Na Itália, Pizzolato tenta desmontar acusações do processo da AP 470

Sugerido por Gão

Do Correio do Brasil

Missão de Pizzolato na Itália é destruir o processo do ‘mensalão’, diz advogado

Por Redação, com colaboradores – de Roma, Rio de Janeiro e São Paulo

Militante petista desde a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), candidato ao governo do Paraná em 1990 e com um histórico de contribuições às campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, ora em local desconhecido, na Europa, depositou em um banco naquele continente o dossiê de mais de mil páginas que carregou com ele, na fuga do Brasil. Mais do que documentos, Pizzolato recebeu dos companheiros presos por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles o ex-ministro José Dirceu e o deputado federal José Genoino (PT-SP), o apoio para seguir adiante na missão que, aos 61 anos, o catarinense de Concórdia pretende cumprir ao longo da vida que lhe resta.

“Decidi consciente e voluntariamente, fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itálila, em um Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália”, afirmou Pizzolato na nota que o Correio do Brasil divulgou, em primeira mão.

Uma vez desmontada “a farsa do ‘mensalão”, como se referem o escritor Fernando Morais e o jornalista Raimundo Pereira, editor da revista Retrato do Brasil ao julgamento da Ação Penal (AP) 470 no STF, Pizzolato terá construído o seu caminho de volta ao Brasil e conquistado a liberdade para Dirceu e Genoino.

– Pizzolato sabe que não está na Itália a passeio, muito menos porque espera que os presídios sejam mais civilizados do que aqueles lá do Brasil. Ele está em uma missão, que significa a sua liberdade e a de seus companheiros. Todos eles poderiam, sem nenhuma dificuldade, pedir asilo em uma embaixada, mas a decisão de se entregar baseia-se, fundamentalmente, na fé em Pizzolato conseguir, junto à Justiça italiana, provar que nunca existiu ‘mensalão’ algum no Brasil. Ele espera, sim, que a Justiça italiana, livre dos interesses políticos paroquiais e do espetáculo promovido pela mídia local, saiba avaliar que ele não cometeu crime algum – afirmou, por telefone, um dos advogados do ítalo-brasileiro.

Criado em um sítio, no interior do Paraná, Pizzolato “leva a sério seus compromissos”, como atestam parentes e amigos do militante petista. Acuada pela feroz campanha na mídia conservadora, a direção do PT demonstra dificuldade para sair em defesa de seus principais líderes, como Dirceu e Genoino. A presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantêm uma distância segura do processo, embora demonstrem uma “preocupação humanista”, como afirmou Dilma, em relação ao estado de saúde do parlamentar petista.

– O fato é que apenas Pizzolato poderá desconstruir a tese que Barbosa levou quase uma década para montar. Uma vez provada a inocência dele, todo o processo cai por terra, na cabeça daqueles que o construíram – acrescentou o advogado.

Gestão de risco

Contratada à época pela administradora de cartões Visa, a agência de comunicação Ketchum Estratégia fez uma avaliação que constatou a funcionalidade do esquema montado, segundo o dossiê de Pizzolato, para que a imagem da multinacional escapasse, ilesa, da CPI dos Correios, onde se originou a AP 470. Pizzolato era o único petista na diretoria de Marketing do Banco do Brasil.

Presidente do fundo Visanet, à época, Antonio Luiz Rios da Silva foi dormir tranquilo no dia 21 de Dezembro de 2005, depois que recebeu da jornalista Mayrluce Villela, hoje empregada na estatal Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), em Brasília, a mensagem eletrônica na qual afirma, textualmente, que “quem se complicou foi o ex-diretor de Marketing do BB, Henrique Pizzolato”.

“O presidente da CPI, Delcídio Amaral, chegou a dizer que o Banco do Brasil fez jus ao ditado: ‘vão-se os aneis, ficam os dedos’, para explicar que o Banco do Brsil assumiu erros, mas jogando a responsabildiade para cima do Pizzolato. Ele (Delcídio) não acha que a Visanet tenha que explicar nada”, afirma Villela.

Antonio Rios da Silva hoje ocupa a superintendência da gráfica FTD, de propriedade da Província Marista do Brasil Centro-Sul (PMBCS), ligada aos irmãos maristas, um dos grupos católicos de ultradireita em atividade no Brasil. Em 2003, porém, logo após a derrota de José Serra para o então presidente Lula, Rios ocupava a Vice-presidência de Varejo do Banco do Brasil, de onde saiu para presidir o fundo Visanet, de onde se originaram os recursos apontados na AP 470.

Rios é acusado por Pizzolato de assinar uma “carta mentirosa”, anexada ao processo, e a manipular peritos “ao fornecer ‘informações’ inverídicas a respeito do funcionamento do fundo Visanet” e, de posse dos documentos em seu dossiê, pretende apresentá-los a uma corte italiana. Procurado pelo Correio do Brasil, Rios não estava imediatamente disponível para responder à reportagem.

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Pizzolato ganha tempo na Itália para reforçar sua defesa contra Barbosa

Por Redação, com colaboradores – de Roma, São Paulo e Brasília   

Pizzolato argumenta que há provas no processo, capazes de inocentá-lo integralmente dos crimes a que foi condenado no relatório de Joaquim Barbosa

A defesa do ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato, refugiado na Itália na tentativa de anular o julgamento da Ação Penal (AP) 470, conhecido como ‘mensalão’, ganhou um tempo extra na formulação do processo com o qual busca provar sua inocência. Uma vez demonstrado que os recursos que deram origem ao processo que levou o ex-ministro José Dirceu e do deputado federal José Genoino (PT-SP) a cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, um dos presídios mais perigosos do país, “o processo todo cai por terra e fica demonstrada a motivação política que permeia o relatório do hoje presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa”, afirmou ao Correio do Brasil um dos advogados de Pizzolato, que prefere manter seu nome em sigilo.

Se, para a mídia conservadora brasileira, o ‘mensalão’ está em pauta desde a eclosão do escândalo, em 2005, para os italianos há coisas mais importantes a serem resolvidas. Sequer o Ministério da Justiça requereu, ainda, qualquer informação ao governo italiano, ou o informou, exatamente, do que se trata o caso que parece ser prioritário apenas nas manchetes dos diários ligados à direita no Brasil. O caso sequer foi notícia no principal diário do país, o La Reppublica, não publicou uma linha sequer sobre o brasileiro, com cidadania italiana.

Não bastasse um ciclone que atingiu boa parte do sul do país e que mobiliza os italianos para um drama humanitário, no campo jurídico o panorama é igualmente confuso, com a possível queda, nas próximas horas, da ministra da Justiça, Annamaria Cancellieri. A ministra está envolvida em um escândalo por usar de sua influência para ajudar a filha presa de um amigo endinheirado. A ministra confirmou presença no Parlamento, nesta quarta-feira, onde pretende se defender das acusações.

Cancellieri é exatamente a interlocutora do governo brasileiro no processo sobre uma possível, mas altamente improvável extradição de Pizzolato para o Brasil. Se os meios judiciários italianos fazem silêncio sobre o caso, no Brasil o ritmo das autoridades não é muito diferente. Embora o tema esteja na pauta do ministro brasileiro da Justiça, Eduardo Cardozo, faltam dados mais precisos para que o Brasil possa demandar qualquer medida por parte do outro signatário do tratado de extradição mantido com a Itália.

Antes de qualquer medida legal, seria necessário que Pizzolato fosse localizado para que o governo brasileiro possa pedir sua extradição. Somente a partir desta informação, as autoridades italianas estarão aptas a analisar o caso.

Barbosa em apuros

Fac-símile de documento que será levado à Justiça italiana por Henrique Pizzolato

Fac-símile de documento que será levado à Justiça italiana por Henrique Pizzolato (clique para ampliar)

Antes de embarcar para a Itália, Pizzolato teve tempo suficiente para juntar todas as provas que considerou necessárias para “desmascarar essa peça de ficção montada na cabeça do (ex-deputado do PTB Roberto) Jefferson e corroborada no relatório de (Joaquim) Barbosa”, disse o advogado. Ponto fundamental da defesa, o fato de os recursos utilizados na formação de um caixa 2 de campanha serem de uma empresa privada “vai mudar completamente o entendimento sobre o caso, que a mídia conservadora apelidou de ‘mensalão’, colocando o relatório do ministro Barbosa em apuros“, afirmou.

No dossiê que Pizzolato preparou, com cerca de mil páginas, e que está em seu poder, na Itália, constam documentos que, por razões ainda não explicadas, Barbosa preferiu omitir em seu relatório. “Documentos da AP 470 comprovam que a Procuradoria Geral da República (PGR), o Ministério Público Federal (MPF) e o ministro Joaquim Barbosa já sabiam que a agência DNA, do publicitário Marcos Valério, era contratada do Banco do Brasil (BB) desde 2001. Mesmo com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios e a Polícia Federal (PF) identificando que na era FHC o gestor do BB na empresa privada Visanet tinha uma prática idêntica ao que foi denunciado na AP 470, tanto a PGR/MPF quanto Barbosa nada fizeram contra os tucanos”, afirma o relatório que será encaminhado à Justiça italiana.

“A ‘nota técnica’ do BB, de 2001, é a prova definitiva de que a DNA já estava no BB e recebia recursos privados da Visanet”, afirma Pizzolato, no dossiê que chegará às mãos das autoridades italianas, tão logo o caso seja registrado naquele país.

Procurado pela reportagem do Correio do Brasil, o gabinete do ministro Joaquim Barbosa não soube informar se ele irá se pronunciar sobre o assunto.

Redação

15 Comentários

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  1. Quem diria que o pardito que

    Quem diria que o pardito que arrotava ser mais ético que todos agora os seus militântes tem que defender criminosos e relativizar a justiça para salvar os seus.

    Nada como o tempo para revelar a verdade sobre algo.

    1. Se tem uma coisa que o tempo

      Se tem uma coisa que o tempo desnudou, foi a falência do modelo liberal que você defende.

      A tragédia que se abateu sobre a América Latina depois dos anos de glória  do liberalismo com FHC. Menem, Fujimori e outros e a tragédia que se abate sobre a Europa, não me deixam mentir.

      1. Só a total ignorância sobre o

        Só a total ignorância sobre o que é liberalismo pode gerar uma argumentação tão sem verdade.

        Uma das coisas que mais me irrita é papagaio proselitista, repete o mantra da religião politica  sem saber o que esta defendendo.

    2. Colega. O Batisti não foi

      Colega. O Batisti não foi extraditado sob a alegação de que a Italia fez um julgamento político. Logo, tenho que o PT afirmou categoricamente que a Justiça Italiana é contaminada e suas decisões não possuem legitimidade no campo da política internacional.

       

      Não entendi. Agora  Justiça Italiana passou a ser mais respeitada e séria que a nossa ?

      1. Sem me comprometer com a

        Sem me comprometer com a abonação da versão da militância petista sobre se houve algum crime cometido por Pizzolato ou não (não julgo ter elementos para afirmar), posso, no entanto, apontar um erro no seu raciocínio.

        O fato do Judiciário italiano ter sido parcial (aliás, criminosamente parcial por conta da falsificação das procurações, por exemplo:

        http://www.consciencia.net/caso-battisti-finalmente-provas-da-falsificacao-das-procuracoes/ ) em relação a Battisti, POR CONTA DE CONVENIÊNCIAS DA DISPUTA POLÍTICA NA ITÁLIA, não quer dizer que eles, NECESSARIAMENTE, sejam parciais, quanto a questões de conveniência política NO BRASIL. 

        É aí, suponho, onde reside a esperança de Pizzolato e dos petistas. E eu creio que têm fundamento. E explico porquê. No caso, do mal-chamado “mensalão”, trata-se de uma disputa dentro de setores do bloco dominante – entre um setor tradicional que detinha o monopólio da gestão dos interesses da burguesia, no Brasil, com uma tática de “terra arrasada” de concessões zero para as classes oprimidas e exploradas, e um setor, oriundo da burocracia partidária e sindical originalmente com vínculos com a classe trabalhadora que, em um determinado momento, optou pela conciliação com setores da classe dominante, chegando, agora, a se propor como gestores preferenciais da classe dominante brasileira, com um trunfo para amparar sua pretensão: a promessa de amortecer o conflito de classes pelos vínculos que (ainda) mantêm com o movimento social, fazendo concessões pontuais às classes oprimidas e exploradas, que, no entanto, não ameaçam o sistema. O teatro do mal-chamado “mensalão” é o ataque desses setores que se viram alijados da função de representação da classe dominante pelos “arrivistas” (do seu ponto de vista) que, agora, o estão fazendo (e, pelo visto, de maneira mais competente!). Ou seja, o sistema capitalista não está ameaçado no Brasil. Por que o Judiciário anticomunista italiano iria se preocupar com isso?

        No caso de Battisti, se tratava de um desafio revolucionário à ordem burguesa italiana. Uma ameaça que chegou a mobilizar os esforços internacionais, por exemplo, do imperialismo, através da Operação Gládio e da “estratégia de tensão”. E com que a burguesia italiana não quer, de nenhuma maneira, contemporizar. Pretende arrasar com qualquer foco remanescente e até mesmo a memória das lutas dos anos 70.

         

         

        1. Mprales, o mensalão tem como

          Morales, o mensalão tem como objetivo corromper por dentro o estado “burguês” brasileiro, mensalão foi a maior conspiração contra a democracia ,  junto com o aparelhamento petista do estado forma se a superextrutura de poder atual.

          ……………………….

          Depois do Mensalão

          Agora que os mensaleiros estão no fundo do poço, não cessam de erguer-se vozes indignadas de petistas, comunistas e socialistas fiéis que os condenam como oportunistas e traidores. Mas por que deveria algum líder ou militante ser atirado à execração pública pela simples razão de ter cumprido à risca a sua obrigação de revolucionário? Não é certo que a estratégia marxista-leninista ordena e determina não só atacar o Estado burguês desde fora, mas corrompê-lo desde dentro sempre que possível para em seguida acusá-lo de depravado e ladrão e substituí-lo pelo Partido-Estado? Não é notório que, na concepção mais ampla e sutil de Antonio Gramsci, inspirador e guia da nossa esquerda há meio século, a corrupção do Estado não basta, sendo preciso estendê-la a toda a sociedade, quebrantar e embaralhar todos os critérios morais e jurídicos para que, na confusão geral, só reste como último símbolo de autoridade a vontade de ferro da vanguarda partidária? Não é óbvio e patente que, se na perspectiva gramsciana o Partido é “o novo Príncipe”, ele tem a obrigação estrita de seguir os ensinamentos de Maquiavel, usando da mentira, da trapaça, da extorsão, do roubo e do homicídio na medida necessária para concentrar em si todo o poder, derrubando pelo caminho leis, instituições e valores?  

                  Na perspectiva marxista, nenhum dos artífices do Mensalão fez nada de errado, exceto o crime hediondo de deixar-se descobrir no final, pondo em risco o que há de mais intocável e sagrado: a boa imagem do Partido e da esquerda em geral.

                  Para não perceber uma coisa tão evidente, é preciso desviar os olhos para os aspectos mais periféricos e folclóricos do episódio, apagando da memória a essência, a natureza mesma do crime cometido. Que foi, afinal, o Mensalão? Uma gigantesca operação de compra de consciências. E para quê as consciências foram compradas? Para enriquecer os srs. José Dirceu, Genoíno, Valério e mais alguns outros? De maneira alguma. Foram compradas para neutralizar o Legislativo e concentrar todo o poder nas mãos do Executivo, portanto do Partido dominante. Que pode haver de mais leal, de mais coerente com a tradição marxista?

                  Toda a geração que, cinqüentona ou sessentona, chegou ao poder nas últimas décadas foi educada num sistema moral onde as culpas pessoais são insubstantivas em si mesmas, dependendo tão-somente da cor política e transmutando-se em virtudes tão logo tragam vantagem ao “lado certo” do espectro ideológico. Bem ao contrário: segundo o que essa gente aprendeu desde os tempos da universidade, qualquer concessão à “moral burguesa”, se não é útil como jogo-de-cena provisório, é delito maior que a consciência revolucionária não pode tolerar. Nessa ótica, que pode haver de mau ou condenável em juntar dinheiro por meios ilícitos para comprar consciências burguesas e forçá-las a trabalhar, volens nolens, para o Partido Príncipe? Uma vez que se abandonou a via da revolução armada – não por reverência ante a vida humana, mas por mera oportunidade estratégica –, que outro meio existe de instaurar a “autoridade onipresente e invisível” senão a corrupção sistemática dos adversários e concorrentes?

                  Não faltará quem, movido pela incapacidade geral brasileira de conceber que um político, ao meter-se em tal embrulho, o faça movido por ambições muito mais vastas que o mero desejo de dinheiro, levante aqui a objeção: Mas os mensaleiros não ficaram ricos?

                  Ficaram, é claro, mas desejariam vocês que eles depositassem todo o dinheiro sujo na conta do Partido, atraindo suspeitas sobre a própria organização em vez de protegê-la sob suas contas pessoais como bons agentes e testas-de-ferro? Ou desejariam que, de posse de imensas quantias, continuassem levando existências modestas, dando a entender que eram apenas paus-mandados em vez de expor-se como vigaristas autônomos e bandidos comuns sem cor política, que é como agora são vistos por uma opinião pública supremamente inculta, sonsa e – novamente — ludibriada?

                  Pois induzir o povo a vê-los exatamente assim, salvaguardando a boa reputação do esquema de poder partidário que os criou e ao qual serviram, é precisamente o objetivo de toda essa corja de moralistas improvisados que agora os cobre de impropérios em nome da pureza e idoneidade da esquerda.

                  Os mensaleiros não são, é claro, bodes expiatórios inocentes. São culpados parciais incumbidos de pagar sozinhos pela culpa geral de uma organização que há trinta anos vem usando do discurso moral, com notável eficiência, como disfarce e instrumento do crime.

                  Os que agora tentam se limpar neles são ainda piores que eles. Pois o que fazem é tentar levar o povo a esquecer que os mensaleiros de hoje são os moralistas de ontem, os mesmos que, nas CPIs dos anos 90, brilharam como paladinos da lei e da ordem, enquanto já iam preparando, sob esse manto cor-de-rosa, o esquema de poder monopolístico do qual o Mensalão viria ser nada mais que instrumento. E para que fariam isso, se não fosse para aplanar o terreno para novos e maiores crimes?

                  Se os indignados porta-vozes do antimensalismo esquerdista tivessem um pingo de sinceridade, teriam se insurgido, anos atrás, contra o acobertamento petista das Farc, organização terrorista e assassina, perto de cujos crimes o Mensalão se reduz às proporções de um roubo de picolés num carrinho da Kibon. Como não o fizeram, a narcoguerrilha colombiana cresceu até tornar-se, sob a proteção do Foro de São Paulo, a maior distribuidora de drogas no mundo, prestes a receber do sr. Juan Manuel Santos, sabe-se lá em troca de quê, as chaves do poder político.

          http://www.olavodecarvalho.org/semana/121017dc.html

           

           

      2. Não é verdade. 
        A crítica, no

        Não é verdade. 

        A crítica, no caso, foi pontualmente contra a decisão da justiça italiana no caso Battisti. E não contra todo o sistema judiciário Italiano. Houve acirramento de animos, principalmente por parta da Itália, mas o motivo da não extradição não foi uma suposta falta de credibilidade de toda a Justiça Italiana e sim em relação ao caso específico e concreto.

        Os erros foram evidentes. Ele foi condenado unicamente baseado em depoimento de um correu, antes condenado. O corréu o acusou e se livrou da condenação. Foi uma piada.

    3. É o Roger o amigo do AL

      O verdadeiro herói do AL é o Roger Pinto, assassino de camponeses bolivianos que fugiu para o Brasil e foi ovacionado pela direita

    4. Se queres um ranking, que o faça.

      Se a questão é quem é mais ético, faço um desafio: lista todas as acusações contra o PT e todas contra a tua turma. Vamos ver quem é mais ético. Tô esperando.

      1. Não tenho turma, o PT esta no

        Não tenho turma, o PT esta no poder a pouco tempo e já mostrou do que é capaz.

        Para conhecer um homem de poder a ele.

  2. Insisto na questão que ja

    Insisto na questão que ja escrevi aqui.

    Pizzolato tem que se preocupar em demonstrar o transito do dinheiro, os tais 73 milhoes.

    Dizer que era dinheiro privado ou mesmo acusar o psdb de ter feito o mesmo é uma questão politica que desnuda o STF e a PGR, mas não servirá para inocentá-lo.

     

    1. GUSHIKEN FOI PREJUDICADO POR PIZZOLATO

      Exatamente.

      O Pizzolato não tem nada de inocente. Vejam matéria publicada agora no site da Carta Capital:

      http://www.cartacapital.com.br/politica/pizzolato-uma-historia-esquecida-2632.html

      Pizzolato tem que explicar as ligações dele com Daniel Dantas, este por sua vez o maior financiador do Marcos Valério, consequentemente do Mensalão do PT e do PSDB.

      Foi a entrada do Dantas (um homem do PFL/PSDB) no PT que colocou o partido nessa enrascada que se encontra hoje. E o Pizzolato sabe bem dessa história, participou dela, foi condenado por causa dela, e talvez sobreviva na Itália e tenha fugido às custas dessa ligação e do que ele pode contar sobre ela.

      O Gushiken foi réu do Mensalão injustamente e morreu de câncer por causa do Pizzolato. FOI ELE QUE INVENTOU UMA MENTIRA CONTRA O GUSHIKEN!!! Vai levar essa culpa para o túmulo, mesmo fugido na Itália e provavelmente financiado pelos nomes que ele pode entregar e que fizeram parte dessa injustiça.

       

       

       

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