Produção industrial varia -0,3% em junho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A produção industrial nacional encerrou o mês de junho com variação negativa de 0,3% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após acréscimo de 0,6% em maio último. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou queda de 3,2% em junho de 2015, 16ª taxa negativa consecutiva, mas menos acentuada do que as observadas em abril (-7,9%) e maio (-8,9%). 
 
Desta forma o índice do setor industrial também foi negativo para o acumulado dos seis primeiros meses do ano (-6,3%). A taxa acumulada nos últimos 12 meses assinalou um recuo de 5% em junho, uma perda considerada menos intensa do que a verificada em maio último (-5,3%) e interrompendo a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).
 
A redução de 0,3% da atividade industrial na passagem de maio para junho teve predomínio de resultados negativos, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências negativas foram registradas por máquinas e equipamentos (-7,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,8%). Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), de metalurgia (-2,2%), de produtos diversos (-7,2%), de produtos de borracha e de material plástico (-1,9%), de produtos de minerais não-metálicos (-1,4%) e de móveis (-3,8%). 
 
Entre os nove ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por produtos alimentícios, que avançou 3%, eliminando parte da perda de 3,3% acumulada nos meses de abril e maio. Outros setores com impactos positivos foram  bebidas (3,6%), de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (1,7%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,8%), de celulose, papel e produtos de papel (1,7%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,4%).
 
Entre as grandes categorias econômicas, na comparação com maio de 2015, bens de consumo duráveis (-10,7%) e bens de capital (-3,3%) mostraram as reduções mais acentuadas em junho de 2015, influenciadas, em grande parte, pela menor produção de automóveis e eletrodomésticos, na primeira, e de caminhões, na segunda. O setor produtor de bens intermediários (-0,2%) também registrou taxa negativa em junho de 2015. Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, ao avançar 1,7%, mostrou o único resultado positivo nesse mês e intensificou o ritmo de crescimento frente ao verificado em maio último (1,2%).
 
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo de 0,4% no trimestre encerrado em junho de 2015 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014. Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (-4,5%) e bens de capital (-2,9%) mostraram as reduções mais acentuadas. O setor produtor de bens intermediários (-0,4%) também registrou taxa negativa, enquanto o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, com o ligeiro acréscimo de 0,1%, interrompeu a trajetória descendente iniciada em setembro do ano passado.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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