Declarações

Chamou atenção duas declarações. A primeira do Viomundo sobre a quebra de sigilo: é considerada a opção do PT estar envolvido no “escândalo da quebra de sigilo”. É certo que ele o faz por princípio, como uma opção, e afirma que tudo deve ser esclarecido numa investigação que não deixe pedra sobre pedra. Mas é esperar demais dos fatos que eles corroborem uma opção dessas. Parece que um factóide contra Dilma e Amaury tem uma força tão grande que alguns bem informados tenham que admitir a possibilidade. Parece uma fragilidade enorme das instituições a presença até agora de tal factóide. E é uma repetição burlesca em relação a todas as farsas da direita desde a década de 1930.

A segunda vem do (pequeno) físico Hawkings: de acordo com seus modelos não seria necessário considerar a Deus como criador do Universo. E, no entanto, fala de um Universo criado do Nada de acordo com as leis da Física. Esse besteirol hawkingiano só tem paralelo nos seriados para os quais ele teria colaborado, como o Futurama. Parece que Deus é um espectro que ronda a Física por séculos. Do nada surge nada. A não ser que tenha um Deus. Os modelos e elocubrações de Hawkings levam apenas a afirmação mais forte da existência de Deus pois supõe Universo surgindo do Nada. Uma pequena brecha para salvar os modelitos de Hawkings — mas não suas elocubrações — seria considerar o Campo Gravitacional como tendo o mesmo sentido de existência que qualquer ente físico. Haveria então algo antes do tudo…

Mas a declaração do Hawkings é um primor de incoerência, é mais uma declaração de amor a Deus: “Por haver uma lei como a gravidade, o universo pode e irá criar a ele mesmo do nada. A criação espontânea é a razão pela qual algo existe ao invés de não existir nada, é a razão pela qual o universo existe, pela qual nós existimos”.

Na Física e na Política estamos condenados a aceitar qualquer Borrego de Ouro e seus Avatares. Caco!