Novo estudo remodela passado úmido de Marte

Jornal GGN – Uma equipe de pesquisadores da Penn State University, nos Estados Unidos, recorreu a um novo modelo para propor um cenário a respeito do passado úmido do planeta Marte. O pesquisadores fizeram simulações levando em conta a forte presença de hidrogênio molecular na atmosfera que, juntamente com dióxido de carbono e água, poderiam ter gerado um efeito estufa 3,8 bilhões de anos atrás. Modelos climáticos anteriores só levavam em conta a ação do dióxido de carbono e da própria água.

Os pesquisadores construíram um modelo que mostra que os níveis de gases de atividade vulcânica do planeta vermelho poderiam ter gerado hidrogênio e dióxido de carbono o bastante para formar o chamado efeito estufa e elevar a temperatura. Em seguida, remodelaram a proposta com novos dados sobre absorção de hidrogênio, e recriaram um cenário mais antigo de Marte, no qual o Sol era cerca de 30% menos brilhante do que é agora. “É surpreendente pensar que Marte poderia ter sido quente e úmido, porque, naquele momento, o Sol estava muito mais escuro”, afirma Ramses Ramirez.

No entanto, o atual ambiente marciano possui baixas temperaturas, condições áridas e, mais importante, uma camada muito fina de atmosfera – tudo combinado para criar um ambiente hostil e aparentemente desafiador para qualquer tipo de formação de vida, muito menos água. Os cientistas cogitaram a ideia de que meteoritos teriam atingido o planeta bilhões de anos atrás, gerando uma atmosfera de vapor que ajudaram a criar paisagens como o Nanedi Valles – um grande vale que chega a 2,4 km de largura em algumas áreas.

Futuro da Terra é diferente

No entanto, os pesquisadores acreditam ser mais provável que um gás de efeito estufa anormal tenha aumentado a temperatura do planeta o suficiente para permitir fluxo de água. O modelo da equipe contribui largamente para a compreensão da história úmida do planeta vermelho, mas os pesquisadores reiteram que a única forma de provar a hipótese seria testá-la pessoalmente. “A melhor coisa a fazer é enviar geólogos humanos para a superfície de Marte para determinar se o antigo planeta era quente e úmido ou não”, afirma Ramirez.

Embora o termo “efeito estufa” também seja frequentemente usado em estudos sobre o clima da Terra, os cientistas afirmam que a descoberta não necessariamente prenuncia o futuro do nosso planeta. Como Marte é menor que a Terra, os modelos propostos para o planeta vermelho podem não funcionar na realidade daqui. “A Terra é muito mais massiva e manteve o seu calor muito melhor, ajudando a manter o nosso campo magnético. Assim, nossa atmosfera permaneceu relativamente intacta e protegeu a vida nesta pérola azul nos últimos 4 bilhões de anos”.

No entanto, os cientistas acrescentam que a vida na Terra deixará de existir, mas por razões muito diferentes. Com um Sol iluminando gradualmente, os níveis de dióxido de carbono da Terra cairão lentamente e as plantas não serão mais capazes de realizar a fotossíntese. Mas isso não vai acontecer no próximo um bilhão de anos, aproximadamente, segundo os cientistas. “A vida na Terra está segura por um bom tempo mais longo. Nós não vamos ter que pensar sobre a reivindicação de imóveis novos por algum tempo ainda”.

Com informações do Mashable.com

Redação

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