Governos da América Latina criticam onda de violência na Venezuela

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]


Foto divulgada pela Agência Brasil – Crédito: Agência EFE

Da Agência Brasil 

Por Pedro Peduzzi 

Os governos do Brasil, da Argentina, do Chile, da Colômbia, Costa Rica, de Honduras, do México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai condenaram hoje (20) a onda de violência na Venezuela. Esta semana, três pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas em protestos em Caracas e cidades de 14 estados do país.

Em nota, os 11 governos latino-americanos “reiteram a urgência de as autoridades venezuelanas adotarem medidas para garantir os direitos fundamentais e preservar a paz social”.

“É imperativo que a Venezuela retome o caminho da institucionalidade democrática e que seu governo defina as datas para o cumprimento do cronograma eleitoral, liberte os presos políticos e garanta a separação dos poderes constitucionais”, diz o texto divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

No comunicado, o Itamaraty diz que os governos da região se somam ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, “que insta todas as partes a adotar medidas concretas para reduzir a polarização e criar as condições necessárias para enfrentar os desafios do país, a favor do povo venezuelano”.

A onda de violência na Venezuela se agravou esta semana em meio à polarização política no país. A oposição marchou em vários estados contra o presidente Nicolás Maduro, enquanto milhares de venezuelanos convocados pelo governo foram às ruas defender o chavista.

Na véspera dos protestos, Maduro convocou os militares, as forças de segurança e também as milícias civis armadas para protegê-lo contra um suposto golpe de Estado que, segundo ele, estaria sendo tramado pelos Estados Unidos com o apoio de seus adversários. A Venezuela enfrenta uma séria crise econômica, marcada por uma inflação anual de 700% e escassez de medicamentos e alimentos. O país também está cada vez mais isolado internacionalmente e o governo de Maduro é acusado de violar a ordem democrática.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

9 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. “Ordem democrática”

    E o governo brasileiro, que nunca violou a “Ordem democrática” assina o documento?

    E os outros países latinos subscrevem o documento chancelado pelo governo brasileiro, que nunca violou a “Ordem democrática” ?

    Desculpemm mas qualquer documento que tenha a assinatura do governo brasileiro, nas atuais circunstancia política, dicididamente não é um documento sério.

    A primeira providencia de qualquer grupo de governo que divulgue documento conclamando ao respeito a democracia e ao estado de direito é excluir o Brasil deste documento.

    O governo da Venezuela deve estar rachando ante a divulgação do docuemnto, independente da situação que por lá ocorra.

    A presença do Brasil como signatário de documento como esse, lhe tira toda e qualquer credibilidade. 

     

  2. A midia internacional faz com

    A midia internacional faz com a Venezuela exatamente o que a midia brasileira faz com o PT. Vem tudo preparadinho em papel para presente e com o destinatário certo: “A todos aqueles que acreditam na (nossa) democracia pedimos o seu apoio para acabar com a ditadura na Venezuela (ditadura com grande apoio popular, diga-se de passagem).

    Afinal, nós os verdadeiros democratas contamos com o seu apoio, ou por bem ou por mal. Se não nos apoiarem, desceremos o porrete e doa a quem doer.

    Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, et caterva (com seus atuais governos) assinam um documento pedindo democracia na Venezuela?

    Só rindo: É preciso ser muito estúpido para acreditar nessa democracia de fundo de quintal. Dos Estados Unidos os brasileiros, quando muito, conhecem umas lojas em Nova York e a Disneylandia.

    Quem é mesmo que responde pelas Relações Exteriores no Brasil? O Serra 23 milhões? Ah, não esse já pediu o penico.

    Agora é o Aloysio 300 mil? E o presidente Temer é o dos 40 milhões? Ah, sei, sei…

  3. O mesmo de sempre

    Os EEUU deveria usar os bilhões de dólares que usam para desestabilizar países para servir a sua população, a recuperação ambiental do planeta, aos miseráveis e famintos de todo o planeta. Em pouco tempo estarão fabricando crises internas que afetarão vários países e os farão ganhar fortunas espetaculares, como fazem à séculos. Usam a mesma estratégia, sem fim, repetida vezes diante de um mundo hipnotizado e dominado. A América do Sul (especialmente Venezuela e Brasil), Síria, Iraque, Afeganistão e Coréia do Norte são os mais visados do momento atual. Contudo, com a Coréia do Norte ele finge que faz, mas não tem peito para tanto, porque ele sabe que ali (como o Vietnam) o couro come pra valer.

  4. humor
    ““É imperativo que a Venezuela retome o caminho da institucionalidade democrática e que seu governo defina as datas para o cumprimento do cronograma eleitoral, liberte os presos políticos e garanta a separação dos poderes constitucionais”, diz o texto divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.”
    Humor negro?
    A Venezuela está sofrendo um intervenção do império semelhante à Síria, e tem obrigação de se defender.

  5. nem a pau Juvenal

    è imperativo que a Venezuela baixe a guarda e entregue o seu petróleo de graça como se faz num pais bananeiro da américa do sul?

    nem a pau…..

  6. Esqueçam Maduro, Diosdado, Cilia, Delcy até Caprilles……

         Este é o “cara”………

         www.mindefensa.gob.ve/2017/04/18/mensaje-del-estado-mayor-de-la-fanb-con-motivo-de-celebrarse……….

  7. Governos da América Latina criticam violência na Venezuela

    “Em nota, os 11 governos latino-americanos “reiteram a urgência de as autoridades venezuelanas adotarem medidas para garantir os direitos fundamentais e preservar a paz social”.

     

    É MUITO FACIL, BASTA PRENDER OS GOLPISTAS QUE QUEREM TIRAR DO PODER O GOVERNO LEGITIMO.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador