Meirelles diz que acordo com estados terá impacto de R$ 50 bilhões

Jornal GGN – De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o acordo para alongara a dívida dos estados com a União terá impacto de R$ 50 bilhões nos próximos três anos. Meirelles também disse que o custo, neste ano, será de R$ 20 bilhões, já previsto na estimativa de deficit fiscal enviada ao Congresso, de mais de R$ 170 bilhões.

O acordo para refinanciar a dívida foi anunciado ontem (20), e prevê carência nas parcelas até dezembro. A partir de janeiro, as prestações terão descontos, que serão progressivamente reduzidos até julho de 2018. Meirelles afirmou que não há “perdão de dívida”, e sim um reescalonamento.

Sobre o estado do Rio de Janeiro, que decretou estado de calamidade pública na semana passada, Meirelles afirmou que haverá uma “solução complementar” para o estado, sem antecipar valores do socorro que será dado para o governo fluminense.

Da Agência Brasil

Acordo com estados terá impacto de R$ 50 bilhões em três anos, diz Meirelles

acordo para o alongamento da dívida dos estados com a União, firmado hoje (20), terá impacto de R$ 50 bilhões nos próximos três anos. Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em 2016 o custo da negociação será R$ 20 bilhões e para 2017 e 2018, R$ 15 bilhões em cada ano.

Para este ano, segundo o ministro, o impacto está previsto na reestimativa de deficit de R$ 170,5 bilhões enviada ao Congresso Nacional pelo governo. “O custo será de R$ 20 bilhões, em 2016, que está de acordo com as estimativas que foram feitas por ocasião do cálculo e da previsão do déficit de 2016”.

O ministro ressaltou que o acordo não é um perdão das dívidas, mas sim reescalonamento. “É uma revisão até o final do contrato e isso será pago no restante do contrato. Não há perdão de divida”.

Com o acerto, o ministro disse que o Supremo Tribunal Federal será comunicado. “Será informado ao Supremo que foi cumprida a determinação que dever-se-ia procurar um acordo entre a União e o estado. Isso foi feito e, portanto, atendeu-se a determinação do acordo entre as partes”.

 

São Paulo

Maior economia do país e dono da maior dívida entre os estados, São Paulo terá a parcela da dívida reduzida em R$ 400 milhões até dezembro, acima do limite de R$ 300 milhões concedido pela União aos estados no período. Assim, o estado pagará R$ 900 milhões até janeiro.

“Houve um acordo com São Paulo na medida em que a dívida do estado, em virtude do tamanho e da dimensão da sua economia, é muito maior do que os outros estados. O estado concordou em limitar esse desconto inicial que prevalece no mês de julho a R$ 400 milhões. O que significa que do total de R$ 1,3 bilhão pagos pelo estado de São Paulo, no primeiro momento, ele pagará R$ 900 [milhões]. Significa que é, percentualmente, um desconto menor, mas, em termos numéricos, é o maior desconto, evidentemente, porque é o maior pagador”.

Rio de Janeiro

O ministro da Fazenda disse que a situação do Rio de Janeiro, que decretou estado de calamidade pública na sexta-feira (17), não foi discutida na reunião com todos os governadores e será debatida, ainda hoje, a parte. Apesar de não antecipar o montante do socorro que será dado ao estado, Meirelles disse que haverá “uma solução complementar” para o Rio de Janeiro.

“A questão do Rio de Janeiro e o equacionamento da questão da dívida do Rio a parte complementar, em virtude da existência esse ano da Olimpíada e do fato de que todos os estados entenderam e foram solidários a se ter uma solução complementar para viabilizar a questão da Olimpíada e pelo fato de que o Rio de Janeiro decretou o estado de calamidade pública em decorrência da crise financeira. Isso, portanto,  demanda uma ação específica para atender a esse estado de calamidade e não seria razoável que isso ocorresse e viesse a impedir as Olimpíadas. Todos os estados entenderam, foram solidários e vamos concluir as tratativas e as medidas adequadas que serão anunciadas em seguidas”.

 

Redação

6 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Arrombaram o cofre. Parabéns

    Arrombaram o cofre. Parabéns a todos os otários que vestiram suas camisetas da CBF -Corrupção Brasileira do Futebol- e foram participar das micaretas golpistas! Os brasileiros vão pagar o pato que os burros ajudaram a colocar para dentro dos muros de Troia.

  2. O LULA criou o

    O LULA criou o cheque-especial…

    Então em tempos de crise, é só gastar…

    Ah! O cheque-especial do LULA é tambem conhecido como Reservas Internacionais…

    É ai que eles vão sacar dizendo a nação QUE É IMPRESCINDÍVEL!

    E no mais, foram promessas de uns 120 bilhões de reais que em dólar da uns 30 bilhões nas reservas, coisa pouca para quem mais de 350!

    Ou então privatizando o pré-sal…

  3. Os votos do impeachment já

    Os votos do impeachment já estão garantidos para o Temer. Eu não assisto, mas alguém aí viu a cara da Miriam Leitão avalizando o rombo nas contas públicas? A “seríssima” jornalista econômica deve estar contente: já tem argumentos para cobrir o rombo defendendo com toda a sua arrogância  o “fim da Previdência e do Sus” e a “liquidação” das empresas públicas e das riquezas do país. 

    Sei não, mas se Nossa Senhora Aparecida é padroeira do Brasil é bom ela pedir uma audiência com Deus. Dessa vez nem o clima bom e a falta de intempéries nos salva do abismo em que seremos atirados. Só rezando.

  4. A conta…

    A conta do impeachment!

    Benesses com os Estados, aumentos no Judiciário e outros “meritocráticos”, corte de verbas a blogs progressistas; atropelo aos direitos do povo.

  5. Dívidas e Dúvidas

    Ajuda aos Estados?  Como votariam os senadores no caso Dilma, se não houvesse a “ajuda”? Ou alguém acha que a União, com um rombo orçamentário que diz ser de 175 bilhões, vai abrir mão de mais 50, sem obter nada em troca?

  6. Quer dizer que o déficit

    Quer dizer que o déficit orçamentário, motivo maior para impichar a Dilma, agora, virou festerê? Não tem china pobre…

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador