O Globo de hoje e daquele tempo que originou o ‘mea culpa’

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Por Vânia

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

23 Comentários

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  1. Tão grave quanto a

    Tão grave quanto a manipulação ideológica rasteira do g(r)obo, é a esquerda abocanhar com gosto a isca proposta pela direita.

    Entregamos de bandeja o discurso da ordem, e assim, apanhamos de todos os lados.

    Ora da direita que nos acusa de sermos lenientes com os vândalos, ora dos vândalos que nos dizem a serviço da ditadura capitalista.

    Dilema parecido aconteceu ontem, e acontecerá hoje e sempre como propôs Vania.

    O problema é que a sua leitura coloca mais lenha nesta fogueira que encurrala a Democracia. 

    O pior de tudo: quando desdenhamos da ordem, entregamos sua manutenção aos setores mais trogloditas.

    Não se trata de fazer coro com a criminalização dos movimentos sociais, mas permitir que os movimentos sociais sejam engolfados por uma onda fascista de débeis mentais mascarados é um risco ainda maior.

    Que o digam os sociais democratas alemães de 30, ou a esquerda institucional de 64.

    Não é de se esperar que o g(r)obo faça outra coisa…é de se esperar que NÓS façamos outra coisa…

    Já basta de cair nestas armadilhas de sociologização de criminosos, como Alba Zalhuar fez ao vincular o crime como efeito da desigualdade sócio-econômica, que rendeu (e ainda rende) frutos perversos:

    a) justificou a tese de que crime é coisa de pobre e daí acabou, inconscientemente, legitimando a repressão à pobreza;

    b) vinculou a defesa política progressista dos direitos humanos de pobres (e criminosos) como um sintoma de cumplicidade.

    Até hoje não conseguimos ultrapassar estas premissas, e seguimos a cambalear para tratar o crime como se deve.

    Resultado? Vencem as ideias mais truculentas e as soluções mais autoritárias diante de nossa vacilação.

     

    Mais ou menos o que assistimos em relação ao fascistas mascarados, ou SS coxinhas…

    Não há o que tegiversar:

    Quem se reúne em grupo para cometer dois ou mais crimes, com estabilidade, divisão de tarefas e perenidade (como têm demonstrado) é quadrilha ou bando, ou no caso mais específico, crime organizado…

    Simples assim…

     

  2. Comparação Esdrúxula

    Uma total falta de respeito comparar manifestantes que na década de 60 tinham uma causa,  desafiavam os militares e um estado totalitário com a própria vida, de cara limpa, c/ nome, sobrenome, endereço e rg, com os mascarados de hoje, anônimos, covardes e que não assumem nada quando são capturados: Estavam lá apenas “tirando fotos para uma pesquisa”. ..

    A comparação das capas apenas demonstra que O Globo continua o mesmo lixo de sempre. Já os nossos manifestantes…

    1. Não é esse o foco.

      O que deve ser discutido é a nova lei nº 12850/2013 e sua aplicação.

      Se os jovens de hoje tem causa ou não, isso é um juízo de valor. Imagine que nos anos 1970 as pessoas em torno de 50 anos também faziam esses juízos de valor em relação aos jovens de então.

      Autoritarismo e exceção assim o é, não importa se a ideologia no poder é de interesse ou não.

      E O Globo continuar apoiando esse tipo de coisa é coerente.

      Eu gostaria é de saber como o PT e PMDB, que foram oposição a isso há 30 ou 40 anos atrás defendem também.

      Cabe lembrar que Erundina se elegeu em 1988 depois do clamor popular pela repressão na CSN.

  3. uma leitura interessante

    uma leitura interessante do Eduardo Guimarães do Blog da Cidadania sobre os jovens de hoje..

    Vandalismo de jovens mostra perda de fé na democracia

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    Pelo quinto mês consecutivo, o país convive com cenas assustadoras de violência em protestos convocados pelas mais diversas razões – algumas justíssimas, outras nem tanto. Em todos esses movimentos populares, porém, a violência, o vandalismo e algumas vezes verdadeiras tragédias tornaram-se subprodutos. Eventos tão previsíveis como o próximo alvorecer.

    Por exemplo: na segunda-feira, um protesto de moradores de três favelas de São Paulo terminou em tragédia: manifestantes viraram um carro em cima de uma barreira com material pegando fogo e o veículo explodiu. Seis pessoas ficaram feridas. Duas delas, gravemente. Uma das vítimas foi uma criança.

    Algumas dezenas de pessoas já morreram durante protestos, desde junho. Os feridos chegam a centenas, entre civis e policiais. E algumas vítimas nem participavam dos protestos, tendo sido tolhidas por estarem passando pelos locais.

    Os prejuízos ao patrimônio público e privado alcançam bilhões de reais e frequentemente têm sido suportados não só por bancos e grandes empresas, mas por cidadãos comuns e pequenos comerciantes que perderam veículos ou pequenos negócios, como bancas de jornal, pequenas lojas etc.

    No mesmo dia da tragédia em São Paulo, um protesto no Rio de Janeiro provocou um princípio de incêndio na Câmara Municipal. Mascarados atiraram coquetéis molotov contra o patrimônio do povo carioca.

    No Facebook, na postagem de uma foto do incêndio que por pouco não consumiu a sede do Legislativo municipal, centenas de comentários. A grande maioria de pura comemoração pela cena dantesca.

    Lendo o que as pessoas dizem naqueles comentários, salta aos olhos que são todos jovens. Os mascarados – ou “black blocs” – que promovem esses atos de vandalismo, idem. Ou seja: primordialmente, quem está indo à rua (mascarado ou não) para “quebrar tudo” são jovens. E eles acreditam firmemente que estão agindo bem, em prol do país.

    Dirão que no Rio há partidos políticos envolvidos nas depredações e que esses que promovem essas sandices são todos filhinhos de papai – ou “coxinhas”, como preferem alguns. Sim, há políticos por trás, mas há muita gente que participa sem ser estimulada por nada além de sua visão das coisas.

    O elitismo dos que protestam até já foi verdade, lá no começo dos protestos, mas deixou de ser. Sabe-se que há muito jovem pobre e revoltado que se uniu a protestos que começaram nas classes mais favorecidas e contagiaram a juventude cansada de não ter esperança no futuro devido à cor da pele ou à classe social a que pertence.

    Pobres ou ricos, o fato é que essa juventude que comemorava no Facebook ou nas ruas as cenas trágicas que se viu ontem em cidades como Rio ou São Paulo decididamente não acredita mais na democracia, nos meios tradicionais de luta política – e muito menos na classe política.

    Alguns desses comentários na postagem no Facebook sobre o princípio de incêndio na Câmara municipal do Rio chegaram a descrever a cena dantesca como “linda”, como indício de que o país estaria “mudando” por uma Casa que é do povo estar sendo atacada com aquele nível de violência.

    Vendo a honestidade das manifestações daqueles jovens que comemoravam o caos e o descaminho da democracia – pois naquela Casa legislativa que foi atacada é que deveria ocorrer o embate, mas não físico e sim de ideias –, reflito que nós, os maduros, estamos perdendo essa juventude para a desesperança na única força que pode nos salvar.

    De quem é a culpa? É minha e sua, que, como eu, tem idade para ser pai ou mãe desses jovens. Não soubemos legar-lhes um pais melhor ou educá-los de forma a que entendessem que a nossa geração lutou para que Casas legislativas funcionassem e não para que fossem depredadas.

    Sim, julgo que estão equivocados. Mas não têm culpa. Aliás, por que ocorreu aquele tumulto? Porque os professores que educam tantos daqueles jovens são pisoteados pelo Estado, que finge que os paga enquanto fingem que ensinam, até por não terem condições mínimas de fazê-lo após jornadas exaustivas e até desumanas de trabalho mal pago.

    Enquanto penso nisso, arrependo-me de não tê-los compreendido antes. Talvez por ter me esquecido do que é ser jovem e se frustrar com o status quo. Eu, que vivi um período da história deste país em que havia infinitamente mais motivos para frustração.

    Estaremos fadados, os seres humanos, a perder a capacidade de sonhar e de ousar conforme a idade passa? Estaremos fadados a perder a capacidade de dialogar com a juventude? Por que os maduros que desaprovamos – com carradas de razão – os desatinos que a desesperança instilou nessa juventude não estamos sabendo chamá-la à razão?

    Talvez por termos esquecido a linguagem da juventude…

    Por mais que discorde desses jovens, não posso negar que é bonito ver como acreditam no que estão fazendo. Julgam que estão ajudando o país. Não percebem que estão fazendo o contrário. E se não percebem a culpa é nossa, da geração anterior que não soube educar esta transmitindo-lhe a importância da democracia.

    Quando jovens descreem completamente da política ao ponto de atacar seus símbolos estão abandonando o caminho democrático para mudar o país para melhor e apelando para a barbárie, como se esta fosse resultar em algo mais além de um excelente pretexto para alguns espíritos autoritários invocarem uma repressão que a minha geração conheceu muito bem.

    Não sei se há tempo para chegar a essa juventude e convencê-la a não dar pretextos para que autoritários desencadeiem a boa e velha reação contra demandas legítimas da sociedade, mas, seguramente, não podemos tratá-la como criminosa ou vilã. É, no máximo, vítima da geração anterior, que não soube lhe transmitir valores e legar-lhe o país que deveria.

     

  4. Uai… Isso só quer dizer…

    …que O Globo apoia o governo. Estadual e federal. Novidade zero.

    Precisa comparar também as atitudes, discursos e legislações dos governos, de hoje e de 40 anos atrás.

  5. Essa página do Globo é

    Essa página do Globo é nojenta. Passei na banca e tive vontade, sem brincadeira, de vomitar.

    O Globo se colocou radicalmente contra as demandas dos profissionais de Educação esse tempo todo.

    E dessa vez se supera ao dar de bandeja para a parcela reacionária da população carioca esse banquete apetitoso para se fartarem e arrotarem seu ódio pelas esquinas, praias e bares da cidade…

    O Globo é a extrema direita. A guerra interessa ao Globo.

    Infelizmente o sindicato dos professores deu sopa na boca do monstro ao declarar apoio aos black blocs; no lugar de, no mínimo, ficar na encolha, saiu explanando isso no RJTV, CBN, Facebook…Até palhaçada de pg de Black-Prof neguinho criou na carona dos acontecimentos…aí tb, não dá!!!

    Apoio declarado, eles vem com tudo, tomam a frente do movimento, fazem aquilo que só sabem fazer e aí no dia seguinte a manchete, obviamente, não poderia ser outra: um ônibus queimado atravessando a Av. Rio Branco.

    E de lá pra cá agora é a guerra e esse veículo de comunicação, entulho da ditadura, vai ditando o ritmo no coração da população.

     

      1. Fica tranquilo Gunter. O

        Fica tranquilo Gunter. O Garotinho vem aí com tudo para retomar o controle do Rio de Janeiro, após a “revolução” Black Bloc. Voltam também os religiosos medievais para restabelecer a “moral” na cidade.

        O Rio de Janeiro vai continuar lindo…..

         

        1. Eu fico tranquilo

          Ideias, conceitos, sindicatos, organizações estudantis, comunidades acadêmicas e artísticas são entidades muito mais estáveis que partidos e posições de políticos. Cidades também, né?

          Se Garotinho voltar a exercer a gestão de governo no RJ, não vai acontecer nada, posto que o PRB é aliado do governo federal.

          Se Lindberg assumir a gestão de governo no RJ, não vai acontecer nada diferente. E com apoio do religioso Malafaia ou Valdemiro Santiago.

          E Pézão tem o Cunha ao lado.

          PMDB, PT e PRB são o mesmo bloco e usam os mesmos apoios. A coligação na Assembleia Legislativa em 2015-2018 será exatamente a mesma.

          É apenas mudança que pode trazer intranquilidade. Continuidade causa, quando tanto, indiferença.

          1. santo deus dos ateus….

            A mudança deve ser o pessoal “muderno” do piçol…Que o diga os hábitos “mudernos” de jandira rocha (não falo por dos deslizes, porque sou contra demonizarmos a política, mas da velha hipocrisia) ou as alianças perfeitas entre demos e piçóis no Amapá…

            Segue o her Gunter como o “portador” do santo Graal da política…só é correto aquilo que ele diz(monocraticamente?) o que é correto…

            Para ele, alguns de nós, ao criticarmos a ação dos fascistas mascardos reduzimos a questão do apoio ou não a violência policial ao fato do X ou Y ser da base ou não…

            Já ele, reduz pela causa gay, e dos supostos “direitios humanos”…

            Como vemos, cada um tem seus tótens, mas eles chama os dele de marco cilivilizatório…rsrs

            aiai…titia ‘tá cansada…É aquilo de sempre: o diabo são sempre os outros…

          2. Sim, senhora!

            Obrigada, titia, por me trazer a luz. Nós precisamos muito de seus sábios conselhos! O que seria da humanidade sem as sábias titias?

        2. Chantagem…

          É o que restou aos governos do PT e seus aliados.

           

          ” O XYZ vaí ser pior”

          Chantgem eu não aceito. Não sou covarde. Prefiro chutar o pau da barraca.

          1. Chutando o pau da barraca.

            Desde que vc não vampirize e inviabilize reinvidicações de trabalhadores e de cidadãos, não deprede bens públicos ou privados e tenha coragem e dignidade de mostrar o rosto, sim, vc pode chutar o pau da barraca.

            Democracia é isso: Sem Máscaras.

             

          2. Hum-hum

            Sim, senhor! 

            Sociedade obediente é tudo. Pode ficar tranquilo que eu vou me comportar. Quem sou eu para atrapalhar o projeto de poder do governo popular? (por um pouco de preguiça, e tb pra não poluir a pequena declaração, vou evitar o uso de aspas. Pra bom entendedor… ops. Não vou clamar aos bons milicantes, ops, militantes, ops… xá pra lá)

          3. Só estamos patinando.

            Vamos fazer o seguinte.

            Assim que houver caso semelhante em SP ou PE, com detenções de gente sentada em escada e tal, com base na nova lei e tal, com juiza dando habeas corpus e tal, vamos colocar no post que for aberto os mesmos comentários que pusemos aqui.

            A defesa que se fizer de Cabral deve valer para Alckmin e Campos.

            E ano que vem, se um líder religioso apoiar em público candidatos de estados diferentes mas também de partidos (aparentemente) antagônicos, vamos criticar tal líder por se intrometer em política, independentemente da preferência partidária.

            E quando criticarmos político A, B ou C por alguma coisa no nível estadual, vamos coerentemente criticar que nosso candidato ou candidata à Presidência tenha aceito sem reservas o apoio de tal político.

            Senão não saímos disso.

             

  6. O que aconteceria se eu

    O que aconteceria se eu colocasse fogo no tenis e tambem quebrasse a bicicleta de um destes democraticos manifestantes ???

    Tenho eu este direito ???

    1. Mais um que não entendeu ou fingiu que não entendeu

      A PM está prendendo indiscriminadamente. Na última manifs, prenderam mais de 70 pessoas que cometeram o “crime” de sentar na escadaria da Cãmara e/ou estarem vestindo roupas pretas.

      Eu é que não vou me arriscar. Não usarei roupa preta por um bom tempo… sentar em escadarias, então.. nem pensar!

  7. As abordagens

    Falam em falta de “causa”, ora em movimento “difuso”; em grandes prejuízos; em violência; em quadrilha…

    Imaginem o prejuízo para o país que os trabalhadores da Petrobras estão causando nesta paralisação. E um dos motivos é a leilão do pré-sal.

    Violência… Violência gera violência? Quem a pratica primeiramente? A jornalista que recebeu um balaço de borracha em São Paulo, longe das manifestações? O jovem que foi preso em fragrante forjado por um major e um tenente da polícia que as imagens mostraram? Qual a ação e reação?

    Quadrilha?  Dirceu e Genoíno foram condenados por quadrilha exatamente pela “flexibilização” do conceito.

    Vamos ver abaixo um vídeo na “democrática” França onde, esta semana, milhares de jovens se reuniram para se manifestar contra a extradição de uma jovem. Movimento sem causa? Difuso, ou confuso, ou obtuso? Se reuniram pela convocação da internet, estavam com apetrechos nas mãos que jogaram contra a polícia. São uma quadrilha?

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=Cr6XG0-6USs%5D

  8. Diminuindo a confusão

    As pessoas estão defendendo a PM-RJ por acreditarem que a matéria de O Globo se refere mesmo a vândalos.

    Mas consta que em boa parte eram professores manifestantes que estavam numa escadaria.

    Esta é outra visão:

    http://amoralnato.blogspot.com.br/2013/10/o-protesto-de-manifestantes-contra-capa.html

    “É inaceitável o tipo de cobertura que faz o jornal O Globo sobre os protestos por melhorias na educação pública. Ao invés de discutir com mais profundidade a questão colocada pelo SEPE, dá mais espaço à violência gerada nos confrontos entre civis e PMs, gerando medo na população e esvaziando o debate sobre uma questão importantíssima que é a melhoria de condições de trabalho do professor público. A capa deste jornal na quinta-feira, 17 de outubro de 2013, em que chama de “vândalo” quem foi preso arbitrariamente pela PM nas escadarias da Câmara Municipal e expõe três personagens com infames trocadilhos (Sininho do barulho, defende anarquistas), brincando com estereótipos (Baiano volta à cadeia, músico, maconhão), e chegando ao cúmulo de ironizar o envolvimento político com “engajado e baleado”. Há poucas semanas O Globo apresentou uma tímida “mea culpa” sobre o apoio à ditadura militar. Não pensem que os olhos de quem sabe ler, interpretar e refletir vão passar desatentos por suas manchetes e artigos. A história é tão clara que vocês mesmos tiveram que reconhecer quem sempre apoiaram, e essas pessoas estão aí, vivas e atuantes. Quem esteve no protesto do dia 15/10, quem compartilha material nas redes sociais, sabe o quanto a cobertura de vocês está deturpada. Pedimos que vocês se retratem desta capa absurda e que apurem verdadeiramente pelo que foram presas as 70 pessoas levadas a presídios de segurança máxima.” Segue uma transcrição da capa com alguns comentários. Alguém consegue uma imagem da capa? ” CRIME E CASTIGO – LEI MAIS DURA LEVA 70 VÂNDALOS PARA PRESÍDIOS. PRESOS EM PROTESTO SÃO ENQUADRADOS POR CRIME ORGANIZADO, QUE É INAFIANÇÁVEL” Eles seguem com os perfis de alguns personagens: “SEM MÁSCARAS JAIR SEIXAS – BAIANO VOLTA À CADEIA – Músico conhecido como Baiano ou Maconhão é figura fácil em atos violentos. Em julho, foi preso por danificar carro da polícia no Leblon. ELISA DE QUADROS – SININHO DO BARULHO – De aparência frágil, produtora de cinema conhecida como Sininho lidera o acampamento Ocupa Câmara, há dois meses na Cinelândia, e defende anarquistas. RODRIGO AZOUBEL – ENGAJADO E BALEADO – Jovem baleado nos braços durante a manifestação de terça-feira coleciona participações em protestos e defende ações de vândalos.” Não é possível que, à essa altura do campeonato, século XXI, quase trinta anos depois da volta da democracia, nego ainda sustente e consuma esse discurso!!!!!!!! “CRIME E CASTIGO”? Quais foram os crimes dos “vândalos” presos? Estarem na escada da Câmara quando os PMs juntaram? SEM MÁSCARAS? A própria foto do jornal do momento em que a polícia cerca os manifestantes, na página 10, não mostra NINGUÉM de máscara! NINGUÉM! Esses presos daí das fotos NÃO estavam mascarados quando foram presos!!! E os estereótipos? O primeiro é clássico né! Nordestino reincidente, músico e maconheiro! A outra é mulher e, PASMEM!, DEFENDE ANARQUISTAS!”ÓÓÓÓÓÓÓ”, desmaios pela redação do Grobo!!!E no terceiro o recado tá dado: ENGAJADO E BALEADO É isso mesmo? Se eu me engajar, tenho que tomar cuidado pra não ser baleado? É condição “sine qua non”? Quem diria que a porra do Globo, que se diz imparcial e se auto-define como jornalismo de primeira, faria trocadilhos tão desprezíveis em sua primeira página!

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