A mudança de legislação para se obter armas no governo Jair Bolsonaro começa a mostrar seus resultados: pelo menos 25 caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) foram acusados ou condenadores por integrarem organizações criminosas em pelo menos nove estados.
A revelação consta de levantamento divulgado pelo jornal O Globo. Desse total, 60% deles foram presos ou denunciados à Justiça depois do início do governo Bolsonaro, que mudou as regras para o registro de armas e aumentou o acesso a munição e equipamentos pelos CACs.
Segundo o levantamento, CACs tem usado seus registrados para comprar material bélico de maneira legalizada para revender o equipamento, a um preço maior, para traficantes – como aconteceu em um caso apurado no Rio de Janeiro.
A pesquisa também destaca o registro de chefes de facções de traficantes obtendo registros como CACs em São Paulo, Brasília e Mato Grosso do Sul, além de um agente penitenciário que foi condenado por facilitar acesso de armas e celulares em um presídio de São Paulo.
Dentre outros mecanismos, o decreto sancionado por Bolsonaro aumentou o limite de acesso a armas e munição pelos CACs: agora, atiradores podem ter até 60 armas, ante o limite anterior de 16.
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Tudo pode ser e/ou acontecer
Imagine que essa parte de comprar e vender (ou repassar se o custo for bancado pelo tráfico/milícia) fosse a primeira etapa de um projeto de poder nacional.
Uma segunda etapa, quem sabe?, poderia ser a de premiar seguidores que denunciassem as pessoas que possuíssem armas em em suas residências/trabalho.
Talvez, a terceira etapa poderia ser a de confiscar essas armas na marra, ou no convencimento de que seria melhor para a sua saúde e segurança delas.
Também poderia haver outra etapa, que intimidaria rigidamente, ou calaria (para sempre?) os denunciantes.
Depois de tudo dominado e sob controle, talvez a última etapa fosse a de tomar o poder nacional e nomear as novas autoridades absolutas das FFAA, STF, CNJ, TRF, STJ, PGR, MP, PF e Congresso.
E como ficaria a imprensa?
– a imprensa, para essa turma, já é café pequeno e/ou cachorro morto.