Morre em São Paulo Valmir de Freitas, heroi do Corinthians dos anos 50

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Morre Valmir de Freitas, um jogador de antanho. Ele foi descoberto pelo Corinthians aos 18 anos e jogou em 315 jogos pelo timão, segundo o Almanaque. Depois disso foi para a Portuguesa Santista e Ponte Preta, aposentando-se no final dos anos 1960. Aposentado passou a gerenciar a pizzaria Camelo, nos jardins, em São Paulo. Até o final da vida acompanhou o futebol e costumava dizer que antigamente os “atletas tinham mais garra e jogavam por amor à camisa, e não apenas por dinheiro”.

da Folha

Valmir de Freitas (1933-2014)

Defendeu o Timão em 315 jogos

DE SÃO PAULO

Foi num jogo de várzea na capital paulista que o gaúcho Valmir de Freitas, então com 18 anos, foi descoberto por um olheiro do Corinthians.

Apesar de dominar bem a bola desde pequeno e de ter treinado no Grêmio quando ainda morava em Porto Alegre, precisou deixar os gramados e trabalhar para ajudar a família quando todos se mudaram para São Paulo.

No Timão, tornou-se um marcante zagueiro nas décadas de 1950 e 1960 –e que nunca recebeu cartão vermelho. Recordava-se com orgulho da conquista da Taça dos Invictos de 1957, quando o clube disputou 35 partidas consecutivas sem ser derrotado.

Entrou em campo pelo Corinthians em 315 jogos, segundo o livro “Almanaque do Timão”, de Celso Unzelte.

Valmir deixou o Parque São Jorge para defender a Portuguesa Santista e, depois, a Ponte Preta, onde se aposentou no final dos anos 1960.

Após pendurar as chuteiras, trabalhou por cerca de duas décadas como gerente da tradicional pizzaria Camelo, nos Jardins, bairro nobre da zona oeste paulistana.

Não deixava, porém, de disputar jogos com outros veteranos e ainda dividia o amor pela camisa alvinegra com a do tricolor gaúcho.

Fez questão de acompanhar o esporte até o final da vida, mas considerava as partidas de antigamente muito mais bonitas. Os atletas tinham mais garra e jogavam por amor à camisa, e não apenas por dinheiro, dizia.

Há quatro meses, foi diagnosticado com câncer na bexiga. Morreu na segunda-feira (24), aos 81 anos. Deixa Armantina, com quem foi casado durante 56 anos, além de três filhos e cinco netos.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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