Levy demonstra otimismo na recuperação do país

 
Jornal GGN – Para o ministro da Fazenda os riscos da economia hoje são menores do que no início do ano. Joaquim Levy se baseou na melhora dos reservatórios hidrelétricos, prevista ao longo do primeiro semestre do ano, e na acomodação realista dos preços da energia. Na sexta-feira (29), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou uma queda de 0,2% do PIB no primeiro trimestre. O dado mostra que a economia encolheu menos do que previam analistas, que chegaram a estimar queda de 1,6% do PIB. 
 
Levy diz que queda do PIB reflete ‘incertezas’ do início do ano
 
FERNANDA NUNES E IDIANA TOMAZELLI – O ESTADO DE S. PAULO
 
Para o ministro da Fazenda, que mostrou otimismo, crise do setor elétrico influenciou no resultado da produção da economia 
 
No dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou a piora do Produto Interno Bruto (PIB). o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que os riscos para a economia, atualmente, são menores do que os do início do ano. Em sua opinião, “houve uma mudança qualitativa distinta” de cenário.
 
Segundo ele, a queda do PIB reflete “incertezas”, como as ocorridas no setor elétrico, que há pelo menos dois anos passa por uma crise de escassez de água nos reservatórios hidrelétricos e, por isso, passou a conviver com valores elevados para a eletricidade. Mas, de acordo com o ministro, a alta da tarifa de energia ajudou a “modular o consumo” de energia.
 
Apesar dos números negativos trazidos hoje pelo IBGE, Levy demonstrou otimismo. Para ele, a fase mais crítica do setor elétrico já foi ultrapassada, o que deve contribuir com a  melhora também da economia. Ele destacou a melhora dos reservatórios hidrelétricos ao longo
do primeiro semestre do ano.
 
Levy disse ainda que o Brasil tem sido afetado pela retirada das políticas anticíclicas de países parceiros, o que força o Brasil a “fazer o mesmo”, ressaltou. “Isso significa que o Brasil está em uma nova fase” e o ambiente é distinto em relação ao de dez anos atrás. “Temos que nos adaptar a isso”, afirmou.
 
Diferentemente da energia elétrica, o setor petróleo, embora em condições melhores que no início do ano, deve continuar sofrendo os efeitos negativos da queda das cotações de commodities. Segundo Levy, “o impacto da queda do preço das commodities será persistente”.
 
Grau de investimento. Levy afirmou que “o trabalho do governo é baixar o risco do Brasil. O Brasil não pode regredir no risco de investimento. O Brasil também não pode regredir na retração da desigualdade”, disse.
 
O ministro ainda comentou que há divergência entre gastos públicos e receitas. “Houve declínio na receita federal nos últimos anos, são R$ 70 bilhões a menos, enquanto houve aumento importante de despesas”, disse Levy. Segundo ele, esse risco fiscal é um dos maiores obstáculos para as empresas, e o objetivo do governo é reduzir isso. “O risco Brasil ainda é elevado”, acrescentou.
 
A divergência também afeta a Previdência Social, que sofre efeito cíclico de tendência de alta na despesa e redução da receita. “O déficit da previdência é sistemático. O governo tem de prestar atenção nisso, principalmente quando há discussão sobre a desoneração da folha de pagamento”, disse Levy
Redação

11 Comentários

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  1. O aumento importante das

    O aumento importante das despesas referidas pelo ministro Levy está relacionado com o aumento das despesas com o pagamento dos juros da selic que subiram de 7,25% a.a. para inacreditáveis 13,12%a.a., aumentando as despesas com os juros em mais de R$ 100 bilhões de reais, comprometendo seriamente o orçamento federal. O Banco Central deve reduzir rapidamente a taxa selic para 10%a.a..

  2. Segundo diálogo imaginário (

    Segundo diálogo imaginário ( não tão imaginário assim)  Levy é bobo e vaidoso.

      DEMÉTRIO MAGNOLI

    Na cozinha do Planalto

    Calma, querida, Levy não sai. É bobo, vaidoso. Quer escre-ver no currículo que salvou a pátria. Dá pra esticar a corda

    — Uh, LULA, qual é? Quer tocar fogo no meu governo? — Eu, Dilminha?

    — Você, sim! “Onde está, no estatuto do PT, que tem que votar contra o trabalhador e o aposentado? Vote de acordo com a sua consciência” –foi isso que você falou pro Paim. –Esquece o Paim, querida. Ele não ia ceder mesmo. Falei por falar.

    — Ok, mas e o Lindbergh com aquele manifesto contra o Levy? Esse só faz o que você permite. Tem mais: no congresso do PT de São Paulo, aquele fracasso, todo mundo gritava “Fora, Levy”. Vai ser assim no Congresso Nacional, vai? — Dilminha, você sabe como é o PT, né?

    — Não sei. Nunca circulei no PT, graças a Deus. Sei que não gritariam isso contra você. O jogo agora é derrubar o Levy, Lula? Onde você quer chegar? — Não grita, Dilma! Não sou teu ministro número 40. Vê se entende: sou candidato. Pronto, falei.

    — Isso eu sei, desculpa gritar. Mas combinamos outra coisa. O Levy, aquele desaforado, você quis o Levy! — Eu, não: queria o Brandão. — Dá no mesmo, ora, é o Bradesco. E combinamos que o Levy fica até passar essa fase; depois troco pelo Barbosa. — Sei, Dilminha, não é pra mudar o plano, não. — Ah, não? E o “Fora, Levy”?

    — Querida, sou candidato! Não posso ser candidato da recessão, da austeridade. Sou o cara da utopia, do futuro. Entendeu? — Entendi, sim. Bacana, pra você. E eu? Você viu meu Ibope? — Divisão do trabalho, Dilminha. O projeto é o mesmo.

    — Projeto? E se o Levy não aguenta, pega o chapéu? Qualquer um pode fazer corte no orçamento, mas ele é o amigão dos caras das agências de rating. Se cortam nossa nota, afundamos. E bau bau teu projeto! — Calma, querida, ele não sai. É bobo, vaidoso. Quer escrever no currículo que salvou a pátria. Dá pra esticar a corda. Não veta a mudança no fator previdenciário. Ele engole mais essa, garanto. E você ainda ganha umas palminhas no congresso do PT.

    — Gozado, Lula, você teve oito anos e não mudou o fator previdenciário. — Não precisava, Dilma. Fui reeleito. Você foi eleita. — Captei: eu quebro a Previdência pra te eleger, é assim? — Não grita, querida! O mundo não nasceu hoje: eu comecei a quebrar o país pra te eleger. Todo mundo que lê jornal sabe disso.

    — Jornal, Lula, sério? E a tua história da mídia malvada? E essa grana que nós torramos com os puxa-sacos dos blogs? Aliás, puxa-sacos teus! Eles estão nessa do “Fora, Levy” e quase pedem a minha cabeça. Pagos pela Petrobras, logo a Petrobras. Tem graça? — Grana de troco, Dilminha. Você vem falar disso no meio da Lava Jato?

    — Lava Jato, Lula, bem lembrado. Gabrielli era teu, não meu. Vaccari, teu. A turma das empreiteiras, teus chapas. Minha era a Graça, que sacrifiquei. — Para, Dilminha. E daí? — Daí, é a tua herança. Tem o Moro, que vai chegar nas elétricas. Querem abrir os segredos do BNDES. Tem o impeachment, sabe o que é isso? E justo você quer incendiar meu governo! Não admito essa campanha contra o Levy. — Querida, sou candidato. É esse o projeto. Até a eleição, preciso da esquerda.

    — Sei, depois é outra coisa, né? Você governou com o Levy, quando precisou. Eu não posso? — De novo, Dilminha, esse papo? — Esquerda até 2018, depois Odebrecht. Cara de pau! — Devagar, querida. Chantagem, agora?

    — Agora é você que está gritando, Lula. — Olha bem pra mim: sou o o cara, lembra? — O cara? Olha em volta, é só ruína. O Dirceu, o Palocci. Vaiam o PT na rua. Pelo menos o Levy dá editoriais a favor. Esses caras dos jornais acreditam em ajuste fiscal, saci-pererê, mula-sem-cabeça. São minhas únicas vitórias no Congresso. Preciso de uma trégua, Lula.

    — Querida, você não aprende mesmo. É política, isso. Segura a onda. Fica com os editoriais, eu fico com o Stédile. É o que tenho, hoje. Mas sem chantagem! Esquece os meninos do MBL. Você viu, não são nada. Impeachment? Desencana. Você não é o Collor, porque tem o PT. Ainda. Enquanto eu quiser.

    1. O papagaio pode ser motivo de

      O papagaio pode ser motivo de piada mas é  inocente André. Quem está levando o Brasil pro buraco não é o papagaio e outros bichos não, somos nós os humanos mesmos.

  3. Lembrando M. H. Simonsen

    Semanas atrás o Nassif citou numa Coluna econômica a frase do Simonsen, para quem “…provocar a recessão é como puxar um saco com uma corda; já reverter a recessão é o mesmo que empurrar o saco com a corda”. Quero ver o Levy empurrar o saco com a corda. 

  4. buenosnesta lambança federal

    buenos

    nesta lambança federal do ajuste saia justa alguém que seja… tem que estar otimista,

    pero si,

    – é catástrofe!

     

  5. Essa manchete  me lembrou

    Essa manchete  me lembrou aquela historinha : quando o cachorro morde o homem, não é notícia; notícia é quando o homem morde o cachorro. Favor me acordar quando esse senhor disser que está pessimista quanto à recuperação ( ? ) do país. Talvez aí ele já não seja mais ministro.

    1. recorrências discursivas

      Nira, em meio a tanto otimismo, tá cada vez mais difícil encontrar homem mordendo cachorro.

      Saca só…

      “Cristóvão Borges demonstra otimismo e promete ‘mudar o cenário’”

      “Dilma demonstra otimismo e aposta em PIB até 5% maior em 2011”

      “Elton demonstra otimismo em voltar a defender o Vitória”

      “Paulo Maluf vota e demonstra otimismo em recurso no TSE”

      “Felipão demonstra otimismo no Jornal Nacional”

      “Eduardo Paes demonstra otimismo em primeiro dia de visita de comissão do COI”

      “Massa demonstra otimismo na Williams e não se assusta com Vettel e Alonso”

      “Marina Silva demonstra otimismo com segundo turno”

      “Rafaelson demonstra otimismo para duelo contra Jacuipense”

      “Governador Geraldo Alckmin demonstra otimismo quanto à produção de iPads em São Paulo”

      “Presidentes elogiam gestão de Marco Polo e demonstram otimismo na nova fase”

      “Aécio demonstra otimismo ao deixar apartamento no Rio”

      “Obama demonstra otimismo sobre aprovação de plano econômico”

      “Consumidor global demonstra otimismo para 2011”

      “Lula demonstra otimismo sobre melhora nas relações EUA-Cuba”

      “Ucrânia demonstra otimismo com plano de paz de Hollande e Merkel”

      “Ministro grego mostra otimismo após “reunião produtiva” com presidente do BCE”

      “Mantega demonstra otimismo com economia em 2013”

      “Mesmo com aperto monetário e a perspectiva de mais austeridade nas contas públicas, Palocci demonstra otimismo.”

      “No Ceará, Rogerinho demonstra otimismo”

    1. Isto é impossível de acontecer…

      O Ministro (Cavalo de Tróia) será desmascarado ao final do ano. 

      Mas como a Presidenta é teimosa, ele ficará no cargo por mais tempo.

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