Convênio com observatório astronômico está parado na Câmara

Jornal GGN – Segundo a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o Brasil pode perder a chance de se tornar um centro de referência mundial em astronomia, se não ratificar a adesão ao Observatório Europeu do Sul (ESO), a mais completa e avançada rede de observatórios astronômicos do mundo. O convênio de R$ 850 milhões, cujos desembolsos serão feitos gradativamente ao longo de 10 anos, foi assinado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em 2011. No entanto, até agora o Brasil não fez nenhum pagamento acordado, porque o convênio está parado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. A Comissão espera o aval do Ministério do Planejamento para liberar os desembolsos.

Mesmo assim, cientistas brasileiros foram autorizados a utilizar o conjunto de telescópios e equipamentos instalados no Deserto do Atacama, no Chile,  sem a necessidade de pagar pelas noites de observação. O custo de cada uma dessas noites varia entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. O Brasil é o primeiro país fora da Europa a receber o benefício e ser membro efetivo do Observatório Europeu do Sul.

Apesar de permitir as pesquisas, a falta de confirmação do convênio e dos pagamentos impede a participação de empresas brasileiras nas licitações para a construção de infraestrutura e compra de novos equipamentos para o complexo no Atacama. “Por estarem próximas do Chile, as empresas brasileiras têm mais chances de ganhar as concorrências para as obras e as compras do observatório. Estima-se que 75% do valor investido no consórcio retornem ao país na forma de contratos, pesquisas e nova tecnologias”, diz o gerente executivo de Comércio Exterior da CNI, Diego Bonomo.

Os pagamentos prometidos pelo Brasil acelerariam a construção do Extremely Large Telescope (E-ELT), o maior do mundo, que custará R$ 3,34 bilhões. Com 39,3 metros de diâmetro, o instrumento multiplicará em até dez vezes a capacidade de observação de seus concorrentes e poderá ser o responsável por encontrar vida fora da terra.

Com informações da CNI

Redação

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