Multimídia do dia

As imagens e os vídeos selecionados.

Redação

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  1. Para Anna Dutra

    Viu o mundo

    Padeceu em praça pública

    E tropeçou nas pedras irregulares das ruas

    Mas aprendeu a lançar seu olhar único sobre as coisas

    Orientada pelas suas raízes sem confundir o caminho de volta para casa

    Descobriu que a viagem é diferente para cada pessoa que percorre os mesmos endereços

    Sem perder, jamais, a esperança como um navegante sem bússola no meio da tormenta dos mesmos lugares

    Feliz Aniversário!

    1. Para JNS

      Quê belêssa:  você fez!

      JNS, essa nossa passagem por aqui é repleta de surpresas e de tarefas. Temos muito a construir, pouco tempo e muitas distrações pelo caminho. Surpreendidos por circunstâncias que nos impedem, motivam e machucam, encontramos as pessoas que colorem e temperam os dias.

      Tua amizade e o manancial criativo e amoroso que você carrega, e generosamente espalha por aí, foi uma surpresa muito agradável! As dificuldades comuns a todos nós te tornaram um amigo ombro a ombro na solidariedade e no carinho, um “causo” conhecido nas dores irmãs e alegrias compartilhadas.

      Obrigada pela afetuosidade e pelos momentos alegres e plasticamente valiosos!

      Beijos da Anna.

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=lk4WCpEaoig%5D

      1. detestávil

                          

                           Não aprecil bate-papo

                           Não denuncil o pato

                           Que trail o sapo

                           Com a fogosa sapa

                           Que estava no cil

                           Ô galera detestávil

                          

  2. O Cara

    Como Bob Dylan mostrou que ele era “o Cara” para o “Novo Dylan”

    Artigo postado por Tom Power em Radio 2, em 16 de Fevereiro de 2012

    Em 1965, Bob Dylan estava em turnê na Inglaterra. Ele desfrutava do seu reinado como rei da música folk, (e de muitas maneiras, rei de toda a cultura pop e folk), mas onde quer que fosse via revistas dizendo que ele estava ultrapassado. Todos em toda a Inglaterra, nas páginas de jornais e nas revistas de artes, proclamavam um “New Dylan” e o seu nome era Donavan Leitch.

    Donovan ficou conhecido como o cantor de hits como “Mellow Yellow” e “Sunshine Superman, incrivelmente datado do momento da psicodelia, mas por volta de 1965 ele ainda era um clone de Dylan. 

    [video:https://youtu.be/64mb_hUOb4g width:600]

    Donovan usava os mesmos óculos de sol, as mesmas botas e cantava o mesmo tipo de canções folclóricas líricas que estava fazendo Dylan famoso. E uma vez que Dylan estava indo para formas conceituais de composições mais esotéricas, um monte de fãs bandearam-se para o jovem escocês para saciar a necessidade de outro Dylan.

    O cineasta DA Pennebaker aconteceu de estar na estrada com Dylan durante a sua turnê, para filmar as cenas que acabaria por tornar-se o lendário documentário “Do not Look Back”, e capturou as imagens de um confronto que iria parar nos livros de história.

    Dylan estava em seu quarto de hotel com sua equipe, quando recebeu a informação que Donovan queria conhecê-lo – assim Dylan convidou-o para sair. Eventualmente, uma das pessoas da equipe de Donovan viu as câmeras de Pennebaker e pensou que seria uma boa oportunidade para Donovan reivindicar, legitimamente, seu prêmio como a nova voz de uma geração. Então ele perguntou se Donovan poderia cantar uma canção para Dylan.

    Donovan mostrou uma canção chamada “To Sing For You” e, no meio da cantoria, Dylan exclamou: “Ei, isso é muito bom cara!”. 

    O clima ficou desconfortável na sala, porque os amigos de Donovan sorriam acreditando o “seu Cara” tinha vencido. Mas isso durou até que Dylan pediu o violão.

    O diálogo musical travado então tornou-se um dos mais famosos (e um dos únicos) da história da música popular mundial. Dylan afinou novamente a viola e cantou, sem dúvida, a sua melhor (e mais recente) canção “It’s All Over Now, Baby Blue” e, naquele instante mágico, todos voltaram a saber quem era o melhor.

    [video:https://youtu.be/ZjpUTlbhCFw width:600]

    Em apenas uma canção Bob Dylan mostrou a todos que aquele alarido criado não tinha sentido e provou que estava em boa forma. A partir desse encontro Donovan passou a conduzir sua boa carreira cantando jams psicodélicas e Dylan continuou a tentar mudar o mundo.

    Áudio de belas interpretações de The Animals e Joan Baez

    [video:https://youtu.be/kUmmSIMGm-E width:600]

    [video:https://youtu.be/j0xkIQfTtG8 width:600]

  3. Bob Dylan

    Está tudo acabado agora, Baby Blue

    "Quando a maré está alta, a água entra e ele quebra na frente das falésias, explode no ar e se arrasta sobre a areia", disse ele

    Você deve ir embora agora, pegue o
    que precisar, você acha que vai durar
    mas o que quer que você deseja manter, é
    melhor pegar rápido.
    Lá está o seu órfão com a arma
    chorando como um fogo ao sol
    Olhe, os santos estão aparecendo
    e está tudo acabado agora, Baby Blue

    Sr. Meudell leva a maioria de seus chutes a praia Kiama abrangendo a Gerrigong praia na costa sul de NSW

    A auto-estrada é para jogadores, é melhor
    ter juízo
    Pegue o que você juntou das coincidências
    O pintor de mãos vazias das ruas
    está fazendo desenhos malucos nos seus
    lençóis
    Este céu, também, está se dobrando
    e está tudo acabado agora, Baby Blue

    The 40-year-old aconselha outros fotógrafos de brotamento de familiarizar-se com a forma como o oceano funciona antes de ficar atrás de uma lente

    Todos os seus marinheiros com enjôo,
    estão indo pra casa
    todos os seus exércitos
    de renas estão indo pra casa
    O amante que acabou de sair por sua porta
    tirou todos os cobertores dele do chão.
    O carpete também está se movendo
    debaixo de você

    Um fotógrafo Oceano conquistou a espuma única e surreal momento oceano atinge a areia 

    Deixe suas pedras pra trás, alguém o
    chama, esqueça os mortos que você
    abandonou, eles não o seguirão
    o andarilho que está batendo à sua porta
    está nas roupas que um dia você usou
    acerte um outro lance, recomece
    e está tudo acabado agora, Baby Blue

    Ele usa um EOS 5D lentes DSLR e numerosos Mark III para atingir os tiros únicos, mas não revela configurações que ele usa para manter o ar de mistério

    Imagens

    Fotografias surpreendentes e surreais da espuma
    criada no momento que as ondas do oceano esmagam
    a costa arenítica pelo surfista Lloyd Meudel via Daily Mail

    Tradução

    Ministério Público de Contas do Estado do Rio Grande do Sul

  4. Vingança por Gastão Formenti e Mônica Salmaso

     

    Vingança

    José Maria de Abreu e Francisco Mattoso

     

    [video:https://youtu.be/byq6LrMfoqI%5D

    Gastão Formenti

    Orquestra Victor Brasileira

    Disco Victor 34044 A Ano 1935

    .

     

    [video:https://youtu.be/iPDKUNyBgU4%5D

    Mônica Salmaso (2004)

    Acordeon e arranjo: Toninho Ferragutti

    Clarinete, sax alto e arranjo de sopros: Nailor “Proveta” Azevedo

    .

     

    Vingança 

    (Francisco Mattoso e José Maria de Abreu)

     

    Lá na beira do roçado,
    Onde a tristeza não vem 
    Eu vivia sossegado
    Com a viola do meu lado
    Mais feliz do que ninguém

    Numa festa no arraiá 
    Vi dois óio a me olhá 
    Decidi no improviso, 
    Ela me deu um sorriso
    E comigo foi morar

    Nunca mais fui cantador 
    E a viola descansou
    Eu vivia pra cabocla,
    Eu vivia pra cabocla
    Só pensava em meu amor

    Nunca fui feliz assim
    Eu mesmo disse pra mim,
    Pensei que a felicidade,
    Pensei que a felicidade
    Não pudesse ter um fim

    Mas um dia a malvada
    Foi-se embora e me esqueceu
    Com um caboclo decidido,
    Juca Antônio conhecido
    Cantador mais do que eu

    Já cansado de esperar,
    Desisti de procurar
    A cabocla que um dia
    Levou minha alegria
    Eu jurei de me vingar

    Numa festa fui cantar
    E a mulata tava lá
    Juro por Nossa Senhora
    Juro por Nossa Senhora
    Que a cabocla eu quis matar

    Mas fiquei sem respirar
    Quando vi ela dançar
    Ela tava tão bonita,
    Ela tava tão bonita
    Que esqueci de me vingar

  5. “Evocação das montanhas”: Milton Nascimento e “Noturno de Belo

    Horizonte”: Mário de Andrade

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=_K93dCdZeSg%5D

     

    NOTURNO DE BELO HORIZONTE

     

    […]

     

    Um grande Ah!… aberto e pesado de espanto

     Varre Minas Gerais por toda a parte…

    Um silêncio repleto de silêncio

    Nas invernadas nos araxás

    No marasmo das cidades paradas…

     Passado a fuxicas as almas,

     Fantasmas de altares, de naves doiradas

     E dos palácios de Mariana e Vila Rica…

    Isto é: Ouro Preto

    E o nome lindo de São José del Rei mudado num odontológico Tiradentes…

    Respeitemos os mártires.

     

    Calma do noturno de Belo Horizonte…

    As estrelas acordadas enchem de Ahs!… ecoantes o ar.

     O silêncio fresco despenca das árvores.

    Veio de longe, das planícies altas,

     Dos cerrados onde o guache passa rápido…

     Vvvvvvv… passou.

    Passou talqual o fausto das paragens de ouro velho…

    Minas Gerais, fruta paulista…

     Fruta que apodreceu.

     

    Frutificou mineira! Taratá!

     Há também colheitas sinceras!

     Milharais canaviais cafezais insistentes

    Trepadeirando morro acima.

     Mas que chãos sovinas como o mineiro-zebu!

    Dizem que os baetas são agarrados…

    Não percebi, graças a Deus!

    Na fazenda do Barreiro recebem opulentamente.

    Os pratos nativos são índices de nacionalidade.

    Mas no Grande Hotel de Belo Horizonte servem à francesa.

    Et bien! Je vous demande un toutou!

    Venha a batata doce e o torresmo fondant!

    Carne-de-porco não!

     

     

    O médico russo afirma que na carne-de-porco andam micróbios de loucura…

     Basta o meu desvairismo!

                                                  E os pileques

                                                                       quási pileques

                                                                                     salamaleques                                                                                                                                                                                                                          

                                                                                                               caninha de manga!…

     

    Taratá! Quero a couve mineira!

    Minas progride!

     Mãos esqueléticas de máquinas britando minérios,

     As estradas-de-ferro estradas-de-rodagem

     Serpenteiam teosoficamente fecundando o deserto…

     

     

    Afinal Belo Horizonte é uma tolice como as outras.

    São Paulo não é a única cidade arlequinal.

    E há vida há gente, nosso povo tostado.

    O secretário da Agricultura é novo!

    Fábricas de calçados

    Escola de Minas no palácio dos Governadores.

     Na Casa dos Contos não tem mais poetas encarcerados,

    Campo de futebol em Carmo da Mata,

    Divinópolis possui o milhor chuveiro do mundo,

    As cunhãs não usam mais pó de oiro nos cabelos,

    Os choferes avançam no bolso dos viajantes,

    Teatro grego em São João del Rei

    Onde jamais Eurípides será representado…

     Ninguém mais pára nas pontes, Critilo,

    Novidadeirando sobre damas casadas.

    Tenho pressa! Ganhemos o dia!

     Progresso! Civilização!

    As plantações pendem maduras.

     O morfético ao lado da estrada esperando automóveis…

     Cheiro fecundo de vacas,

     Pedreiras feridas,

     Eletricidade submissa…

    Minas Gerais sáxea e atualista

    Não resumida às estações-termais!

    Gentes do Triângulo Mineiro, Juiz de Fora!

    Força das xiriricas das florestas e cerrados!

     Minas Gerais, fruta paulista!..

    . Alegria da noite de Belo Horizonte!

     Há uma ausência de males

    Na jovialidade infantil do friozinho.

    Silêncio brincalhão salta das árvores,

    Entra nas casas desce as ruas paradas

     E se engrossa agressivo na praça do Mercado.

    Vento florido roda pelos trilhos.

     Vem de longe, das grotas pré-históricas…

    Descendo as montanhas

     Fugiu dos despenhadeiros assombrados do Rola-Moça…

    […]

     

    Ler mais em: http://www.revistapessoa.com/wp-content/uploads/2014/02/Noturno-de-Belo-Horizonte.pdf

    1. Para Odonir: voando baixo

      Ê …  A Poetisa.

      Como agradecer a esta amiga surgida de um comentário inocente, num Gonzaga cantando o jiló e a saudade?  Foi anfitriã e amiga, sem nunca prescindir da leveza e do carinho!  Fui apresentada ao que há de mais caro – sonhos realizados –  a esta pessoa tão especial, tão profícua em seus propósitos e realizações, tão correta. Na retidão, na compaixão e na amizade nos irmanamos então…

      Não posso acompanhá-la quando se trata de Drummond e das expressões maiores de nossa e de outras culturas: me falta o conhecimento. Mas alegre compartilharei ideias sobre o que vai em nosso cotidiano, em nossa praça e em nosso coração.

      Obrigada!!

      Abraços rimados!

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=4F7W4wq1vQ4%5D

    1. Saudando o Amigo Luciano

      Branco, preto, amarelo, azul, rosa …    Alquimia conduzida pela tua batuta, tua generosa acolhida, beleza ofertada dia a dia em posts maravilhosos, cheios de cor, luz, música| Significados e significantes que nos fazem refletir, brincando. Será que alguma amizade é mais frutífera do que aquela que nos permite o lúdico para alcançar o real?

      Respeito e muita clareza para orquestrar egos e sensibilidades, maestria para fazer surgir o criativo, o sensível, o profundo. E tudo singela, sutil e perspicazmente. Há Luciano, na tua amizade, uma qualidade rara: a percepção e aceitação das diferenças. E pelo caminho, muita música, riso e companheirismo.  Agradeço-te a amizade, a brandura e o bom humor.

      Abraço da Anna Morena!

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=9Wgjb_HBfkE%5D

  6. Parabéns, Anna

    Anna, tudo de bom pelo teu aniversário !!!

    ( abro exceção, pois sabes q não prefiro te escrever por aqui, acho que não é seção nada adequada)

    Humberto / Nickname

  7. um nova crítica ao crescimento do Multimidia do Dia

    (não aprecio os bate-papos nas seções, principalmente no multimídia do dia que já tá parecendo uma sala de visitas, bem minha opinião é muuuuuio crítica a isso que vem acontecendo, mas há pessoas que não tomam simancol. Acho que tira um pouco da atenção e da fruição dessa ou daquela música, contribuição,e… poesia, crônica, nem pensar, nem se fala, o pessoal não lê, sendo robotizado por essa tecnologia que nos usa, e não o contrário: usarmos tecnologias). Provavelmente continuarão conversas de comadres.

    1. Talvez eu é que deva tomar um simancol

      Talvez eu é que deva tomar um simancol batendo de frente contra a realidade (ah, as realidades nunca mudam se não houver 1, 2, etc, as exceções, as ovelhas negras, não prezo muito maiorias, isso tem um quê de religiosidade (no sentido de dogmatização e preconceitos inconscientes, as massas, pequenas ou grandes, facilmente manipuláveis e convictas, fechadas, não alçam vôos. Falta faz um Peregrino, um Válber, pelo menos pro meu gosto )

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