IPES, Jean Manzon e as soluções

 

Qualquer semelhança talvez não seja mera coincidência…

Estes documentários  sobre as obras do PAC no Alemão fazem lembrar os do Jean Manzon (desde os tempos do IPES até a ditadura).

Os investimentos de infra estrutura e serviços são importantes, sem dúvida. Eles até já existiam antes mesmo das obras do PAC.  Afinal a linha Amarela e a linha Vermelha passam pela região. A Cidade Universitária e o Aeroporto do Galeão, exigiram grandes investimentos e também estão na região. O problema é (só) estar na região e não servir à região…  

O trabalho mais difícil no Alemão (e de longa duração) é criar um mínimo de condições para o desenvolvimento local. Escolas, centros de formação e de reunião, apoio a atividade econômica da região, etc. Foi amplamente comentado pela imprensa a falta de perspectivas no Alemão e, decorrência disto, sua pior condição em relação à Rocinha, por exemplo. No Alemão, o “emprego” era só o tráfico. 

Quem deve fazer este trabalho, prioritariamente,  são o poder público (civil) e a sociedade. Polícia ajuda. Exército, só em último caso. Ele pode exercer papel mais adequado cumprindo uma das suas funções (prevista na constituição): cuidar das fronteiras e impedir a entrada de armas e drogas (O SIVAM, administrado pela Aeronáutica, não prometia isto nas fronteiras secas?).  

Investimos públicos muito grandes, como foi a criação artificial da ilha do Fundão nos anos 50 e as linhas Amarela e Vermelha (idealizadas nos anos 60 e iniciada nos 90) , não são a garantia de viabilidade de uma região.

 

Redação

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