Brasil avançou no combate à pobreza, reconhece ONU

Jornal GGN – O Brasil avançou no combate à pobreza ao longo dos últimos seis anos, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Os números do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2014 mostram que o país melhorou no Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), entre 91 países.

País reduziu em 22% pobreza multidimensional em seis anos

O índice de brasileiros em situação de pobreza multidimensional caiu 22,5% em seis anos, revelou hoje (24) o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Segundo levantamento do órgão, a parcela da população brasileira com privação de bens caiu de 4% para 3,1%, entre 2006 e 2012.

A fatia da população próxima à pobreza multidimensional caiu de 11,2% para 7,4%. A proporção de pessoas em pobreza severa passou de 0,7% para 0,5% na mesma comparação.

Os números constam do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2014. Além de publicar o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 187 países, o documento apresentou o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) para 91 países. Foi divulgada também a comparação do IPM com anos anteriores de 39 deles.

Diferentemente do IDH, que estima o grau de desenvolvimento com base na expectativa de vida, na renda e na educação, o IPM usa critérios mais abrangentes para avaliar o padrão de vida de um país. Esse índice leva em conta indicadores de saúde (nutrição e mortalidade infantil), educação (anos de estudo e taxa de matrícula) e a qualidade do domicílio (gás de cozinha, banheiro, água, eletricidade, piso e bens duráveis).

Outra diferença está no uso de dados nacionais. O IDH é construído com estatísticas do Banco Mundial, da Organização Mundial do Trabalho e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Índice de Pobreza Multidimensional, no caso do Brasil, baseia-se na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Andréa Bolzon, coordenadora do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, o IPM não permite a comparação entre países por causa da falta de padronização dos dados internacionais. “A melhor maneira de comparar o Brasil é com ele mesmo. Os indicadores mostram que há uma evolução significativa na redução da pobreza multidimensional.”

De acordo com ela, o principal objetivo do IPM é retratar a pobreza não apenas em função da renda. Pelos padrões internacionais, a linha de pobreza está fixada em US$ 1,25 por pessoa por dia. “O Índice Multidimensional de Pobreza procura não captar apenas a renda, mas as condições materiais de sobrevivência.”

Pelo critério tradicional de medição, o índice de pobreza no Brasil é maior que a pobreza multidimensional. De acordo com o Pnud, 6,14% da população brasileira ganhava menos que US$ 1,25 diários em 2012. No México, ocorre o contrário. A pobreza multidimensional atingia 6% da população, enquanto a pobreza com base na renda mínima afetava apenas 0,72% no mesmo ano. “O IPM, na verdade, reflete o modo de vida e a estrutura de cada sociedade”, esclarece a coordenadora.

Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. merece elogio o esforço do


    merece elogio o esforço do assis em captar essas pesquisa cujos dados  certamente deveriam orgulhar cada brasileiro que pensa em inclusão social – menos desigualdade – ao invés da histórica exclusão da maioria da populaçao brasileira, isto é, a política anterior (aos mais de 12 anos do pt ) que privilegiava 30 por cento da população,  no máximo,

  2. Que caos é esse? Que país é

    Que caos é esse? Que país é esse em situação tão caótica que consegue reduzir em 22% sua pobreza absoluta?
    Será que vão acusar a ONU de petista ou governista? (rs…)
    De qualquer forma, notícias como essa passam ao largo dos noticiários damídia direitista. Que prefere repercutir as “previsões” catastróficas (dos “economistas” do Banco Santander) que não batem com a realidade e irritou correntistas e acionistas do banco…
    A mesma mídia que também insiste em jogar pra debaixo do tapete o escândalo do “aécioporto” e do helicóptero com cocaína de gente supostamente envolvendo gente ao PSDB e ao candidato presidencial que para escárnio dos brasileiros quer aparecer na campanha como “paladino da ética e da moralidade” (quá, quá, quá…).
    Tudo muito surreal… Só no Brasil mesmo!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador