Fora de Pauta

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Redação

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  1. http://www.timetableimages.co

    http://www.timetableimages.com/maritime/images/norman1.htm

    O CRUZEIRO DO NORMANDIE AO RIO DE JANEIRO EM 1939 _ Como uma especie de gran finale de 20 anos de paz o grande transatlantico NORMANDIE, orggulho da French Line (Compagnie Generale Transatlantique) fez um famoso cruzeiro ao Rio de Janeiro em Fevereiro de 1939, sete meses antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial, trazendo ao Rio a nata do high society novaiorquino. As passagens eram carissimas porque o navio era espetacular em elegancia, luxo e charme, muito superior aos galinheiros que se apresentam como navios de cruzeiro no litoral brasileiro, com bilhetes em dez prestações e pizza de graça a meia noite, com cabines onde mal cabe o boné do pançudo.

    A iconica viagem do Normandie foi parando nas ilhas caribenhas, sem pressa porque os passageiros eram do tipo e do tempo do dolce far niente, os ricos daquela era do Great Gatsby não trabalhavam e podiam passear meses flanando..

    A propaganda da French Line fez magnificos posters sobre esse cruzeiro ao Rio e no link acima estão registrados os melhores momentos da longa viagem. O cruzeiro foi todo acompanhado de jornalistas e materias sobre cada parada saiam

    em Nova York. A champagne corria solta, os flertes tambem, quatro orquestras se revezavam, a comida era esplendorosa.

    O high do Rio aguardava com frisson a chegada do Normandie, que provocou sensação na cidade, nunca antes o navio, um dos maiores de então, só os dois “Queens” da Cunard Line eram da mesma  tonelagem, tinha aportado no Brasil.

    Antes da era do avião de longo curso, os paises mairtimos disputavam a primazia dos transatlanticos, tanto em tamanho como em luxo e velocidade, a Inglaterra com o QUEN MARY e o QUEEN ELIZABETH, a Italia com o REX, a Alemanha com o BREMEN, na linha americana os EUA tinha os navios da Moore McCormack, BRASIL, ARGENTINA E URUGUAI.

    A frequencia da primeira classe era o top da elite, não era só o preço do bilhete, era tambem o guarda roupa e a criadagem, muitos viajavam com empregados, o navio tinha acomodações especiais para eles, poucos com criança mas elas jamais entravam nos salões de adutos, havia salas de refeição proprias para elas e as babás, alem de salões de binruqedos, o jantar na primeira era de smoking e longos para as senhoras, sem repetir roupa, joias eram importantes.

    O NORMANDIE teve um fim tragico durantea guerra, pegou fogo e virou no porto de Nova York, presumia-se na epoca que era sabotagem mas nada se provou, ficou irrecuperavel e foi desmontado, nunca mais se fez navio igual, suas obras de arte, esculturas, louça e cristais até hoje tem alto preço em antiquarios, ele foi um ícone do fim da Era dos Transatlanticos, o mundo do pós-Guerra já era outro, a elegancia ficou esmaecida, a epoca dos navios de linha com varias classes durou com navios menos emblematicos até o advento do jato de longa distancia, os utlimos transatlanticos de linha Europa – America do Sul foram o AUGUSTUS e o GIULIO CESARE da Linea Italia, peguei esse fim em 1967 de Santos a Lisboa.

    Hoje os transatlanticos da Costa e da MSC são até maiores mas não tem uma fração da classe e do charme dos antigos

    e  nem precisa , os passageiros entram arrastando sandalia e de camiseta já pensando na pizza de graça à meia noite.

  2. Como avaliar a imparcialidade de um jornal.

               Corria o ano de 1969. O embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick fora sequestrado por militantes da ALN.

               Para libertá-lo, seus captores exigiam que quinze presos políticos fossem enviados em segurança para o exterior.

               Entre eles, apenas uma mulher: a militante Maria Augusta.

               Consoante seu relato gravado para o filme “Hercules 56”, por ocasião dos acontecimentos, o jornal “O Globo” saiu-se com a notícia de que ela teria se recusado a ser trocada pelo embaixador, optando, desta forma, por permanecer na prisão.

               Repetida “ad nauseam” por aquela publicação, a notícia acabou por se tornar “verdade”.

                Do acontecido, Maria Augusta tirou uma lição de vida: nunca mais leu uma linha que fosse sem se perguntar se aquilo era verdade.

                 Recorro a esse acontecimento de um passado remoto para afirmar que, para mim, parece-me um equívoco aferir a imparcialidade de um jornal tomando por base a diversidade dos artigos de opinião por ele publicados, como feito pela ombudsman da Folha , Vera Guimarães Martins, em nota no final da matéria em que comentava a contratação de Kim Katinguiri.

              Equívoco, por que o verdadeiro poder de manipulação da imprensa reside não nos artigos de opinião, mas no noticiário. É para ele, preferencialmente, que devemos dirigir nosso foco.

               Afinal, o leitor em geral lê as colunas de opinião como… colunas de opinião. E o noticiário, como verdade.

              Uma coisa é atravessar a rua deserta e escura de um artigo de opinião, outra, muito diferente, passear pelo Shopping Center de uma notícia.

               Pois é ali, onde mais se sente seguro, que o leitor será atacado.

              Com efeito, ao invocar a diversidade ideológica dos colunistas da Folha em favor da suposta imparcialidade daquela publicação, a ombudsman da Folha incorreu em uma falácia.

              A verdade é que, no caso daquele diário, quando o leitor se debruça sobre um artigo de opinião, sua capacidade de julgar já estará enviesada por uma narrativa do mundo que, como toda narrativa, lhe apresentará não o mundo em sua objetividade, mas simplesmente uma entre tantas narrativas possíveis do mundo.

               Luzes aqui; sombras acolá. Voz para uns, mordaça para os outros.

               E assim o mundo que é entregue ao leitor vai sendo moldado conforme os interesses de quem tem o poder nas redações.

              Aliás, ironicamente, a melhor explicação para a manipulação está naquela propaganda da própria Folha, que enumerava as virtudes (verdadeiras) de um homem, cuja identidade, ficava-se sabendo mais à frente, era Adolph Hitler, para ao final concluir que “é possível  contar um monte de mentiras dizendo só a verdade”.

                Ou meias-verdades, eu diria.

               Certamente, a maioria dos leitores habituais da Folha, sem consciência dos antolhos que lhe foram colocados pelo noticiário, tenderá a concordar mais com as opiniões de um Reinaldo Azevedo do que com o Gregório Duvivier.

              Isso talvez explique por que a Folha insiste em contratar colunistas cujos textos contrariam a linha editorial implícita no noticiário que ela oferece aos leitores.

              Há aqui, me parece, uma avaliação de que o custo/benefício dessa atitude lhe é favorável.

               De um lado, o jornal ganha em credibilidade: afinal se há pluralidade nos artigos de opinião, por que razão o leitor habitual colocaria em dúvida a veracidade do noticiário. Ou seja, é a pluralidade de opiniões reforçando o bordão marqueteiro “sem rabo preso com ninguém”.

              Não nos esqueçamos: a manipulação pela via do noticiário tanto mais eficaz será quanto mais o leitor acreditar na imparcialidade do jornal.

              Claro que, por outro lado, sempre há o risco, porém em muito menor escala, de que, seduzido pelos argumentos de algum colunista, o leitor comece a questionar o noticiário e buscar outras fontes.

              Para concluir, me pergunto: mas afinal, qual o critério para aferir a honestidade de uma publicação se, penso eu, a objetividade no noticiário, no sentido que atribuímos a ela, é impossível?

             Penso que “equilíbrio” é a palavra que responde a essa questão.

             Honestidade editorial é a busca pelo equilíbrio.

             Como isso se dá no cotidiano das redações?

            Basta obedecer a alguns mandamentos: não mentir, não propagar meias-verdades (estas são piores do que as mentiras, porque mais difíceis de desconstruir), exaurir um assunto abordando-o por todos os ângulos e ouvindo todas as opiniões possíveis, reconhecer erros e retificá-los com igual destaque da matéria original, e por aí vai.

            De sua parte, o que o leitor poderá fazer para se proteger?

            Para começar, jamais ler seja lá o que for como se fosse a palavra revelada de Deus.

           Buscar fontes alternativas de informação e opinião na internet e em outras publicações.

            Entender que aquilo que chamamos de imprensa nada mais é do que um conjunto de empresas comerciais que tem por objetivo primeiro o lucro (plenamente legítimo num sistema capitalista).

           Empresas peculiares porque  produzem e comercializam uma mercadoria muito especial que lhes confere um poder imenso: a informação.

            Que essas empresas não são geridas por seres especiais acima do bem e do mal, mas por homens de carne e osso imersos num contexto histórico, pertencentes a uma determinada classe social e que, portanto, como qualquer homem, enxergam a sociedade pelas lentes da ideologia.

           Que, assim, por ideologia de quem faz a notícia, a informação que lhe chega pelo jornal pode muito bem não ser equilibrada e, até mesmo, elaborada com desonestidade intelectual seja lá por qual motivo for: manter um determinado estado de coisas, reproduzir privilégios e injustiças, atender a interesses particulares do dono do jornal ou de um particular grupo político em detrimento de outros, etc.

          Para concluir, penso que o jornal que  prioriza a manipulação, pouco se lixando para a informação idônea, vende ao seu leitor nada mais, nada menos, do que mercadoria vagabunda embalada em belas (nem sempre) palavras, mas com graves vícios ocultos.

          E ele, leitor, se um dia se der conta disso, nem mesmo poderá recorrer ao Procon para obter reparação.

    Felisberto.

  3. Tortura na Polícia Federal? Onde está D. Dilma?

    Deputado Paulo Pimenta denuncia: PF mantém presa em condições precárias para forçar a delação premiada do marido

    publicado em 24 de janeiro de 2016 às 22:20 no Vi o Mundo—

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/paulo-pimenta-denuncia-que-pf-mantem-empresaria-presa-em-condicoes-precarias-para-forcar-delacao-premiada-do-marido.html

     

    paulo pimenta e pf

    por Conceição Lemes 

    Desde terça-feira passada, 18, a empresária Cristina Mautoni Marcondes Machado, 53 anos, está presa na Polícia Federal (PF), em Brasília.

    Tudo indica que é o “o troco” dado ao seu marido, o lobista Mauro Marcondes Machado, 79, por ele não ter aceito fazer delação premiada.

    Cristina e Mauro são sócios na empresa Mautoni&Machado.

    Em 26 de outubro de 2015, os dois foram presos preventivamente em nova fase da Operação Zelotes – a que investiga a suposta venda de medidas provisórias (MPs) do governo federal.

    Parênteses: a Zelotes original, que apurava sonegação de impostos de R$ 21 bilhões por grandes empresas, como Bradesco, Santander, Grupo Gerdau, Mitsubishi, e Grupo RBS, afiliado à TV Globo no Sul, foi abandonada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), sem maiores explicações até agora. Fechado parênteses.

    Mauro Marcondes é acusado de ter pago valores acima do mercado em contrato de consultoria à LFT Marketing Esportivo, do empresário Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.

    Para os acusadores, os repasses teriam ligação com a venda de MPs. Luís Cláudio sustenta que os valores se referem a serviços de consultoria prestados em sua área de atuação, o esporte.

    Cristina foi presa por “ameaça à ordem pública”. Na empresa, ela figurava como sócia do marido e cuidava da rotina administrativa.

    “Não é segredo que, com sua prisão, o comando da Zelotes quer forçar seu marido a fechar um acordo de delação premiada”, observou em dezembro do ano passado, a jornalista Teresa Cruvinel

    De fato, desde o início, as pressões sobre o casal para a delação premiada são constantes e só fazem aumentar.

    Marcondes está preso em regime fechado na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Cristina foi autorizada, no final do ano passado, a cumprir prisão domiciliar, em São Paulo, para recuperar-se de cirurgia nas pernas.

    Em abril, Marcondes completa 80 anos. E, de acordo com o artigo 318 Código de Processo Penal, a partir dessa idade ele pode requerer a prisão domiciliar. O grifo em negrito é desta repórter.

     “Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (redação dada pela Lei 12.403, de 2011); I — maior de 80 (oitenta) anos; (incluído pela Lei 12.403, de 2011); II — extremamente debilitado por motivo de doença grave; (incluído pela Lei 12.403, de 2011); III — imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (incluído pela Lei 12.403, de 2011); IV — gestante a partir do 7º (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. (incluído pela Lei 12.403, de 2011). Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. (Incluído pela Lei 12.403, de 2011)”.

    Daí, acreditam alguns, a obsessão do delegado Marlon Oliveira Cajado, um dos responsáveis pelas investigações da Zelotes, e do procurador José Alfredo de Paula Silva pela delação premiada de Marcondes antes do seu aniversário de 80 anos.

    Na segunda-feira retrasada, 11 de janeiro, o “incentivo” pela delação atingiu o seu ápice.

    Nessa data, sem a presença dos advogados, o lobista foi visitado de surpresa na prisão pelo delegado Cajado para uma “conversa”.

    A denúncia foi feita por Roberto Podval ao Estadão

    O advogado do casal, Roberto Podval, disse ao Estado que, no encontro, o policial “chantageou” seu cliente para que fizesse acordo de delação premiada. Conforme o defensor, a colaboração foi proposta como uma forma de Mauro Marcondes evitar a transferência de Cristina para uma unidade prisional.

    Procurada, a assessoria de imprensa da PF informou que o delegado não comentaria as declarações do advogado.

    Mauro Marcondes não aceitou a proposta.

    O “troco” veio na terça-feira 18.

    Cristina, mesmo de cadeira de rodas e com mobilidade reduzida devido à cirurgia nas pernas, foi tirada da prisão domiciliar, em São Paulo, e levada novamente para o regime fechado.

    Ela foi transferida para Brasília, mais precisamente a superintendência da PF.

    No final da tarde dessa sexta-feira 22, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, recebeu várias denúncias sobre a situação de Cristina Mautoni, custodiada na Polícia Federal:

    * Ela foi colocada num quarto sem janelas e banheiro, onde esteve preso o senador Delcídio do Amaral. Um local limpo e “decente”, que antes era utilizado como alojamento para os agentes de plantão.

    * Devido aos medicamentos que utiliza, ela urina muito mais vezes que o normal.

    * Ainda no dia em que chegou, pediu ajuda para ir ao banheiro, o que só veio acontecer cerca de duas depois. Cristina não aguentou e urinou na roupa, sujando-se, bem como o chão. Teve quem lhe dissesse que ela teria feito isso “por gosto”.

    * Cristina foi transferida imediatamente para uma cela, onde não existe vaso sanitário. Tem um buraco no chão – o chamado “boi” – e um cano por onde sai água para que tome banho.

    * Por estar ainda com mobilidade reduzida devido à cirurgia, Cristina não consegue se agachar para usar o “boi” ou tomar banho sozinha. Na superintendência da PF, muitas vezes, os agentes de plantão são todos homens, não havendo uma agente mulher que possa auxiliar para que faça as necessidades fisiológicas ou tome banho.

    “Imediatamente, fui à PF para inspecionar o local da detenção e saber se era verdade ou não tudo o que acabara de ser denunciado a mim”, revela com exclusividade ao Viomundo o deputado Paulo Pimenta. “Só que não me foi permitido nada.”

    Eram aproximadamente 18hs da sexta-feira.

    Paulo Pimenta pediu para falar com o delegado de plantão.

    Solicitaram-lhe que aguardasse um pouco. Depois, que se dirigisse a outra sala e lhe passaram um telefone. Era a delegada plantonista, que já estava de sobreaviso.

    Mesmo não estando presente na superintendência da PF, foi atenciosa e cordial, mas não autorizou que ele vistoriasse a cela ou conversasse com Cristina Mautoni: “Deputado,  não posso!”.

    Pimenta retrucou:  “Estou dentro da minha prerrogativa, sou presidente da Comissão de Direitos Humanos.  Nem na época da ditadura, a Comissão era impedida de visitar um preso federal. Eu não quero ouvir a pessoa, quero ver a cela”.

    Não adiantou.

    O deputado ligou então para o Ministério da Justiça explicando o que pretendia e que a fiscalização dos locais de detenção por órgãos e entidades de defesa dos Direitos Humanos era uma prerrogativa que não foi afastada sequer durante a ditadura militar.

    Vários telefonemas foram trocados entre Pimenta e assessores do Ministério da Justiça:

    — Expliquei-lhes que havia recebido a denúncia de que eram inadequadas as condições em que a presa Cristina Mautoni  se encontrava devido às particularidades da sua situação de pós-operatório.

    — Em cadeira de rodas, com mobilidade reduzida, ela não estava conseguindo fazer as necessidades no “boi”. Que ela ainda não podia pode ficar em pé para tomar banho e que teria feito necessidades fisiológicas na roupa.

    — Expliquei que gostaria de ver as condições da cela, que teria o final de semana pela frente e que não me foi autorizado o contato.

    — Questionei o que fariam, se ela precisasse ir ao banheiro? Disseram-me que havia colegas de sobreaviso e, quando necessário, seriam chamados.  Só que os três agentes que estavam na carceragem no final da sexta-feira eram homens!

    Até que veio a resposta definitiva, repassada a Pimenta: “A direção geral da PF está irredutível, não autoriza a inspeção, a menos que tenha ordem judicial, pois a presa está incomunicável”.

    Resultado: Após quase duas horas na superintendência da PF – sendo que durante uma o local ficou sem energia elétrica – a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados não teve acesso à cela ou a Cristina.

    Nesta segunda-feira 25, na primeira hora, Paulo Pimenta relatará formalmente ao Ministério da Justiça o corrido e solicitará ao juiz da operação Zelotes que autorize a inspeção do local de custódia de Cristina.

    “Se a Polícia Federal não tem nada esconder, qual o problema de me deixar ter acesso à cela? Por que eu não poderia vê-ela?”, questiona Pimenta.  “Eu não iria tomar depoimento. Fui lá para ver as condições dela e não me deixaram vê-la.”

    “Na ditadura militar, quando as entidades de defesa dos Direitos Humanos recebiam uma denúncia, era possível ver como o preso estava. Por que, agora, não me deixaram vê-la?”, insiste.

    “Não é verdade que ela está incomunicável”, rebate a versão da PF.

    “Disseram para fazer petição e marcar hora  para Comissão de Direitos Humanos visitá-la”, exalta-se. “Não tem sentido hora marcada! O elemento surpresa é para ver o que, de fato, está acontecendo e não a cena montada para inglês ver.”

    “Os investigadores da Zelotes querem por toda a força que o marido de Cristina faça a delação premiada, para isso estão jogando pesadíssimo, submetendo a presa a uma situação de crueldade, humilhação e tortura, como diz o seu advogado no pedido de habeas corpus”, atenta Pimenta.

    “Surpreendentemente, cada vez mais a prática é prender  os  parentes, especialmente as mulheres, para constranger os maridos e ameaçá-las de ficar longe dos filhos, para arrancar confissões e delações premiadas”, denuncia Paulo Pimenta. “Isso é o modus operandi da época da ditadura.”

  4. Os irredutíveis guaicurus.

    As histórias e lendas dos índios cavaleiros guaicurus alimentaram de fantasias e aventuras a minha infância.


    Jean Baptiste Debret

    Por três séculos, os índios e seus cavalos aterrorizaram portugueses e espanhóis nas redondezas do Pantanal, sem nunca se render aos colonizadores

    Reinaldo José Lopes | 01/01/2005 00h00

    Com a cara escondida pela barba longa, o velho bandeirante roncava, com ar de quem tinha realizado uma façanha e tanto – o que não deixava de ser verdade. Afinal, quase cinco meses antes, ele e sua comitiva haviam saído da vila de Araritaguaba (atual Porto Feliz, em São Paulo) e atravessado 3,5 mil quilômetros entre rios e florestas. Ia o ano de 1720 e do norte vinham notícias da descoberta de ouro nas cercanias de Cuiabá. Depois de passar a vida caçando índios no sertão, parecia uma boa idéia ir até lá e encher os bolsos. Não foi. Mal dá para descrever o susto e o desgosto do velho quando um tropel de cascos, misturado aos gritos de guerra, quase o fez cair da rede.

    Não precisou pensar duas vezes (nem daria tempo para isso): eram os guaicurus, temíveis índios guerreiros que teimavam em complicar a vida de quem se atrevesse a vaguear pela região. O bandeirante nem teve tempo de procurar seu arcabuz: uma lança atravessou seu pescoço, e a última coisa que viu foi sua filha, moça prometida a um novo-rico de Cuiabá, sendo arrastada pelos índios.

    Os guaicurus venceram novamente. Do século 16 ao começo do século 19, nenhum espanhol, português, brasileiro ou paraguaio estava seguro nas terras desse povo, entre o Pantanal brasileiro e o Chaco paraguaio. Nesse tempo, jamais foram submetidos e, quando aceitaram a paz com os forasteiros, fizeram-no em seus próprios termos.

    Os mitos que um povo conta sobre a própria origem costumam dar uma boa indicação de como ele se vê (e quer ser visto). E os guaicurus tinham sua própria história para justificar seu espírito guerreiro, relatada até hoje por seus descendentes, os kadiwéus de Mato Grosso do Sul. “Eles contam que o Criador – chamado de Gô-noêno-hôdi – tirou todos os povos de um buraco e deu a cada um funções diferentes. Alguns ganharam enxadas e se tornaram agricultores, outros viraram artesãos e assim por diante. Só que ele esqueceu os kadiwéus, que saíram por último do buraco. Por isso, permitiu que eles roubassem um pouco de cada povo”, diz o antropólogo Jaime Garcia Siqueira, do CTI (Centro de Trabalho Indigenista), em Brasília.

    E assim foi. Os ancestrais dos kadiwéus eram nômades que viviam da caça, da coleta e da pilhagem. Segundo Jaime, cuja tese de mestrado na USP foi um estudo sobre a tribo, as pesquisas sobre a origem dos antigos guaicurus dizem que eles podem ter migrado da Patagônia, na Argentina. Outra hipótese especula que sua origem é andina. Seja como for, o certo é que a região que habitavam na época do descobrimento, no miolo da América do Sul, recebia influências da Amazônia, dos Pampas e das grandes civilizações dos Andes, como os incas. Embora muitos de seus vizinhos tenham virado lavradores sedentários, eles preferiram continuar a vida errante, divididos em tribos com língua e costumes bastante parecidos, mas sem unidade política.

    Não que isso tenha lhes criado algum problema: quando os europeus chegaram não havia dúvida que quem mandava na área eram os guaicurus. Os primeiros relatos sobre eles dão conta de que foram os guaicurus que mataram o português Aleixo Garcia, em 1526. O aventureiro partiu do litoral de Santa Catarina com um exército de guaranis e saqueou postos avançados do Império Inca, mas, na volta, não foi páreo para os guaicurus. O mercenário alemão Ulrich Schmidel, membro da expedição espanhola que fundou Assunção, no Paraguai, cruzou com os guaicurus por volta de 1540 e relatou que eles tratavam as demais tribos da região mais ou menos como os nobres europeus tratavam os camponeses. Ou seja, pilhavam seus bens e as obrigavam a cultivar a terra para eles. De algumas delas, cobravam tributo, em troca de proteção.

    Em 1542, os guaicurus combateram e escaparam de uma expedição organizada pelo lendário conquistador espanhol Alvar Núñez Cabeza de Vaca. Foi quando tiveram seu primeiro contato com os cavalos europeus. Segundo relatos do próprio Cabeza de Vaca, os índios pareceram aterrorizados frente aos bichos, mas mesmo assim não se intimidaram: ateando fogo às próprias tendas, confundiram os invasores (alguns espanhóis foram decapitados a golpes de machados feitos com mandíbulas de piranha) e conseguiram fugir sob a cortina de fumaça.

    A partir daí, as tentativas de estabelecer bases ou missões religiosas em território guaicuru viraram uma lista de fracassos. Não se sabe em que momento os guaicurus passaram a usar cavalos como montaria e mesmo a origem dos animais é polêmica. O espanhol Félix de Azara, comandante das fronteiras do Paraguai no fim do século 18, afirma que eles roubaram seus primeiros eqüinos em 1672, mas é quase certo que tenham adquirido os bichos bem antes, de expedições e assentamentos europeus que foram para o brejo. Sob todos os aspectos, o fato mudou a vida dos guaicurus. Na metade do século 18, calcula-se que eles tivessem 8 mil cavalos.

    Segundo relato do jesuíta José Sánchez Labrador, que tentou evangelizá-los nessa época, “eles conhecem as enfermidades dos cavalos melhor que as suas próprias. Em seus animais, não usam selas nem estribos. Montam em pêlo, e com um salto estão sobre eles”.

    Ao virarem cavaleiros, os guaicurus adotaram como arma principal a lança, muitas vezes com ponta de ferro, e reforçaram ainda mais seu domínio sobre as tribos da região. Povos como os guanás, ancestrais dos atuais índios terenas, tornaram-se seus vassalos. Internamente, eles desenvolveram uma complexa estrutura social. Havia uma camada de “nobres” (também chamados de “capitães” pelos brancos): os caciques de cada aldeia e seus parentes mais próximos, cujo domínio era passado de geração a geração. Depois vinham os “soldados”, guerreiros que ocasionalmente podiam virar “capitães”, sem que essa posição, no entanto, passasse de pai para filho.

    Havia, ainda, os “cativos” – pessoas capturadas durante ataques guaicurus a outros povos indígenas e aos colonos europeus e seus escravos. Os cativos eram mulheres e, principalmente, crianças. Isso porque os guaicurus praticavam com freqüência o infanticídio e o aborto e poucos casais chegavam a criar mais de um filho, e vários morriam sem deixar herdeiros. Essa prática é comum entre povos caçadores-coletores, que estão sempre em movimento e para os quais bebês podem representar dificuldades durante longas marchas. As crianças capturadas, já mais crescidas, eram criadas como guaicurus e repunham a população das aldeias. Apesar de os cativos realizarem alguns dos trabalhos mais pesados e considerados indignos, como plantar, muitos foram incorporados à sociedade guaicuru.

    Ao longo dos séculos 17 e 18, a situação não melhorou para os europeus que tentavam atravessar a bacia do Paraguai. Os cavaleiros guaicurus se aliaram aos paiaguás, que, com suas canoas velozes e remos que viravam lanças, faziam dos rios seu domínio absoluto. A dobradinha passou a prevalecer tanto nas planícies quanto nos rios que as cortavam. A aliança quase exterminou a bandeira de Raposo Tavares, que tentou subir o Paraguai em 1648, e mantinha Assunção sob terror constante.

    Quando aventureiros paulistas acharam ouro em Cuiabá, em 1719, houve uma corrida em direção às minas – bem, corrida é modo de dizer, já que a viagem, por demorar tanto quanto a ida às Índias, foi apelidada de “monção”, nome da estação chuvosa no Sudeste Asiático. Embarcados em canoas e mal equipados, muitos dos futuros mineiros viraram presa fácil da coalizão indígena. A filha capturada do bandeirante – lá no começo desta matéria, por exemplo – deve ter sido levada a Assunção, como outros brancos que eram capturados, e trocada por um polpudo resgate.

    No fim do século 18, no entanto, o interesse europeu na região não era mais representado por um bando de barbudos aventureiros em busca de ouro. Os governos de Espanha e Portugal, brigando para definir as fronteiras de suas colônias, estavam decididos a fortalecer sua presença na região. Os portugueses, em especial, depois da fundação do Forte Coimbra, em 1775, perceberam que a paz com os guaicurus era um tremendo negócio. E mais: os guaicurus eram os melhores aliados que se poderia querer por aquelas bandas. Eles ofereceram aos índios mantimentos e utensílios, além de cavalos e roupas. Mas não foi sem tropeços que ocorreu a aproximação. Em 1778, os guaicurus se aproximaram do forte para comerciar e, como parte do negócio, ofereceram algumas de suas mulheres aos soldados. Enquanto os portugueses estavam entretidos com as índias, foram atacados de surpresa e 54 deles morreram. Mas o governo português estava decidido a ter o grupo do seu lado, e acabou conseguindo firmar a paz em 1791.

    Os índios mantiveram sua liberdade e suas áreas de influência. Os portugueses (e depois os brasileiros) ganharam um aliado e tanto nos conflitos de fronteira contra a Espanha e na Guerra do Paraguai (veja quadro na página ao lado). E os guerreiros guaicurus conseguiram chegar invictos ao fim dessa história.

     

    Defensores da fronteira

    Guaicurus serviramno Exército brasileiro durantea Guerra do Paraguai

    Era mesmo pedir demais que os guaicurus pendurassem as chuteiras depois do acordo de paz com os portugueses. Na verdade, com o respaldo de uma das potências que antes dificultavam sua vida, eles continuaram os ataques a índios e brancos do lado paraguaio, além de funcionar como uma espécie de patrulha de fronteira informal. Os relatos da época contam que os soldados do Forte Coimbra só conseguiram resistir a um ataque espanhol feito em 1801 graças à ajuda de um guaicuru chamado Nixinica. Conta-se que o índio estava na cidade paraguaia de Concepción, 500 quilômetros rio abaixo do forte, quando ficou sabendo dos planos contra Coimbra. Nixinica, então, teria remado sua canoa até a fortificação portuguesa e avisado seu comandante, Ricardo Franco de Almeida Serra. A informação foi crucial para preparar a defesa do forte, que escapou de ser tomado. O mesmo, contudo, não ocorreu no início da Guerra do Paraguai, em 1864. O Forte Coimbra caiu em 48 horas. Corumbá, na então província de Mato Grosso, também foi tomada rapidamente. Mas os kadiwéus conseguiram se desvencilhar do invasor e fizeram ataques constantes ao lado paraguaio da fronteira. Em 1865, por exemplo, teriam cruzado o rio Apa, entre os dois países, e saqueado a aldeia de San Salvador. Outros membros da etnia foram incorporados ao Exército brasileiro como soldados a cavalo, e sua bravura foi elogiada por cronistas da guerra, como o Visconde de Taunay. Até hoje, os descendentes dos que lutaram no conflito o recordam de forma quase mítica. “Mas o fato é que, apesar dessas narrativas heróicas, eles foram usados como bucha de canhão, assim como aconteceu com outras tribos brasileiras”, afirma Jaime Siqueira, do CTI. Os próprios relatos de Taunay sugerem isso, já que o autor afirma que os kadiwéus recebiam as missões mais perigosas. Os índios atribuem a posse de suas terras atuais no Mato Grosso do Sul ao fato de terem lutado ao lado dos brasileiros, numa espécie de pagamento por serviços prestados. Contudo, não há documentos da época do Império que provem a existência de um compromisso semelhante entre o governo de dom Pedro II e os kadiwéus.

    Saiba mais

    Livros

    Os Caduveos, Guido Boggiani, Itatiaia, 1975 – O autor, um artista italiano que se estabeleceu no atual Mato Grosso do Sul e conviveu com as tribos da área no fim do século 19, retratou os desenhos, a cerâmica e até a música dos kadiwéus (ou caduveos)

    Red Gold – The Conquest of the Brazilian Indians, John Hemming, MacMillan, 1995 – Excelente apanhado dos combates entre os guaicurus e paiaguás e os brancos que invadiam seu território em busca de ouro, baseando-se nos cronistas coloniais que escreveram sobre o assunto

    http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/irredutiveis-guaicurus-433900.shtml

  5. Uma lata de leite em pó, na

    Uma lata de leite em pó, na Venezuela, custa o equivalente a 22% do salário mínimo.

    É o que mostra uma reportagem de O Globo.

    Uma lata de leite em pó, no câmbio negro, custa 12 reais. E o salário mínimo está em 57 reais.

    É espantoso que Nicolás Maduro ainda não tenha sido pendurado pelos pés

  6. O Globo, em editorial,

    O Globo, em editorial, compara os dois países mais desastrados da América Latina, Brasil e Venezuela:

    “Realiza-se, por ironia, o sonho de bolivarianos que trabalham em Brasília: Venezuela e Brasil, enfim, juntos. Como exemplos a não serem seguidos. Juntos num desastre econômico, político e com impiedosos reflexos sociais.

    O aparelhamento do setor público, incluindo estatais, é lição da cartilha chavista de tomada do poder sob um simulacro de democracia. O lulopetismo tentou aplicar a mesma tática no Brasil, mas foi em parte frustrado pelas instituições.

    A Petrobras é o mais dramático exemplo deste aparelhamento. Executado, inclusive, com funcionários de carreira cooptados. Saqueada para sustentar o projeto de poder lulopetista e de aliados, e usada para projetos megalomaníacos no estilo do ‘Brasil Grande’ da ditadura militar, a estatal passa pela maior crise de sua história”.

  7. Ascensão da esquerda leva a imprensa a loucura
    Ascensão da esquerda leva a imprensa a loucura nos EUA e EUROPA

    Por Gilberto de Souza em janeiro 24, 2016

    A elite política e a mídia britânica perderam pouco a pouco a cabeça, após a eleição de Jeremy Corbyn; o mesmo ocorre agora nos EUA com a possibilidade de Bernie Sanders vencer as prévias democratas

    Por Glenn Greenwald – do Rio de Janeiro
    A elite política e a mídia britânica perderam pouco a pouco a cabeça, após a eleição de Jeremy Corbyn para a liderança do Partido Trabalhista – e ainda não parecem capazes de se recuperar. Nos Estados Unidos, Bernie Sanders é bem menos radical; os dois não estão sequer na mesma constelação política. Mas, especialmente em temas econômicos, Sanders é um crítico mais robusto e sistêmico do que os centros do poder oligárquico julgariam tolerável. Sua denúncia contra o controle da vida política pelas corporações é uma ameaça grave. Por isso, ele é visto como a versão norte-americana do extremismo de esquerda e uma ameaça ao poder do establishment.

    Bernie Sanders segue em alta nas pesquisas para a vaga de candidato do Partido Democrata, nos EUA
    Bernie Sanders segue em alta nas pesquisas para vaga de candidato do Partido Democrata, nos EUA
    Para quem já havia observado os desdobramentos da reação britânica à vitória de Corbyn, é fascinante constatar que as reações de Washington e da elite do Partido Democrata à emergência de Sanders replicam o caso inglês, seguindo idêntico script. Pessoalmente, creio que a escolha de Hillary Clinton é extremamente provável, mas as evidências de um movimento crescente em favor de Sanders são inquestionáveis. Trata-se de algo consistente, que está desconcertando os dirigentes do partido, como seria de esperar.

    Uma pesquisa revelou, semana passada, que Sanders tem uma clara liderança entre os eleitores mais jovens inclusive as mulheres. Como a revista Rolling Stone notou, “as mulheres jovens apoiam Bernie Sanders por larga margem”. O New York Times admitiu que, em New Hamphire, Sanders “já abriu uma vantagem de 27 pontos”, o que é “espantoso para os padrões do Estado”. O Wall Street Journal reconheceu, em editorial, que “já não é impossível imaginar este socialista de 74 anos candidato pelo Partido Democrata”

    Como no caso de Corbyn, há uma correlação direta entre a força de Sanders e a intensidade e amargura dos ataques baixos desencadeados contra ele por Washington, a estrutura partidária e a mídia. No Reino Unido, esta curiosa revolta elitista passou por sete fases; e nos EUA, a reação a Sanders segue a mesma trajetória. Ei-la:

    Fase 1: Condescendência polida diante do que é percebido como algo inofensivo (achamos realmente ótimo que ele possa expressar seus pontos de vista).

    Fase 2: Ironia leve e casual à medida em que cresce a confiança dos apoiadores do candidato (não, caros, um extremista de esquerda não vencerá, mas é muito bom ver vocês tão animados).

    Fase 3: Auto-piedade e lições graves de etiqueta dirigidas aos apoiadores, após a constatação de não estão cumprindo seu dever de rendição MEEK, temperada com doses pesadas de (ninguém é tão rude com os jornalistas, ou os ataca tanto, nas redes sociais, como estes radicais, e isso, infelizmente, está enfraquecendo as causas de seu candidato).

    Fase 4: Tentar colar, no candidato e em seus apoiadores, insinuações de sexismo e racismo, afirmando falsamente que apenas homens brancos os apoiam (você gosta deste candidato porque ele é branco e homem como você – não devido a sua ideologia ou políticas, nem por sua oposição às políticas pró-guerra e pró-corporações da elite do partido).

    Fase 5: Difusão escancarada de ataques de direita para demonizar e marginalizar o candidato, quando as pesquisas comprovarem que ele é uma ameaça real (ele é fraco contra o terrorismo, irá render-se ao EI, faz alianças bizarras e é um clone de Mao e Stalin).

    Fase 6: Lançamento de alertas graves ou histéricos sobre o apocalipse à frente, em caso de derrota do candidato do establishment, quando a possibilidade de perder torna-se imenente (suas ideias irão sofrer derrotas por décadas, talvez por várias gerações, se você desobedecer nossas advertências sobre que candidato escolher).

    Fase 7: Derretimento completo, pânico, reprovações, ameaças, recriminações, cotoveladas presunçosas, associação aberta com a direta, completa fúria (Eu não posso mais, em sã consciência, apoiar este partido de aloprados, adoradores de terroristas, comunistas e bárbaros).

    O Reino Unido está bem na Fase 7, e talvez seja capaz de inventar em breve um novo estágio (militares britânicos anônimos ameaçaram promover um motim, caso Corbyn seja eleito democraticamente primeiro-ministro). Nos EUA, o establishment político e a mídia pró-Partido Democrata estão na Fase 5 há semanas, e parecem prestes a entrar na Fase 6. A passagem à Fase 7 é certa, caso Sanders vença as primárias em Iowa.

    É normal e legítimo, nas eleições, que as campanhas de cada candidato critiquem duramente os demais. Não há nenhum problema nisso: seria ótimo que os contrastes aparecessem claramente, e quase não surpreende que isso seja feito com agressividade e aspereza. As pessoas chegam a extremos, para obter poder. É da natureza humana.

    Mas isso não impede as pessoas de pesar os ataques que fazem, nem significa que estes estejam imunes a críticas (a exploração grosseira e cínica dos temas de gênero pelos apoiadores de Hillary, para sugerir que o apoio a Sanders baseia-se em sexismo foi especialmente desonesta, quando se que os grupos de esquerda que hoje defendem o candidato tentaram, por meses, lançar a candidatura de Elisabeth Warren – para não dizer do vasto número de apoiadoras do senador).

    Gente de todos os partidos, e em todo o espectro político, está enojada com as disputas em Washington. Não surpreende que um amplo número de adultos norte-americanos busquem uma alternativa a uma candidata como Hillary. Mergulhada no dinheiro de Wall Street (tanto política quanto pessoalmente), ela mostra-se incapaz de desaprovar uma única guerra, e sua única convicção parece ser a que qualquer coisa pode ser dita ou feita, para assegurar sua própria vitória.

    A natureza dos establishments é baterem-se desesperadamente pelo poder, e atacar com fervor sem limites qualquer um que desafie ou ameace aquele poder. Foi o que ocorreu no Reino Unido com a emergência de Corbyn e o que se repete nos EUA com a ascensão de Sanders. Não surpreende que os ataques a ambos sejam tão parecidos – a dinâmica dos privilégios do establishment é a mesma – mas não deixa de ser chocante que os scripts sejam idênticos.

    Glenn Greenwald é um advogado norte-americano, especialista em Direito Constitucional, jornalista e escritor.

    Artigo originalmente publicado em inglês no The Intercept e em português nos sites Outras Palavras e Opera Mundi, com tradução de Antonio Martins

  8. A Russia quebrando o monopólio da América sobre o preço petróleo
    A Rússia está quebrando o Monopólio da América sobre o preço do petróleo.

    O fim do “petrodólar” vai significar um fim simultâneo da capacidade dos EUA de impor a hegemonia global.
    A Rússia acaba de tomar medidas significativas que vão quebrar o atual monopólio do preço do petróleo de Wall Street , pelo menos por uma grande parte do mercado mundial de petróleo. O movimento é parte de uma estratégia de longo prazo de dissociar a economia da Rússia e, especialmente, sua exportação muito significativa de petróleo, do dólar norte-americano, hoje o calcanhar de Aquiles da economia russa.

    Mais tarde, em Novembro, o Ministério da Energia russo anunciou que começará a negociação-teste de um novo referencial para o petróleo russo. Embora isso possa soar como café pequeno para muitos, é enorme. Se for bem sucedido, e não há nenhuma razão para que não seja, o contrato futuro de referência do petróleo bruto da Rússia negociado nas bolsas russas será o preço do petróleo em rublos, e não mais em dólares americanos. É parte de um movimento de desdolarização que a Rússia, a China e um número crescente de outros países têm calmamente começado.

    A fixação de um preço de referência do petróleo está no centro do método utilizado pelos grandes bancos de Wall Street para controlar os preços mundiais do petróleo. O petróleo é o maior das commodities do mundo em termos de dólares. Hoje, o preço do petróleo bruto da Rússia é referenciado para o que é chamado o preço do Brent. O problema é que o campo de Brent, juntamente com outros importantes campos de petróleo do Mar do Norte estão em grande declínio, o que significa que Wall Street pode usar uma referência de fuga para alavancar o controle sobre volumes de petróleo muito maiores. O outro problema é que o contrato Brent é controlado essencialmente por Wall Street e os derivados bancos manipuladores como os Goldman Sachs, Morgan Stanley, JP MorganChase e Citibank.

    O desaparecimento do ‘Petrodólar’.

    A venda de petróleo denominada em dólares é essencial para o apoio do dólar norte-americano. Por sua vez, mantendo a demanda por dólares pelos bancos centrais do mundo para suas reservas de moeda para apoiar o comércio exterior de países como a China, o Japão ou a Alemanha, é essencial para que o dólar dos Estados Unidos permaneça a principal moeda de reserva mundial. Essa posição de principal moeda de reserva do mundo é um dos dois pilares da hegemonia norte-americana desde o fim da II Guerra Mundial. O segundo pilar é a supremacia militar no mundo.

    Guerras dos EUA financiadas com dólares de outras pessoas.

    Porque todas as outras nações precisam adquirir dólares para comprar as importações de petróleo e a maioria das outras commodities, um país como a Rússia ou a China tipicamente investem o superávit de dólares do comércio que suas empresas ganham sob a forma de títulos do governo dos EUA ou títulos similares do governo dos EUA. O único outro candidato suficientemente grande, o Euro, depois da crise grega de 2010, é visto como mais arriscado.

    Esse papel de reserva principal do dólar norte-americano, desde agosto de 1971, quando o dólar rompeu com o lastro em ouro, tem, essencialmente, permitido para o Governo dos EUA ter déficits orçamentários aparentemente intermináveis, sem ter que se preocupar com o aumento das taxas de juros, à medida em que tem um crédito a descoberto permanente no seu banco.

    Que na verdade tem permitido Washington criar uma dívida federal recorde de $18,6 trilhões sem grande preocupação. Hoje, a relação entre a dívida do governo dos EUA em relação ao PIB é de 111%. Em 2001, quando George W. Bush tomou posse e antes trilhões foram gastos no Afeganistão e no Iraque na sua “Guerra ao Terror”, a dívida dos EUA em relação ao PIB era de apenas metade, ou 55%. A expressão ‘glib’ [dissimulado] em Washington é que “dívida não importa”, segundo a suposição de que o mundo -Rússia, China, Japão, Índia, Alemanha- vai sempre comprar a dívida dos EUA com seus dólares do superávit comercial. A capacidade de de manter a liderança na reserva do papel moeda é uma prioridade estratégica para Washington e Wall Street, está de modo vital ligada à forma como os preços mundiais do petróleo são determinados.

    No período até o final de 1980 os preços do petróleo do mundo foram determinados em grande parte pela oferta e procura real diária. Essa era a província dos compradores e vendedores de petróleo. Em seguida, Goldman Sachs decidiu comprar a pequena corretora de commodities de Wall Street, J. Aron, na década de 1980. Eles estavam com os seus olhos fixos em mudar a forma como o petróleo é negociado nos mercados mundiais.

    Foi o advento do “óleo de papel”, petróleo negociado em contratos futuros, contratos independentes de entrega do petróleo bruto físico, mais fácil de manipular para os grandes bancos com base em rumores e desonestos mercados derivativos (agências de risco), de acordo com um punhado de bancos de Wall Street dominados de comércios futuros do petróleo e único conhecedor de quem realizou que posições, um papel conveniente de informador privilegiado que raramente é mencionado de forma educada. Era o início de uma transformação do comércio de petróleo em um cassino onde Goldman Sachs, Morgan Stanley, JP MorganChase e alguns outros bancos gigantes de Wall Street se transformaram em mesas de azar.

    Por causa de 1973 o aumento do preço do petróleo da OPEP em cerca de 400% em questão de meses nos seguintes ao mês de outubro, com a guerra do Yom Kippur de 1973, o Tesouro dos Estados Unidos enviou um emissário de alto nível para Riyadh, Arábia Saudita. Em 1975, o secretário-assistente do Tesouro dos EUA, Jack F. Bennett, foi enviado para a Arábia Saudita para garantir um acordo com a monarquia saudita e que todo o petróleo na OPEP só seria negociado em dólares americanos, não Yen japonês ou em marcos alemães ou qualquer outro. Bennett, em seguida, passou a ter um alto cargo na Exxon. A partir desse ponto, em troca, os sauditas tem grandes garantias e equipamentos militares, apesar dos grandes esforços dos países importadores de petróleo, o petróleo para ao dia de hoje é vendido nos mercados mundiais em dólares e o preço é definido por Wall Street por meio do controle dos derivativos ou das bolsas de futuros tais como Intercontinental Exchange ou ICE, em Londres, a troca de mercadorias NYMEX em Nova York, ou o Dubai Mercantile Exchange, que define o ponto de referência para os preços do petróleo árabe. Todos são de propriedade de um grupo muito unido de bancos de Wall Street – Goldman Sachs, JP MorganChase, Citigroup e outros. Na época o secretário de Estado Henry Kissinger teria afirmado: “Se você controlar o petróleo, você controla nações inteiras.” O petróleo tem sido o cerne do sistema do dólar desde 1945.

    A importância da referência russa.

    Hoje, os preços para as exportações de petróleo russos são definidos de acordo com o preço do Brent negociado como em Londres e Nova York. Com o lançamento da negociação de referência da Rússia, que é devido à mudança, provavelmente muito dramaticamente. Os novos contratos para o petróleo bruto da Rússia em rublos, e não em dólares, serão negociados na St. Petersburg International Mercantile Exchange (SPIMEX).

    O contrato de referência Brent é usado ​​atualmente para o preço não só do petróleo bruto da Rússia. Ele é usado para definir o preço de mais de dois terços de todo o petróleo comercializado internacionalmente. O problema é que a produção do Mar do Norte da mistura de Brent está em declínio, a ponto de hoje apenas 1 milhão de barris de produção Brent mistura define o preço para 67% de todo o petróleo negociado internacionalmente. O contrato em rublo russo poderia fazer um grande golpe na demanda por dólares do petróleo, uma vez que for aceita.

    A Rússia é o maior produtor de petróleo do mundo, por isso a criação de um ponto de referência do petróleo russo independente do dólar é significativo, para dizer o mínimo. Em 2013, a Rússia produziu 10,5 milhões de barris por dia, um pouco mais do que a Arábia Saudita. Porque o gás natural é usado principalmente na Rússia, totalmente 75% de seu petróleo podem ser exportados. A Europa é de longe o principal cliente de petróleo da Rússia, a compra de 3,5 milhões de barris por dia, ou 80% do total das exportações de petróleo russo. The Blend Urais, uma mistura de variedades de petróleo russo, é o principal tipo de óleo exportado da Rússia. Os principais clientes europeus são a Alemanha, os Países Baixos e a Polônia. Para colocar a mudança de referência da Rússia em perspectiva, os outros grandes fornecedores de petróleo bruto para a Europa – a Arábia Saudita (890 mil bpd), a Nigéria (810 mil bpd), o Cazaquistão (580 mil bpd) e a Líbia (560 mil bpd) – estão muito aquém da Rússia. Assim, a produção nacional de petróleo bruto na Europa está a diminuir rapidamente. A produção de petróleo da Europa caiu logo abaixo de 3 Mb/d em 2013, na sequência de descidas constantes no Mar do Norte que é a base do índice de referência Brent.

    Acabar com a hegemonia do dólar bom para os EUA.

    A decisão russa de fixar o preço em rublos para as suas grandes exportações de petróleo para os mercados mundiais, especialmente a Europa Ocidental, e cada vez mais para a China e a Ásia através do oleoduto ESPO e outras rotas, no novo marco de petróleo da Rússia no St. Petersburg International Mercantile Exchange não significa o único movimento diminuir a dependência dos países em relação ao dólar para o petróleo. Em algum momento no início do próximo ano, a China, o segundo maior importador de petróleo do mundo, planeja lançar seu próprio contrato de referência do petróleo. Tal como o russo, o referencial da China será denominado não em dólares, mas em Yuan chinês. As negociações ocorrerão no Shanghai International Energy Exchange.

    Passo-a-passo, a Rússia, a China e outras economias emergentes estão a tomar medidas para diminuir a sua dependência em relação ao dólar norte-americano, a “desdolarização.” O petróleo é a maior commodity negociada do mundo e o petróleo é quase inteiramente cotado em dólares. Tendo isso um fim, a capacidade do complexo industrial militar dos EUA para travar guerras sem fim estaria em apuros.

    Talvez isso abra algumas portas para idéias mais pacíficas, como gastar o dinheiro do contribuinte norte-americano na reconstrução da deterioração horrenda da infra-estrutura econômica básica dos EUA. A Sociedade Americana de Engenheiros Civis em 2013 estimou em $ 3,6 trilhões o investimento da infra-estrutura básica necessária para os Estados Unidos ao longo dos próximos cinco anos. Eles relatam que um em cada nove pontes nos Estados Unidos, mais de 70 mil em todo o país, são deficientes. Quase um terço das principais estradas nos EUA estão em mau estado. Apenas 2 dos 14 grandes portos na costa leste serão capazes de acomodar os navios de carga super-dimensionados que em breve vão chegar através do Canal do Panamá recentemente expandido. Existem mais de 14.000 milhas de trens de alta velocidade que operam em todo o mundo, mas nenhum nos Estados Unidos.

    Esse tipo de despesa com a infra-estrutura básica seria uma fonte muito mais economicamente benéfica para postos de trabalho reais e receita tributária real para os Estados Unidos do que mais intermináveis ​​guerras de John McCain. O investimento em infra-estrutura, como já observado em artigos anteriores, tem um efeito multiplicador na criação de novos mercados. A infra-estrutura cria eficiências econômicas e receitas fiscais de aproximadamente 11 para 1 para cada um dólar investido conforme a economia se torna mais eficiente.

    Um declínio dramático da importancia do dólar como moeda de reserva mundial, se combinado com uma redefinição interna ao estilo Rússia em reconstruir a economia doméstica dos Estados Unidos, em vez de terceirizar tudo, poderia ir de forma decisiva para reequilibrar um mundo enlouquecido com a guerra. Paradoxalmente, a desdolarização, negando a Washington a capacidade de financiar as guerras futuras pelo investimento em dívida do Tesouro dos EUA a partir de chinêses, russos e outros compradores de títulos estrangeiros, poderia ser uma valiosa contribuição para a paz mundial genuína. Isso não seria bom para uma mudança?

    Autor: F. William Engdahl

    Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com

  9. PROJETO: PARA GERAR EMPREGOS
    Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2016 PROJETO: PARA GERAR EMPREGOS   Caros amigos (as) o Brasil é um país abençoado por Deus, que tem inúmeras cidades com as melhores fontes de águas mineiras do mundo, cito por exemplo o sul de minas, como Cambuquira, São Lourenço, Caxambu, etc. Mas essas cidades não tem apoio por parte dos governos para investir e até exportar essa água de qualidade para o mundo todo. Hoje um litro de uma boa água custa até mais caro que um litro de gasolina, e o Brasil pode ganhar muito com esse bem tão precioso, pois a água mineral faz bem para a saúde e não provoca doenças, como os outros tipos de bebidas. Exportamos outras bebidas, por que não exportamos saúde com a nossa água mineral? Pense nisso, pois o Brasil precisa gerar mais empregos para os brasileiros. O Brasil poderia criar uma marca forte (como Minas do Sul, Água das Minas, a água mineral do Brasil) com um pool formado por essa cidades, todo mundo sairia ganhando. Mais empregos e mais renda para o nosso querido povo. Observação: tenho outro projeto (ideia) que pode gerar muitos empregos, mas se eu colocar na rede, muita gente que torce, pelo quanto pior melhor, vai ficar pegando no meu pé.  Atenciosamente:Cláudio José um amigo do povo, da paz,  da ONU e um Beija-flor da floresta do Betinho

  10. PROJETO: MADE IN BRASIL
    Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2016 PROJETO: MADE IN BRASIL  Caros amigos (as) o Brasil pode gerar muitos empregos e sair da crise se a industria voltar  ser competitiva, para as exportações. Pensando nisso, gostaria de sugerir um projeto: O MADE IN BRASIL, onde o governo buscaria formas de aumentar as exportações, como fazer isso? Amigos (as) nós temos milhares de estudantes em inúmeros países, que com um bom treinamento do Sebrae (on line), eles poderiam no seu tempo livre ser os grandes representantes do Brasil, e ajudariam a vender os produtos brasileiros, para o mundo inteiro. Amigos (as) todo mundo ganha com essa iniciativa do bem, o pobre povo brasileiro, que está desempregado,  teria um grande aliado (os amigos estudantes) que também poderiam ganhar um bom dinheirinho extra, por fazer esse belo trabalho, de ajudar o Brasil a sair da crise. Sei que tem gente, que ganha muito bem, para buscar soluções para ajudar o Brasil e o mundo, mas não ligo, sou rico da graça de Deus,  pois fazer o bem, faz bem.  Atenciosamente:
    Cláudio José, um amigo do povo, da paz, da ONU e um Beija-flor da floresta do Betinho. 

  11.  
    Notas anti-apocalípticas:

     

    Notas anti-apocalípticas: Brasil negocia venda de Super Tucanos à Força Aérea do Paraguai

    “O ministro da defesa, Aldo Rebelo, partiu para Assunção na segunda-feira (25), onde se reunirá com o ministro da Defesa paraguaio, Diógenes Martínez, com o objetivo de fortalecer o trabalho conjunto entre as forças armadas dos dois países”.

    Leia a íntegra do post do Cafezinho: http://www.ocafezinho.com/2016/01/25/notas-anti-apocalipticas-brasil-negocia-venda-de-super-tucanos-a-forca-aerea-do-paraguai/

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