Porta-voz do governo dos EUA evita falar sobre grampo de Jucá

Jornal GGN – Durante entrevista diária concedida a jornalistas, o porta-voz Mark Toner foi questionado sobre as gravações que tiraram Romero Jucá do ministério do Planejamento, mas só repetiu o discurso de que o governo dos EUA acredita que os “processos democráticos do Brasil são estavéis o bastante para suportar esta crise política”.

Um repórter questionou se as gravações reveladas não mudariam a opinião americano sobre o afastamento da presidente Dilma. “Não é hora de considerar que o que aconteceu no Brasil pode ter sido um golpe sem sangue ou um golpe brando?”, indagou o jornalista. O mesmo repórter insistiu no tema, questionando “foi mesmo um processo democrático?”. Mark Toner se limitou a dizer que “você está falando de mudanças internas do governo brasileiro, eu indicaria que fale com eles sobre esses processos”. Leia mais abaixo:

Da Folha

Porta-voz do governo americano evita comentar áudio de Jucá

Pressionado a falar sobre as gravações que levaram Romero Jucá a se licenciar do governo, o porta-voz da diplomacia americana não quis entrar no assunto, preferindo repetir o discurso de que os EUA confiam nas instituições brasileiras.

A questão foi levantada nesta terça (24) durante a entrevista diária a jornalistas concedida pelo Departamento de Estado (equivalente a ministério do Exterior). Um repórter quis saber se o áudio revelado pela Folha, no qual Jucá sugere que o impeachment de Dilma Rousseff resultaria num pacto para deter as investigações da Lava Jato, mudaria a opinião do governo americano de que o afastamento da presidente foi legítimo.

“Não é hora de considerar que o que aconteceu no Brasil pode ter sido um golpe sem sangue ou um golpe brando?”, questionou o jornalista.

O porta-voz Mark Toner, porém, não alterou o enunciado oficial das últimas semanas. “Dissemos múltiplas vezes que nós acreditamos que os processos democráticos e as instituições democráticas do Brasil são estáveis o bastante para suportar esta crise política. Não vou falar da política interna brasileira além disso”, respondeu Toner.

O mesmo repórter insistiu no tema, afirmando que o governo interino havia tomado uma série de decisões sem respaldo popular. “Foi mesmo um processo democrático?”, indagou, dizendo que investigações de corrupção contra membros do governo interino estão sendo abafadas e que eles são “hostis” a várias políticas do governo Dilma.

“Repito, você está falando de mudanças internas do governo brasileiro, eu indicaria que fale com eles sobre esses processos”, disse Toner, que manteve o mesmo tom quando o repórter estranhou a reação, lembrando que o governo americano não deixa de comentar processos internos em outros países.

“Nós acreditamos que [o Brasil] tem uma democracia e instituições fortes o suficiente para navegar nesta crise”, reiterou o porta-voz.

 

Na semana passada, em um debate na Organização dos Estados Americanos (OEA), o representante dos EUA na entidade Michael Fitzpatrick negou que haja um golpe em curso no Brasil. Foi a primeira vez que o governo americano rejeitou com todas as letras a noção de que o processo de impeachment seja um golpe. 

Redação

9 Comentários

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  1. Se é de interesse dos americanos

    Negou e vão continuar negando. Os Estados Unidos têm todo o interesse que esse governo ilegitmo e pavoroso continue no poder. Alias, não so interessam a eles, como deram uma mãozinha para apearem Dilma Rousseff do poder.

  2. É o supra sumo do ridiculo

    É o supra sumo do ridiculo perguntar assunto desse nivel no Departamento de Estado, é tema de politica interna, imagine se vão discutir esse patamar de questões de cada Pais, a entrevista do porta voz deveria durar 12 horas.

    1. .

      Não acho ridículo.

      Se e se for, ele não deveria ter opinado anteriormente, que “Não há golpe”.

      Porque entrou na questão, então? Para agora recuar?

      Ridícula não é essa atitude?

    2. Se você se der ao trabalho de

      Se você se der ao trabalho de assistir as coletivas de imprensa do Departamento de Estado, verificará que perguntas sobre a posição norte-americana a respeito das situações internas dos países são as mais comuns, e que, normalmente, à pergunta segue uma resposta. Quando o Departamento de Estado não comenta a situação política interna dos países, é porque qualquer declaração seria vexatória ao discurso oficial. Ou seja, se não respondem, não é porque a pergunta é “ridícula”, como o senhor diz, mas porque não podem responder sem cair em contradição.

      Com todo o respeito, dizer que “é o supra sumo do ridiculo perguntar assunto desse nível no Departamento de Estado” só revela a tua ignorância de como se organizam os trabalhos ali e de qual o teor das perguntas feitas cotidianamente aos seus porta-vozes.

      Um abraço.

  3. Eua conseguiram.O Br de joelhos.Justiça prá quêm?

    Ora, ora…. É claro que vão se esquivar.  Vão dizer o que? Quer os Eua estão em 2016 voltando à cena do crime de 1964[no Brasil] e pelos mesmos motivos, só que utilizando-se de nova roupagem golpista??Para nós que já sabemos da nova roupagem, inclusive amesma utilizada em outros países de seu interesse, não há nada de novo até agora. Os interesses das suas empresas são Políítica de Estado prá eles, aliás, deveria ser assim para qualquer nação, só que eles jogam sujo demais… Patrocinam golpes e invaões para garantir a sua hegemonia unipower 

    Recordar é viver: de saída – quem, afinal, estava por trás daquela indignação que começou “espontaneamente” em 2013 com o tal MPL[não esquecer da líder da quebradeira – os blackblocs – recrutada muito antes, a Sininho, que, por acaso, desapareceu do cenário e hoje está aonde? Pensem e a encontrarão muito longe das terras brasileiras, isso sim. A moça foi recrutada muito antes, assim como os outros que vieram depois dela nos próximos movimentos com claro objetivo de preparar a insatisfação e desestabilização geral do governo, com a diferença de que os seus “patrocinadors” aprenderam que “meninas” como líderes não dão certo no Br porque o país é machista, então recrutaram só “meninos”- esses de hoje. Além do mais, como o Br é muito grande, aprenderam, a liderança tinha que ser por região para dar certo – para respeiitar as rivalidades bairristas entre os estados da federação. E assim foi…e ainda é.

    Instituições públicas recrutadas e tudo corre conforme o combinado..O país de joelhos. Tudo dominado..

    A ocupação é estrangeira, mas primeiro ela teria que ocorrer de dentro prá fora, como se vê hoje… Serra está aí para coordenar as privatizações, aquelas que o fhc não teve como entregar antes, por falta de tempo. Agora, vão todos os anéis e mais um pouco. O orçamento público vai inteiro para o bolso dos credores. Não escapa nada, por isso das disvinculações de receita. Da onde tirar mais? – da Previdencia, claro, é o que ainda tem recieta vinculada e é superavitária. Xeque-mate nos trabalhadores..

    Hora de pagar o golpe. É só ver as iniciativas e projetos do atual governo. Está tudo lá – Ver “A MP que matrializa o projeto político-econômico por trás do golpe, de Alessandra Cardoso, assessora política do Inesc – https://jornalggn.com.br/noticia/mp-materializa-o-projeto-economico-por-tras-do-golpe-por-alessandra-cardoso OU – http://www.inesc.org.br/noticias/noticias-do-inesc/2016/maio/a-mp-que-materializa-o-projeto-politico-economico-por-tras-do-golpe

    País muito grande com massa despolitizada, sem cidadania e nacionalismo não reage porque esse desenho cultural foi projeto de educação de estado ao longo dos anos…… Só os movimentos sociais não vão conseguir reverter o golpe de ocupção. Somente a adesão comleta do povo em manifestações é que poderiam parar a ocupação em curso. A sociedade ainda engatinha para compreender o desastre que se aproxima, e talvez, e eu acredito mesmo, é que ela não sabe nem saberá da verdadeira história desse golpe e de onde partiu o tiro que tem como alvo a sua testa – direitos sociais, trabalhistas etc… 

    Nação por nação, da mais frágil à mais forte, serão, ao seu tempo, confrontadas com esse projeto unipower de hegenomia mundial captaneada pela Nação-testa-de-ferro conhecida pelo nome de Eua. Quem realmente está por trás? Os 1% que comanda a economia global e detém mais de 60% de toda riqueza do planeta. E isso não tem a ver com nacionalidade,não. Tem a ver com linhagem. O buraco é muito mais embaixo, podem ter certeza…

     

     

     

     

     

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