Presidenciáveis e políticos manifestam-se a favor e contra Lula, após violência

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Encerramento será um grande Ato Suprapartidário Contra a Violência e Pela Democracia, às 17h, em Curitiba
 

Foto: Ricardo Stuckert
 
Jornal GGN – Além dos presidenciáveis do PSOL, Guilherme Boulos, e do PCdoB, deputada gaúcha Manuela D’Ávila, manifestarem apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra os atos de violência durante a caravana, outros políticos declararm repúdio ao cenário e irão marcar presença no encerramento da caravana do ex-presidente em Curitiba, denominada Ato Suprapartidário Contra a Violência e Pela Democracia.
 
O evento, diante das reações violentas e ataques com tiros a ônibus da equipe que acompanhava o ex-presidente nesta terça-feira (27), adotou outra bandeira que a própria de Lula: manifestar a força de uma ampla frente da esquerda contra as violentas agressões e atos fascistas.
 
Para isso, estarão presentes os presidenciáveis Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D’Ávila (PCdoB), e também os senadores Roberto Requião (do MDB) e João Capiberibe (do PSB), além de representantes do PDT, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, a CUT, o MST, movimentos sociais e outras personalidades democráticas.
 
Outras políticos saíram em defesa do ex-presidente, repudiando os atos, mas não poderão estar presentes, como o pré-candidato pelo PDT, Ciro Gomes, que em agenda de palestras na Europa, divulgou sua mensagem pelas redes sociais: “O ataque criminoso à caravana do ex-presidente Lula é absurdo e deve ser investigado com rigor. E repito a pergunta: quem matou Marielle?”, publicou.
 
 
Já do lado de partidos de direita, o deputado Jair Bolsonaro, que chegou a liderar e incentivar reações e movimentos contra a caravana de Lula, criticou a postura do ex-presidente: “vitimizam-se e culpam terceiros pelos seus crimes”.
 
 
Bolsonaro resolveu não somente criticar o ex-presidente, vítima do episódio de violência, como também decidiu intimar o líder a mostrar hoje “quem mais leva o povo na rua de graça”, realizando um ato político em Ponta Grossa, a 115 km de Curitiba.
 
“É um provocador oportunista que quer mais é que o circo pegue fogo!”, criticou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). 
 
 
Já outros políticos preferiram manter o discurso de repreensão aos atos, sem entrar em embates, como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e a ex-senadora Marina Silva (Rede):
 
 
Maia aproveitou para usar o discurso contra a violência para fortalecer a defesa de medidas na área de Segurança Pública:
 
 
 
 
O grande Ato Suprapartidário Contra a Violência e Pela Democracia será às 17h, na Praça Santos Andrade, em Curitiba. 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. chocado mas não surpreso

    Esse acontecimento mostra bem de que lado estão os politicos da direita.

    Dos Bolsonarosnão podemos esperar nada, são fascistas.

    De Meireles, Marina, Maia são so palavras ocas, sem nenhuma verdade.

    Alkmin e Doria só mostraram o ressentimento costumeiro.

    O Ciro, caso estivesse no Brasil, iria participar do ato de Curitiba?

    Eu acho que esse compromisso de hoje foi muito providencial!

  2. O que esperar de Bolsonaro,

    O que esperar de Bolsonaro, doravante chamado por mim de O Assíduo (pelos seus serviços como parlamentar) e de seus pombos de Pavlov?

  3. cavalo-de-tróia

    É o Lula, vamos faturar.

    De onde surgiram tantas baratas, ratazanas, serpentes, corvos, urubus, sangue-sugas, mocreias, morcegos, zumbis…?

    Alguém feche o esgoto aberto pela rede.

  4. As forças de Esquerda estão

    As forças de Esquerda estão sozinhas – como em qualquer parte do Mundo – porque são estigmatizadas e temidas pelos políticos comuns. Entretanto, é melhor que assim seja, porque os povos estão cansando de ver a impossibilidade de a Direita (com qualquer dos seus matizes) governar para todos, especialmente para os muito pobres.

    A Direita consegue até afagar quase todos os ricos, os baba-ovos, os falsos ricos e os incapazes de compreender a idéia de Nação, mas acaba não conseguindo sequer manter-se na cúpula da política por muito tempo, porque sua cegueira, sua burrice e avareza com relação ao trato da coisa pública – achando que lhes pertence todo o seu espectro – acaba por lhes deixar como herança a escória do mundo democrático, os que votam pelo poder de submeter da mídia, pela falta de conhecimento do que realmente é seu por direito, pelo ódio de classes que alguns cultivam…

    E daí a Direita não tem mais voto. Tem que sabotar ou mascarar a Democracia pra ver se consegue algo que pareça democrático. Só que a civilização vem aprendendo com tudo isso e, atualmente, em qualquer eleição democrática de verdade pelo planeta, quando a Direita vence é por algo de podre. E, quando perde fragorosamente, ela desce um barraco qualquer que lhe permita “provar” que ela é a dona-do-pedaço. Que pobres, analfabetos e, inclusive, todos os que são parte da Esquerda, na verdade, não têm direito a nada – nem à vida, talvez.

    Daí essa coisa de tentar sufocar a Esquerda com mentiras, com agressões, até com assassinatos, para que não percam o status que supõem burramente que seja só da Direita – eles são os capazes, os donos… e fim-de-papo.

    A Direita  – não apenas no Brasil – fica procurando apoio em outras nações, para poder ter mais corpo e força; o número que lhe falta para ganhar democraticamente qualquer pleito. A maioria de seus correligionários já aceita com rasgos de muita subserviência qualquer apoio; ainda que – mais do que cheirando – fedendo a traição e subserviência que, certamente, irá  custar muito caro, sob todos os aspectos.

    Todas as nações, queiram ou não, terão de parar para pensar e ver que o Mundo é de todos. E que não vai adiantar por muito tempo tentar roubar o que é de todos para colocar tudo no seu bolso.  

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