Presidente francês pede fim do bloqueio a Cuba

Enviado por Webster Franklin

Do Ópera Mundi

Em visita inédita a Cuba, Hollande pede fim do bloqueio econômico e tem encontro com Fidel

É a primeira vez que um presidente francês realiza visita oficial à ilha; conteúdo da conversa com líder da revolução não foi divulgado à imprensa

“A França fará o possível para contribuir para que a abertura possa ser confirmada, para que as medidas que tanto prejudicam o desenvolvimento de Cuba possam ser finalmente anuladas, suprimidas”, afirmou o presidente francês, François Hollande, em visita inédita realizada a Cuba, fazendo referência ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos à ilha que já dura mais de meio século e gerou danos da ordem.

Na tarde desta segunda (11/05), Hollande se reuniu com o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, com quem esteve por cerca de 40 minutos. O conteúdo da conversa e as fotos do encontro ainda não foram divulgadas.

Hollande juntamente com o vice-presidente cubano Miguel Díaz-Canel na nova sede da Aliança Francesa

“Vocês sabem que sempre foi a posição da França suspender o embargo que trava o desenvolvimento de Cuba”, garantiu Hollande. Anualmente, desde 1992, Paris vota a favor da resolução pelo fim do bloqueio imposto pelos Estados Unidos à ilha na Assembleia-Geral da ONU.

“Com a França, [Cuba] dispõe de um aliado fiel”, ressaltou. O país também é um interlocutor importante na União Europeia a favor do avanço da negociação do acordo de Diálogo Político e de Cooperação entre a ilha e o bloco europeu.

O presidente e líder do Partido Socialista francês chegou a Havana na noite de domingo (10/05) para realizar a primeira visita de um chefe de Estado francês à ilha caribenha. Também é a primeira vez que um político chefe de governo europeu viaja a Havana desde a reaproximação entre Washington e a ilha, anunciada em dezembro.

Hollande é o primeiro presidente francês a realizar oficialmente uma visita a Cuba

O objetivo por trás do gesto é ganhar espaço para que o país europeu tenha presença favorável no momento em que Washington derrubar o bloqueio e a ilha tiver mais abertura ao comércio exterior. Hollande viajou acompanhado de executivos de empresas como Air France, Accor e Pernod Ricard, que já operam em Cuba, mas querem ampliar os negócios com a ilha.

Além disso, o representante do Eliseu também vai tratar “interesses e preocupações comuns sobre a Conferência sobre o Clima [que será realizada este ano em Paris] para acordar como a América Latina, Cuba e nós podemos nos unir para melhorar nosso planeta” como afirmou à imprensa durante sua chegada a Cuba.

Também neste domingo Raúl se reuniu com o papa Francisco, no Vaticano

Hollande também manifestou intenção de acompanhar o desenlace diplomático entre Washington e Havana. Ambos os países anunciaram, em 17 de dezembro, a retomada das relações bilaterais e estão desenvolvendo conversas para que a reabertura de embaixadas em ambos os países.

Nesta terça-feira (12/05), Hollande viajará para o Haiti.

Para Francisco

Após o encontro do papa Francisco com o presidente Raúl Castro no último domingo (10/05) no Vaticano, a Conferência de Bispos Católicos do país caribenho confirmou a data da visita do santo padre a Havana, que derá acontecer de 19 a 22 de setembro, como parte da viagem que incluirá também os Estados Unidos.

O pontífice irá às cidades de Havana, Holguín e Santiago de Cuba em uma visita considerada histórica, já que Francisco atuou como mediador no processo de restabelecimento das relações entre Cuba e EUA.

Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Não há bloqueio algum, a

    Não há bloqueio algum, a França pode entrar e sair de Cuba que ninguem vai barrar seus navios.

    Cunfundir emabrgo com bloqueio é inaceitavel.

    Como não existe mais embargo sobre  trigo e alimentos exportados dos EUA para Cuba desde 2000, os EUA são há anos

    o 3º parceiro comercial de Cuba, muito mais que a França.

    Mas o que seria de um francês de esquerda sem a retorica da Rive Gauche?

  2. A cada posicionamento frances

    A cada posicionamento frances não alinhado com uóchintom acontece algo estranho na França. Nas últimas décadas vi explosões, acidentes no mêtro, atentados contra judeus e por aí vai… Mas nada tem a ver com retaliação dús isteites, não. Eles não retaliam nem fazem atentados em países mundo a fora… Não sei por essa mania de pensar em conspiração…

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador