Líderes do PT e do PMDB na Câmara divergem sobre pesquisa CNI-Ibope

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Agência Câmara

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse hoje (1º) que não se preocupa com o resultado da pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), segundo a qual o percentual de pessoas que consideram o governo ótimo ou bom caiu de 12% para 9%.

Segundo ele, pesquisa é um dado de momento, e acha que “juntando tudo” – não especificou o que é o tudo – “a gente tem aprovação de 20 a 25%, [índice] que poucos governadores têm. Não estou preocupado com isto. Estou preocupado em construir aqui uma agenda diferente desta do pessimismo, do ‘quanto pior melhor’”, disse ele, lembrando que 21% dos entrevistados avaliaram o governo como regular.

O petista afirmou que já há sinais de uma retomada do processo de crescimento do país, e destacou a declaração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que rebateu uma jornalista brasileira, afirmando que o governo norte-americano vê o Brasil como uma potência global e não como liderança regional.

Temos que entender, segundo ele, que há uma articulação e o pessimismo contamina o ambiente politico. Mas “estou muito seguro que a afirmação de Obama é o sentimento generalizado em todas as economias. As pessoas dizem que não tem quem invista no Brasil, mas somos o terceiro ou quarto em aporte de investimentos internos e externos”, avaliou.

O PMDB não compactua com o mesmo otimismo. O deputado Leonardo Picciani (RJ), líder do partido que também compõe a base governista, mas anda com as relações estremecidas com o PT, avaliou que há tempo de corrigir erros, mas vê o resultado da pesquisa como “reflexo dos erros que o governo tem repetido”.

“Creio que possibilidade de recuperar existe, mas não ocorre porque tudo que não deu certo, tudo o que deu errado e levou à baixa aprovação [do governo], continua sendo feito”, avaliou. Para ele, a queda da aprovação é reflexo de uma economia recessiva e da falta de ação politica. Segundo Picciani, a crise é tanto econômica quanto política. “O governo continua errando na interlocução com a sociedade e com a base parlamentar. Acho que precisa mudar tudo”, completou.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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  1. Eu já escrevi várias vezes.

    Eu já escrevi várias vezes. Pra aumentar a popularidade de Dilma só o tal de Marcos Coimbra.

       Ele vem com aquele vox populi dele e dá logo 101 por cento de aprovação na Dilma.

      E todos aqui e acolá acreditam.

     E ele tem credibilidade. Tanto quanto a minha:

        Que dou duas por dia.

         

  2. E vão continuar a discutir. 

    E vão continuar a discutir.  Em um momento em que Aécio pó pará aeroporto Neves é herói ou José Chevron Serra é baluarte da honestidade e do despreendimento, Geraldo sabesp pedágio trensalão Alckmin é sinônimo de respeito ao bem público e a população, ou Eduardo inimputável Cunha tem o respeito da população é esperado que uma pessoa séria e decente como Dilma não encontre reconhecimento num país enlouquecido pela desinformação e agressividade.

    C’est la vie. E vamos ver aonde tanto desvario vai dar.

  3. Se as coletas de dados foram

    Se as coletas de dados foram feitas apenas nas capitais, acredito que o resultado seja mais ou menos esse.

    Agora, se incluir o interiorzão a coisa muda de figura.

    O resultado reflete o pensamento dos coxinhas propagado pelo PIG.

  4. O país passa por

    O país passa por dificuldades: isso é fato.  Algumas advindas de erros do atual governo, outras não. O caráter singular da crise atual se revela em duas dimensões:

    1ª) Alinhamento das três matrizes que raramente “andam” juntas: crise econômica, crise política e crise externa(ou percalços). 

    2ª) Sua verberação pelas mídias num intensidade jamais vista na nossa história. Há uma orquestração e ao mesmo tempo disputa pelos meios de comunicação de quem consegue fazer mais terrorismo. Ler jornais e revistas , ouvir noticiários no rádio e assistir telejornais só para os hiper fortes. De causar inveja aqueles jornalecos sensacionalistas de antanho. 

    E não só as notícias ruins(ou mera projeções ou mesmo invenções) por si mesmas. As cornetas anunciando o “fim do mundo” são acompanhadas de toda uma teatralidade. Bocas se entortam, olhos se esbugalham, vocês esganiçadas ecoam, textos são pintados em negrito ou de vermelho, braços e mãos frêmitos no ar,  gráficos em forma de eletrocardiogramas(para impressionar mais) e, last but not least, as indefectíveis comparações temporais, tipo: “o pior desde………”. Já apareceu uma comparando indicadores da época de Cabral com os do atual governo. 

     

  5. Ah se no governo Dilma houvesse ministro da justiça….

     

    Com a falta de ministro da justiça e a consequente dominação da pf pela banda podre da política brasileira, acontece isto aqui :

     

    O Dia On Line

    01/07/2015 15:22:44

    Adesivo que simula Dilma de pernas abertas pode ser crime

    Anúncio foi publicado há pelo menos cinco dias em um site de compra e venda da web e foi encerrado na segunda-feiraIG

    Rio – O MercadoLivre tirou do ar o anúncio de adesivo que simula a presidente Dilma Rousseff (PT) de pernas abertas por considerar que ele poderia configurar crime. O anúncio foi publicado há pelo menos cinco dias por um vendedor de Recife e encerrado na segunda-feira. Neste intervalo, quatro vendas foram efetuadas, segundo o sistema do site.

    Adesivo tem 60 x 40 cm e foi produzido em Recife, segundo o anúncio do siteFoto:  Reprodução Internet

    O MercadoLivre informou que a retirada foi realizada após denúncia de um usuário. “O conteúdo poderá configurar difamação, conforme previsto no artigo 140 da Lei do Código Penal: ‘Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro’. Desta forma, a denúncia foi aceita, pois o anúncio realizado está contrário aos Termos e Condições de Uso do MercadoLivre e foi retirado do ar”, informou a empresa, em nota.

    A retirada não significa que materiais com críticas à presidente não possam ser vendidos no MercadoLivre. Nesta quarta-feira , havia cerca de 30 anúncios de adesivos de protesto contra a petista ativos.

    O adesivo, de 60 por 40 cm, foi produzido para ser utilizado em veículos para que, no momento do abastecimento, a pistola de combustível seja introduzida na vagina da imagem que simula a presidente.

    O produto recebeu diversos comentários elogiosos e de apoio. Um deles sugeria que o vendedor produzisse um adesivo semelhante com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de quatro.

    A reportagem tentou contato com o vendedor, identificado como Raisa Siqueira e que comercializa produtos pelo MercadoLivre há cinco anos, mas não conseguiu.

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