Intervenções cambiais devem seguir até o fim do ano, diz BC

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As intervenções diárias realizadas pelo Banco Central no mercado brasileiro de dólar devem se manter pelo menos até o fim do ano. A afirmação foi feita pelo representante da autoridade monetária, Alexandre Tombini.

“O programa vem tendo sucesso em reduzir a volatilidade do real. O real vem sendo uma das principais moedas que avança frente ao dólar desde 22 de agosto”, disse, em reunião com autoridades de bancos centrais de língua portuguesa em Lisboa. “[O programa] vai durar pelo menos até o fim deste ano”, revelou à agência de notícias Reuters.

A autoridade monetária anunciou as intervenções em 22 de agosto, e a operação entrou em vigor no dia seguinte. Na ocasião, o mercado sentiu com mais intensidade os efeitos da instabilidade econômica norte-americana. O Banco Central passou a realizar leilões diários de venda de dólares, em uma tentativa de segurar a alta da moeda.

Na ocasião, anunciou-se que a medida seria mantida ao menos até 31 de dezembro. A autoridade monetária realiza negociações programadas. De segunda a quinta-feira, são feitos leilões de swap –equivalentes à venda de dólares no mercado futuro – no total de US$ 500 milhões por dia. Enquanto às sextas-feiras registram leilões de linha –venda de dólar no mercado à vista com compromisso de recompra — de até US$ 1 bilhão. Operações pontuais podem ser realizadas, caso seja necessário.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Me engana que eu gosto!

    E ele não percebeu nunca nada. Com o BC é rir para não chorar, e o povo OHHHHHH!!!!!

     

     

     

    Suíça investiga manipulação no câmbio

     

    Denúncia é de que os valores das moedas estariam sendo manipulados em contratos de câmbio que chegam a US$ 5,3 trilhões por dia 

    05 de outubro de 2013 | 13h 02correspondente

    GENEBRA – Bancos internacionais estariam manipulando de forma coordenada a taxa de câmbio de moedas pelo mundo, num novo escândalo que atinge o setor financeiro. As autoridades suíças anunciaram que abriram investigações em relação às suspeitas de que grandes instituições financeiras mundiais estariam se colocando de acordo sobre a taxa cobrada para cada moeda estrangeira, influenciando também os valores das moedas de países emergentes, como o real.

    Por dia, os grandes bancos vendem e compram trilhões no mercado de câmbio. A suspeita agora, porém, é de que os valores desses contratos e dessas moedas não flutuam livremente, mas seriam fixados pelos bancos em pelo menos dois momentos do dia.

    Segundo as autoridades financeiras da Suíça, país que concentra um dos maiores polos de bancos do mundo, “múltiplas instituições pelo mundo” estariam implicadas no novo escândalo. Há um ano, os bancos já foram pegos manipulando a Libor – taxa do mercado financeiro de Londres e uma das principais referências de juros no mundo -, o que resultou em condenações afetando Barclays, UBS e vários outros bancos.

    Por causa dessa fraude, o banco suíço UBS recebeu uma multa de US$ 1,5 bilhão e o britânico Barclays foi multado em US$ 450 milhões.

    Os suíços indicaram que a investigação não está ocorrendo apenas no país e que governos de várias partes do mundo estão colaborando. Por enquanto, os investigadores não revelam nem os nomes do bancos afetados nem os países. Bancos como o UBS e o Credit Suisse se recusaram a comentar o caso e se fazem parte da investigação.

    Em junho, autoridades britânicas já haviam indicado que estavam preocupadas diante de suspeitas de que funcionários de bancos estariam trocando informações entre eles e usando até mesmo ordens de clientes de compra e venda de moedas estrangeiras para manipular a taxa base do mercado de câmbio.

    Oficialmente, as taxas de câmbio são estipuladas a cada dia por meio de uma análise em momentos predeterminados do dia dos volumes de negócios envolvendo os maiores bancos do mundo.

    A suspeita recebida pelas autoridades é de que operadores (traders) de bancos estariam se coordenando não apenas para trocar informação, mas para atuar justamente nesses momentos de avaliação, comprando ou vendendo moedas e, assim, influenciando em seu valor. Em Londres, por exemplo, os horários mais importantes para fixar a taxa são às 11 horas e às 16 horas.

    Guerra. Nos últimos anos, moedas passaram a estar no centro das atenções internacionais. Primeiro por causa da cruzada que o governo brasileiro lançou, acusando países ricos de promoverem uma “guerra de moedas”. Nesse caso, o Palácio do Planalto não apontava o dedo para bancos, mas sim para governos que, inundando os mercados de liquidez, acabaram fortalecendo o real e prejudicando a competitividade das exportações nacionais.

    Mas o mercado de câmbio ganhou uma nova dimensão nos últimos anos diante da crise e da fuga de investidores do setor imobiliário e outros ativos para moedas. Segundo o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), organização internacional responsável pela supervisão bancária, o volume diário de contratos de câmbio pelo mundo chega hoje a US$ 5,3 trilhões. Em 2010, esse volume era de US$ 4 trilhões.

    Londres é ainda o centro do comércio de moedas, com 41% do mercado. Mas centros importantes como Suíça, Hong Kong e Cingapura estariam ganhando espaço. 

     

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