Intenção de voto em Doria despenca, apura Datafolha

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Foto Estadão

Jornal GGN – O bate-pronto e as viagens constantes não têm feito bem ao candidato João Doria. Prefeito da cidade de São Paulo, o presidenciável anda percorrendo o Brasil em busca de apoio à sua eventual candidatura para a Presidência, mas despenca em ritmo acelerado na preferência dos eleitores da cidade que o elegeu.

Com menos de dez meses frente à prefeitura, João Doria conseguiu despencar quase dez pontos percentuais no quesito aprovação de sua administração. É significativo. E bater no PT e em Lula não está surtindo o efeito desejado.

Segundo o Datafolha, ele despencou para 32% em aprovação (era 41%), subiu para 26% de rejeição (estava em 22%) e os que o consideram regular ficam em 40% (já foi 34%). O mar não está para ele.

Na última pesquisa do instituto, logo no início de sua gestão, dizer que tinha 41% de aprovação como administrador ótimo/bom é um pouco forçado. Era início de gestão e ele não tinha atuado em tantas frentes para derrubar esta percepção, era só um eco do voto aplicado na esperança de que fosse realmente bom.

A agenda cheia do prefeito, fora de São Paulo, e sua truculência em revidar críticas às viagens fazem eco agora. Ele bradou em redes sociais que conseguia controlar São Paulo por celular. Um feito para uma cidade tão grande e com tantos problemas. Sua sanha pela Presidência o coloca em vários endereços, menos no gabinete da prefeitura. O resultado é que 49% dos paulistanos entendem que as ausências prejudicam São Paulo, e 35% acham a iniciativa boa.

Na contramão das percepções do candidato, 77% dos paulistanos veem somente benefício pessoal nas viagens que faz, e somente 14% considera o contrário. Metade dos entrevistados considera que ele viaja mais do que deveria, e 40% acha adequado.

A população já entendeu o que ele quer. 37% dos paulistanos acham que ele será candidato, contra 21% em junho. Isso é percepção, não é intenção de voto. Pois que 58% preferem que ele se mantenha na prefeitura, quem sabe de corpo presente, contra 10% que querem que concorra ao cargo de Presidente e outros 15%, a governador do Estado.

Mas, na real, somente 18% votariam nele para a Presidência. A maioria não votaria mesmo nele, ou 55% dos entrevistados, e 26% se comprometem a apoiá-lo para governador. Mas todos esses indicadores são de queda, pois que para governador, na pesquisa anterior, ele poderia contar com 47% dos votos. Hoje são 26%.

Segundo entende a Folha, esses índices não são tão ruins quanto parecem. Muito pior sempre para os antecessores, para ele é só reflexo do descasamento entre discurso eleitoral e realidade. A Folha aponta que ele prometeu uma administração mais técnica e menos política. E hoje? Hoje faz o que bem entende. E abandona a cidade. Mas a Folha assopra nesta parte.

Leia a matéria na íntegra.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

14 Comentários

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  1. o carnaval vai ser longo

    Fantasiado de gari os paulistanos enxergam um varredor desleixado.

    Fantasiado de João trabalhador os paulistanos enxergam um varredor desleixado.

    Fantasiado de gestor os paulistanos enxergam um varredor desleixado.

    Fantasiado como não politico os paulistanos enxergam um varredor desleixado.

    Fantasiado de qualquer coisa os paulistanos enxergam um varredor desleixado.

  2. Eu só não sei quem é pior, se

    Eu só não sei quem é pior, se o cara que se diz trabalhador por viver de eventos públicos em que adula ricos que possuem  o tal capital vadio que diz o Requião (capital vadio só existe pra especular e nunca pra produzir) , que se acha ó do borogodó por teocicamente não pussuir um vida partidária (do mesmo jeito que os panacas da vaza jato que fazem política suja toda hora ) ou se é o eleitor que o coloca na prefeitura no lugar de um cara como o Haddad que tem visão de futuro, moderno, que exportou o seu modelo de ciclovia para muitas cidades do brasil, pra ficar só neste pequeno quesito. Eu acho que este eleitor merece um cara que nem o viajandoria.

  3. intenção…..

    Cachorro atrás do rabo. Nossa Cleptocracia instalada desde o golpe que tirou um Presidente legitimo, eleito por votos facultativos em eleições livres por um Ditador vindo dos Quartéis. Nossa Esquerdopatia ainda crê que ficou do lado certo. E não o lado de Estudantes de Direito que morreram no meio da rua a defender a Constiuição. E ainda queremos entender 2017?! Surreal !! A mesma Esquerdopatia Ditatorial, a fingir-se Democrata. Ao invés do diálogo e da obediência às Leis e a Vontade Soberana do Povo, produz estas aberrações como Dória ou Sarney. Ah! Dória não é produto de Picolé de Chuchu, cria de Mario Covas, do Partido de Sérgio Motta, Aloisio Nunes, José Serra…Os tais que fizeram carreira política através de sua militância “DE DIREITA” em UNE’s ou Guerrilhas Comunistas como MR8. Tá bom, entendemos. José Sarney, não foi Presidente da República empossado na Redemocratização, fruto da vontade desta Esquerdopatia Redemocrata. O Candidato desta gente era Paulo Maluf?! É muito fácil entender este Brasil que não se livra do cabresto de suas Elites. Tem isto também? Elite são sempre os outros. O Brasil se explica.     

    1. intenção….

      Dória, use seus quatro anos de mandato e faça pelo menos o óbvio. Aquela CICLOVIA (feita para servir de estúdio da RGT, que está em área doada pelo Governo Tucano, desalojando favelados) na extensão da Marginal Pinheiros, somente os bairros de “gente diferenciada” entre Morumbi, Berrini e Jardins. Estenda por toda a Marginal Pinheiros e Marginal Tiête. Nas duas margens destas vias. 120 Kms de ciclovias em vias totalmente planas na que interligam toda a grande São Paulo. Do Aeroporto Internacional em Guarulhos até o Autódromo de Interlagos, no extremo sul da capital. Como em 40 anos de redemocratização não fizeram pelo menos isto, numa das maiores megalópoles do Planeta? Nem uma simples linha de trens ou bondes, nas laterais das vias que atravessam toda a capital? Quase meio século de mediocridade e incompetência. Deixem pelo menos o óbvio para a cidade. Até para fazer isto vocês não tem capacidade? 40 anos !!!

  4. Modus operandi

    As forças dominantes desse pais nao se preocupam com essas pesquisas , trabalham na despolitizaçao das pessoas em uma ponta e nao outra mantem seus currais eleitorais com um minimo de votos garantidos, Dória por exemplo foi eleito com 30 % dos votos , portanto é natural que nao ´´ tenha aprovaçao´´  !

  5. Não subestimem esse playboy,

    Não subestimem esse playboy, aliás o que fez dele prefeito  foram os votos nulos em massa, o que pode se repetir com a demonização da política feita pela imprensa.

  6. Lei do rendimento decrescente, WhatsApp e o mesmo erro de Haddad

    Se, no começo, as redes sociais foram resposáveis por turbinar a imagem de gestor e por alavancar os seus índices de aprovação, hoje, isso chegou um limite. A excessiva exposição já está envergando a curso da curva de rendimento  para queda: a cada exposição, acresce-se cada vez menos o índice de suaopularidade; em muitos caso, já está tendo efeito adverso. 

    O modelo WhatsApp de gestão, ou seja, a autoconfiança de poder administrar a cidade de qualquer lugar (de Dubai, Paris, Londre, NY, Tóquio ou Cingapura) só pode ser uma piada. Prefeito da cidade tem que estar “preso” na cidade para buscar a máxima eficiência dos recuros para alferir o bem-estar de toda a comunidade. Ao mesmo tempo, tem que colocar o pé no barro. Não ser um prefeito de gabinente como foi Haddad na maior parte do tempo, que, assim como o modelo WhatsApp de Dória, dizia ter o controle da cidade por meio de uma espécie de telões cockpit que ficavam instalado em seu gabinente, com dados, imagens e informações online.  

    Como prefeito, ao invés de fica mandando estafetas, correligionários, subprefeitos, o locus de Dória deveria ser Jd. Helena, Avenida Mateo-Bei, Sapopemba, Vila Nhocuné, Cocaia e Jd. Miriam. O Haddad aprendeu que o pessoal da periferia não esquece. 

  7. Uma análise que precisa ser

    Uma análise que precisa ser feita: a queda do João Doria em relação ao crescimento do PT e ao do Lula. Li numa pesquisa que o PT retornou aos índices de aprovação de três anos atrás e que sua tendência é de subida. Do Lula não preciso nem falar. Como Doria se posiciona como um “anti-PT”, é natural pensar que sua queda tem, ao menos parcialmente, causa no crescimento daquilo a que ele se opõe. Não li nenhum artigo que tente trabalhar os números por esse lado. 

  8. O nóia João Doria Jr.

    O nóia João Doria Jr. desempenhava o papel de lebre de pelúcia em corrida de galgos, mas acabou sendo estraçalhado antes do início da prova.

     

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