Escola Sem Censura contra o cerceamento da Sem Partido

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A tentativa de impor o fim do ensino político aos alunos pela Escola sem Partido, sob o argumento de ser uma doutrinação nas instituições, motivou uma campanha nacional contra “o cerceamento da atividade docente”. 
 
Chamado Escola sem Censura, o projeto criado por professores, ativistas e pesquisadores de esquerda no Brasil, também conta com acadêmicos como André Machado (EFLCH/UNIFESP), Diana Mendes Machado (FFLCH/USP), Fernanda Sposito (EFLCH/UNIFESP), José Sérgio Carvalho (FE/USP) e Lidiane Rodrigues (UFSCAR).
 
O objetivo é reverter o que a Escola sem Partido tenta impor, sob o pretexto da “contaminação político-ideológica das escolas brasileiras”. 
 
Após a nota da Revista Educação, o anexo com todos os pontos da Campanha.
 
Da Revista Educação
 
 
A iniciativa é uma reação a projetos como o Escola Livre, de Alagoas, que visam proibir a “doutrinação política e ideológica” nas escolas

Professores e pesquisadores de universidades públicas lançaram campanha nacional contra o “cerceamento da atividade docente”. Intitulada Escola sem Censura, a iniciativa pretende combater leis e projetos alinhados com o Escola sem Partido, movimento político que luta pelo fim do que considera doutrinação nas escolas brasileiras.

Segundo o site da organização, o grupo de pais e alunos engajados no Escola sem Partido se preocupa com “o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras”. Seguindo essas ideias, o projeto Escola Livre, que proíbe os educadores de “doutrinarem” seus alunos, foi implementado no início de maio em Alagoas.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, tramitam projetos de lei semelhantes em pelo menosnove Assembleias Legislativas e 17 Câmaras Municipais por todo o país. Tanto a medida tomada pelo estado alagoano quanto as demais geraram intenso debate entre a comunidade de educadores e educandos.

Para reverter a situação, a campanha Escola sem Censura promoverá uma série de iniciativascomo encontros em escolas e universidades, produção de material impresso, digital e em vídeo, realização de palestras, além de encaminhar uma ação de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra as iniciativas inspiradas nos ideias do movimento Escola sem Partido.

A campanha foi lançada pelo coletivo Fórum 21, que reúne ativistas e pensadores de esquerda no Brasil. Assinam os acadêmicos André Machado (EFLCH/UNIFESP), Diana Mendes Machado (FFLCH/USP), Fernanda Sposito (EFLCH/UNIFESP), José Sérgio Carvalho (FE/USP), Lidiane Rodrigues (UFSCAR) e a jornalista Tatiana Carlotti (Carta Maior).

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

5 Comentários

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  1. Das incontáveis imbecilidades

    Das incontáveis imbecilidades já surgidas neste país no bojo desse embate ideológici pueril, porque descontextualizado, esta tal de “Escola sem Partido” leva, disparado, o troféu “ferradura de ouro”.

    Queria saber em que buraco se meteram os milhões de comunistas, petistas, esquerdistas et caterva doutrinados nesses últimos anos nas nossas escolas. 

     

     

    1. Eu queria saber se esses

      Eu queria saber se esses conceitos da tal escola sem partido valerão para certos “professores” de administração e de economia  que pululam nas unicaca da vida e que fazem de suas “aulas” autênticos comícios antiesquerda. Fui professor (ao menos na minha concepõa sem partido) em algumas dessas e muitos alunos reclamavam disso.

  2. É hipocrisia para tudo quanto

    É hipocrisia para tudo quanto é lado. O discurso da escola sem partido da direita é semelhante ao do estado laico da esquerda. Uma vez que as escolas já são sem partido e o governo já é laico, o que ambos querem é doutrinar e formar: aquele, uma escola alienante e este, um estado ateu.

    1. É hipocrisia…

      Bastasse que professores estivessem unicamente informando sobre conceitos liberais ou de direita e veríamos a empolgação das entidads de classe pela defesa deste assunto nas escolas. Pluralidade sim. Singularidade não. Neste país, nem entre os mais informados e escolarizados houve a consciência do que é democracia. Hipocrisia que está virando canalhice.

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