Números da Alemanha sofrem queda e contrariam discurso de Merkel

Chanceler alemã, que utilizava o crescimento em seu discurso para a reeleição, já começa a pensar melhor no caso

Jornal GGN – Apesar da aparente reestruturação pós-crise e das comemoraçãoes do governo em relação aos números do emprego, as exportações na Alemanha tiveram uma queda 1,1% em julho, de acordo com dados da Agência Federal de Estatísticas nesta sexta-feira (6). A expectativa era mais baixa, de acordo com pesquisa realizada pela Reuters: não ultrapassaria os 0,8%.

A produção industrial também caiu: 1,7% – mais que o esperado, no mês de julho – embora a média de dois meses sugira que a indústria na maior economia europeia está no caminho da recuperação.

A produção recuou ainda mais que a menor estimativa de -1,3 por cento A queda, segundo especialistas, foi provocada por uma baixa de 0,7% nas vendas para a zona do euro, que compra um terço de bens e serviços de proveniência alemã. Houve também recuo de 1% nas vendas para países fora da União Europeia – a fraqueza dos emergentes e a instabilidade persistente quanto ao futuro econômico dos Estados Unidos também podem ter contribuído.

Apesar das quedas inesperadas em julho, as importações subiram 0,5% – embora também abaixo das projeções de 0,8%. A queda chegou a ser revisada para um recuo discreto, antes do anúncio dos índices.

A economia doméstica será, provavelmente, a mola propulsora para o crescimento da Alemanha este ano, já que o ambiente global não anda favorável, o que dificulta a venda de bens no exterior.

Alguns especialistas do setor financeiro classificaram os dados como “decepcionantes”, mas esperam que o cenário mude para melhor já no próximo anúncio sobre os dados de agosto. E para a chanceler Angela Merkel, que está usando a retomada do crescimento da Alemanha como uma de suas “plataformas” na próxima eleição, pode estar repensando o discurso para suas próximas aparições em debates na TV.

Redação

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