À CPI da Sabesp, secretário de Alckmin evita falar de plano para seca de 2015

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Jornal GGN – À Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada na Câmara Municipal para apurar erros na gestão hídrica que afeta milhares de pessoas em São Paulo, o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado, Mauro Arce, não quis detalhar se existe um plano para gestão de crise em função de uma nova seca no início de 2015. Ele disse aos vereadores que o Estado espera que o volume de água dos sistemas de bacias aumentam um pouco entre a passagem do período de chuvas. Arce também não quis comentar o áudio que comprometeu a presidente da Sabesp, Dilma Pena. Nele, a dirigente diz que uma força superior proibiu a estatal de falar claramente à população sobre a crise nos sistemas Cantareira e Alto Tietê.

 

Secretário de Alckmin foge de questionamentos da CPI da Sabesp

Da comunicação do vereador Nabil Bonduki

O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Mauro Arce, prestou depoimento à CPI da Sabesp desta quarta-feira, 12 de novembro.

Nabil Bonduki, perguntou ao secretário sobre o planejamento do governo para abril de 2015, quando haverá um novo período de secas. “Temos nos próximos meses uma possibilidade muito grande de não conseguir repor o que consumimos. Qual o plano de contingência para esse risco que a cada dia cresce? Uma administração responsável exige que tenhamos planos para uma possível seca”, disse o vereador.

O secretário afirmou que o governo está fazendo algumas obras a curto e médio prazo e que busca para abril de 2015, a mesma situação do mesmo mês em 2014. “Com a média histórica de chuvas recuperamos as perdas do volume, teremos uma situação melhor do que no ano passado”, disse.

“Fica muito claro que não há uma estratégia para o que está por vir, ou se há, ela não é divulgada”, disse Nabil.

O secretário desviou de questionamento sobre a declaração da presidente da Sabesp Dilma Pena, que em áudio vazado de uma reunião com dirigentes da empresa afirmou que a população deveria ter sido comunicada da crise hídrica, para que economizasse água. Porém, segundo ela, seus “superiores” não permitiram.

“Não existe essa ordem. Há uma carta que a presidente da Sabesp encaminhou à presidência da CPI que explica essa questão, portanto esse caso já foi esclarecido”, afirmou.

Arce afirmou que a segunda cota do volume morto do Sistema Cantareira, que abastece 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, começará a ser usada “provavelmente na próxima semana”.

Também estiveram presentes Marcello Xavier Veiga, superintendente da Sabesp, e Alceu Segamarchi Júnior, superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE.

Fonte: Cidade Aberta

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. “Arce afirmou que a segunda

    “Arce afirmou que a segunda cota do volume morto do Sistema Cantareira, que abastece 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, começará a ser usada “provavelmente na próxima semana””:

    Corrijam me se eu estiver errado, mas que eu saiba nao existe uma segunda cota de volume morto.  Eh do fim do volume morto que eles estao falando, nao eh?  O colapso total do sistema Cantareira eh o assunto, nao eh?

    Quanto aos “planos” para 2015, vai ser assim:  SALVE SE QUEM PUDEEEEEERRRRR…

    1. Ivan, o volume morto I tinha

      Ivan, o volume morto I tinha 182,5 milhões de m3. Acabou hoje (numericamente)

      Vão tirar mais 106 milhões de m3 das poças que estão sobrando. É o que chamam de volume morto II. (esse é bem morto mesmo)

      Para 2015 o plano é esse aí mesmo!!!

       

       

       

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador