do país da UE pode, a longo prazo, provocar uma mais ampla transformação da UE num grupo interno de países que procuram uma integração mais profunda, e num grupo externo, em que a Grã-Bretanha e outros países se sintam perfeitamente confortáveis.

    Uma rutura na zona euro, que eu ainda estou à espera de que aconteça a qualquer momento, também oferece a oportunidade de um realinhamento mais amplo. A partir do momento em que se pensar no euro como um sistema de taxa de câmbio fixa com uma moeda comum, em oposição a uma união monetária irreversível, o nevoeiro levantar-se-á.

    Tal sistema só poderia funcionar entre um pequeno número de países com economias em grande parte convergentes. A Áustria e a Alemanha mantiveram uma taxa de câmbio quase fixa desde os anos 1970. Por que não poderiam continuar a fazê-lo por mais 50 anos? A França e a Alemanha mantiveram uma taxa de câmbio maioritariamente fixa, desde a década de 1980. Porque haveriam agora de acabar em lados diferentes de uma taxa de câmbio?

    A argumentação em defesa de uma maior integração económica e política entre a Alemanha e a França continua a ser fundamentalmente forte – muito mais forte do que a questão da integração política e económica de uma União Europeia onde alguns países partilham uma moeda única e outros não têm qualquer intenção de se lhes juntar.

    Nunca houve uma lógica convincente no argumento de que um mercado único implica uma moeda única. Mas a lógica inversa é bastante convincente. Os países com uma moeda única exigem uma integração muito mais profunda do mercado do que aqueles que mantêm a sua moeda própria. Se aceitarmos a UE como uma união que contém várias moedas, como deveríamos fazer agora, teremos de aceitar que ela não é um mercado único, mas um conjunto de mercados discretos.

    Além da fragmentação económica, a Europa está ficar politicamente dividida entre o Leste e o Ocidente. Tanto a Hungria como a Polónia elegeram governos eurocéticos de direita. Ambos os países reduziram a independência do poder judicial e a liberdade de imprensa. Já há algum tempo que penso que o alargamento da União não foi a grande oportunidade histórica que foi anunciada, mas um erro histórico. O alargamento contribuiu para as divisões da Europa e tornou a UE disfuncional.

    Por isso, eu vejo a fragmentação e a rutura não como ameaças a serem evitadas, mas como uma oportunidade para ser aprovei-tada. A minha expectativa para 2016 é a de que vamos assistir a mais ruturas. A minha esperança é que elas vão ser sabiamente geridas.

     

  9. A Esquerda do futuro: uma

    A Esquerda do futuro: uma sociologia das emergências

    A máquina fatal do neoliberalismo continua a produzir medo em larga escala. As esquerdas são a areia que pode emperrar essa engrenagem.

    Boaventura de Sousa Santos wikimedia commons

     

    O futuro da esquerda não é mais difícil de prever que qualquer outro fato social. A melhor maneira de o abordar é fazer o que designo por sociologia das emergências. Consiste esta em dar atenção especial a alguns sinais do presente por ver neles tendências ou embriões do que pode vir a ser decisivo no futuro. Neste texto, dou especial atenção a um facto que, por ser incomum, pode sinalizar algo de novo e importante. Refiro-me aos pactos entre diferentes partidos de esquerda.
     
    Os Pactos
     
    A família das esquerdas não tem uma forte tradição de pactos. Alguns ramos desta família têm mais tradição de pactos com a direita do que com outros ramos da família.  Dir-se-ia que as divergências internas na família das esquerdas são parte do seu código genético, tão constantes têm sido ao longo dos últimos duzentos anos. Por razões óbvias, as divergências têm sido mais extensas ou mais notórias em democracia. A polarização vai por vezes ao ponto de um ramo da família não reconhecer sequer que o outro ramo pertence à mesma família. Pelo contrário, em períodos de ditadura têm sido frequentes os entendimentos, ainda que terminem mal termina o período ditatorial.  À luz desta história, merece uma reflexão o facto de em tempos recentes termos vindo assistir a um movimento pactista entre diferentes ramos das esquerdas em países democráticos. A Europa do Sul é um bom exemplo: a unidade em volta do Syriza na Grécia, apesar de todas as vicissitudes e dificuldades; o governo liderado pelo Partido Socialista em Portugal com o apoio do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda no rescaldo das eleições de  4 de Outubro de 2015; alguns governos autonómicos em Espanha, saídos das eleições de 2015  e, no momento em que escrevo, a discussão sobre a possibilidade de um pacto a nível nacional entre o Partido Socialista, o Podemos e outros partidos de esquerda em resultado das eleições legislativas de 6 de dezembro de 2015. Há sinais de que noutros espaços da Europa e na América Latina  possam vir a surgir num futuro próximo pactos semelhantes.  Duas questões se impõem. Porquê este impulso pactista em democracia? Qual a sua sustentabilidade?
     
    A primeira pergunta tem uma resposta plausível. No caso da Europa do Sul, a agressividade da direita no poder nos últimos cinco anos (tanto a nacional, como a que veste a pele das “instituições europeias”) foi tão devastadora para os direitos de cidadania e para a credibilidade do regime democrático que as forças de esquerda começam a ficar convencidas de que as novas ditaduras do século XXI vão surgir sob a forma de democracias de baixíssima intensidade. Serão ditaduras que se apresentam como ditamoles ou democraduras: a governabilidade possível ante a iminência do suposto caos nos tempos difíceis que vivemos, o resultado técnico dos imperativos do mercado e da crise que explica tudo sem precisar de ser, ela própria, explicada. O pacto resulta de uma leitura política de que o que está em causa é a sobrevivência de uma democracia digna do nome e de que as divergências sobre o que tal significa têm agora menos premência do que salvar o que a direita ainda não conseguiu destruir.

     
    A segunda pergunta é mais difícil de responder. Como dizia Espinosa, as pessoas (e eu diria, também as sociedades) regem-se por duas emoções fundamentais: o medo e a esperança. O equilíbrio entre elas é complexo mas precisamos das duas para sobreviver. O medo domina quando as expectativas de futuro são negativas (“isto está mau mas o futuro pode ser pior”); por sua vez, a esperança domina quando as expectativas de futuro são positivas ou quando, pelo menos, o inconformismo com a suposta fatalidade das expectativas negativas é amplamente partilhado. Trinta anos depois do assalto global aos direitos dos trabalhadores; da promoção da desigualdade social e do egoísmo como máximas virtudes sociais; do saque sem precedentes dos recursos naturais e da expulsão de populações inteiras do seus territórios e da destruição ambiental que isso significa; do fomentar da guerra e do terrorismo para criar Estados falhados e tornar as sociedades indefesas perante a espoliação; da imposição mais ou menos negociada de tratados de livre comércio totalmente controlados pelos interesses das empresas multinacionais; da supremacia total do capital financeiro sobre o capital produtivo e sobre vida das pessoas e das comunidades – depois de tudo isto, combinado com a defesa hipócrita da democracia liberal, é plausível concluir que o neoliberalismo é uma máquina imensa de produção de expectativas negativas para que as classes populares não saibam as verdadeiras razões do seu sofrimento, se conformem com o pouco que ainda têm e sejam paralisadas pelo pavor de o perder.
     
    O movimento pactista no interior das esquerdas é o produto de um tempo, o nosso, de predomínio absoluto do medo sobre a esperança. Significará isto que os governos saídos dos pactos serão vítimas do seu êxito? O êxito dos governos pactados à esquerda irá traduzir-se na atenuação do medo e no devolver de alguma esperança às classes populares, ao mostrar, por via de uma governação pragmática e inteligente, que o direito a ter direitos é uma conquista civilizacional irreversível. Será que, no momento em que voltar a luzir a esperança, as divergências voltarão à superfície e os pactos serão deitados para o lixo? Se tal acontecer, isso será fatal para as classes populares, que rapidamente voltarão ao silenciado desalento perante um fatalismo cruel, tão violento para as grandes maiorias quanto benévolo para as pequeníssimas minorias. Mas será também fatal para as esquerdas no seu conjunto, porque ficará demonstrado durante algumas décadas que as esquerdas são boas para remendar o passado mas não para construir o futuro. Para que tal não aconteça, dois tipos de medidas têm de ser levadas a cabo durante a vigência dos pactos. Duas medidas que não se impõem pela urgência da governação corrente e que, por isso, têm de resultar de vontade política bem determinada. Chamo às duas medidas: Constituição e hegemonia.
     
    Constituição e Hegemonia
     
    A Constituição é o conjunto de reformas constitucionais ou infraconstitucionais que reestruturam o sistema político e as instituições de maneira a prepará-los para possíveis embates com a ditamole e o projecto de democracia de baixíssima intensidade que ela traz consigo. Consoante os países, as reformas serão diferentes, como serão diferentes os mecanismos utilizados. Se nalguns casos é possível reformar a Constituição com base nos parlamentos, noutros será necessário convocar Assembleias Constituintes originárias, dado que os parlamentos seriam o obstáculo maior a qualquer reforma constitucional. Pode também acontecer que, num certo contexto, a “reforma” mais importante seja a defesa activa da Constituição existente mediante uma renovada pedagogia constitucional em todas as áreas de governação. Mas haverá algo comum a todas as reformas: tornar o sistema eleitoral mais representativo e mais transparente; reforçar a democracia representativa com a democracia participativa. Os mais influentes teóricos liberais da democracia representativa reconheceram (e recomendaram) a coexistência ambígua entre duas ideias (contraditórias) que garantem a estabilidade democrática: por um lado, a crença dos cidadãos na sua capacidade e competência para intervir e participar activamente na política; por outro, um exercício passivo dessa competência e dessa capacidade mediante a confiança nas elites governantes. Em tempos recentes, e como mostram os protestos que abalaram muitos países a partir de 2011, a confiança nas elites tem vindo a deteriorar-se sem que, no entanto, o sistema político (pelo seu desenho ou pela sua prática) permita aos cidadãos recuperar a sua capacidade e competência para intervir activamente na vida política. Sistemas eleitorais enviesados, partidocracia, corrupção, crises financeiras manipuladas – eis algumas das razões para a dupla crise de representação (“não nos representam”) e de participação (“não merece a pena votar, são todos iguais e nenhum cumpre o que promete”). As reformas constitucionais visarão um duplo objectivo: tornar a democracia representativa mais representativa; complementar a democracia representativa com a democracia participativa. De tais reformas resultará que a formação da agenda política e o controlo do desempenho das políticas públicas deixam de ser um monopólio dos partidos e passam a ser partilhados pelos partidos e por cidadãos independentes organizados democraticamente para o efeito.
     
    O segundo conjunto de reformas é o que designo por hegemonia. Hegemonia é o conjunto de ideias sobre a sociedade e interpretações do mundo e da vida que, por serem altamente partilhadas, inclusivamente pelos grupos sociais que são prejudicados por elas, permitem que as elites políticas, ao apelarem para tais ideias e interpretações, governem mais por consenso do que por coerção, mesmo quando governam contra os interesses objetivos de grupos sociais maioritários. A ideia de que os pobres são pobres por culpa própria é hegemónica quando é defendida, não apenas pelos ricos, mas também pelos pobres e pelas classes populares em geral. Nesse caso são, por exemplo, menores os custos políticos das medidas que visam eliminar ou restringir drasticamente o rendimento social de inserção. A luta pela hegemonia das ideias de sociedade que sustentam o pacto entre as esquerdas é fundamental para a sobrevivência e consistência desse pacto. Essa luta trava-se na educação formal e na promoção da educação popular, nos mídia, no apoio aos mídia alternativos, na investigação científica, na transformação curricular das universidades, nas redes sociais, na actividade cultural, nas organizações e movimentos sociais, na opinião pública e na opinião publicada. Através dela, constroem-se novos sentidos e critérios de avaliação da vida social e da ação política ( a imoralidade do privilégio, da concentração da riqueza e da discriminação racial e sexual; a promoção da solidariedade, dos bens comuns e da diversidade cultural social e económica; a defesa da soberania e da coerência das alianças políticas; a proteção da natureza) que tornam mais difícil a contra-reforma dos ramos reacionários da direita, os primeiros a irromper num momento de fragilidade do pacto. Para que esta luta tenha êxito é preciso impulsionar políticas que, a olho nu, são menos urgentes e menos compensadoras. Se tal não ocorrer, a esperança não sobreviverá ao medo.
     
    As aprendizagens globais
     
    Se algo se pode afirmar com alguma certeza sobre as dificuldades por que estão a passar as forças progressistas na América Latina é que elas assentam no facto de os seus governos não terem enfrentado nem a questão da Constituição nem a questão da hegemonia. No caso do Brasil, este facto é particularmente dramático. Ele explica em parte que os enormes avanços sociais dos governos da era Lula sejam agora tão facilmente reduzidos a meros expedientes populistas e oportunistas, inclusivamente por parte daqueles que deles beneficiaram. Explica também que os muitos erros que cometeram ( foram muitos, a começar pela desistência da reforma política e da regulação dos mídia, e alguns erros deixam feridas abertas em grupos sociais importantes, tão diversos quanto os camponeses sem terra nem reforma agrária, os jovens negros vítimas do racismo, os povos indígenas ilegalmente expulsos dos seus territórios ancestrais, povos indígenas e quilombolas com reservas homologadas mas engavetadas, militarização das periferias das grandes cidades, populações rurais envenenadas por agrotóxicos, etc) não sejam considerados erros, passem em claro e até sejam convertidos em virtudes políticas ou, pelo menos, sejam aceites como consequências inevitáveis de uma governação realista e desenvolvimentista. As tarefas incumpridas da Constituição e da hegemonia explicam ainda que a condenação da tentação capitalista por parte dos governos de esquerda se centre na corrupção e, portanto, na imoralidade e na ilegalidade do capitalismo e não na injustiça sistemática de um sistema de dominação que se pode realizar em perfeito cumprimento da legalidade e da moralidade capitalistas.
     
    A análise das consequências da não resolução das questões da Constituição e da hegemonia é relevante para prever e prevenir o que se pode passar nas próximas décadas, não só na América Latina, como também na Europa e noutras regiões do mundo. Entre as esquerdas latino-americanas e da Europa do Sul tem havido nos últimos vinte anos canais de comunicação importantes que estão ainda por analisar em todas as suas dimensões. Desde o inicio do orçamento participativo em Porto Alegre (1989), várias organizações de esquerda na Europa, Canadá e India (são estas as de que tenho conhecimento) começaram a dar muita atenção às inovações políticas que emergiam no campo das esquerdas em vários países da América Latina. A partir do final da década de 1990, com a intensificação das lutas sociais, a subida ao poder de governos progressistas e as lutas por Assembleias Constituintes, sobretudo no Equador e na Bolívia, tornou-se claro que uma profunda renovação da esquerda estava em curso e da qual havia muito que aprender. Os traços principais dessa renovação eram os seguintes: a democracia participativa articulada com a democracia representativa, uma articulação de que ambas saiam fortalecidas; o intenso protagonismo de movimentos sociais de que o Forum Social Mundial de 2001 foi uma mostra eloquente; uma nova relação entre partidos e movimentos sociais; a entrada saliente na vida política de grupos sociais até então considerados residuais, nomeadamente camponeses sem terra, povos indígenas e povos afro-descendentes; a celebração da diversidade cultural, o reconhecimento do carácter plurinacional dos países e o propósito de enfrentar as insidiosas heranças coloniais sempre presentes. Este elenco é suficiente para evidenciar o quanto as duas lutas a que me tenho estado a referir (a Constituição e a hegemonia) estavam presentes neste vasto movimento que parecia refundar para sempre o pensamento e a prática de esquerda, não só na América Latina, como em todo o mundo.
     
    A crise financeira e política, sobretudo a partir de 2011, e o movimento dos indignados foram os detonadores de novas emergências políticas de esquerda na Europa do Sul em que as lições da América Latina estavam bem presentes, sobretudo a nova relação partido-movimento, a nova articulação entre democracia representativa e democracia participativa, a reforma constitucional e, no caso da Espanha, a questão da plurinacionalidade. O partido espanhol Podemos representa melhor do que qualquer outro esta aprendizagem, ainda que os seus dirigentes tenham estado desde a primeira hora bem conscientes das diferenças substanciais entre o contexto político e geopolítico europeu e o latino-americano.
     
    O modo como essas aprendizagens se vão plasmar no novo ciclo político que está a emergir na Europa do Sul é, por agora, uma incógnita. mas desde já é possível especular o seguinte. Se é verdade que as esquerdas europeias aprenderam com as muitas inovações das esquerdas latino-americanas, não é menos verdade (e trágico) que estas se “esqueceram” das suas próprias inovações e que, de uma ou de outra forma, caíram nas armadilhas da velha política onde as forças de direita facilmente mostram a sua superioridade  dada a longa experiência histórica acumulada.
     
    Se as linhas de comunicação se mantêm nos dias de hoje, e sempre salvaguardando a diferenças dos contextos,  talvez seja  tempo de as esquerdas latino-americanas aprenderem com as inovações que estão a emergir entre as esquerdas da Europa do Sul. Entre elas saliento as seguintes: manter viva a democracia participativa dentro dos próprios partidos de esquerda como condição prévia à sua adoção no sistema politico nacional em articulação com a democracia representativa; pactos entre forças de esquerda (não necessariamente apenas partidos) e nunca com forças de direita; pactos pragmáticos não clientelistas (não se discutem pessoas ou postos de governo mas políticas e medidas de governação), nem de rendição (articulando linhas  vermelhas que não podem ser ultrapassadas com a noção de prioridades, ou, como se dizia dantes, distinguindo as lutas primárias das secundárias); insistência na reforma constitucional para blindar os direitos sociais e tornar o sistema político mais transparente, mais próximo e mais dependente de decisões cidadãs sem ter de esperar por eleições de quatro em quatro anos (reforço do referendum); e, no caso espanhol, tratar democraticamente a questão da plurinacionalidade.
     
    A máquina fatal do neoliberalismo continua a produzir medo em larga escala e, sempre que falta matéria prima, ceifa a esperança que pode encontrar nos recessos mais recônditos da vida política, social das classes populares, tritura-a, processa-a e transforma-a em medo do medo.  As esquerdas  são a areia que pode emperrar essa engrenagem majestática de modo a abrir as brechas por onde a sociologia das emergências fará o seu trabalho de formular e amplificar as tendências, os “ainda não”, que apontam para  um futuro digno para as grandes maiorias.  Para isso, é preciso que as esquerdas saibam ter medo sem  ter medo do medo. Saibam furtar rebentos de esperança à trituração neoliberal e plantá-los em terrenos férteis onde cada vez mais cidadãos sintam que podem viver bem,  protegidos, tanto do inferno do caos iminente, como do paraíso das sirenes do consumo obsessivo.  Para que isto aconteça, a condição mínima é que as esquerdas permaneçam firmes nas duas lutas fundamentais, a Constituição e a hegemonia.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/A-Esquerda-do-futuro-uma-sociologia-das-emergencias-/4/35257

  10. Sobrou barriga em 2015 para a

    Sobrou barriga em 2015 para a imprensa. Foi um erro atrás do outro. Por isso, o tumblr http://barrigas2015.tumblr.com/ reuniu as barrigadas do ano passado, ou seja, os mais bizarros erros jornalísticos. Lembra quando a Veja exaltou Cunha, quando a Globo ligou a crise da Grécia ao PT e quando Merval disse que o voto de Fachin sobre o impeachment seria aprovado por unanimidade. E do já clássico “podemos tirar se achar melhor”? Pois é, foi tudo em 2015. Que alguma coisa tenha se aprendido para 2016.

    https://www.facebook.com/mudamais

    http://barrigas2015.tumblr.com/

     

    Em julho de 2015 o jornalista Carlos Sardenberg da Globo/CBN vira piada na internet após atribuir a crise da Grécia ao PT. Segundo o brilhante comentarista, em 2012, Dilma e Lula teriam convencido o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras a adotar o programa anti-austeridade que causou toda a confusão. (não apenas a crise precede o governo de Tsipras, como sua posição já era conhecida muito antes de 2012… é cada uma!)

    Em julho de 2015 o jornalista Carlos Sardenberg da Globo/CBN vira piada na internet após atribuir a crise da Grécia ao PT. Segundo o brilhante comentarista, em 2012, Dilma e Lula teriam convencido o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras a adotar o programa anti-austeridade que causou toda a confusão. (não apenas a crise precede o governo de Tsipras, como sua posição já era conhecida muito antes de 2012… é cada uma!). Em junho a Revista Época publicou mais uma de suas “bombas” de 2015. E até hoje estamos esperando: Marcelo Odebrecht não delatou. A República não caiu. A história das celas ficou na ficção.

    Em junho a Revista Época publicou mais uma de suas “bombas” de 2015. E até hoje estamos esperando: Marcelo Odebrecht não delatou. A República não caiu. A história das celas ficou na ficção.

    O ano está quase acabando… Mas não para o experiente Lauro Jardim, que consegue cavar uma nova barriga entre o natal e o ano novo. Será que ainda dá tempo para mais uma?

    O ano está quase acabando… Mas não para o experiente Lauro Jardim, que consegue cavar uma nova barriga entre o natal e o ano novo. Será que ainda dá tempo para mais uma? 2015 não ficaria completo sem o “Podemos tirar, se achar melhor” da Reuters (reproduzido pelo Globo) que oferecia remover do texto a informação de que o pagamento de propinas havia começado no governo FHC.

    2015 não ficaria completo sem o “Podemos tirar, se achar melhor” da Reuters (reproduzido pelo Globo) que oferecia remover do texto a informação de que o pagamento de propinas havia começado no governo FHC. Em março de 2015 a Veja fazia matéria de capa exaltando Eduardo Cunha. Apesar dos “pequenos deslizes do passado”, para a Veja, há esperança em Cunha!

    Em março de 2015 a Veja fazia matéria de capa exaltando Eduardo Cunha. Apesar dos “pequenos deslizes do passado”, para a Veja, há esperança em Cunha! Merval confunde desejo com realidade e transforma profecia em barrigada: o voto de Fachin acabou sendo reprovado quase que por unanimidade.

    Merval confunde desejo com realidade e transforma profecia em barrigada: o voto de Fachin acabou sendo reprovado quase que por unanimidade.

    Em maio de 2015, Azevedo “aplaudia” Cunha.

    Em maio de 2015, Azevedo “aplaudia” Cunha. Folha inventa manchete: em nenhum momento a #CartaDoTemer fala de “mentir” ou “mentiras”.

    Folha inventa manchete: em nenhum momento a #CartaDoTemer fala de “mentir” ou “mentiras”. A revista Veja admite que inventou a matéria sobre a festa do sobrinho do Lula. Internautas sugeriram mudar o nome da coluna de “erramos” para “mentimos”.

    A revista Veja admite que inventou a matéria sobre a festa do sobrinho do Lula. Internautas sugeriram mudar o nome da coluna de “erramos” para “mentimos”. Na matemática peculiar da GloboNews parece que 4,7% é maior do que 5,7%.

    Na matemática peculiar da GloboNews parece que 4,7% é maior do que 5,7%.

  11. Se alguém quiser, e puder,

    Se alguém quiser, e puder, ponha no blog a entevista de Cabrine feita ontem com o bispo Macedo. É incrível. Merece ser comentada.

  12. Interessante artigo..

    Interessante artigo do Dr João Batista Damasceno. intitulado ” Lei 100, Pedaladas, Aecio neves e o Bom Ladrão”

    O Dr Damasceno reporta a omissão (criminosa por sinal, aparte meu) da imprensa em relação a determinação do STF para que 98 MIL protegidos do ex-gov Aécio Neves posto que contratados que eram, transformaram-se em empregados efetivos em cargos públicos, à partir da Lei Complementar 100. Esta aberração (título meu) partiu de um projeto de lei inconstitucional (apresentado em 2007) foi aprovada por pressão do governador, tendo sido declarada inconstitucional pelo STF (Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.876).

    Segundo o articulista, não se tratou de uma pedalada, mas sim de uma ciclovia inteira pois, além de violar a constituição (Funcionário público apenas por concurso), do eleitorismo e da evidente improbidade administrativa, tinha outro objetivo que era fraudar a Previdência Social já que com a efetivação de quase 100 MIL contratados, o governo de MG deixaria de recolher a contribuição recebendo então a quaitação da Previdência, habilitando-se a contrair empréstimos estrangeiros. Ressalta ainda o articulista que a certeza da impunidade decorria do fato que outro governadaor do mesmo partido (SP) já havia recorrido a tal expediente e..tudo bem!

    Por fim o ariculista escreve trecho do sermão do Padre Antônio Vieira, escrito em 1655, perante D.João e sua corte onde Pde Vieira disse que “a portapor onde entra o ofício é só o mérito. E todo o que não entra pela porta é ladrão, senão ladrão e ladrão. Uma vez porque furta o ofício, e outra porque hpa de furtar com ele. O que entra pela porta poderá vir a ser ladrão, mas os que não entram por ela já o são.

    Finaliza o Dr. Damasceno ressaltando que “o vício na conduta de uns não legitimam o de outros. Mas se a abertura de crédito orçamentário suplementar para custeio de Bolsa Família é apontada como pedalada Fiscal e fato grave, evento como este, empreguismo em violação a constituição, que incha a máquina pública e cria déficit fiscal, não poderia ser considerado fato de menor gravidade a ponto de ser omitido no noticiário”

  13. Justiça

    Do “Engavetador Geral da República”, no governo de FHC, ao “Engavetadores Gerais dos tucanos”, no governo do PT.

      justiça tucana

     

    No mensalão, o ministro Joaquim Barbosa, que chefiou a investigação, esqueceu-se do mensalão tucano, que foi anterior ao do PT e já está prescrevendo sem julgamento. A sociedade sabe que o problema de Joaquim Barbosa é de coluna, não de memória.

    Na lava Jato, o juiz Sérgio Moro parece que também padece de problema de memória com os tucanos, já que nada faz contra os senadores tucanos Antonio Anastasia e Aécio Neves, apesar de citados em delação. Com Aécio já é a segunda vez! Lembrando que Moro participou da operação do Mensalão e aí, também, protegeu os tucanos!

    Altamente suspeito também é que o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, na Petrobrás, citado em delação premiada, várias vezes na Operação Lava Jato está fora da investigação. Como a debochar de nossa Justiça,  FHC ainda confessou em seu livro “Diários da Presidência” que houve corrupção na Petrobrás, em seu governo.  E ainda, parecendo um jovem “coxinha”, o velho FHC ainda tem a coragem em falar de impeachman da presidente, é demais!

    Assim como no mensalão, os tucanos estão zerados na lava Jato! E o grupo de procuradores do MPF estão atrás das milhões de assinaturas para implementar as dez medidas contra a corrupção. Esse grupo, que hoje compõe a força tarefa da Lava Jato, no governo de FHC combatia ferozmente o PGR, Geraldo Brindeiro, também conhecido como “Engavetador Geral da República”. Esses procuradores, conhecidos como “Tuiuiuis”, justamente por afirmarem se sentir como a ave por não conseguirem levantar vôo com Brindeiro engavetando tudo.  Estranhamente estão na Lava Jato corroborando com a blindagem aos tucanos!

    Será que foi a ausência das dez medidas que fez o Ministério Público de Minas arquivar, por duas vezes, o escândalo da construção do aeroporto de Claudio pelo governador Aécio Neves, construído em terras da própria família, e com dinheiro público?

     

    E o Trensalão, vinte anos depois do escândalo que envolve vários governadores tucanos (Mario Covas/falecido, José Serra e Geraldo Alckmin), até agora só atingiu os executivos do metrô. Quantas décadas serão necessárias para atingir os governadores, os principais culpados? 

    Resta uma esperança, o Procurador Geral Da República, Rodrigo Janot, que já mandou arquivar uma vez a denúncia de recebimento de mensalão de Aécio Neves, em Furnas, através da irmã, recebe pela segunda vez denúncia de recebimento de propina de R$ 300 mil, envolvendo Aécio Neves, agora da construtora UTC.

    Será que o PGR desta vez denuncia Aécio? Janot disse que iria analisar a denúncia depois do recesso. Estranhamos a lentidão do PGR, que agiu tão rápido em outras denúncias, e agora trata-se de reincidência. Será que Janot vai quebrar a “blindagem” dos tucanos?         

     Rio de Janeiro, 04 de janeiro de 2016 

     OAB/RJ 75 300              

                  

    Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

    http://emanuelcancella.blogspot.com.

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