Por direitos, ex-funcionário da Riachuelo faz protesto extremo

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Em ato extremo e desesperado, um ex-funcionário da Riachuelo, em São Paulo, sobe em árvore com corda e ameaça se jogar. O ato foi ditado pela supressão de valores a que teria direito em sua homologação com fim de direitos trabalhistas, via reforma.
 
O cidadão subiu na árvore e os bombeiros estão lutando para que saia sem se machucar, segundo informações ele está com uma corda amarrada no pescoço ameaçando pular. Esta árvore fica em frente ao escritório de Flávio Rocha, na Casa Verde, na Rua Leão XIII, em São Paulo.
 
Segundo apurado pelo GGN, o rapaz é ex-funcionário do almoxarifado.
 
De acordo com as últimas informações, os bombeiros conseguiram tirar o rapaz da árvore, mas usando de força, pois ele se recusava. Outras notícias dão conta de que os funcionários da unidade foram impedidos de circular pela Rua Leão XIII no horário de almoço e que não deveriam portar os crachás fora da unidade. Essas ordens partiram do Departamento Jurídico da Riachuelo.
 
Veja as fotos.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

24 Comentários

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  1. “Com a saída de Dilma, a

    “Com a saída de Dilma, a recupreção será instantânea”, disse esse escroque herdeiro.

    Riachuelo e Habibs: jamais comprarei uma agulha sequer vendida por esses golpistas.

  2. Caro Nassif
    Quando

    Caro Nassif

    Quando caminhavamos em protesto, no centro de Sorocaba, ouvi muito dos vendedores, de várias lojas, nos ofendendo e apoiando o golpe.

    Sei que não foram todos, mas o golpe está ai,  fazendo os arranjos, que alguns chamam de crise.

    Os que apoiaram, que se arrebentem. Muitos deles votarão no bolsonaro.

    Dose dupla de ignorância.

    Saudações

    1. O processo de conscientização do povo já começou, mas é lento…

      O processo de conscientização do povo já começou, mas é lento no início, depois ele acelera exponencialmente, todos em outras situações devem fazer o seu trabalho e conversar com as pessoas que ainda não entenderam o golpe. Mãos a obra, é mais importante todo o dia conversar com um comerciário, um operário e colocar nas suas cabeças a semente da dúvida, daí por diante eles vão pelos seus próprios pés.

    2. E daí, Avelino? Qual o sentido desse comentário?

      Vc nao percebe que um comentário desses só serve para atenuar o sentimento de revolta que naturalmente opressoes como essa provocam? Vc é cadastrado, pouco provável que seja troll. Mas está facilitando o trabalho deles. Nao é porque ALGUNS vendedores foram favoráveis ao golpe que manobras que retirem direitos trabalhistas deles sao justificáveis. Nem se fossem todos. Arre, nao reforce o discurso da Direita com sentimentos que se pretendem de esquerda (mas NAO SAO: ser de esquerda é ser pelo direito de todos, nao só dos que concordam conosco; é a Direita que tem interesse em manter um clima de intolerância e ódio, que favorece o facismo).

  3. A Barroso O Que é De Rocha

    Consultor Jurídico – 19/05/2017:

    “Apesar de ter 2% da população global, o Brasil tem mais ações trabalhistas que todas as outras nações somadas. A afirmação é do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que creditou os dados ao presidente da Riachuelo, Flávio Rocha.

    Barroso disse que o excesso de proteção do estado acaba desprotegendo e incentivando ilegalidades. Segundo Barroso, que participava de evento no Reino Unido sobre o Brasil,com 2% da população mundial, o Brasil gera mais ações trabalhistas que os restantes 98% do mundo”.

    O ministro disse ainda, novamente citando Flávio Rocha, que o Citibank está deixando a operação de varejo no Brasil por causa da alta litigiosidade trabalhista.

    (…) Essa informação, continuou Barroso, reforça a necessidade de reformas na área trabalhista, pois a proteção estatal em demasia ao trabalhador criou um efeito colateral. “O excesso de proteção, em última análise, desprotege”, disse.

    “Assim como a excessiva oneração da folha de pagamento desincentiva a formalização do contrato de trabalho, o risco trabalhista passou a fazer parte do custo e do risco Brasil.

    Quem é o maior prejudicado? O emprego e o trabalhador.”

    Pois é, o trabalhador sem emprego e agora sem direitos trabalhistas, conquistados em um século de lutas, com a mais que simbólica corda no pescoço, pendura-se em árvore na Casa Verde, e certamente não será citado por Barroso em tertúlias próximas, pois não chegará aos seus melífluos ouvidos, pela melíflua língua do Patrão da Riachuelo, Flávio Rocha, o que garantia, ‘sem Dilma a recuperação será instantânea’, pelo simples fato de ouvirem apenas o que vem das Casas, Grande e das Garças.

    1. Nos USA qualquer um pode comprar uma arma.

      A base do respeito ao direito é a força, nos USA o empregador que abusa dos empregados é sujeito a outro tipo de punição do que a justiça do trabalho, por isto não é necessário tantas leis, abusou morre de derrame (derrame de chumbo na cabeça).

  4. Pois que se danem. Muitos

    Pois que se danem. Muitos acreditaram na Globo, agora não tem do que reclamar.

    Falo por experiência. Na época do impeachmeant se você ousasse contrariam o que diziam os “especialistas” da Globo era chamado de tudo quanto era nome. Só faltava te jogarem gasolina e tocar fogo.

    Pois agora que a bananosa está aí o que não falta é choramingo de midiota.

    Não tenho pena. Colhem o que plantaram.

      1. Burra, com certeza.
        Tá com pena? Fica procê. Não é a primeira vez que vem zurrar nos meus comentários.

        Como te disse uma vez: nunca conheci um anarquista que pensasse….

         

  5. Como assim “impedidos de circular pela Rua Leão XIII…” ?

    Que fantasia é essa que departamento jurídico empresas inibe funcionários de sua empresa a não andarem em determinada rua?

    Quem é a empresa para impedir a circulação de seus funcionários?

    Qual foi, as empresas passaram a adotar o compliance extremista agora é? É isso?

     

  6. O marido de minha sobrinha,

    O marido de minha sobrinha, professor assim como ela perguntou-me: e agora em quem votar? Eu respondi: Se você não sabe em quem votar sendo um professor e assalariado então acho melhor rasgar seu título de eleitor. 

  7. Neste país injusto, quando departamentos jurídicos das empresas

    começam a ditar as normas, é de preocupar-se. A editora abril tem como o manda chuva alguém da área e uma das primeiras designações foi dispensar mais de 100 pessoas (17 jornalistas) – parcelando os direitos em até 10 x

    https://portal.comunique-se.com.br/grupo-abril-demite-mais-de-100-e-propoe-parcelamento-de-verbas-rescisorias/

    E as demissões nas faculdades vão aumentando

    https://portal.comunique-se.com.br/casper-libero-demite-mais-de-10-professores-alunos-falam-em-perseguicao-politica/

    https://exame.abril.com.br/brasil/apos-universidade-metodista-demitir-professores-alunos-protestam/

     

  8. Cabeças frias

    A hora de conversar e dialogar muito com esses milhões que cairam no conto-do-vigário.

    Toda a mídia fez um bloqueio terrível e o bom papo ao pé-do-ouvido, um a um, é que irá transpor essa muralha erguida pelos media.

    Parece muito pouco mas não é, a cada pequena brecha criada no discurso midiático hegemônico é um  rombo logo ali na frente.

     

    1. Meu caro, se bateste ou não panela, pouco me importa, mas ……

      Meu caro, se bateste ou não panela, pouco me importa, mas devido a tua sensibilidade cavalar nesta piada sem graça, sugiro que use o cabo de uma panela em sua casa para seu bel prazer. Enfie.

  9. desespero do desempregado

    Ver-se desempregado, sem dinheiro e sem direitos pode levar qualquer pessoa ao desespero, especialmente porque o desemprego já é fator de casos sérios de depressão. Independente de ter ou não batido panela.

    Não sei se será o último caso como esse, infelizmente. 

  10. O assunto não pode ser levado levianamente.

    Na França quando começou o processo de privatização de determinadas estatais o número de suicídios virou um horror, pois as pessoas não aguentavam a pressão.

    Um trabalho que dá uma visão sobre o problema é 

    Suicides au travail : une maladie de la modernité

    http://www.econospheres.be/Suicides-au-travail-une-maladie-de

    O caso Francês do resultado das privatizações no número de suicídios até mereceu um livro pois em um ano 24 funcionários suicidaram-se devido aos stress induzido pela mudança de proprietário (France Telecom para a Orange), há inclusive uma pequena resenha no Le Monde sobre este livro (“Orange stressé. Le management par le stress à France Télécom”) http://www.lemonde.fr/livres/article/2009/09/30/orange-stresse-le-management-par-le-stress-a-france-telecom-d-ivan-du-roy_1247256_3260.html

    Provavelmente no Brasil este número será multiplicado por 100 ou mais com as reformas do Temer, porém como não há trabalhos sobre o assunto, nada se falará.

    Se alguém que trabalha com saúde pública tem interesse é um excelente estudo para tese.

    1.  
      Que pressão insuportável

       

      Que pressão insuportável pode receber um funcionário com apenas 1 mes de reforma trabalhista?

      Que pressão pode uma empresa fazer a um funcionário já demitido?

  11. Comentário.

    O Barroso usa uma “informação” do proprietário da Riachuelo como “fundamento” para a sua opinião sobre o sistema judiciário-trabalhista. Justo de um cara cheio de capivara na Justiça (https://www.ocafezinho.com/2017/06/23/barroso-o-terrorista-de-londres-e-desmascarado-por-outro-academico/). Trinta e sete milhões é o tamanho da capivara.

    Desespero leva a atos extremos, acabar com a própria vida.

    Mas meu diabo freudiano diz que, em alguns casos, é uma vontade doida de matar o agressor.

    Numa situação que se vislumbra, muito me impressiona que ainda não apareceu um Johann Most.

     

     

     

  12. Pegadinha
     

    Desculpem-me todos mas não consegui ver o funcionário na árvore. Só vi as árvores.

    Por certo  é  também assim que o dono da riachuelo dá visibilidade aos seus colaboradores.

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