Para sobreviver à Lava Jato, família vai deixar gestão da Odebrecht

Jornal GGN – A Odebrecht vem organizando medidas para sobreviver ao impacto da Operação Lava Jato, entre elas a saída da família que dá nome para a empresa.

Presidente da Odebrecht S.A. (ODB), Newton de Souza afirmou que a família terá somente um papel de investidora e não mais de gestora, e não haverá familiares nem na presidência executiva e nem na presidência dos conselhos de administração do grupo.

Outro plano é o de abrir o capital da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC),que seria também uma maneira de prestar contas à sociedade e ser mais transparente. Matéria do Valor afirma também que a empresa pretende ampliar a política de sociedade com outras companhias em diversos de seus negócios.

A empresa também deve continuar vendendo ativos, como no ano passado, quando foi aprovada a negociação dos negócios de comunicação militar da Mectron Engenharia, empresa da área de defesa do grupo para a isralense Elbit Systems.

Leia mais abaixo:

Da Valor

Odebrecht organiza saída da família e o IPO da construtora

Por Graziella Valenti e Ivo Ribeiro

No esforço de sobreviver à Operação Lava-Jato, os próximos passos planejados pela Organização Odebrecht são movimentos que há alguns anos eram imponderáveis dentro do grupo. A família, que dá nome à companhia – e assim vai continuar a ser – não terá mais nenhum participante na administração. Não haverá familiares nem na presidência dos conselhos de administração do grupo, nem na presidência executiva.

Depois que Emílio Odebrecht deixar a presidência do colegiado da holding Odebrecht S.A. (ODB), dentro de aproximadamente dois anos, apenas profissionais devem ser indicados pela família. Esses representantes sequer serão maioria. O objetivo é que o conselho seja predominantemente formado por independentes. A estrutura final ainda está sendo desenhada.

Newton de Souza, presidente da ODB, explicou ao Valor que a família terá um papel de investidora e não mais de gestora direta. “Emílio está tomando as providências no âmbito da Kieppe (veículo pelo qual a família Odebrecht controla o negócio) para que todas essas práticas e políticas sejam lá documentadas”, disse ele.

Não menos emblemático é o plano, em gestação, de abrir o capital da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC). Esse é um projeto para 2018, mas que o grupo considera relevante para retomar a confiança do mercado – de clientes e fornecedores de crédito. Listar ações na BM&FBovespa seria uma forma de prestar contas à sociedade e ser mais transparente.

Entretanto, sobre o futuro dos negócios, individualmente, Souza preferiu não comentar.

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Redação

2 Comentários

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  1. para….

    País anencéfalo, onde estão as prisões, as delações premiadas a destruição de empresas estrangeiras atoladas até o pescoço nos mesmos casos investigados pela Lava Jato? O que está por trás de destruir nossa economia e empresas brasileiras? Por que empresas e diretores de Alstom, Bombardier, CAF, Rolls&Royce, SBM…. e outras dezenas fazem acordo para pagar multa e indenização irrisória e ficam livres inclusive dos processos criminais? Como um país pode sebreviver à tamanha mediocridade institucional e politica?  

  2. A turma da Lava Jato

    A turma da Lava Jato conseguindo seus objetivos. Os coxinhas vão pular o carnaval sorrindo enquanto o Brasil seguirá diminuindo até o fim dessa famigerada farsa. Depois das privatizações do FHC – que prometiam serviços universais a custo civilizado – viramos o país da reclamação, vide às teles. Sem esquecer o crime da Vale lá em Minas.

    Depois da Lava Jato, vamos reclamar que não temos grandes empresas estratégicas, que o setor privado continua corrompendo políticos e magistrados e vamos por a culpa num único partido.

    Até lá, Lula deve ser inviabilizado, o PSDB será eternamente blindado – até que morra um tucano e seja culpado como o Sérgio Guerra – e o PMDB seguirá dando as cartas nos acordos com todos ocupantes do Palácio do Planalto.

    Viva o Brasil!!!!

     

    P.s: Até lá, o muro do Trump ainda estará em construção.

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