STF: o orgulho de Dilma

A interlocutores, a presidente Dilma Rousseff disse ter “muito orgulho” de suas duas últimas indicações para o STF (Supremo Tribunal Federal): Teori Zavascki e Luiz Roberto Barroso. Nada falou sobre das demais indicações, nem lhe foi perguntado. Sobre Luiz Fux, por desnecessário. Mas sentiu-se o desapontamento com a Ministra Rosa Weber.

Para muitos advogados militantes, Rosa é a tradução mais perfeita – na composição atual do STF – do padrão Carlos Ayres Britto de caráter.

Entre advogados ligados a direitos humanos, é patente a profunda decepção com ela, Eros Grau e Sepúlveda Pertence, tratados como vira-casacas no episódio da Lei da Anistia.

Sepúlveda liderou Comissão da OAB contrário à Lei da Anistia para crimes contra a humanidade. Entrevistado por um órgão de mídia, voltou atrás e sua entrevista serviu de base para a votação do STF. Rosa Weber era uma intimorata crítica da Lei da Anistia até virar Ministra. O mesmo ocorreu com Eros Grau.

Após virarem Ministros do STF, foram tão profundas as mudanças de comportamento de Eros, Rosa, especialmente do inacreditável Ayres Britto , que deixaram o meio jurídico com pé atrás em relação a todos os nomeados.

Mas, a cada dia que passa, fica consolidada a convicção de que Teori e Barroso têm personalidade íntegra, à prova do oportunismo e deslumbramento de alguns dos seus pares.

Luis Nassif

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