João Doria Jr. defende Estado mínimo na cidade de São Paulo

Dória diz que Fernando Haddad “falhou” na gestão da cidade

Jornal GGN – Em entrevista concedida ao El País, o pré-candidato à prefeitura de São Paulo, João Dória Jr., afirma que está preparado para governar a maior cidade do país tendo como proposta se desfazer de equipamentos públicos considerados desnecessários por ele, para a administração pública, como Pacaembu, Interlagos e o Anhembi.

Com o discurso do Estado mínimo, Dória diz que Fernando Haddad “falhou” na gestão da cidade, se baseando nas pesquisas de opinião pública que avaliam o prefeito. Dentre suas críticas à Gestão Haddad, estão a implantação das ciclovias “de forma acelerada”, e a redução da velocidade nas marginais.

Ele acredita, ainda, no fim do cinturão vermelho da cidade, onde o PT sempre angariou mais votos, em consequência das denúncias de corrupção enfrentadas pelo governo federal.

El País

Doria: “Se for prefeito, vou vender o Pacaembu, Interlagos e o Anhembi”

Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB defende o Estado mínimo na cidade

Gil Alessi

João Doria Jr., do PSDB, quer ficar conhecido como “João dos Bairros”. Aos 58 anos de idade, o empresário, que chegou a apresentar o reality show O Aprendiz, quer ‘demitir’ o prefeito Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2016. Para assumir a cadeira do petista, e se cacifar como o nome do PSDB na disputa, Doria tenta tomar o “banho de povo” que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a legenda precisava.

Sentado em uma das salas do edifício-sede do Grupo Doria, na zona oeste de São Paulo, vestindo uma camisa branca com o monograma azul-escuro “J. D. J” no bolso, o empresário recebeu o EL PAÍS neste final de dezembro. Além de ter afirmado que caso eleito não disputará a reeleição (“faremos quatro anos vibrantes que valerão por oito”), o pré-candidato tucano voltou a dizer que doará seu salário de prefeito para instituições do terceiro setor. Além de Doria, o vereador tucano Andrea Matarazzo também já anunciou que quer a vaga do partido para disputar a prefeitura, e o primeiro turno das prévias da legenda, que escolherão o postulante tucano para 2016, estão marcadas para 28 de fevereiro.

Pergunta. Um dos seus adversários na luta pela vaga do PSDB na disputa do ano que vem, o Andrea Matarazzo, tem uma base forte de vereadores além do apoio de caciques do partido. Ele tem a máquina da legenda a seu favor. Isso não o intimida?

Resposta. Ele tem a máquina e eu tenho o sentimento. O sentimento da militância tem sido muito fortalecido nas inúmeras visitas que fiz [aos diretórios do partido]. Nos últimos meses já foram 68 bairros, 51 diretórios, dos 58 do PSDB. Os outros sete visitarei em janeiro. Eu entendo que o Andrea é um bom candidato, que merece respeito, tanto ele quanto um eventual outro que possa vir pela frente, não está fechada essa possibilidade. Mas eu sou muito determinado, e sigo a orientação e a instrução de gastar sola de sapato, amassar barro, ir ao encontro da militância, ouvir mais do que falar, ter contato com eles… E isso está funcionando muito bem.

P. O PSDB costuma ter muita dificuldade no chamado cinturão vermelho da cidade, composto pelos bairros periféricos que tendem a dar ao PT maioria de votos…

R. Primeiro que o cinturão não é mais vermelho. Ele foi, hoje não é mais. A disruptura foi feita não por ação do PSDB, mas por ineficiência na gestão do PT. O desastre da gestão petista no Governo Federal influiu muito na ruptura desse cinturão, na decepção dessa população que vive hoje a amargura do desemprego ou a ameaça do desemprego. Esse eleitorado hoje vive a inflação, são pessoas que faziam compras no mercado com determinado valor e hoje compram menos da metade, e essa decepção rompeu o cinturão vermelho.

P. Você e o Andrea Matarazzo são empresários. Não teme que esse fato afaste esse eleitorado?

R. A Marta Suplicy [possível candidata do PMDB para a prefeitura] é tão Matarazzo quanto o Andrea. Tão Suplicy quanto a família Suplicy. E nem por isso ela é mal avaliada nas periferias. Ela é uma pessoa com um passado e uma trajetória na qual, contrariando seus dois sobrenomes, foi uma prefeita com boa penetração nas bases populares. Eu não vejo em que sobrenome ou endereço possam comprometer atitudes. E não vejo que seja preciso ter atestado de pobreza para ser bem avaliado pela população mais simples da cidade. É preciso ter propostas, e capacidade de olhar e corresponder ao voto de confiança da população.

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Redação

34 Comentários

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  1. TRABALHADORES / FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NORMAIS

    Querem, sem vasilina, tomar em um dos músculos esfincterianos que possuem? Com a raiva que estão do PT, votem nos neoliberais(PSDB) e os coloquem no poder executivo das três esferas ( Municipal, Estadual e Federtal )! Quando se drem conta, a forma de anel daquele seu músculo já deixou de existir há muito! Boa Sorte! 

    OBS: Funcionários Públicos Normais são aqueles do poder executivo. Existem uma ou duas excessões!

     

  2. Com certeza é um excelente

    Com certeza é um excelente candidato para a elite paulista, mas a maioria dos paulistanos não merece um merda desses na prefeitura.

    1. Não creio, os Jardins tem 70

      Não creio, os Jardins tem 70 mil eleitores, se 5 mil votarem no Doria é muito, ele não é unanimidade nos Jardins, considerado afetado demais, almofadinha, capaz de ter mais votos na classe media media. Tem um passado que esconde, foi presidente da Embratur no Governo Collor, a quem era muito ligado. Estranha essa preferencia do Alkmin sendo o Doria muitissimo mais ligado ao Aecio, a quem deu o maior jantar quando cadidato em abril de 2014. Dentro do PSDB Aecio e Alkmin são facções bem distintas, porque será que Alkmin deu essa preferencia a um aecista de carteirinha, desagradando TODO o PSDB paulista, que tinha cinco pre-candidatos, os dois Covas, Andre Matarazzo, José Anibal e Fernando Capez ?  Vai entender.

  3. Mais um…

    Mais um que vai doar tudo que é público, provocar aumento de preços com a mentira de que eles vão diminuir, e desemprego com a mentira que o emprego vai aumentar… Depois de tudo concentrado nas mãos dos “amigos”, vai sumir politicamente e desfrutar o resto da vida já rica, gastando as comissões das vendas…

    Esse sujeito sim é a vanguarda do atraso. O “gozado” é que no primeiro mundo capitalista essa retórica já não convence a uns 5 anos. Piketty, Chomsky, Stiglitz, Klein, etc (até o Greenspan fez autocontrição) já detonaram esse tipo de visão político econômica, totalmente ou ao menos em parte faz anos. Aqui parece que ainda vai levar mais uns dez para cair a ficha de certa classe “formadora de opinião oligárquica deformada”.

    Um abraço.

      1. Humor…

        A pesquisa de Piketty é saudada pelas academias em todo o mundo CAPITALISTA (ideologia dele também). Ele causa esse “humor” que você cita só nas classes ricas, pois depois de PROVAR que a concentração de renda atual é a mesma pré guerras mundiais do século XX, na Europa o 1% mais rico detém 90% do capital e seu montante é de 7 a 9 anos dos PIBs (os EUA vão pelo mesmo caminho, ouviu falar?), advoga que os Estados criem um imposto sobre o capital e lutem pelo fim dos paraísos fiscais. Realmente uma revolução contra o rentismo especulativo e chupim. 

        Portanto se você não é super rico, ri o riso da hiena…

         

  4. Candidato pronto

    O João Dória, através do seu instituto LIDE (Grupo de Líderes Empresariais), tem viajado pelo Brasil dirigindo seminários de tudo: Mineração, Indústria e etc. O LIDE possui representantes estaduais e Presidências em todos os diversos campos que compõem o conjunto de ministérios do Governo Federal.

    A direitona de São Paulo gerou uma instituição completa para coloca-la no Planalto e, para começar a esquentar motores, nada melhor que a Prefeitura de São Paulo.

    É o que chamaríamos de candidato pronto, com equipe, patrocinio e tudo! 

    1. Nada a ver. LIDE é uma grife

      Nada a ver. LIDE é uma grife da firma Doria Eventos, não é uma associação voluntaria de empresarios, é um balcão de “business” organizado pelo Doria e ele faz de conta que é uma entidade quando é um setor de sua firma.

      O “mercado” que ele prospecta e puxa para o LIDE é de executivos e empreaarios SEM BERÇO E SEM NETWORK, gente que subiu rápido nas empresas e que não tem ligações com a aristocracia empresarial, ele supre esse vacuo, apresentando esse pessoal a ex-Ministros, ex-Presidentes de Federações poderosas, nos eventos em Comandatuba coloca seus “clientes” do LIDE na mesa de Ministros, ai o cara pode falar com os amigos “olha pessoal, eu almocei com o Ministro”, é isso que ele vende

      no LIDE e tem quem compra, tiro o chapeu, ele é esperto e descobriu um grande nicho de mercado, o brasileiro novo rico paga qualquer coisa para ter o que ele pensa que é “status”. Para fazer esse trabalho cobra bem caro mas quem paga são as empresas e ainda a madame esposa do executivo ganha brindes em sacolas de oncinha, que elas acham o máximo, olha só que chique.

  5. O sujeito é tão artificial

    O sujeito é tão artificial quanto aquele folclórico ” Rei dos Camarotes ” promovido pela Revista Lixo .

    Percebam como são parecidos :

     

     

     

  6. É só tucano fazendo tucanice.

    FHC recomendou que o PSDB tomasse banho de povo.

    Daí se candidataram à prefeitura Dória e Matarazzo. Ora, se a presidenta do PSDB negro é uma loira, onde está errado?

  7. Se ganha, não sei! Mas o
    Se ganha, não sei! Mas o Haddad pode ir se despedindo da zeladoria da Cidade. Aí ele se candidata a governador e o PSDB completa um-quarto de século no governo do mais importante Estado do Brasil.

  8. Penetração.

     Ela é uma pessoa com um passado e uma trajetória na qual, contrariando seus dois sobrenomes, foi uma prefeita com boa penetração nas bases populares.

    O candidato coxinha tem razão nesse ponto: o Tucanato Imperial dele já demonstrou aqui em SP que é perito em penetração nas bases populares.

    Alckymim, num exemplo porém não único, já demonstrou que é mestre no assunto.

  9. E de preferência sem os 4ps.

    E de preferência sem os 4ps. Aliás, um dos p, só se for de classe, linda, fina, de boa aparência e de preferência poliglota, nesse caso será bem vinda.

    Isso é o sonho de elite raivosa e precocneituosa.

  10. Na boa, isso é definitivo.
    O

    Na boa, isso é definitivo.

    O PSDB,SP, trata paulistas e paulistanos como débeis, de todos os modos, gênero e sentidos.

    Todos são débeis, por isso fazem o que querem, quando querem, e quando bem entender.

  11. o rei do chuncho só convence

    o rei do chuncho só convence aos que

    participam de seus cambalachos

    e golpes e  ilimitadas armações e maracutaias.

    é um engana-trouxa de marca maior….

  12. Pra São Paulo tá perfeito . .

    Pra São Paulo tá perfeito . . . . . merecem . . . . Grana para os ricos, desgosto para os pobres . . . . . um babaca . . .

  13. O PT precisa derrubar esse cara!

    Não tenho essa resistência a alguem da elite. Sei que é um empresário, organiza convenções de notáveis, tem um excelente programa de entrevistas na tevê, tem berço, familia tradicional, gera empregos, tem ideias claras e sensatas, transito social/internacional, paga bem mais imposto de renda do que eu (rs) e nunca ouvi ou soube de qualquer envolvimento dele em mutretas ou negociatas.

    Enfim, é um “trabaiadô” mais ou menos sofisticado, com classe, simpatia. Mas tem um defeito. É rico e não vota no PT.  

    Como precisamos renovar os quadros políticos em todos os partidos (PT inclusive) e aposentar os caciques do PSDB paulista, sua disposição é benvinda. E se o PT não gosta, é fácil resolver: é só lançar um nome melhor. O Padilha e o Suplicy não querem entrar nessa. Já arrumaram emprego na Prefeitura de SP.

     

     

    1. Lançar? Só se for pro espaço!

      Não é preciso lançar nenhum nome melhor.

      Basta votar e reeleger Fernando Haddad, maior novidade, para o bem, que surgiu na prefeitura paulistana desde 1554, quando José de Anchieta e Manoel da Nóbrega ergueram aqui no planalto o seu/deles Colégio.

      Haddad não “organiza convenções de notáveis”, não “tem berço”, não vem de “família tradicional”, nem tem “trânsito social/internacional” (essa foi de lascar!), não tem “excelente programa na tv” para entrevistar madames desocupadas… 

      Haddad ocupa-se em administrar e em tentar modenizar essa minha metrópole, onde impera a maior classe jeca/reacionária do país.

      Não é pouco, mano. 

       

       

  14. Djijo

    a constatação óbvia é que testa de ferro quer estado mínimo pois está sob ordens, e ele, se chegar ao poder, não tem a mínima vontade de lidar com problemas de uma administração pública, deixa para outros. Pelo que anda falando dele, esse cara nem trabalha, não se se é verdade.

  15. Uma coisa temos que admitir:

    Uma coisa temos que admitir: depois que resolveram destruir a política, só aparece merda. Se São Paulo levar a séria uma coisa dessas, será a comprovação de que a camapnha deu certo.

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