Governo estaria loteando cargos da Nuclep em troca de apoio na reforma da Previdência
Jornal GGN – Saiu no Diário Oficial da União da última sexta (17) a demissão do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Renato Cotta, que vinha se posicionando contra a indicação de três deputados federais, pelo governo, para ocupar o comando da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), controlada pela Cnen e vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, Temer estava tentando usar os cargos da diretoria da Nuclep como moeda de troca por apoio à reforma da Previdência. Os deputados indicados pelo governo e rejeitados pela comissão técnica da Nuclep são: Celso Pansera (PMDB-RJ), Aureo (SD-RJ) e Alexandre Valle (PR-RJ). Como controladora da Nuclep, a Cnen tem voto de desempate no conselho. Dessa forma, para evitar a derrota certa, o governo exonerou Cotta, assumindo no lugar o major brigadeiro da Aeronáutica Roberto Pertusi, que já ocupava uma vaga no Conselho da Nuclep, porém representando o Ministério da Ciência e Tecnologia.
O governo Michel Temer exonerou na sexta (17) o presidente da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear), Renato Machado Cotta.
A demissão ocorre após tentativa frustrada de aprovar nomes para o comando da Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados), empresa controlada pela Cnen e vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
Conforme a Folha revelou na última quinta (16), o governo tentava usar cargos na diretoria da empresa como moeda de troca por apoio à reforma da Previdência no Congresso.
A Nuclep fabrica equipamentos para a construção do submarino nuclear da Marinha e também da usina de Angra 3, em sua fábrica em Itaguaí (RJ).
O governo indicou à diretoria pessoas ligadas aos deputados federais Celso Pansera (PMDB-RJ), Aureo (SD-RJ) e Alexandre Valle (PR-RJ). Os dois últimos são integrantes de uma frente parlamentar que se opõe à reforma.
Inicialmente rejeitadas por uma comissão técnica da Nuclep, as indicações teriam de passar pelo crivo do Conselho de Administração da empresa, em reunião na última quarta-feira (15). O conselho tem cinco cadeiras, ocupadas pelos presidentes da Cnen e da Nuclep, um representante da Marinha, um do Ministério da Ciência e Tecnologia e outro do Planejamento.
Na condição de controladora da Nuclep, a Cnen tem o voto de desempate no conselho. O presidente Renato Cotta era justamente um dos que havia manifestado oposição às indicações.
Temendo derrota, o governo não apresentou os indicados para votação e exonerou Cotta, engenheiro da Coppe/UFRJ e membro da Academia Brasileira de Ciências.
A exoneração foi publicada no “Diário Oficial” da União na sexta. No lugar dele assume o major brigadeiro da Aeronáutica Roberto Pertusi, que já ocupava vaga no Conselho da Nuclep, como representante do Ministério da Ciência e Tecnologia.
A Folha apurou que o brigadeiro é indicação do ministro da pasta, Gilberto Kassab (PSD). Em geral, os indicados da Cnen ou são civis ou oficiais da Marinha, órgão responsável pelo desenvolvimento do programa nuclear brasileiro. A Cnen foi criada em 1956 e atua na fiscalização da produção e do uso de energia nuclear no país.
A Folha apurou ainda que a entrada de Pertusi é uma forma de conseguir passar no Conselho da Nuclep os indicados do governo.
INDICAÇÕES
Os nomes encontraram resistência por descumprirem a nova lei das estatais, sancionada pelo próprio presidente Temer em julho passado. Além de não terem notório saber na área nuclear, eles tiveram relação com a política nos últimos três anos, o que é vedado na legislação.
O indicado à presidência, por exemplo, foi candidato a vice-prefeito de Itaguaí na chapa derrotada de Alexandre Valle, em 2016. O cotado para diretor comercial tentou se eleger em 2014 deputado estadual pelo Rio, com doação do padrinho Aureo. A indicada à diretoria administrativa foi cabo eleitoral de Celso Pansera em 2014.
Procurado, o governo não comentou.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Toma-la-da-ca
Eis a essencia do governo Temer. Os ratos aparelhando todo o Estado.
“Dilma nunca me deu
“Dilma nunca me deu oportunidade de fazer parte do governo” Temer tinha razão. Já imaginou se elea desse. Dilma sabia quem era o golpista.
Não deu em termos! O
Não deu em termos! O impeachment só saiu depois dela ter colocado o ‘temer’ na coordenação política!
Lembra?!
Imagine se essa presepa fosse
Imagine se essa presepa fosse obra do PT?!
Nuclebrás, Nuclep, Cnem, não
Nuclebrás, Nuclep, Cnem, não me faça rir, num país absurdamente primário como o Brasil, onde o partido que controla o governo e o poder é o PMDB alguém vai estar preocupado com enegia nuclear, o negócio por aqui é o “deretio”, os “adevogados”, o judiciário é a quintessência do emaranhado de papéis e da república do atraso.
Alguém vai acreditar seriamente que um governo tampão do PMDB está preocupado com ciência, o PMDB não tem um nome sequer que tenha curiosidade sobre o futuro, a modernização tecnológica, científica, é um amontoado de obtusos chafurdados na mais absoluta ignorância, latifundiários, fisiológicos, empregando seus parentes e apaniguados no Congresso, nos órgãos públicos, sinecuras do golpísmo, a primeira coisa que fizeram foi entregar a área econômica para especialistas em fazer contas e cortar gastos sem qualquer outra consideração sobre o futruro do país.
Realidade
Eles estão tão por fora, parece que cairam de paraquedas no “governo”, que nem sabem como funciona a NUCLEP há mais de 2 anos, a CNEN ( um orgão inutil, apenas politico sem qualquer ação operacional ou estratégica – na real um cabide de fogueira para vaidades academicas ) “manda” na NUCLEP até a pagina 2, quem MANDA mesmo lá é a Marinha do Brasil e a AMAZUL Tecnologias de Defesa S/A, e claro que o Maj-Brig Pertusi sabe bem disto.
Quanto a estes politiqueiros paroquiais do Rio de Janeiro, estas “peças” e alguns de seus correlatos e apaniguados, querem uma “boquinha” no Complexo de Itaguai desde o governo Lula, acham que a região é “deles”.