Gestão Doria é flagrada cobrando propina para burlar Cidade Limpa

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – A rádio CBN revelou um esquema de pagamento de propina a funcionários da gestão João Doria (PSDB), na Prefeitura de São Paulo, com o intuito de burlar as regras da Lei Cidade Limpa. Um jornalista da emissora afirma que o irmão de um secretário de Geraldo Alckmin, que trabalha na fiscalização do Paço, cobrou R$ 7 mil por apenas um fim de semana de divulgação irregular de publicidade.
 
O repórter Pedro Duran se disfarçou como um interessado em realizar uma divulgação irregular e afirmou que foi levado a negociar com o “número dois da prefeitura regional da Lapa, o chefe de gabinete Leandro Benko, que recebe um salário de quase R$ 18 mil por mês”.
 
Leandro é irmão do secretário de Turismo do governo de São Paulo, Laércio Benko (PHS), ex-candidato a governador de São Paulo. A indicação de seu irmão à subprefeitura da Lapa passou por “uma negociação entre o PSDB e o PHS que resultou no apoio à candidatura de Doria.” 
 
O jornalista gravou uma conversa em que Leandro sugere que o prefeito regional teria conhecimento do esquema. “(…) eu não posso fazer isso sozinho, aí tem o pessoal da fiscalização. São várias… Vamos dizer assim: são vários ‘pratos de comida’ que a gente tem que dividir, entendeu?”, disse.
 
A reportagem também cita sete empresas envolvidas no esquema e afirma que a máfia organizada atua em vários locais de São Paulo há muitos anos. Há relatos de que só a região da Sé rende cerca de R$ 400 mil em propina por final de semana.
 
A reportagem ainda cita como exemplo que empresas costumam pagar entre R$ 60 e R$ 100 por final de semana para usar setas que sinalizam o plantão de vendas de automóveis ou para fazer planfetagem nos semáforos sem nenhuma fiscalização. Pelo uso de faixas, a cobrança gira em torno de R$ 200. A aplicação de multa nesses casos começaria em R$ 10 mil.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

11 Comentários

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  1. a cbn,….

    … trabalhando para o “santo” queimar o filme do dória, …   nada pessoal ! … são apenas negócios, …  vida de mafioso é assim mesmo…

  2. Não vejo o Brasil ameaçado

    Não vejo o Brasil ameaçado por Dória e Bolsonaro porque ambos, a seu modo, tem todas as ferramentas para se suidarem em praça pública pelas próprias palavras e ações. Não suportarão os debates sérios que a população exige em campanhas. 

  3. o que esperar de um país

    o que esperar de um país policialesco ou de um estado policial? leis são feitas exatamente para serem burladas através de corrupção e quando os gestores são do nível do frefake, a coisa rola solta.

    resta aos comprovadamente honestos lamentarem o estado da arte brasileiro, a desgraça que nos consome cada dia de direitos a menos promovida por gente que está no congresso eleita por imbecis que não se corresponsabilizam pelo que vivemos. a propósito, o prefeito foi eleito ainda no primeiro turno. 

  4. Dória Lide com isso faz tempo.

    Dória, o amigo de Moro, não sabia de nada?

    Dória Lide com isso faz tempo, só tá fazendo escola entre os subordinados.

    Eles tem bem a quem puxar…

  5. Dória Lide com isso faz tempo.

    Dória, o amigo de Moro, não sabia de nada?

    Dória Lide com isso faz tempo, só tá fazendo escola entre os subordinados.

    Eles tem bem a quem puxar…

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