Izaias Almada
Izaías Almada é romancista, dramaturgo e roteirista brasileiro nascido em BH. Em 1963 mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou em teatro, jornalismo, publicidade na TV e roteiro. Entre os anos de 1969 e 1971, foi prisioneiro político do golpe militar no Brasil que ocorreu em 1964.
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Livre pensar, é só pensar!, por Izaías Almada

Quantas vezes já sonhei em ver o meu país trilhando o caminho da democracia, da justiça social, do desenvolvimento econômico sustentável e em benefício de todos

Livre pensar, é só pensar!

por Izaías Almada

Que bom poder pensar livremente, não é mesmo caro leitor? Dar asas a imaginação, como se costuma dizer. Na medida do possível procuro exercitar-me nessa direção, assim como faria um náufrago à procura de apoio, um tronco de madeira que fosse, para escapar de inevitável afogamento. Sonhar não deixa de ser um antídoto contra a ignorância e a barbárie.

Quantas vezes já sonhei em ver o meu país trilhando o caminho da democracia, da justiça social, do desenvolvimento econômico sustentável e em benefício de todos, com o fim de preconceitos já seculares desde que a nau cabralina chegou ao litoral baiano.

Eu sonhei e muitos de vocês que me honram com a sua leitura, também sonharam.

Pensar, por exemplo, na expectativa de que boa parte do povo que votou nesse senhor que não reúne qualidades, conhecimento e nem competência para ser presidente da república, que esse mesmo povo possa se redimir nas próximas eleições de outubro.

Todos nós temos uma segunda oportunidade, aquela em que a vida nos mostra de maneira clara, sem subterfúgios, o erro cometido.

Pensar também em outro tema bastante delicado e que, por vezes, para se corrigir o erro cometido exige-se discernimento, autocrítica e vergonha na cara: um desses erros pode ser o da falsidade ideológica. Ou do desconhecimento de algumas questões complexas, para não sermos tão radicais. Porque aqui não há desculpas nem meias desculpas.

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente.

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Vou levantar uma questão pouquíssimas vezes lembrada, mas que dá margem a algumas discussões: a sobrevivência do homem ou da mulher de esquerda que vivem numa sociedade capitalista, por exemplo, sobretudo aqueles que são donos de pequenas ou médias empresas. Ou mesmo grandes.

Sim, porque todos nós precisamos de um teto para morar, de roupa para vestir, de comida para comer, de transporte para nos locomover, de escola para estudar, de hospitais para nossa saúde.

E mesmo com todos os artifícios usados pelo capitalismo para tapar o sol com a peneira (colégios públicos, transportes semigratuitos, lojas em liquidação de produtos, trocar pontos por passagens aéreas, e outras “benesses” e paliativas), a verdade é mesmo que o melhor do capitalismo é ser capitalista. E para ter todas as coisas citadas acima é preciso ter dinheiro, custe o que custar. Está aí o grande Elon Musk que não me deixa mentir…

E quando aparecem as crises econômicas, como a que estamos vivendo agora, “é que a porca torce o rabo”, como dizia meu velho pai…

Diante de uma crise econômica, muitas delas fabricadas nos laboratórios neoliberais do nosso planetinha, como reagirá o agricultor de esquerda, o empresário de esquerda, o banqueiro de esquerda? Sim, porque eles existem e alguns até dão cursos sobre economia e afins… Deitam falação sobre Marx e Engels, falam de Putin sem conhecer a história da ex-União Soviética ou, pior ainda, esquecem a matança promovida pelos Estados Unidos da América ao redor do mundo após a Segunda Guerra Mundial.

Ou será que tudo isso é apenas fruto da minha imaginação?

É como dizia o grande jornalista e humorista Millor Fernandes, grande conhecedor da obra de Fernando Henrique Cardoso: “O livre pensar é só pensar!”.

Izaías Almada é romancista, dramaturgo e roteirista brasileiro. Nascido em BH, em 1963 mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou em teatro, jornalismo, publicidade na TV e roteiro. Entre os anos de 1969 e 1971, foi prisioneiro político do golpe militar no Brasil

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Izaías Almada é romancista, dramaturgo e roteirista brasileiro nascido em BH. Em 1963 mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou em teatro, jornalismo, publicidade na TV e roteiro. Entre os anos de 1969 e 1971, foi prisioneiro político do golpe militar no Brasil que ocorreu em 1964.

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