“Não se pode esperar tudo do poder público”, diz Temer em Hospital construído com doações

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Temer durante a cerimônia de inauguração do Hospital de Amor Amazônia, em Porto Velho – Foto: Alan Santos/PR
 
Jornal GGN – Durante a inauguração do Hospital de Câncer da Amazônia, em Porto Velho, construído com doações de voluntários, o presidente Michel Temer afirmou que “não se pode esperar tudo do poder público”. A gafe do mandatário foi além. Temer disse ser “interessante” que “muitas e muitas vezes” aqueles “que estão na atividade privada fazem tanto ou mais do que aqueles até que estão na atividade pública”. 
 
 
O peemedebista e outras autoridades, como o governador Confúcio Moura, deputados e senadores, foram convidadas para o lançamento do Hospital, que foi orçado em R$ 50 milhões obtidos apenas de doações de voluntários. A iniciativa, que partiu do presidente da Fundação Pio 12, Henrique Prata, começou em janeiro de 2015, com as obras concluídas hoje. 
 
“Ele [Henrique Prata], da iniciativa privada, se dedica a uma causa pública”, completou ainda Temer. O presidente da Fundação Pio 12 explicou que quis convidar as autoridades para provar a força que a população tem:
 
“Quero que ele veja o que o povo pode fazer. Espero que esse trabalho sensibilize os políticos para que eles nos ajudem a manter essa estrutura do Hospital de Câncer da Amazônia”, disse Prata, ao contrário do discurso do mandatário.
 
Na mesma linha de Temer, o governador peemedebista também destacou que a agilidade de Henrique Prata para concluir o Hospital foi maior do que o governo. Comparou a iniciativa de Prata como uma “Fórmula 1” e as iniciativas públicas uma “corrida de Fusca”. “A velocidade do presidente da fundação era mais rápida do que a do governo! Era como fosse uma corrida de Fusca com Fórmula 1”, disse.
 
A área do Hospital do Câncer da Amazônia tem aproximadamente 70 mil m² e 15 mil m² de área já construída. Deste espaço, cerca de 2 mil m² serão reservados para o atendimento indígena. 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. Do poder publico

    deve-se exigir HONESTIDADE

     

     

    Haaaaaaaaaaaaa, esqueci, 01 mala de dinheiro não é roubo, daí esse pulha recebe 01 de cada vez

     

     

     

  2. Coxinha loque

    Fala sério, o cara tem a capacidade de angariar 50 milhões, construir um hospital, disponibilizar para a população mas chama um “homem público” para a inauguração. 

    Acho que é mais ou menos como a ricaça que fez um filho de produção indepentente mas acha que a criança não merece o nome dela.

    Sei não, pra ser jumento tem hora.

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