Multimídia do dia

As imagens e os vídeos selecionados.

Redação

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  1. Nau Quinhentista

    [video:https://youtu.be/FdPlsjANbT4%5D

     

    PRIMEIRO / NOITE 

    A nau de um deles tinha-se perdido 
    No mar indefinido. 
    O segundo pediu licença ao Rei 
    De, na fé e na lei 
    Da descoberta, ir em procura 
    Do irmão no mar sem fim e a névoa escura.

    Tempo foi. Nem primeiro nem segundo 
    Volveu do fim profundo 
    Do mar ignoto à pátria por quem dera 
    O enigma que fizera. 
    Então o terceiro a El-Rei rogou 
    Licença de os buscar, e El-Rei negou.

    Como a um cativo, o ouvem a passar 
    Os servos do solar. 
    E, quando o vêem, vêem a figura 
    Da febre e da amargura, 
    Com fixos olhos rasos de ânsia 
    Fitando a proibida azul distância.

    Senhor, os dois irmãos do nosso Nome 
    — O Poder e o Renome —

    Ambos se foram pelo mar da idade 
    À tua eternidade; 
    E com eles de nós se foi 
    O que faz a alma poder ser de herói. 
    Queremos ir buscá-los, desta vil 
    Nossa prisão servil: 
    É a busca de quem somos, na distância 
    De nós; e, em febre de ânsia, 
    A Deus as mãos alçamos. 
    Mas Deus não dá licença que partamos.

    Fernando Pessoa

  2. O primeiro jato de caça em operação no Brasil

    O Gloster Meteor marcou a aviação de caça brasileira, por ter sido o seu primeiro avião a jato.

    Na sua qualidade de pioneiro a usar a tecnologia do jato, ele era simples e chegou a ser usado no apagar das luzes da II Guerra Mundial na busca e interceptação das famosas bombas alemãs V1.

    As compras de avião pela FAB têm uma longa tradição de mistérios e fatos inusitados e não foi diferente com os Gloster Meteor, que dizem ter sido trocados por toneladas de algodão com a Inglaterra, que estava quebrada ao término da guerra.

    A opção primeira teria sido os jatos americanos F-86 Sabres, que nos foram negados pelos EUA, no exercício da sua costumeira paranóia geopolítica. Tempos depois e arrependidos, os americanos tentaram nos enfiar goela a baixo os F-86 por um preço exorbitante.

    Adquiridos em 1953, os primeiros Gloster Meteor equiparam o 1º Grupo de Caça em Santa Cruz em substituição aos P-40. Na Coréia ele foi usado pela Austrália, com resultados terríveis frente ao poderio dos MIG 15 russos e dos F-86, mas, segundo o piloto Paulo Pinto, que foi um dos pioneiros a voá-lo no Brasil, por aqui ele ainda era o rei do pedaço em 1962.

    O Gloster era equipado com dois motores Rolls Royce Derwent V com 3.500 libras de empuxo. Nem para a época isto era considerado muita potência. Mesmo assim, a motorização o tornava superior aos F-80 que foram trazidos pela FAB em 1957.

    A superioridade do Gloster se impunha, tanto em ganho de altitude, quanto em baixa altura. Ele podia desengajar a hora que quisesse de um combate com o F-80.

    Usando a superioridade, o piloto do Gloster usava a tática sequencial, sempre impondo a vantagem da altura, obrigando o piloto do F-80 a “quebrar o pescoço”.

    Uma das peculiaridades do Gloster era o freio a ar. No motor esquerdo havia um compressor que alimentava o sistema pneumático, que alimentava simultaneamente os freios e o engatilhamento inicial dos canhões.

    Numa época pré-aviação a jato, a aviação comercial brasileira era operada por Constellations, DC-7, DC-6, Convair e outros aviões antigos – naqueles tempos os voos em altitude era uma prerrogativa da aviação de caça. O espaço aéreo controlado chegava até os 3.900 metros, a partir do qual começava o reinado dos únicos que conseguiam atingir 13.000 metros.

    [video:https://youtu.be/TV4P5oqNBTo width:600]

    Considerado pelos pilotos como o avião perfeito para o próprio piloto, até o taxiamento dava prazer, realizado de capota aberta, apitando a cada acionamento do freio a ar. Paulo Pinto nos fala da aeronave confortável e bem climatizada, dos motores confiáveis e da ausência de nariz; tudo era motivo de satisfação.
    Ele ainda lembra do vozerio dos quatro canhões atirando juntos! Mesmo que, para os padrões modernos, não seja muito poder de fogo, os tiros espaçados, quase podendo ser contados, infundiam no piloto uma imensa sensação de poder!

    FONTES:  Tempos de Gloster  |  Gloster Meteor  |  Gloster Meteor F-8 (FAB)

    LINK: http://www.blogpaedia.com.br/2008/09/gloster-meteor-o-avio-que-foi-trocado.html

    GLOSTER METEOR ULTRAPASSANDO A VELOCIDADE DO SOM

    http://jairclopes.blogspot.com.br/2012/07/o-gloster.html

  3. Dostoiévski e “A chave de ouro”

    Dostoiévski dizia ter encontrado “A chave de ouro” no quadro “Galatéia e Ácis”, de Claude Lorrain (1657). Referinda  numa carta a sua esposa, e ligeiramente, por um personagem, no romance “Os demônios”, deixou a coisa no ar, como se nos convidasse a relacionar os eixos semânticos do mito e a forma como foi representado pelo pintor francês.

    ***

    Em “As metamorfoses”, Ovídio conta  que Galatéia era apaixonada pelo jovem Àcis, mas assediada pelo selvagem Polifemo, cíclope da raça dos titãs que lutara contra os deuses olímpicos. Galatéia, tanto amava um, quanto odiava o outro. 

    Feroz e selvagem, o monstro caolho não procurava ser belo ou agradar. Era sedento de sangue e domínio, saqueava e devorava, mesmo os hóspedes que aportavam a sua ilha. Como não tinha a beleza no ser para oferecer, oferecia o “ter”. Se Galatéia se entregasse, Polifemo lhe daria suas florestas, pomares, rebanhos e caças,  além duma caverna onde não sentiria  frio ou calor. Teria, em suma, uma vida segura, usufruindo as riquezas de uma besta que não se enxerga, mas se acha bela no espelho das águas.  

    Sob as asas de Vênus, no entanto, a jovem não se deixa comprar pelos presentes, o que desperta a inveja  de cíclope, que  não suporta a ventura do casal e esmaga o rival com uma pedra. Do sangue  escorrido, Galatéia imortaliza seu amado,  transformando-o no rio Ácis, de águas límpidas, que jorra aos pés do Etna.

    ***

    Na obra de Claude Lorrain, os amantes estão em primeiro plano, sob uma tenda precariamente improvisada à bera mar, exposta às intempéries e mudanças do tempo.  Não há segurança. E menos ainda para o filho do casal, enquanto o cíclope  os espreita dos rochedos.

    O que não estava dito no mito, o artista plástico traduziu em imagem, sugerindo que  o amor não se compra, não se vende; e a despeito das condições adversas, segura a onda, mesmo na pobreza,  assegurando no movimento, aos pés do destruidor, o fluxo  contínuo da vida  e do tempo.

    ***

    O assunto foi variadamente glosado na  literatura e das artes. No cinema, Tornatore realiza  um intertexto com “a chave” em “Baaría”, longa-metragem rodado na Sicília (37m40 e 48m). 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=dgX–f87vXk%5D

    Na MPB, sem aparente relação com o mito ou intertexto, o tema é cantado por Vinícius na canção “Sabe você”, composta com Carlos Lyra para o musical “Pobre menina rica”.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=RyADHyzzSwE%5D

  4. Unidade Partidária na implosão do PSDB

     

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/01/1729741-tucanos-se-recusam-a-pagar-divida-de-campanha-de-r-17-mi-de-serra.shtml

    Tucanos se recusam a pagar dívida de campanha de R$ 17 mi de Serra

     Bruno Poletti – 8.out.2015/Folhapress O senador José Serra (PSDB-SP) durante evento na capital paulistaO senador José Serra (PSDB-SP) durante evento na capital paulista

    CATIA SEABRA
    THAIS ARBEX
    DE SÃO PAULO

    15/01/2016  02h00Compartilhar4 Mais opçõesPUBLICIDADE 

    Numa antecipação da briga interna pelo direito de concorrer à Presidência em 2018, o comando do PSDB se nega a pagar a dívida de R$ 17,1 milhões da campanha de José Serra à Prefeitura de São Paulo, em 2012. A queda de braço entre Serra, Aécio Neves (MG) e Geraldo Alckmin (SP) –potenciais candidatos ao Palácio do Planalto– já chegou à Justiça.

    Patrocinado por Alckmin, o presidente do PSDB de São Paulo, deputado Pedro Tobias, não reconhece o passivo como do diretório estadual. Sob comando de Aécio, o PSDB nacional, por sua vez, se recusa a assumir o rombo. Desde 2012, quando foi derrotado pelo prefeito Fernando Haddad (PT), Serra pede ajuda a Alckmin. Sua última conversa com o governador aconteceu semana passada, no Palácio dos Bandeirantes.

    Tobias alega que o braço paulista do partido não pode ajudar Serra porque está com seu fundo partidário bloqueado pela Justiça Eleitoral desde junho de 2014.

    A empresa Campanhas Comunicação –do jornalista Luiz González– tenta derrubar esse argumento na Justiça.

    Responsável pela comunicação da campanha de Serra em 2012, a agência levará ao Tribunal de Justiça o balanço patrimonial do PSDB de 2014 como prova de que, em dezembro daquele ano, havia dinheiro em caixa para quitar sua dívida, cujo valor original era de R$ 8 milhões.

    Segundo a prestação apresentada ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), o PSDB de São Paulo encerrou 2014 com R$ 9,8 milhões em aplicações financeiras. O PSDB estadual remeteu esse dinheiro para o diretório nacional e hoje diz que não poderia dispor de recursos para bancar a dívida.

    “É impagável”, diz Tobias, que sempre foi contra a assumir a despesa.

    Em dezembro de 2012, depois da derrota de Serra, a Executiva estadual aceitou assumir a dívida, apesar da oposição de Tobias e de César Gontijo, à época secretário-geral do diretório paulista. “A principal característica do PSDB é a responsabilidade fiscal. Ela não se aplica só à gestão pública, mas também às finanças do partido. Por isso fomos e somos contra até hoje”, diz Gontijo.

    Assim que assumiu o partido, em julho de 2014, Tobias suspendeu o acordo para pagamento da dívida, sem juros, em 25 parcelas. A última prestação foi paga em agosto daquele ano. Desde outubro de 2015, os dirigentes tucanos –à exceção de Serra– não atendem aos telefonemas de González. O jornalista foi responsável pela campanha de Gilberto Kassab, que derrotou Alckmin na disputa pela prefeitura em 2008.

    Anderson Pomini, advogado do PSDB, prepara a contestação da dívida. Além do valor, ele também questionará a competência do diretório estadual para pagar o débito.

    A Folha apurou que os tucanos preferem manter o dinheiro aplicado com vistas a futuras campanhas. 

     

  5. _/_
    A felicidade não é um destino, é uma viagem. A felicidade não é amanhã, é agora. A felicidade não é uma dependência, é uma decisão. A felicidade é o que você é, não o que você tem.

    Osho

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