Mercado projeta aumento de 0,5% para taxa básica de juros

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) indicam que a taxa básica de juros deve subir 0,5% na reunião que está marcada para amanhã (28) e quarta-feira (29). Atualmente, a taxa Selic está em 13,75% ao ano, após passar por seis altas seguidas. Os analistas não esperam novos aumentos da taxa Selic após a reunião desta semana, o que deve levar o indicador a encerrar o ano em 14,25% – a estimativa efetuada na semana passada era de 14,5% ao ano.

Como a autoridade monetária está tentando conter a inflação, a expectativa é continuidade do processo de aumento da taxa básica. Para este ano, a estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela 15ª vez seguida, passando de 9,15% para 9,23%. Neste ano, a inflação deve ficar acima do limite superior da meta estabelecido pelo governo, que é 6,5%. Para 2016, a projeção permanece em 5,4%.

A promessa do Banco Central é entregar a inflação no centro da meta (4,5%), em 2016. Como as expectativas para o próximo ano ainda estão acima disso, o BC considera que precisa continuar elevando os juros. Segundo informações da Agência Brasil, o diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, disse na última sexta-feira (24) que, mesmo com alguns resultados positivos inegáveis, acontecimentos recentes mostram que existem novos riscos que podem influenciar o resultado da inflação em 2016. Para o diretor, isso pode afetar as expectativas de inflação no longo prazo.

Para o diretor, há sinais positivos da convergência da inflação para 4,5% no próximo ano, mostrando que o BC está no caminho certo. “No entanto, o progresso até agora na luta contra a inflação precisa ser equilibrado contra riscos recentes que ameaçam nosso objetivo central”, disse. O diretor acrescentou que o Banco Central deve permanecer cauteloso no momento atual.

Junto com o prognóstico para os juros, os analistas voltaram a reduzir seus prognósticos para a retração da economia, com o PIB (Produto Interno Bruto) passando de 1,70% para 1,76%, em sua segunda semana consecutiva. Para o próximo ano, a projeção é crescimento do PIB, mas de 0,20%, contra 0,33%, previstos na semana passada.

Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 5%, este ano, ficando estável pela segunda semana consecutiva. Em 2016, a projeção de crescimento passou de 1,50% para 1,30%, em sua primeira semana sem mudanças.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 7,64% para 7,69%, este ano. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa subiu de 7,46% para 7,52%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) passou de 8,72% para 8,74%, este ano.

A projeção para a cotação do dólar subiu de R$ 3,23 para R$ 3,25 ao final de 2015 (média do período passando de R$ 3,09 para R$ 3,10), e segue em R$ 3,40 no fim de 2016 pela terceira semana consecutiva. O saldo da balança comercial foi mantido em US$ 6,40 bilhões para o fim deste ano, na primeira semana de estabilidade, e a variação para o próximo ano avançou pela sétima semana consecutiva, de US$ 14 bilhões para US$ 14,89 bilhões.

A projeção para a dívida líquida do setor público para o fim deste ano foi mantida em 37% do PIB em 2015, e a variação para 2016 subiu pela segunda semana consecutiva, de 38,35% para 38,50%. Já os dados para o déficit em conta corrente passaram de -US$ 80 bilhões para -US$ 79 bilhões, em sua quinta semana de mudanças, ao passo que os dados para 2016 foram mantidos em -US$ 70 bilhões.

O volume de investimento estrangeiro direto projetado para este ano caiu de US$ 66,25 bilhões para US$ 65,70 bilhões, enquanto a estimativa para 2016 foi mantida em US$ 65 bilhões pela nona semana seguida.

 

 

(com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

10 Comentários

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  1. A inflação vai para o centro

    A inflação vai para o centro da meta ou talvez menos até lá já que ninguem vai sobreviver, as empresa vão fechar, os trabalhadores não terão emprego e muitos morrerão do coração por causa da situação, ou seja, sem ninguem para procurar tambem diminuirá a oferta, e todos seremos felizes para sempre com uma inflação baixissima.

  2. Pontos

    se a selic aumentar outra vez, se não houver perspectivas de baixa, sinceramente, eu entrego os pontos e o PT se prepare para jogar fora todas as conquistas de 2003 a 2011 na lata de lixo, inclusive a sua própria Históriaclusive (conquistas essas que foram poucas, mas que fizeram uma diferença imensa n a vida de um povo maltrado e que vive num país de desiguladades de proporções oceânicas). Ciro Gomes disse algo emblemático em sua entrevista ao Paulo Henrique Amorim: o povo se dispõe a sacrifícios, o que o povo não tolera é ser traído e ser tratado como otário. Se tivéssemos um oposição de verdade no Brasil, não precisarímos de cpi de petrobras, bnds, escândalo de pedaladas fiscais e etc. Os juros praticados pelo bacem é o maior assalto aos cofres públicos. Isso sim sería a cpi do apocalipse

  3. Furto em larga escala

    O curioso é ninguém até agora ter sido preso pelos aumentos criminosos da taxa básica de juros promotores do enriquecimento sem causa (ética) de rentistas e do empobrecimento do Estado e do restante da população. O nome disto é furto em larga escala. Somos mesmo uns otários.

  4. A questão da divida

    A questão da divida liquida.

    O própria divida gera aumento do PIB, quanto mais você dever mais PIB você vai ter (sem  nada produzir necessáriamente).

    Da forma como se calcula o PIB que não é o total de bens e serviços de um pais , o gasto publica é multiplicado por 2.Por isso que o gasto estatal eleva muito o PIB.

    PIB é uma ilusão, mas uma propaganda de  governo.

     

  5. Aumentar e SELIC é suicídio

    A SELIC deve ser drasticamente reduzida.  Aumento é suicídio político e monetário.  Esse pessoal que decide a SELIC deveria ser responsabilizado pessoalmente pelo estrago produzido na economia brasileira.

  6. Tem uma quadrilha operado no

    Tem uma quadrilha operando no Banco Central e outra na Fazenda.

    Esses bandidos acorbertados a PF não investiga. 

    Não tem TCU para eles, e é só alegria.

     

  7. Sangria

    A verdadeira sangria deste país não é feita pela oposição, mas no momento por um partido dito “trabalhista”.

    Engraçado que após tudo isto acabar, e logicamente não surtir efeito, quem pagará a conta pelo aumento trilhonário da divida publica será o povo. E mesmo que funcionasse, gastar centenas de bilhões de reais do tesouro nacional, só para abaixar alguns pontos na inflação não é negócio, é estupidez sem limites.

     

  8. Definições

    Segundo os dicionários:

    Desvio de dinheiro público para terceiros: peculato.

    Grupo de pessoas que se unem para cometer um crime: quadrilha.

     

     

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