Rússia bombardeia rebeldes sírios horas antes do cessar-fogo

Da Agência Brasil

A aviação russa bombardeou hoje (26) redutos rebeldes na Síria, horas antes da entrada em vigor do acordo de cessar-fogo acertado para o país, revelou o Observatório Sírio dos Direiros Humanos (OSDH).

Segundo a organização não governamental (ONG), “os bombardeios russos, mais intensos do que o habitual, sobre redutos rebeldes” ocorreram durante a noite e prolongaram-se até o início da manhã de hoje.
 
Os alvos foram Ghouta oriental, a leste de Damasco, o norte da província de Homs (no centro) e o oeste da província de Aleppo, no Norte, informou à agência France Presse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.

Os Estados Unidos e a Rússia chegaram a um acordo de cessar-fogo na Síria a partir da 0h deste sábado (27). 

O fim das hostilidades – que há cinco anos deixaram milhares de mortos e milhões de refugiados – não abrange no entanto o grupo jihadista Estado Islâmico e a Frente Al Nursa, o ramo da Al Qaeda na Síria.

O presidente sírio, Bashar Al Assad, confirmou nesta semana que está pronto a contribuir para a implementação do cessar-fogo.

Neste conflito, que já deixou mais de 270 mil mortos e provocou a deslocamento de mais da metade da população síria, a Rússia e o Irã apoiam militarmente o regime de Al Assad, enquanto os Estados Unidos, a Arábia Saudita e a Turquia, entre outros, apoiam os rebeldes.

Nesta semana, os principais grupos da oposição síria afirmaram o compromisso com uma “trégua temporária de duas semanas”, por meio de comunicado divulgado sobre o cessar-fogo.

Redação

7 Comentários

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  1. O cessa-fogo não valerá para

    O cessa-fogo não valerá para todos os “rebeldes”, como essa ‘nota’ faz supor. A campanha militar dos sírios e russos contra o Estado Islâmico, Al Nusra, entre outros grupos terroristas irá continuar.

    Neste mapa: http://syria.liveuamap.com/ é possível verificar as áreas de cessar-fogo (em azul, de acordo com o Ministro da Defesa russo).

  2. O Observatório Sírio dos

    O Observatório Sírio dos Direiros Humanos é apenas um instrumento de propaganda dos EUA e da sua subordinada UE. Não merece nenhuma credibilidade, como, aliás, a maior partes das Organizações (supostamente) Não Governamentais. É curioso. O Brasil possui um ótimo jornalista com vasto conhecimento do conflito na Síria e na Ucrânia: o Pepe Escobar. As matérias que ele escreve são publicadas em diversos sítios e altamente respeitadas. Ele é, inclusive, entrevistado por diversas agências de notícias e por outros jornalistas. Mas no Brasil praticamente não encontramos reproduções dos artigos. 

  3. A tal ONG, Observatório Sírio

    A tal ONG, Observatório Sírio dos Direitos Humanos, estabelecida em Londres com filial em Telavive e  contingente  funcional de um  indivíduo,que se empenha em  resguardar os excessos dos inimigos do presidente sírio  Assad e olheira e porta -voz do “ocidente”  nessa guerra civil, fruto  da fracassada “primavera” síria. A advertência ,já vinha de longe, a Síria  não é  a Líbia e o resultado está ai. Não fora  a intervenção  russa , a OTAN  já estaria em peso terminando de arrasar o que rebeldes,ISIS e “ocidentais” começaram.

  4. Ignorância

    O acordo de cessar-fogo na Síria não contempla os grupos terroristas que lá atuam, como o Daesh e a Frente Al-Nusrah.

    Logo, eles continuarão sendo normalmente bombardeados (como devem ser).

    Sinceramente, não estou entendendo a ignorância sensacionalista da Agência Brasil nessa matéria.

  5. Post sem pé e sem cabeça

    O acordo eeuu e Rússia, não abrange os terroristas do Daesh e Al-Nusrah.

    Aquele setor de Damasco é ocupado pelo Daesh.

    Mentirosa a afirmação de que os “principais grupos de oposição síria” aceitaram a trégua. Ora, de longe, o principal grupo que luta contra Assad (e os curdos) é o Daesh, seguido pelo AL-Nusrah. Os demais grupos são militarmente insignificantes. 

  6. É assim mesmo

       E os envolvidos, diplomatas, politicos e militares, sabem que é assim que funciona, é estudo em academias militares e ponto de analise de diplomatas. É histórico.

        MOvimentos de “cessar – fogo “, ou até em “armisticios”, quando estão sendo negociados, e os contendores percebem que politicamente estas opções caminham para esta forma de solução, as forças no terreno amplificam suas operações, visando que quando do estabelecimento – a data/hora – do “cessar – fogo “,  estejam em posições de melhor vantagem tática e estratégica, são as famosas “linhas de cessar fogo ” e “linhas de armisticio”, portanto o espaço de tempo, entre as negociações e o efetivo momento de “cessar fogo”, as operações militares recrudescem.

        “Cessar fogo ” não significa término das hostilidades, apenas a manutençao das linhas, e a não realização de oprações ofensivas, mas é previsto que as forças em terreno, caso atacadas, possuem o direito de defesa, o “controle” das linhas de contato originais firmadas nas tratativas do “cessar fogo “.

         No caso sirio, a opção de “cessar fogo” , é inocua, com minimas chances de ter algum valor, uma vez que são diferentes forças, varias alianças, algumas de ocasião e desconexas – tipo Libia – , que não permitem que tal opção politica, se torne factivel.

          Uma consequencia possivel deste “cessar fogo”, pode ser, caso bem coordenada, uma melhor atuação quanto ao aspecto humanitário, a liberação de acessos a comunidades cercadas, acompanhada de  facilidades para a atuação de agencias como a Cruz Vermelha/Crescente Vermelho, e  da retirada de civis das areas de conflito, como ocorreu nos anos 90, na falecida Iugoslavia.

           Tipo assim : É pouco, é tenue, é complicado, mas é o que se tem no momento, então o foco primeiro é o de sempre, socorrer e preservar a população civil, remove-los das linhas de contato e areas conflagradas, aproveitar o “cessar fogo” para reduzir as baixas civis, enquanto ele durar.

       

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