Disputa interna no governo ignora o transporte na lei do clima em SP

 

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Disputa interna no governo ignora o transporte na lei do clima em SP

Desde o ano passado, Estado tem a meta de cortar em 20% as emissões de CO2 até 2020

02 de julho de 2010 | 11h 37
AE – Agência Estado

Uma briga interna no governo estadual acabou fazendo com que a regulamentação da Política Estadual de Mudanças Climáticas praticamente ignorasse o tema transporte para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em São Paulo.

O Estado tem, desde o ano passado, a meta de cortar em 20% as emissões de CO2 até 2020, em relação aos níveis do ano de 2005.

Segundo a reportagem apurou, inicialmente o decreto contava com seis páginas relacionadas a transporte sustentável. Mas a Secretaria de Estado dos Transportes ficou contrariada pelo fato de o documento ser feito pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

No fim das contas, o texto final do decreto apresentou somente três artigos que se referem a questões de transporte. E o que sobrou no decreto também não parece trazer resultados muito práticos.

Um deles é bastante genérico: “O transporte sustentável no Estado de São Paulo deverá priorizar investimentos que visem o aumento da participação de transportes ferroviário, hidroviário, cicloviário e dutoviário em relação ao transporte rodoviário.”

Outro é muito específico e proíbe o Poder Público de realizar leilão de veículos apreendidos com idade superior a 20 anos, para evitar o retorno à circulação desses carros que são mais poluentes.

O terceiro artigo diz que a administração pública estadual fará esforços para reduzir progressivamente o consumo de óleo diesel na aquisição de novas frotas. O decreto estabelece que a fixação de metas setoriais – para indústria e transporte, por exemplo – deverá ocorrer até abril de 2011.

Lixo

Uma lacuna observada por especialistas é a falta de metas na lei de clima para captar os gases de aterros sanitários no Estado. A ação já é feita nos aterros Bandeirantes e São João, da capital paulista, em que o metano é transformado em energia elétrica.

Na opinião do climatologista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na “questão do processamento do lixo, no curto prazo há que recuperar o metano dos aterros e gerar energia”. “No médio prazo, o próprio conceito de lixo tem de ser modificado, com máxima reciclagem e diminuição dos volumes”, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Redação

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