Petrobras, Vale e Copom levam bolsa a cair 0,69%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa fechou as operações em alta, em um dia caracterizado pelo forte noticiário corporativo e pela repercussão da reunião do Copom, realizada nesta última quarta-feira, que sinalizou a finalização do ciclo de aperto monetário.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações em queda de 0,69%, aos 49.897 pontos e com um volume negociado de R$ 5,864 bilhões.

Entre os fatores que influenciaram o desempenho da bolsa, estão a queda das ações da Vale e da Petrobras, que possuem grande peso na composição do indicador.  Os papéis da Petrobras recuaram, após duas sessões de alta. As preferenciais (PETR4) perderam 2,33%, a R$ 10,47. As ordinárias (PETR3) caíram 2,37%, a R$ 11,52.

Já as ações da Vale perderam força apesar de a companhia ter anunciado um lucro três vezes acima do esperado no segundo trimestre, de R$ 5,144 bilhões, após três trimestres de prejuízo. A empresa também informou que vai vender uma fatia na subsidiária MBR a um fundo de investimentos do Bradesco por R$ 4 bilhões. Os papéis ordinários da Vale (VALE3), perderam 4,9%, a R$ 17,45, enquanto os preferenciais (VALE5) se desvalorizaram 4,63%, a R$ 14,41.

A fabricante de aeronaves Embraer também teve resultado negativo na Bolsa, após a empresa reduzir a previsão de receita para 2015. O mercado também considerou que os números do balanço da companhia ficaram abaixo do esperado. Os papéis da companhia (EMBR3) desabaram 5,46%, a R$ 22,50.

Os agentes também repercutiram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de aumentar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,25% ao ano. Embora a decisão tenha trazido algum otimismo em um primeiro momento, as perspectivas menos otimistas de empresas diante do cenário macroeconômico no país levaram a bolsa a fechar em baixa após dois pregões em alta.

Em meio a preocupações com a desaceleração da economia da China e com o aumento dos juros nos Estados Unidos, a cotação da moeda norte-americana voltou a subir. O dólar comercial encerrou vendido a R$ 3,371, com alta de 1,25% (R$ 0,042). A cotação voltou a ficar no maior nível em mais de 12 anos, desde 27 de março de 2003, quando a divisa tinha fechado em R$ 3,386.

De acordo com informações da Agência Brasil, a moeda norte-americana operou o dia todo em alta, mas a subida acelerou-se depois das 10h. Na máxima do dia, por volta das 14h40, chegou a ser vendido a R$ 3,38, mas a alta diminuiu um pouco antes do fechamento do mercado. A moeda acumula alta de 8,43% em julho e de 26,8% em 2015.

Desde que a equipe econômica anunciou, na semana passada, a redução para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública), o dólar passou a subir. A possibilidade de o país perder o grau de investimento das agências de classificação de risco também tem pressionado o câmbio.

Fatores externos também têm feito o dólar subir em todo o mundo. A divulgação de que o PIB nos Estados Unidos cresceu 2,3% no segundo trimestre, em termos anualizados, pressionou a cotação. A aceleração do crescimento da economia norte-americana reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) aumente os juros do país. As quedas nas bolsas asiáticas provocadas pela queda nas ações das principais empresas na Bolsa de Xangai (China) também aumentaram a turbulência no mercado financeiro internacional.

Para sexta-feira, os analistas aguardam a publicação do resultado primário do setor público no Brasil, além do índice de custo de emprego, o índice de compras dos gerentes de Chicago e índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos; vendas no varejo da Alemanha; preços ao consumidor e taxa de desemprego na zona do euro; e o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de manufatura e não manufatura na China.

 

 

 

(Com Agência Brasil e Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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