O problema não é a charge, mas sim o fundamentalismo; por Diogo Costa

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Diogo Costa

Moralismo canalha culpa as vítimas e não os algozes

O caso do periódico francês Charlie Hebdo suscitou polêmicas mil nos quatro cantos do mundo.

Trata-se de uma publicação que existe desde a década de 70 na França e que sempre se caracterizou pelo humor corrosivo que fez em relação aos costumes tradicionais do país. Não poupavam a ninguém, nem mesmo Charles de Gaulle, que satirizaram em novembro de 1970, quando da morte do mesmo.

Se autodefinem como sendo parte da esquerda libertária e sempre defenderam Cuba, sempre criticaram o anti comunismo, Israel e a ocupação da Palestina, a extrema-direita da Frente Nacional da família Le Pen e todos os fundamentalismos religiosos. A charge do bacanal entre Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo é um clássico da sátira feita sobre o cristianismo.

Agora vamos ao caso concreto. Doze jornalistas e funcionários do pasquim foram assassinados por militantes do fundamentalismo islâmico. A justificativa, ou desculpa, foi a de que o Charlie “zombou” do Islã.

Esse caso fez aparecer no Brasil uma corrente de hipocrisia e de um moralismo abjeto e carola como há muito tempo não se via. Algumas pessoas chegaram ao ponto de passar a criticar a revista ao invés de criticar os assassinos. Algumas pessoas chegaram ao ponto de criticar as vítimas da chacina, que teriam “desrespeitado” a fé alheia e que, portanto, “sabiam do risco que estavam correndo”.

Esse tipo de abordagem é absolutamente canalha. É uma abordagem sórdida e injustificável. Culpar as vítimas da chacina, e as charges que faziam (desde os anos 70), ao invés de culpar o fundamentalismo fascista da Al Qaeda e do Estado Islâmico beira à delinquência moral e intelectual. Vai contra todos os preceitos civilizatórios que a humanidade acumulou ao longo do tempo, em especial da Revolução Francesa para cá.

Desde quando se pode compactuar com a sacralização de distintas confissões religiosas, a ponto de torná-las incriticáveis?

Ora, os jornalistas eram franceses, estavam em seu país de origem e estavam exercendo a liberdade de expressão que aquele país confere aos seus compatriotas, da mesma maneira que a Carta de 88 confere aos brasileiros.

A sordidez carola que se verificou por aqui chegou ao ponto de dizer que a liberdade de expressão não é um direito absoluto! Isto é outra amoralidade terrificante. A liberdade de expressão na França e no Brasil não admite censura prévia nem licença, e isto é uma conquista civilizatória. Se alguém se sente ofendido por causa de uma publicação qualquer, tem como pedir reparação junto ao Poder Judiciário. O que ninguém pode é sair por aí metralhando outrem porque se sentiu ofendido!

Não há meia liberdade de expressão, que não se confunde com outros aspectos relativos à comunicação como a questão da propriedade cruzada dos meios e os oligopólios midiáticos.

O fundamentalismo canalha, seja ele islâmico, cristão ou judaico, quer ser o porta voz dessas respectivas religiões. Não são e nunca foram. A armadilha é levar em consideração o que grupos de vermes e ratos, como estes da Al Qaeda, dizem sobre o Islã. Eles não são os porta vozes dos bilhões de muçulmanos que existem nos cinco continentes. São apenas um grupo de terroristas facínoras que aterroriza e que mata principalmente os próprios muçulmanos, em especial os xiitas e os alauítas.

O mundo que emergiu no pós Revolução Francesa, e que acabou com as teocracias medievais, não admite que críticas ou sátiras não possam ser feitas de forma livre e desimpedida. Ceder aos apelos falsos de ratos e de vermes terroristas como estes que hoje estão a combater na Síria, é ceder ao pior obscurantismo que se possa imaginar.

O grande debate que deveria ser feito não é esse sobre a conveniência ou não das charges do Charlie Hebdo. Esse debate é ridículo e medieval. Imaginar por um segundo sequer que chargistas não possam se manifestar livremente é estar a um passo da barbárie totalitária e do fundamentalismo fascista.

A questão não é ser ou não ser Charlie. Mas sim a de saber se o Charlie e outras publicações tem ou não o direito de se expressar livremente. Ou será que teríamos talvez que voltar aos tempos onde censores ficavam nas portas das redações dizendo o que podia e o que não podia ser alvo de uma charge ou reportagem? Ou será que teríamos que voltar aos pérfidos tempos da censura prévia, para não desagradar aos ratos da Al Qaeda?

Outra questão importante é que os países do Ocidente tem responsabilidade indireta com relação a esses grupos terroristas muçulmanos. Desde a irrupção da “Primavera Árabe” que o Ocidente tem patrocinado direta ou indiretamente esses facínoras do Estado Islâmico e da Al Qaeda através da OTAN, dos EUA, da Turquia e da Arábia Saudita.

Utilizaram esses vermes mercenários para derrubar Muammar Kaddaffi na Líbia e o fizeram também na Síria, sem sucesso, para tentar derrubar Bashar Al Assad.

A Al Qaeda é velha conhecida dos EUA desde os tempos da guerra fria, quando foram treinados e armados pelos mesmos para combater a União Soviética no Afeganistão.

Esse debate tem passado em brancas nuvens e as populações europeias, em especial a da França, deveria cobrar de seus governantes o apoio que prestaram a esses grupos de vermes fundamentalistas que agora atacaram na terra de Napoleão Bonaparte.

No mais, é triste e revoltante ver que alguns setores da esquerda que espumam de indignação contra Bolsonaros, Felicianos, Macedos e Malafaias da vida aqui no Brasil, denunciando a perigosa infiltração fundamentalista no cotidiano de nosso país, tenham sido os primeiros a recriminar a libertária publicação francesa ao invés de recriminar o fundamentalismo canalha que insuflou o atentado.

O Charlie Hebdo tem todo o direito de fazer a sátira que quiser, tem todo o direito de se expressar, como sempre fez, contra o fundamentalismo muçulmano, cristão ou judeu. Tem todo o direito de expressar as suas críticas da maneira que quiser. Nada justifica o que aconteceu contra os 12 franceses.

Aliás, e para ver a que ponto chegou a loucura aqui no Brasil, chegaram mesmo a manipular uma charge para difamar o Charlie Hebdo. Circula pelas redes sociais uma charge da Charlie Hebdo, onde aparece a Ministra Christiane Taubira sendo retratada como um macaco. Essa charge nada mais é, e isto é omitido de forma abominável, do que uma crítica contra a revista Minute e a Frente Nacional, ambos da extrema-direita francesa. A revista Minute fez uma capa com a seguinte manchete: “Maligna como um macaco, Taubira recupera a banana”. A ex candidata da Frente Nacional à prefeitura de Rethel, Anne-Sophie Leclère, fez uma montagem no facebook mostrando a ministra francesa ao lado de um macaco. Foi a partir daí que a Charlie Hebdo fez a sua própria charge com os seguintes dizeres: “Rassemblement Bleu Raciste”. E com o símbolo da Frente Nacional.

Rassemblement Bleu Marine é a coalizão de extrema direita da qual faz parte a Frente Nacional de Marine Le Pen. Ou seja, a charge do Charlie Hebdo nada mais é que uma crítica contra a revista Minute, contra a Rassemblement Bleu e contra a Frente Nacional, chamando-os de racistas pelo que fizeram contra a Ministra Christiane Taubira. Aqui no Brasil, lamentavelmente um delinquentezinho surrupiou o título da charge do Charlie, escreveu frases imbecis e publicou, atribuindo o racismo à quem na verdade fez a denúncia contra os racistas da extrema-direita. Foi o que bastou para que outros imbecis, salivando por encontrar algo que justificasse os seus autos de fé contra o Charlie Hebdo, passassem a dizer que a publicação era racista!

A própria ministra Christiane Taubira, que jamais processou o Charlie, mas sim as publicações da extrema-direita e a Frente Nacional, em sua página no facebook, logo após o atentado, escreveu: “Charlie Hebdo, primeira linha de defesa e o último bastião da democracia, a liberdade de imprensa é inimiga do obscurantismo e da violência.” Aqui no Brasil um delinquente alterou uma charge para caluniar o Charlie Hebdo e foi o que bastou para a turba linchadora compartilhar milhões de vezes uma das mais repugnantes mentiras de que se tem notícia, algo absolutamente lamentável.

Compactuar com essa tese sórdida de culpabilizar as vítimas é retroceder no mínimo uns 300 anos em matéria de direitos humanos. Compactuar com as chantagens do fundamentalismo, e de ratos que se utilizam da religião para espalhar o terror, é também uma capitulação injustificável.

Espero que o Charlie Hebdo siga fazendo o trabalho que sempre fez.

E espero que alguns setores da esquerda no Brasil recobrem o juízo a tempo. A tempo de compreender que os problemas não são essas ou aquelas charges mas sim o fundamentalismo fascista, seja ele de que religião for. 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

118 Comentários

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    1. Ei não sou Antonio

      Meu Deus!!!!!

      Que horror!!!!

      A tua “liberdade” de expressão acaba de ferir gravemente minha consciência!!!

      Fiquei profundamente ofendido cara!!!

      A sua “liberdade” acabou já aqui comigo.

      E agora??

      Quem vai resolver o impasse? O Nassif , Os terrorIstas? O padre? O pastor? O seu deputado?

      1. Viver é mais importante do qq ideologia

        Marco St.

        Ficar criticando posição A ou B ou C é só retórica. Vivemos num mundo do relativo. O intelectual vê as charges como crítica ao sistema de opressão vigente e blá. blá blá …..O islamista vê como  uma uma ofensa ao seu deus   e ponto final.

        Desde sempre os vencedores impuseram a sua razão. Napoleão invadiu a Europa para impor as filosofias da Revolução Francesa- vamos bater palmas para ele ou vamos defenestrá-lo por ter matado um monte de gente para impor uma filosofia  da qual o CH faz sátira até hoje, por nunca ter sido efetivamente aceita, ou alguns filosofam que ele lançou as sementes de uma ideia libetária ( como é atribuída ao CH).

         

        Na verdade, queremos impor um absolutismo em nossas verdades. Estamos muito longe de ouvir e aceitar as diferenças dos outros ( o post é uma provocação grosseira ao post do L,.Boff – um filósofo, humanista sem igual)  e mais. a lei da vida nos diz: “obedeça quem tem juízo, se o cara é mais forte – o leão só o rei da selva por que é mais forte e assim dita a regra de convívio – se não fugir, morre !’

          Oque vale é tentar preservar a vida, assim para os que aceitam que exista a ressurreição ou vidas infinitas, ganhamos  experiência e paciência para conviver com as diferenças.

         

      2. A esquerda sinistra é de direita.

        Não, você ainda não têm razões para se sentir ofendido. Ele não desenhou uma charge em que tua mãe aparece de quatro, de bunda para cima e mostrando o cu para o leitor.

        Se o fizesse, eu diria que você foi agredido.

        Mas você diria que está tudo bem, que é liberdade de expressão, que sua mãe está aí para isso mesmo. Afinal, você é da verdadeira esquerda, não é?

        1. Desculpe Sergio Saraiva: sua

          Desculpe Sergio Saraiva: sua resposta malandrinha passou longe de me ofender.

          Como já dizia o Wolinski: “Quando morrer quero que minhas cinzas sejam jogadas na privada pra poder continuar olhando a bunda da minha mulher todos os dias”.

          Certamemente esse tipo de pensamento e atitude lhe escapa. Talvez seja suas crenças, sua idade.

          Não sou eu que vou explicar…..

          Um beijo para a sua mamãe.

          1. Outra tentativa em vão.

            Eu não queria te ofender, só queria fazé-lo refletir.

            Mas não consegui nenhuma das duas coisas.

             

          2. Nem isto você foi

            Nem isto você foi capaz.

            POsso não gostar de uma charge de minha mãe sendo sodomizada, mas quem quiser que publique. 

  1. Apoio TOTAL

    Sensacional o texto. Usa o pretexto de respeito à religião para justificar um atentado terrorista é risível.

    Este texto põe as coisas no seu devido lugar. Nenhum católico atirou bomba no jornal por conta do bacanal entre Deus, Jesus Cristo e Espírito Santo….

    Diogo Costa, parabéns pelo belo texto.

  2. Grande Diogo!
    Falaste bem,

    Grande Diogo!

    Falaste bem, desnudaste a hipocrisia!  Grande parte dessa gente que hoje critica a Charlie, é a mesma que criticava os métodos daquele alteroso político  e sua alterosa irmã que impunhavam a Lei da Mordaça nas Alterosas, com direito a demissão de jornalistas, e até cadeia para os mais recalcitrantes que ousavam desafiá-los. 

     

  3. Diogo, pela primeira vez

    Diogo, pela primeira vez concordo com você.

    Você lembrou um fato importante sobre a primavera árabe.A desastrada atuação da OTAN, do Obama e de outros líderes ocidentais, contribuiu muito para o que está ocorrendo hoje na Europa.

    Agora, imagine o que a esquerda brasileira faria se a Charlie Hebdo fosse de direita. 

  4. Franceses, mais um esforço…

    Franceses, mais um esforço para sermos verdadeiramente republicanos!

    Liberdade absolutizada, em qualquer nível, resulta na República do Marquês de Sade:

    Tenho o direito de gozar do teu corpo, pode-me dizer qualquer um, e esse direito eu o exercerei sem que nenhum limite me detenha no capricho das minhas exacções que tenho o gosto de aí saciar.

    Tenho o direito de sacanear com a tua honra, tua imagem e com a imagem de tudo o que consideras mais sagrado, pode-me dizer qualquer um, e esse direito eu o exercerei… etc.

    Prapara-te para ver estampada uma charge na capa de Globo, Folha, Veja, contendo uma caricatura de teu retrato recebendo sexo oral de uma caricatura de tua mãe e sendo sodomizado por uma caricatura de teu filho. Que delícia, não é?

    Não terás direito a reclamar depois. Ou então vai reclamar com o Gilmar Mendes.

    Honra, imagem, não são o mesmo do que corpo? Não merecem nenhuma proteção especial?

    Entao, por que estupro é considerado crime? Se o estuprador não ferir demasiadamente sua vítima, “a nível de” corpo, não houve grande ofensa. Cuspir no rosto de alguém é crime? Por quê? Não machuca!

    Se cuspirem no teu rosto, oferece a outra face!

     

    1. Comparaçoes espúrias e de MÁ FÉ

      Debochar do sentimento de PESSOAS é muito diferente de combater IDÉIAS. 

      Nao sou a favor da “liberdade de expressao” absoluta. Fabricar fichas falsas de políticos, inventar triplex para Lula, desvirtuar notícias, pretender interferir em eleiçoes nao é válido. Nem o humor do tipo Gentili, que fere minorias. Mas esse NAO É O CASO DE CHARLIE HEBDO! 

      So o que faltava, voltarmos à Idade Média e a proibiçoes de “blasfêmias” e “heresias”. Nao há motivo algum para que caricaturistas franceses, na França, república laica, nao possam representar Maomé porque isso é proibido para os muçulmanos. Eles debochavam de todas as religioes e poderes; a charge sobre a suruba do Pai, do Filho e do Espírito Santo é muito mais forte do que qualquer uma das sobre Maomé. Inclusive algumas charges deles separam claramente Maomé dos fanáticos. Uma delas, feita após um atentado terrorista, mostra Maomé deprimido, cobrindo o rosto com as maos e dizendo: “como é duro ser amado por b*b*c*s”. Outra mostra Momé voltando à Terra e sendo degolado por um terrorista. 

      1. E vc apoia a charge da

        E vc apoia a charge da suruba? Apoia a charge de maomé de 4 com uma estrela no c*? Isso eh deboche puro e simples. Qual a diferença pra uma revista que mente? Mentira eh pior que o deboche a uma crença, a uma fé? Para os religiosos, suas divindidades sao sagradas. Mesmo eu nao sendo religioso, entendo o significado de sagrado e o quanto deve ser humilhante e horroroso para alguem ver algo que considera sagrado, responsavel por sua vida (isso mesmo) ser colocado em tom de deboche.

        o q eu acho engraçado, eh que com ctz, se houvesse uma materia do globo, veja, dizendo algo do tipo “dilma tem detonado as conquistas do governo lula”, colocassem uma charge ao fim, com a ela “sodomizando” lula com o “penis” dela, estaria vc aqui reclamando de excessos na liberdade de expressao, que a charge era desrespeitosa a nossa lider politica (o que eu concordaria). 

         

        Mas acho engraçado essas indignaçoes seletivas.

         

        facil eh apoiar o deboche de algo q pra nós eh insignificante

        1. Ninguém é obrigado a fazer só o q nao desagrada aos religiosos

          Vc tb quer proibir Rabelais? Diderot? Voltaire? E em língua portuguesa Guerra Junqueiro, Fernando Pessoa e Saramago? Ora, ora. 

      2. E vc apoia a charge da

        E vc apoia a charge da suruba? Apoia a charge de maomé de 4 com uma estrela no c*? Isso eh deboche puro e simples. Qual a diferença pra uma revista que mente? Mentira eh pior que o deboche a uma crença, a uma fé? Para os religiosos, suas divindidades sao sagradas. Mesmo eu nao sendo religioso, entendo o significado de sagrado e o quanto deve ser humilhante e horroroso para alguem ver algo que considera sagrado, responsavel por sua vida (isso mesmo) ser colocado em tom de deboche.

        o q eu acho engraçado, eh que com ctz, se houvesse uma materia do globo, veja, dizendo algo do tipo “dilma tem detonado as conquistas do governo lula”, colocassem uma charge ao fim, com a ela “sodomizando” lula com o “penis” dela, estaria vc aqui reclamando de excessos na liberdade de expressao, que a charge era desrespeitosa a nossa lider politica (o que eu concordaria). 

         

        Mas acho engraçado essas indignaçoes seletivas.

         

        facil eh apoiar o deboche de algo q pra nós eh insignificante

  5. Espero que o Nassif corrija a

    Espero que o Nassif corrija a informação errada em seu artigo atribuindo a charge “racista”  que foi atríbuida assim ao Chalie Hebdo e que na verdade foi feita pela revista de direita “Minute”.

    Por favor, não vamos cometer mais esse crime contra a memória dos mesmos.

    Aqui a declaração de Charb sobre o tema (em 2013)

    Minute n’est pas Charlie Hebdo
    Le racisme n’est pas de l’humour 14 novembre 2013

    Charlie Hebdo tient d’abord à apporter tout son soutien à Christiane Taubira victime d’une insupportable attaque raciste de la part, cette fois, du magazine d’extrême droite Minute. Ensuite, Charlie Hebdo s’insurge contre les propos de Madame Hélène Valette qui, s’exprimant au nom de Minute, a déclaré: «nous assumons cette une, c’est satirique, personne ne s’offusque des unes de Charlie Hebdo». Jean-Marie Molitor, le directeur de la publication de Minute, quant à lui, déclare: «personne ne bouge sur les unes de certains confrères, comme quand le pape est croqué par Charlie Hebdo, mais c’est aussi parce que ce ne sont pas les mêmes qui sont visés».

    D’une part, des gens s’offusquent des unes de Charlie Hebdo, notamment l’extrême droite catholique qui nous a poursuivis en justice 12 fois en 20 ans.

    D’autre part, se cacher derrière un journal satirique connu pour ses positions anti-racistes et anti-fascistes afin de justifier un propos raciste et haineux est à la fois grotesque et effrayant.

    C’est grotesque parce que l’insulte raciste n’a rien à voir avec la critique de certains aspects de telle ou telle religion ou de tel ou tel courant de pensée.

    C’est effrayant parce que le dessein de Minute est clairement celui de banaliser l’insulte raciste.

    À force d’associer le nom de Mme Taubira aux mots « banane » et « singe », l’extrême droite raciste espère faire passer un slogan raciste, une insulte colonialiste pour une blague populaire. Ce ne sont pas les idées de Mme Taubira qui sont visées par Minute, Civitas, la Manif pour tous ou une candidate du FN, mais sa couleur de peau.

    Minute ne défend pas la liberté de la presse, Minute prépare les crimes racistes à venir. Ceux qui associent le nom de Charlie Hebdo à celui de Minute ne font que faciliter le travail de Minute.

    Charb, directeur de la publication de Charlie Hebdo.

     

  6. .

    Há muito a esquerda brasileira enveredou pelo perigoso e equivocado caminho de querer justificar e até apoiar ações, grupos e até regimes de fundamentalistas, na sua “carcaça”, mas fascistas na sua essência, sem consideração de princípios políticos, muito menos de identidade ideológica. 

    Esquecem que a própria esquerda sempre será a principal e mais trágica vítima de alianças oportunistas, porque o fascismo raramente atinge a si, nem mesmo quando antagônicos entre os seus. A esquerda torna-se inocente útil, coopera para depois ser sumariamente perseguida e dizimada, como o foi na revolução iraniana e como tem sido em todo o passado.

     

     

  7. Obscurantismo x liberdade de expressão

    Toda solidariedade aos cartunistas do Charlie Hebdo, vítimas do fundamentalismo religioso, que matou seres humanos porque confundiu desenhos  satíricos com o imperialismo e a islamofobia. 

     

     

    1. Nao é verdade que nunca tenham criticado o judaísmo

      Inclusive uma das charges que está sendo bem difundida, com o nome de Intocáveis, mostra Maomé sendo carregado por um rabino, e ambos dizendo: Nao se deve zombar. Vamos voltar a ter crime de blasfêmia? 

        1. A charge mais cáustica deles foi contra a ICAR

          Mostrava simplesmente uma suruba entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo… Que sao deuses para os católicos, nao sao meros profetas. E daí? Você quer a votla do crime de blasfêmia? A Idade Média já acabou. 

          1. Conheço a revista, e discordo inteiramente da sua opiniao

            E quanto a essa demissao, eu precisaria saber muito mais sobre as circunstâncias para me pronunciar. 

    2. Parei de ler quando me

      Parei de ler quando me deparei com a inverdade de que Charlie Hebdo nunca criticou o judaísmo.

      Citarei apenas um cartum que a Charlie publicou, dos tantos: três rolos de papel higiênico; em um está escrito Alcorão, no segundo está escrito Bíblia e no terceiro está escrito Torá.

      Juro que não entendo como é que alguém pode desprezar, e até difamar (sugerindo que poupa o judaísmo, levando quem lê o comentário a imaginar coisas) o que não conhece.

      Ou é só má-fé mesmo?

  8. “Agora vamos ao caso

    “Agora vamos ao caso concreto. Doze jornalistas e funcionários do pasquim foram assassinados por militantes do fundamentalismo islâmico.”  Os fatos estão muito frescos para tanta certeza.

  9. As charges da Charlie eram

    As charges da Charlie eram tão ofensivas que só incomodaram a meia dúzia de insurgentes que não estão acostumados a viver em democracia e a conviver com o contraditório.  Até aqui nesse blog, há vários casos de pessoas que ofendem, ao não ter argumentos de defesa para viabilizar sua posição frente ao discordante.  Várias autoridades islâmicas da palestina, e até do Irã se colocaram contra o morticínio dos chargistas.  Esse posicionamento de clamar por censura ao tablóide francês, só reforça a política do medo que acaba por favorecer aos insurgentes  sanguinários. Que eles coloquem bombas em suas terras, matando seus iguais é uma coisa, outra coisa é querer ditar regras na casa dos outros.  A Lei que vale pra eles, não vale para os outros.  Que pratiquem suas crenças em seus domicílios.

    Queria ver se a situação algum dia viesse a acontecer aqui no Brasil, onde supostos religiosos chegassem ao poder e ditassem suas leis religiosas aos demais membros da pátria.  Como reagiríamos, se os pastores instituíssem o dízimo para toda a população?   Ditassem regras de “bem vestir” a todos.  Obrigassem a população a ler a bíblia?  Instituírem o criacionismo nas escolas?  Como reagiremos?  Vamos recorrer aos tribunais, colocaremos bombas nas igrejas ou diremos que é direito da minoria impor seus métodos e meios de ação a maioria?

    Reconheço que a situação tá meio nebulosa, as coisas não batem.  Já vimos semelhante coisa nos atentados de Boston, Onze de setembro e outros.  Não sou adepta de teorias da conspiração, porém não sou cega, nem tola, para acreditar em qualquer coisa que os fatos a desmintam por completo.

  10. Me sinto a vontade, uma vez

    Me sinto a vontade, uma vez que nao tenho religiao, para dizer que a melhor delas’eh a milenar igreja catolica. Desde o inicio, os catolicos’perceberam que deixar livremente as faccoes religiosas ou mesmo a interpretacao da biblia aa qualquer um era um caminho que daria em um desastre. Criaram a infalibilidade do papa, colegio de’cardeais ,etc,etc. E quem nao se sentisse a’vontade teria o caminho da excomungacao. Eh soh ver a qtdde de pastores pilantras e fundamentalistas q existe’por’ahi.

      1. Parece que a senhora nao

        Parece que a senhora nao entendeu meu comentario. Eh obvio q o estado tem q ser laico. O que observei, eh q os catolicos encontraram um caminho eficiente para afastar a praga do fundamentalismo. Veja a senhora quantas seitas e subdivisoes tem o islamismo. Qualquer louco pode ser “lider espiritual”. E este eh o problema.

        1. Ué, mas o cristianismo não se

          Ué, mas o cristianismo não se dividiu em milhares de seitas além da santa igreja católica? Os Edires Macedos do cristianismo e os Malafaias e as Marinas Silvas, não são dissidencias da mesma raiz?

           

  11. Alhos e bugalhos

    Liberdade absoluta não existe assim como não existem direitos absolutos.

    Você até pode e deve ter liberdade para optar por certas práticas, mas deve responder pelos excessos decorrentes dessas práticas. Portanto, essa liberdade é relativizada.

    Se não for assim estaremos admitindo o caos.

    Não se deve confundir escolha prévia por certas práticas com o direito de praticá-las.

    Eu até “posso” escolher ou optar em tirar a vida de um semelhante. E até posso realizar meu intento, mas devo responder por isso. A convenção imposta (regra geral) é a de que matar não é permitido, é crime. Ainda assim ninguém está propondo que se enclausure todo mundo previamente para que se evite tal ato. 

    Ninguém está propondo qualquer censura prévia. Ou qualquer limite às escolhas das pessoas. O que se discute é a possibildade de punir o excesso na medida em que ofenda direitos de terceiros.

    As convenções nas sociedades civilizadas impõem limites. 

    As liberdadas de imprensa e de expressão não têm o condão de isentar a responsabilização pelos excessos praticados. 

    Portanto, deixando bem claro: as eventuais sanções e responsabilizações devem ser observadas sempre a posteriori.

    Há no debate uma tentativa – e não me refiro ao post em questão – de confundir o incauto ou menos informado no sentido de que em nome da liberdade de imprensa ou de expressão tudo pode ser praticado sem responsabilização. Não pode.

     

     

     

    1. Sim as pessoas devem

      Sim as pessoas devem respondeer pelos seus excessos, mas na justiça e não porque o ofendido se sentiu no direito de matar (o que também é um excesso).

      1. Liberdade com responsabilidade

        Claro, mas onde está dito que os excessos devam ser punidos com justiçamento ou pelos que se sentiram ofendidos?

        É óbvio que a punição deve ser estatal, através da Justiça e levando em conta o devido processo legal respeitando o contraditório e a ampla defesa.

        Ninguém em sã consciência defende a punição pelas própiras mãos. Isso seria uma insanidade.

        O que se argumenta é que a liberdade de imprensa ou de expressão não outorga direitos absolutos. E que em nome delas se pode tudo.

        Não pode, portanto, os excessos devem ser objeto de responsabilização. Há que ter limites.

         

    2. Só faltou dizer

      Só faltou dizer explicitamente que a chacina foi culpa dos próprios  jornalistas e funcionários do Charlie.

      Que eles mereceram morrer pelos “excessos praticados”.

      1. Leu mais não entendeu. Ou seja, não leu.

        Você é louco ou não compreende o que lê.

        No post o autor faz referência à liberdade absoluta.

        Minha intervensão diz respeito a isso. 

        Também deixo claro que não me refiro ao post especificamente nem entro em detalhes sobre o ocorrido em Paris porque esse não foi o objetivo.

         

    3. Como?

      Eu até “posso” escolher ou optar em tirar a vida de um semelhante. E até posso realizar meu intento, mas devo responder por isso. 

      Tirar a vida de alguém nunca foi “liberdade de expressao”.

      Liberdade de expressão é para discutir idéias,  e uma pessoa que gritar  “fogo” num cinema lotado pode ir para a cadeia,  sim. 

    4. Alhos e bugalhos

      Atualizando e esclarecendo meu comentário:

      Quero deixar bem claro aqui, como fiz em várias intervenções anteriores sobre as liberdades de imprensa e de expressão e fora do contexto atual, que quando me refiro à responsabilização pelos excessos nada tem em relação ao ocorrido na chacina em Paris.

      Sempre disse aqui que considero que a liberdade de imprensa não deve ser exercida sem observar direitos fundamentais consagrados na Constituição.

      É por isso que coloco que os excessos (atos praticados em desacordo com preceitos constitucionais) devem ser objeto de reprimenda. E sempre estatal, com base na lei. Não me refiro a justiçamento. 

      E repito… Liberdade de imprensa não desobriga do respeito a lei.

  12. Concordo.

    Foi como se terroristas de direita invadissem a sede d’O Pasquim e matassem a tiros Millor, Ziraldo, Jaguar e Henfil. Wolinski era não só o melhor desenhista do mundo, em suas especialidades, mas um importante intelectual e ativista político. E não tem essa de defender crimes, como este contra o Charlie Hebdo, porque seriam supostamente contra a civilização ocidental opressiva. Os terroristas foram matar justamente o mais irreverente e libertário da imprensa alternativa, crítico principalmente em relação ao modus vivendi burguês, que se impôs ao mundo…

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=cd-9MapoaJc%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=9netinyGtxw%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=56k_pJrhpxI%5D

     

     

  13. Fundamentalismo liberal?

    Absolutizar o direito à liberdade de expressão é um fundamentalismo como qualquer outro.

    A quem quiser entender um pouco melhor a lógica subjetiva de homens bomba e quejandos, recomendo o filme “Paradise Now”.

     

  14. Mais um que vem defender o

    Mais um que vem defender o direito de estigmatizar sem se preocupar com as consequências.

    Óbvio que podiam, tanto que o fizeram.

    A pergunta a ser respondida não é essa, aliás, a pergunta que sempre deve ser feita é : deveriam ?

    Tudo bem que você defenda com unhas e dentes o direito de humoristas estereotipar judeus na década de 20 na Europa. Afinal, você também defende o direito de humoristas americanos estereotipar os negros na mesma época.

    A liberdade sem responsabilidade é uma beleza.

    Para o resto da bobajada toda, segue o mesmo link que já postei, de uma carta de um ex-colaborador da revista ao Charb, bem antes da tragédia :

    http://www.article11.info/?Charlie-Hebdo-pas-raciste-Si-vous

      1. Meu querido

        A patente da tecnologia que transforma m* em água potável já foi requerida pelo Bill Gates.

        Para mim, por enquanto, m* continua sendo m*. Mesmo quando vem em forma de texto.

  15. Se cada grupo ofendido por

    Se cada grupo ofendido por pretensos humoristas brasileiros fosse exterminar os autores, não teríamos mais essa espécie entre nós. Liberade de expressão é liberdade de expressão. Os jornalistas  não estavam incitando o crime, como aquela mocinha do sbt, bolsonaro e bornahausen, entre outros, fazem reiteradamente e não são incomodados.  O pior, para mim, nessa história é colocar todos os mulçumanos/islâmicos no mesmo saco e culpar as vítimas. Os 2 exemplos são muito comuns por nossas bandas. 

  16. Parabéns Diogo!

    Sempre considerei vc uma “garrafa” bem mandada do PT dilmista, mas pela primeira vez concordo integralmente com seu brilhante post. Especilamente o trecho :”No mais, é triste e revoltante ver que alguns setores da esquerda que espumam de indignação contra Bolsonaros, Felicianos, Macedos e Malafaias da vida aqui no Brasil, denunciando a perigosa infiltração fundamentalista no cotidiano de nosso país, tenham sido os primeiros a recriminar a libertária publicação francesa ao invés de recriminar o fundamentalismo canalha que insuflou o atentado.””.

    no hard feelings

  17. Toda essa discussão é muito

    Toda essa discussão é muito estéril. Sobre as charges, eu pessoalmente acho de profundo mal gosto, pra mim é lixo estético.

    Entretanto, só a cabeça de um indivíduo doente, canalha, deformado moral, consegue racionalizar o fato de que alguém possa ser morto por causa de um desenho.

     

  18. Humor cáustico?

    Procurei e não consegui achar. Talvez por incompetência minha ou talvez pq não existam mesmo. Se alguém puder me ajudar, agradeço. Alguém tem alguma charge do CH da mesma causticidade usada contra os muçulmanos, contra os judeus? Algum rabino tomando no… ou em “posições comprometedoras”, ou pelado q seja? 

    Enfim… Desde criança nesse nosso Brasil lindão, aprendemos q qd o ladrão chega, devemos entregar os anéis para q fiquem os dedos. Aprendemos q gritar com o cara da arma, xinga-lo de vagabundo, covarde não é uma boa idéia apesar de sabermos q ele bem pode ser tanto vagabundo (pq não trabalha) e covarde (pq está intimidando com uma arma). Se levarmos um tiro estamos errados? Não. Errado está o vagabundo covarde q atirou. Mas os mortos somos nós.

    O q podemos (e devemos) fazer é não deixar a situação chegar a esse ponto. O voto, os protestos, a vigilância dos políticos, o engajamento político são recursos q todos temos para não deixar q a situação da segurança do nosso país chegue as raias q chegou. Só xingar (ou debochar dele) o ladrão não resolve NADA! Assim como o tipo de humor escolhido pela CH não ajuda em NADA a promover a toerância religiosa para mitigar a xenofobia testemunhada por qqr um q já viveu na França.

    Alguém disse: Não questiono o direito de publicar as charges. Questiono o julgamento de fazê-lo!!! No momento em q nós brasileiros, temos brigado tanto ( e por taaanto tempo!!!) para finalmente termos uma regulação da mídia, para q FINALMENTE ela seja RESPONSÁVEL (e responsabilizada) pelos excessos q comete, os assassinatos de reputação q já vimos, vamos retroceder e aplaudir o q a CH faz só pq não concordamos com os excessos dos terroristas???

    1. “Algum rabino tomando no… “

      Verdadeiro retrocesso seria reinstituir o crime de blasfêmia, voltar aos tempos da inquisição, para proibir críticas às religiões. Faça pesquisas relacionando a revista e seus chargistas com temas como palestina, sionismo, racismo, islamofobia, imigrantes, israel, e verás que a revista é muito solidária com a causa palestina, com a defesa dos imigrantes, contra a ascensão do neofascismo, enfim, age de acordo com as causas de esquerda.

      Quanto a sua pergunta acima, olha o que fizeram com Moisés, o profeta do judaísmo:

       

      1. Repito o q escrevi “Não

        Repito o q escrevi “Não questiono o direito de publicar as charges. Questiono o julgamento de fazê-lo!!! ” Não acharia certo criminalizar a blasfêmia. Acho certo criminalizar a ofensa. E q a Justiça decida o q pode ser considerado ofensa, o q é “liberdade de expressão” ou “liberdade de imprensa” (q pra mim, não foi de jeito nenhum o caso). O seu direito termina exatamente onde começa o meu.

        Em tempo; Se vc leu alguma dúvida quanto a “preferências no humor” da CH, leu demais. Minha pergunta era só uma dúvida mesmo. Legitima.

        1. vai ficar na mesma

          Não acharia certo criminalizar a blasfêmia. Acho certo criminalizar a ofensa.

          Está trocando seis por meia-dúzia.

          Blasfêmia pode ser entendida por uma ofensa a uma religião.

          Mas, caso esteja se referindo a ofensas pessoais, isso já está previsto em lei, o ofendido pode procurar a justiça.

          No caso das religiões, os deuses possivelmente ofendidos, até onde eu sei, nunca reclamaram.

          1. Li uma piada legal sobre isso

            Representava Deus falando: Eu sou Onisciente; Eu sou Onipotente: Eu posso bem aguentar uma piada… 

  19. Os terroristas não atacaram a

    Os terroristas não atacaram a Liberdade de Expressão. Esta é a grande cascata de nossa Grande Midia: transformar, manipular e usar o idiota incalto para seus propositos. Quando as Organizações Globo trata o assassinato covarde de chargistas como um ataque a Liberdade de Expressão ela tão somente pensa em seus objetivos, que é ter acesso livre a manipulação, a mentira, e a covardia que pratica diuturnamente em seus jornais. Para boa parte das pessoas é isto que incomoda: a captura de um crime motivado por odio, por vingança, para uma causa direitista, que é aumentar indefinidamente a liberdade de poder fazer o que bem quiser usando seu poder economico. 

  20. Caro Nassif e demais
    Me

    Caro Nassif e demais

    Me desculpem, mas é mais um belo e trágico golpe de uma direita baelicista, que ainda conseguiu manipular o mundo a seus favor, com desculpas de esquerdas.

    De novo, as esquerdas do mundo, está sendo usada e abusada.

    Fois assim com WTC, faz pouco tempo com Eduardo Campos, mas o tiro, não atingiu o alvo final, e agora, com  os chargistas, e o profundo debate sobre a liberdade absoluta de expressão, virão outros alvos, seguramente, as mentes que o planejaram, receberam enes parabéns e nunca saberemos quem foi.

    A islamofobia será ampliada, novos ataques serão feitos contra eles, a desculpa já foi arrumada, os belicistas estão pouco se lichando com a morte dos chargistas, foram usados e deu certo.

    Saudações

     

     

     

     

     

     

  21. Acho que é a primeira vez que

    Acho que é a primeira vez que concordo integralmente com um post do Diogo.

    O que ele fala é fato inconteste, a tragédia é ter que ficar repetindo o obvio para essa turma de delinquentes intelectuais…

    1. Taí Diogo! Conseguistes a

      Taí Diogo! Conseguistes a adesão do Leônidas! Teu círculo de admiradores está crescendo! Parabéns!!!!

       

  22. Charlie Hebdo

    Nassif,

    Para ajudar no debate sobre o assunto.

     

     

    11 de janeiro de 2015por Paulo Moreira Leite

    Num continente onde o racismo está em alta, denuncia do ataque ao Charlie Hebdo não pode alimentar a clássica postura de duplicidade moral

    Diante da presença de 700 000 pessoas nas ruas de Paris para protestar pelo massacre na redação do Charlie Hebdo é preciso lembrar que:

    1.Durante os ataques mais recentes da aviação de Israel sobre Gaza, os protestos em solidariedade a população palestina foram reprimidos na França porque se considerou que poderiam se transformar numa ameaça a ordem pública;

    2.Cartunistas e ilustradores solidários com a causa árabe em Israel chegaram a ser processados pelo Estado. Questionado, o primeiro ministro Manuel Valls se justificou: “Nós deveríamos ficar de braços cruzados diante da criatividade do ódio?”

    3. Em 2006, um grupo de intelectuais de prestígio na mídia assinou um manifesto anunciando a aparição de uma quarta forma de ditadura dos tempos modernos. Depois do nazismo, do fascismo e do estalinismo, o manifesto falava do islamismo — que não é uma doutrina política, mas uma religião, que mobiliza perto de 1,5 bilhão de pessoas, ou um quarto da humanidade, reunindo homens e mulheres com diferentes visões de mundo e costumes bastante diversos.

    Benvindo à duplicidade moral do século XXI.

    O morticínio na redação do Charle Hebdo foi uma operação cruel e injustificável. Nenhum cidadão, em parte alguma do mundo, deve perder a vida em função de suas opiniões. O fato do assassinato coletivo ter sido um crime premeditado, sem dar chance de defesa às vítimas, apenas reforça seu aspecto perverso, inaceitável.

    Nada disso nos proibe de lembrar que o direito de Charlie Hebdo expressar o ponto de vista de seus jornalistas e cartunistas sem restrições não deve ser confundido com a sustentação de suas opiniões políticas. A expressão “somos todos Charlie” pode gerar muitas confusões.

    Num esforço supostamente didático, surgiu no país a conversa que tenta comparar Charles Hebdo e o Pasquim, o inesquecível jornal de humor feito no Leblon que chegou a vender 200 000 exemplares por semana durante a ditadura militar. É bom não exagerar nas primeiras impressões.

    Estamos falando de publicações satíricas, dedicadas ao humor político. Podemos encontrar artistas geniais, nos dois lados do Atlantico. E só.

    Mas ninguém tem o direito de iludir-se com puras formalidades nem ignorar o ponto essencial.

    O Pasquim tinha lado. Extraia sua força de uma opção política clara: denunciava o regime militar e seus inimigos. Não fazia concessões nem permitia dúvidas a respeito. Não era um humor sem causa. Muito menos com a causa errada. Estava ao lado dos mais fracos.

    No universo cultural europeu do século XXI, Charles Hebdo construiu uma relação ambígua com o racismo.

    Assumindo aquela visão que classificava o islamismo como o quarto totalitarismo, o próprio editor da Charlie Hebdo disse que, para a revista, tanto o fascismo da Frente Nacional, a organização de extrema-direita francesa, como o que chamava de “fascismo islâmico” fazem parte da “mesma seara e contra eles não economizamos nossa arte”.

    O fascismo de Jean Marie Le Pen — e outros líderes semelhantes que se espalham pelo Velho Mundo — tem um projeto de poder de Estado. É um movimento violento e nostálgico da velha ordem, que tenta restaurar pela força. Quer eliminar direitos conquistados, que representam avanços — parciais, limitados — rumo a uma situação de menor desigualdade. A opção Le Pen é um estado forte para submeter os deserdados da globalização a leis mais duras e severas, como mão de obra de segunda-classe — seja em casa, seja em seus países de origem.

    O clero muçulmano mantém convicções que podem ser ou parecer retrógradas. Como em todas as religiões organizadas, seus líderes podem ser acusados de exercer o poder de forma autoritária.

    Ali se encontram círculos fascistas — que também se manifestam no extremismo católico. Em julho de 2011, em Oslo, 76 pessoas morreram em dois atentados cometidos por um fundamentalista cristão, adversário assumido da imigração islâmica, admirador fanático do Estado de Israel.

    Não há dúvida de que lideranças muçulmanas participam da resistência política e cultural de uma população segregada e diminuída em seus direitos, em particular no Oriente Médio, onde a atuação do Estado de Israel junto a seus vizinhos — e à própria população árabe no interior de suas fronteiras — contribui para criar um ambiente de enorme tensão em todo planeta.

    Este é seu papel na cena global, sem relação com o fascismo de Jean Marie Le Pen. É por isso que são atacados. É por isso que o deboche é estimulado. Devem ser desqualificados — da mesma forma que, nos tempos do Pasquim, a ditadura lançava insinuais odiosas sobre a vida pessoal de lideranças da Teologia da Libertação.

    O racismo é um antigo componente da cultura européia e é possível encontrar suas manifestações mesmo em textos de sábios insuspeitos do iluminismo. Mas há uma novidade recente.

    Com o progresso científico, as noções que dividiam a humanidade em raças biologicamente inferiores e superiores deixaram de fazer sentido para as camadas mais cultas.

    Está comprovado que nenhuma herança genética é capaz de explicar as diferenças de desenvolvimento entre povos e países. Surgiu, então, o fator cultural.

    Procura-se definir uma hierarquia entre homens e mulheres pela visão de que há uma hierarquia entre culturas. Algumas seriam mais adequadas do que outras para promover o progresso social, que não seria produto de opções de natureza economica e política, mas dos valores tradicionais de cada povo.

    Foi assim que se passou a explicar a hegemonia política-militar dos EUA em todo planeta pelos valores morais da religião protestante — embora outros povos, com os mesmos valores morais e religiosos, pudessem padecer de uma condição muito diferente. Ou a falta de desenvolvimento de países tropicais pela falta de amor ao trabalho duro de seus cidadãos — ainda que a jornada de trabalho de muito desses povos pudesse ser mais prolongada e estafante. E assim por diante.

    O fator cultural encontra-se no eixo teórico do artigo ” Choque de Civilizações”, de Samuel Huntington. Publicado em 1993, ele construiu um novo quadro ideológico para justificar a atuação das grandes potências após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria — quando, mais uma vez, era preciso manter a hierarquia entre povos e paises, dominantes e dominados.

    Para Huntington, todo esforço para criar um ambiente de convívio harmonico e cooperativo entre os povos, com respeito a pluralidade e a história de cada um, nada mais seria do que uma utopia risível, pois não há uma herança comum entre elas. “As diferenças entre as civilizações não são apenas reais; são fundamentais”, escreve, para acrescentar: “não vão desaparecer em pouco tempo. São muito mais essenciais do que as diferenças entre ideologias e regimes políticos.”

    Ele reconhece que “diferenças não significam conflito, e conflito não implica necessariamente violência,” mas adverte: “ao longo dos séculos, as diferenças entre civilizações geraram os conflitos mais violentos e prolongados.”

    Dividindo a humanidade em oito civilizações diferentes, Huntington enxerga um ambiente hostil para o chamado ocidente, cada vez mais mais ameaçado pelo progresso de outros povos de outras culturas. Nesse ambiente de risco, onde a posição de predomínio se encontra ameaçada, o “Ocidente (com maiúsculas)” está condenado a “manter o poderio econômico e militar necessário para proteger seus interesses” diante das demais civilizações.

    Quem leu Edward Said já aprendeu a importância de estereótipos negativos sobre os povos árabes para consolidar um domínio de caráter imperialista naquela parte do mundo que abriga as principais reservas mundiais de petróleo, a principal riqueza estratégica dos últimos 100 anos.

    Quem ler “O que a Europa deve ao Islam de Espanha”, de Juan Vernet, poderá descobrir a formidável contribuição dos povos árabes para a magnifica explosão cultural do Renascimento — e todas suas consequências — que muitas pessoas acreditam ter sido uma obra pura de artistas e intelectuais europeus.

    A questão encontra-se aí.

    A execução à bala da redação do Charlie Hebdo é inaceitável.

    A tentativa de criminalizar o islamismo por este crime também é inaceitável. Lembra a piores tentativas de manipular consciências e reforçar preconceitos que inevitavelmente irão gerar novas tragédias.

     

    1. (…) relação ambígua com o

      (…) relação ambígua com o racismo (…)

      Charlie Hebdo, sendo ambigua com o racismo. Tá.

      Querer dizer que a Charlie trata indivíduos e povos como trata suas religiões é falso, absolutamente falso, não tem base factual, é só ler o jornal. E entender o que lê, né?

      Para se entender Charlie Hebdo, há que se entender o seguinte:

      1) Charlie Hebdo é progressista;

      2) Charlie Hebdo está convencida que religião, qualquer religião, atrasa a humanidade, impede o progresso da humanidade;

      3)Charlie Hebdo só deixaria, portanto, de combater as religiões por medo, assim como só deixaria de combater as outras coisas que combate, por medo; isto não aconteceu e não vai acontecer. Podem esquecer.

      Sobre Israel e seus vizinhos, a posição do jornal é clara, não é possível que alguém que tenha tido um mínimo contato com a Charlie duvide disso,

      São muitos cartuns atacando Israel. Um deles, por exemplo, mostra um israelense metralhando um palestino pelas costas, dizendo: “Toma isso, Golias”. Putz, são muitos, lembrei desse agora, mas tem uma pá deles.

      Esse mundo tá muito louco. Vi na maravilhosa manifestação deste domingo em Paris muçulmanos, e pelo menos um Imã, que eu sabia que era Imã por conta de uma entrevista de dias anteriores, portando o cartaz “Je suis Charlie”.

      Jean Marie le Pen e Paulo Moreira Leite, por outro lado, não são.

  23. Raciocínio impecavel!

    Perfeito!

    Dou meus parabéns ao Diogo Costa por mais essa brilhante postagem.

    Permita-me copiar e enviar para meus amigos.

    Grande abraço

  24. Só fizeram uma ou duas charges. . .

    Só fizeram uma ou duas charges sobre a igreja católica para mostrar que não poupavam ninguém, mas era mentira pois evitavam fazer charges sobre os judeus, como outros já disseram e se concentravam nos muçulmanos. Acho que as pessoas tem todo o direito de escolher uma religião e professar sua fé sem que sofram caçoadas com charges chulas sobre seus santos ou deuses.  

    1. A charge sobre a santíssima trindade católica…

      …foi muito pior que qualquer uma publicada sobre o islamismo.

      Será Jofran ou Ofélia? Pois só abre a boca quando tem certeza…

       

    2. Mas ninguém deve ser censurado p/ fazer o q vc acha q nao deveri

      Vc simplesmente nao entende a importância dada por Charlie Hebdo ao obscurantismo e conservadorismo das religioes. Quer impor seus valores de “bom gosto” para eles… 

      Nao é verdade que só tenham feito uma ou duas charges sobre a ICAR. Apenas você só viu uma ou duas… Tb nao é verdade que nao tenham feito charges sobre judeus. 

    3. A qualidade da prova

      A qualidade da prova apresentada: (…) evitavam fazer charges sobre os judeus como outros já disseram (…)

      Ah, bom, se os outros disseram, deve ser verdade.

    1. Rebolla

      Rebolla,

      Com a presença de Bibi Netanyahu, ao lado de BObama, um dos maiores assassinos da atualidade, não deu prá sentir falta de ninguém.

      O sionista futuro Nobel da Paz numa manifestação como esta, diretamente correlacionada ao termo PAZ, é a cereja do bolo. Existe, como é previsível, mais de uma teoria a respeito da autoria do atentado, uma delas indica o Mossad. 

        1. Dupla interpretação

          Alex,

          O texto permitiu uma dupla interpretação.

          De qualquer maneira, faltou BObama de braços dados com o Nobel da Morte. Tem foto com NSarkozy ao lado de Bibi, deve ter saído correndo quando percebeu a sua, digamos, localização geográfica. 

    2. É muita emoção, amigo !

      Olho pro meu lado direito aqui na cabine  e vejo o Diogo Costa chorando feito criança, não suportando a emoção.

      Do meu lado esquerdo, Marco St também não segura as lágrimas gritando enlouquecidamente que É charlí, é é charlí e é charlí.

      É um momento de muita emoção !

      Liberté, igalité e os maomé tem que se fodê !

      Vamos limpar a Europa.

      Após participar na marcha, Hollande visitará a Grande Sinagoga de Paris, onde assistirá a uma cerimônia em memória das 17 vítimas dos atentados jihadistas.

  25. Qual é?

    Os caras provocam os extremistas e não reforçam a segurança? Pensavam o quê? Que a liberdade de expressão fosse um valor universal respeitado por todos? Erraram feio. Não em publicar charges, mas em querer levar uma vida normal depois de fazê-lo.

  26. A liberdade de expressão não é um direito absoluto…

    …se a própria vida não o é, como explicar que algo esteja acima?

    A opinião pública e publicada não deve ser um instrumento de ofensa. A livre expressão para ser exercida em sua plenitude prescinde da ofensa gratuita, rasteira e nojenta.

    Qual a diferença do Charlie Hebdo para o Rafinha Bastos ou o Danilo Gentili? A parelha brasileira consegue ser menos abjeta, por estar alguns degraus acima na escala da degradação. Embora também seja extremamente desprezível.

    Vocês já pararam para pensar: o que move os citados acima e muitos outros é apenas discriminação motivada por um sentimento babaca de superioridade intelectual.

    1. Diferenças

      Como disse o Laerte numa entrevista publicada aqui no blog, a diferença entre o Charlie e o Danilo Gentili é que o primeiro bate em quem TEM poder, o segundo bate em quem NÃO TEM poder (e lambe as botas dos que têm poder).

      Essa é a diferença. Simples assim.

      1. Ué…

        …qual poder os extremistas radicais detêm na França que não pode ser reproduzido no Brasil por qualquer aparelho de meia dúzia de celerados?

        A opinião do Laerte neste caso tem o mesmo valor que os seus rabiscos, nenhum! Caso contrário para se tornar uma sub-celebridade não passaria a frequentar banheiro feminino vestido de mulher…

  27. Alguem  viu ou sabe de alguma

    Alguem  viu ou sabe de alguma charge tendo a santa padroeira

    “Joana D’Arc” como destaque no Charlie? Opá! Sou a favor do

    terrorismo não..seja ele qual for, de quem for ..até em forma do

    humor.O atentado já acabou e as vítimas estão saindo do armario

    ainda., vai levar tempo,deixar sequelas.A polícia do mundo vai se

    reforçando e aumentando suas ações preventivas,em  breve sem 

    respeitar populações ou estado algum,inclusive os laicos.Terror

    é mais que um termo e tem vários rostos.

      1. Até onde sei é um jornal de

        Até onde sei é um jornal de tiragem pequena longe de ser uma

        unânimidade , possivelmente há muçulmano que nunca

        folheou  um desses ( 5 milhões ? ).Mas o terror é esperto e de 

        certa forma cria uma “charge de Deus” e vende como ódio.O slã 

        passa bem longe disso certamente .Religiões existem..há de se conviver há

        quem necessite.

  28. “O fundamentalismo canalha,

    “O fundamentalismo canalha, seja ele islâmico, cristão ou judaico, quer ser o porta voz dessas respectivas religiões. Não são e nunca foram”.

    Não??? Como explicar que o principal líder religioso e político mulçumano dos últimos 50 anos condenou a morte um escritor pelo “crime” de escrever um livro ofensivo a islã. Se o Aiatolá Khomeini não foi um porta voz do fundamentalismo muçulmano, ao menos o xiíta, com a legitimidade de centenas de milhões de seguidores, não consigo imaginar quem tenha sido.

  29. “O problema não é a charge, é

    “O problema não é a charge, é o fundamentalismo!”

    1) Legenda: “As escravas sexuais do Boko Haram indignadas: Não toquem no nosso salário-família.” No desenho “progressista”, muitas mulheres negras, vestidas de hijab, desdentadas, com cara de bravas. Com pouca modificação, poderia ser usada, no Brasil, pela direita coxinha contra o bolsa-família, Que tal? “Nordestinas indignadas: não toquem no nosso bolsa-família.”

     

    http://qph.is.quoracdn.net/main-qimg-ddd3904e07d024cc09ecc4d76145f73d?convert_to_webp=true

     

    2) Outra atitude bem progressista dos chargistas da Charlie. Logo após o massacre de mais de mil simpatizantes do governo legitimamente eleito da Irmandade Muçulmana, no Egito, durante um sangrento golpe militar apoiado pelo Ocidente (que ainda está no poder), eles publicam esta charge, com a legenda: “Matança no Egito – O Corão é uma merda! Ele não pára balas!” Porque a crítica do Islã, religião minoritária, na França, e da parcela mais explorada oprimida da população é mais importante do que qualquer outra preocupação. É como se, no Brasil, para posar de antirreligioso e progressista, se ridicularizasse a umbanda e o candomblé!

     

    http://quenelplus.com/wp-content/uploads/2015/01/charlie-hebdo-le-coran-cest-de-la-merde.jpg

     

    Vê-se bem porque a atual esquerda francesa é uma merda que prefere se abraçar com Hollande, com Merkel, com o fascista espanhol Mariano Rajoy e com o genocida Netanyahu em um ato de “unidade” imperial pela “liberdade de opressão” do que construir o diálogo com o setor mais frágil da classe trabalhadora francesa, os trabalhadores e trabalhadoras muçulmanos.

  30. O meu amigo – ou melhor,

    O meu amigo – ou melhor, ex-amigo – Diogo Costa publicou vários posts defendendo a liberdade de expressão irrestrita e incondicional do Charlie Hebdo. Além disso, chamou de troll quem nem concordou com ele. Aí quando publiquei alguns comentários discordando dele, o que ele fez? Não respondeu nenhum. E ainda desfez nossa amizade no Facebook – ainda bem que só tínhamos amizade no FB. Quer dizer, não aceitou minha liberdade de expressão. Ele defende a liberdade de expressão de quem ofende e ridiculariza os mais fracos, quem já é ofendido e ridicularizado todos os dias. Essa deve ser a liberdade de expressão da esquerda stalinista que ele defende. O Diogo, descobri agora, é um sujeito arrogante, prepotente, que se acha o suprassumo da esquerda, o dono do pensamento de esquerda no Brasil. Lá de seu quartel-general em Caxias do Sul proclama fatwas esquerdistas, dita os rumos que a esquerda mundial deve seguir…rs Quem não concorda, é limado. Ainda bem. Não faz bem para alguém que pensa com a própria cabeça ser amigo desse “grande líder da esquerda mundial”… rs Passar bem, meu caro. Não nasci para fazer parte de rebanho. 

    1. .

      Bendita a hora que desfiz a amizade com um vigarista da tua iguala. 

       

      Não sou obrigado a ser teu amigo, e de fato nem sei porque era antes. E também não sou obrigado a ter dar tratamento VIP, respondendo um a um os teus imprestáveis comentários. Comenta quem quiser na minha página e apenas os vigaristas (não mais do que dois ou três) é que me obrigam a desfazer a amizade. 

       

      Não me meça com a tua régua podre. 

       

      Estalinista é o raio que te parta. Tu não me conhece seu infeliz. Estalinismo é o que existe nessa tua mente limitada e rastaquera. 

       

      Não me meça com a tua régua podre, os adjetivos que tu usa servem para que tu te veja no espelho, não mais do que isto. 

       

      Bem se nota que tu não vale a comida que tu come, tampouco o resultado dela. Ao expor situações que em nada tem a ver com o post, e sequer comentá-lo, tu demonstra que além de vigarista vale menos que uma moeda de cinco centavos.

      1. Mas a liberdade de expressao

        Mas a liberdade de expressao nao eh infinita? Vc achou que o que ele falou nao teve nada a ver com o post e desfez a amizade com o cara?

        eu entendo que um defensor da liberdade de expressao da forma como ele disse que tu defende, aceita as manifestaçoes mesmo que atrelada a fatos que vc identificou nao ter nada a ver. Afinal, outros podem ter identificado ter algo a ver com o post sim. Mas como voce quem decidiu que nao havia nada a ver, recorreu a censura de futuros posts extinguindo a “amizade”. Isso sim eh ditadura, defender liberdade de expressao ate q ela atinja seus ideais.

        e agora desanda a atacar pessoalmente, com mto mais do que foi criticado pelo “ex-amigo”.

         

        parabens pela retorica da liberdade de expressao irrestrita

        1. Burrice no mais alto grau?

          Não distorça o debate, rapaz.

           

          Ser amigo ou não ser amigo de alguém não tem nada a ver com liberdade de expressão. Fazer, manter ou desfazer uma amizade não tem nada a ver com liberdade de expressão. 

           

          Eu faço amizade com quem quiser e desfaço na hora que quiser. 

           

          Como já disse antes, e se não disse digo agora, centenas de pessoas comentam os posts que faço. Muitas delas nem são minhas amigas. 

           

          Não posso atender a cada pessoas de forma individual e a porta de casa é a serventia.

           

          Não distorça o debate, fica feio pra ti. E mais feio ainda ao encampar a patranha dos vigaristas que antes se manifestaram. 

           

          Procure fazer o debate de forma elevada, não como os vigaristas fazem. Ao invés de debater sobre mim, que é algo ridículo e típico de vigaristas, debata sobre o tema em questão. Abraço.

          1. Nao ha distorçao alguma.

            Nao ha distorçao alguma. Quando vc desfez a amizade o q vc impos foi uma forma de censura. 

            Sobre o tema, ja o debati. Entrei no assunto de voces apenas por notar as incongruencias no discurso

          2. Alias, a liberdade de

            Alias, a liberdade de expressao me permite manifestar-me sobre algo que está nessa pagina. 

            Me chamar de burro mostra o nivel do grande nivel de seu debate.

             

            grande abraço

          3. Má fé no mais alto grau.

            “Como já disse antes, e se não disse digo agora, centenas de pessoas comentam os posts que faço.”

            O sucesso subiu-lhe à cabeça. Também me bloqueou no face porque discordei das suas opiniões( como ele disse que foram dois ou três idiotas, acho que o quadro está completo, e todos os outros seguidores concordam bovinamente com o mestre Dioguito).

            Diogo, deixe de ser babaca!

             

    2. Evanildo da Silveira – solidariedade

      Caro Evanildo:

      Ao ler a resposta odienta e só com adjetivos a sua pessoa do Diogo, minhas solidariedas e apoio .

      Típica respostas dos Reinaldo de Carvalho,Augusto Nunes,Olavo de Carvalho,Bolsonaros e outros amantes da tal da Liberdade Absoluta. – como argumentos a VIOLÊNCIA ODIOSA E CANALHA!

      Pedro Luiz

       

    3. Evanildo da Silveira – solidariedade

      Caro Evanildo:

      Ao ler a resposta odienta e só com adjetivos a sua pessoa do Diogo, minhas solidariedas e apoio .

      Típica respostas dos Reinaldo de Carvalho,Augusto Nunes,Olavo de Carvalho,Bolsonaros e outros amantes da tal da Liberdade Absoluta. – como argumentos a VIOLÊNCIA ODIOSA E CANALHA!

      Pedro Luiz

       

    4. apoio ao Diogo

      NÃo, a Charlie Hebdo nunca ridicularizou os mais fracos, sempre os mais fortes. Já você apoiou abertamente a censura e se coloca no lado negro da história. Quem está do lado dos totalitarismos é você.

       

       

  31. CANALHA É VOCÊ DIOGO!!!

    Diogo canalha é você!!!

    Que história é essa de chamar os outros de CANALHA,HIPÓCRITAS e MORALISTAS? pelo simples fato de CRITICAR o tal do Charles Hebdo.

    Criticamos é a tal Direito Absoluto de Expressão,Humor e por aí vai – nunca aqui ninguém elogiou ou justificou o terrível CRIME E ASSASSINATO – então malandro o  CANALHA é você. Mudou o sentido das críticas CANALHAMENTE para a defesa do seu ponto de vista. 

    Que cara CANALHA!!! devia estar na VEJA.

    Pedro Luiz

    1. Vale para um vigarista; para o outro também

      Canalha é tu, caro rato de esgoto. 

       

      Bendita a hora que desfiz a amizade com um vigarista da tua iguala. 

       

      Não sou obrigado a ser teu amigo, e de fato nem sei porque era antes. E também não sou obrigado a ter dar tratamento VIP, respondendo um a um os teus imprestáveis comentários. Comenta quem quiser na minha página e apenas os vigaristas (não mais do que dois ou três) é que me obrigam a desfazer a amizade. 

       

      Não me meça com a tua régua podre. 

       

      Estalinista é o raio que te parta. Tu não me conhece seu infeliz. Estalinismo é o que existe nessa tua mente limitada e rastaquera. 

       

      Não me meça com a tua régua podre, os adjetivos que tu usa servem para que tu te veja no espelho, não mais do que isto. 

       

      Bem se nota que tu não vale a comida que tu come, tampouco o resultado dela. Ao expor situações que em nada tem a ver com o post, e sequer comentá-lo, tu demonstra que além de vigarista vale menos que uma moeda de cinco centavos.

  32. CANALHA É VOCÊ DIOGO!!!

    Diogo canalha é você!!!

    Que história é essa de chamar os outros de CANALHA,HIPÓCRITAS e MORALISTAS? pelo simples fato de CRITICAR o tal do Charles Hebdo.

    Criticamos é a tal Direito Absoluto de Expressão,Humor e por aí vai – nunca aqui ninguém elogiou ou justificou o terrível CRIME E ASSASSINATO – então malandro o  CANALHA é você. Mudou o sentido das críticas CANALHAMENTE para a defesa do seu ponto de vista. 

    Que cara CANALHA!!! devia estar na VEJA.

    Pedro Luiz

  33. Nao senhor, nao culpo a

    Nao senhor, nao culpo a vitima, pelo contrario, o atentado foi barbaro. Mas eh liberdade de expressao colocar maomé de 4 com uma estrela no c*?

    e o tal classico: “A charge do bacanal entre Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo é um clássico da sátira feita sobre o cristianismo.”

    isso eh humor? Eh dificil entender que fé eh algo sagrado, envolve sentimentos mais profundos do que podemos imaginar? E nao sou religioso, fui catolico ate os 11 anos de idade, ja fazem 20 anos que nao tenho religiao, nao sou cristao, mas nem por isso deixo de entender que certos assuntos nao podem sofrer deboche.

    os catolicos, islamicos e outros religiosos louvam as suas crenças. Voce louva algo? Se nao, eh incapaz de entender e saber o quao desrespeitoso tais charges podem ser.

    e termino tratando da grande hipocrisia. Se tivessemos uma reportagem do O Globo falando que dilma está destruindo o que lula fez e fizessem uma charge da lula “comendo” o lula com um penis, abaixo da reportsgem, aposto que os defensores das criticas e charges sem censura estariam todos aqui pedindo regulaçao da midia.

     

    antes de me chamarem de tucano, sou dilmista.

     

    pensem sobre isso

    1. Censura?

      Você defende abertamente a censura.

      Não é preciso concordar com as charges. Mas todo democrata deveria defender a publicação de qualquer deles, mesmo uma que lhe desagrade

  34. Concordo com quase tudo

    Concordo com 99% do que você diz, mas uma refexão me vem: na realidade milhões de maometanos acham sim – ainda que silenciosamente – correto que se tenha “vingado o profeta”. Tudo bem que tem outros tantos que não aprovam o ato, mas o fato é que no mundo do islão há muita e muita gente que concorda com a jihad e atos terroristas que se voltam basicamente contra nossas idéais mais caras: liberdade, tolerância, igualdade de gênero e de raça.  Muitos consideram blasfêmia algo a ser severamente punido. 

    Os autores dos atentados na França mantém um diálogo silencioso coms esta massa de crentes, sentem-se fazendo parta desta comunidade mundial e se sentem por ela  acolhidos. Seu ato faz sentido nesta comunidade. 

    Este jovens que se tornaram terroristas eram excluídos, estavam à margem, na sociedade francesa. Mas se sentiam incluídos numa irmandade religiosa – sua vida fazia sentido apenas assim. Há um fundo  de grande desespero existencial.   E eles entregaram a sua vida pela causa da irmandade musulmana mundial: para eles, vale a pena morrer para ser admirado pelo menos uma vez na vida.

    Sem esta grande corrente de sentimento de aprovação à jihad e ao terror anti-iluminista, não haveria o atentado à Charlie Hebdo e à mercearia judaica. Neste ponto, há sim um culpa coletiva do consentimento  silencioso de milhões de maometanos.

  35. Bem, peo que entendi  já que

    Bem, peo que entendi  já que não existe meia liberdade de expressão, a Veja está lberada para assassinar reputações. Vou ali abrir um jornal e denegrir meus oponentes e já volto, isso é L-I-B-E-R-D-A-D-E. O que me causa espanto é que sempre criticamos as maluquices fundamentalistas e sem noção da Veja, mentindo, manipulando e incitando o ódio. Agora, a liberdade de expressão se tornou acima de tudo no caso do Charlie Hebdo. Como assim? Veja sempre alega a tal liberdade de expressão, a partir de agora, não há mais como criticá-la, sinta-se livre, porque ela TAMBÉM É CHARLIE, não?

    1. Sem noção

      Liberdade de expressão é a liberdade para a discussão de idéias.

      Se uma revista usa essa liberdade para acusar alguém,  ela deve ter maneiras de provar.

        Ocorre que no Brasil o judiciário protege os caluniadores da mídia para ficar bem na foto publicada. 

    2. Francy, a questao nao é essa

      Nao defendo liberdade de expressao absoluta. Fabricar ficha falsa de política é abominável, atribuir a Lula prppriedades que ele nao tem, distorcer notícias, tentar interferir em eleiçoes nao sao condutas válidas. Nem debochar de PESSOAS, sobretudo de membros de minorias. Só que nao era isso o que Charlie fazia! 

      A revista nao debochava de pessoas, debochava de IDEIAS. E sobretudo era muito anti-clerical, contra todas as religioes. Direito deles, queremos a volta do crime de blasfêmia? Vamos também proibir Rabelais, Diderot, Voltaire, e, em língua portuguesa, Guerra Junqueiro, Fernando Pessoa e Saramago? 

      1. Analú, dizer que a revista

        Analú, dizer que a revista não debochava de pessoas, mas de ideias soa, pelo menos pra mim, um contrasenso. E por que? Pessoas são basicamente suas próprias ideais no meu modo de vista. Mexer com as ideias e crenças das pessoas a título de “humor” é algo bastante complexo e perigoso. A verdade é que cada dia fica mais provado que a melhor coisa é ser ateu.

         

        Abs

        1. idéias

          Pessoas são basicamente suas próprias ideais no meu modo de vista.

          Isso é mais uma idéia para ser discutida.

          Mas pessoas são reais e não merecem morrer por suas idéias não agradarem aos outros.

           

  36. Bravo!

    Magnífico post, este de Diogo Costa.

    Foi postado às onze da manhã e só fui encontrá-lo agora, dez e meia da noite!

    Às vezes a gente desanima ao ler tantas bobagens, mentiras, calúnias, difamações. Daí surge uma dessas que tem uma capacidade de irritar que é abismal. Daí a gente vai e responde, e se acalma. Fica tudo bem. Por quinze minutos. Daí recomeça a chuva de tolices.

    É gratificante encontrar um texto que a gente gostaria de ter escrito. Obrigado, Diego Costa.

    Agora, vou reler o post. Depois, me dar um minuto de paz. E, então, ler os comentários. E me irritar de novo.

  37. LIBERDADE DE EXPRESSÃO É VIA DE, NO MÍNIMO, DUAS VIAS.

    O autor do post desfila seu inconformismo com o contraditório. O contraditório não é o que leva à luz? E desde quando o fundamentalismo é crime?

    Sou evangélico, contrário a uma série de atentados morais perpetrados por uma sociedade cada vez mais hedonista. Nem por isso me vejoa extirpar vidas ou sair a ofender aqueles que se opõe – RACIONALMENTE – ao meu pensar.

    A radicalização é cega pois impede a troca de opiniões e leva a mais radicalismos.

    Assuntos de fé devem ser respeitados.

    Charles desrespeita a fé – seja de que naipe seja – por que descrê e acha inferiores todos os que não comungam seu pensar. Não deixa de ser uma visão colonialista ainda tão presente em França e em boa parte de uma Europa meridional decadente moral, economicamente e politicamente.

    Charles pende muito mais ao anarquismo que ao desejo de construir uma sociedade – utopia das utopias – livre das amarras do que se convenciona chamar de fundamentalismo – me lembra, não sei porquê, o neologista bolivarianismo.

    A liberdade de expressão também tem limites. Limites que Charles nunca respeitou porque crente estar a salvo de represálias.

    A represália foi desproporcional ao agravo? Possivelmente sim.

    Mas e as “represálias” praticadas por Israel dioturnamente contra os palestinos sem que se ouçam gritos tão altissonantes. Os doze de Charles valem mais que os milhares assassinados na Palestina, na Síria, na Turquia, nas republiquetas africanas, no Iraque, no Afeganistão, nas periferias latino americanas e etc, etc…

    Em que Charles influenciou mudanças consequentes na sociedade francesa? Ou foi apenas mais uma voz a alimentar preconceitos? Tal qual a mídia familiar brasileira o faz em relação ao NE e às periferias imunes a sua, na minha opinião, nefasta influência sobre uma classe média inculta e egoísta.

    No entanto, o que condeno neste país tropical, é a ausência do contraditório – com mesmo destaque e periodicidade – a opinião dos chefes mafiosos desta mídia também fundamentalista.

     

     

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