A miopia da política econômica de prioridades conflitantes

A economia não comporta exageros. Não é uma máquina controlável a golpes de Selics.

É uma engrenagem complexa, composta por inúmeras cadeias produtivas interconectadas, por um conjunto de fatores interligados, como estoques, uso de capacidade instalada. A recuperação das expectativas depende fundamentalmente das perspectivas de crescimento da economia. Estabilidade fiscal, monetária, são instrumentos, mas o objetivo final é o crescimento.

Essa máquina sensível, complexa, interligada, não comporta medidas de choque, a não ser em situações extremas – como nos períodos superinflacionários. Choques ampliam desequilíbrios, atrapalham a visibilidade futura, pela dificuldade dos agentes econômicos entenderem a nova dinâmica da economia.

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A melhora das expectativas e a volta do investimento/crescimento dependem da aposta na demanda futura. Consegue-se interromper a demanda apertando o botão dos juros e dos cortes fiscais. Não existe um botão do crescimento, em sentido contrário.

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Houve exageros na dosagem dos incentivos fiscais da era Mantega. Agora corre-se o risco inverso, do excesso de dosagem na combinação política fiscal-monetária.

Não existe nada de mais falso do que a ideia de que o melhor ajuste fiscal é o mais rigoroso e a melhor política monetária é a mais radical.

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Em outros tempos, que se pensava superados, empresas e governos agiam sob o domínio da prioridade única, da bala de prata que, resolvendo um problema único, resolvesse todos os problemas.

Esse modelo quebrou empresas e a economia, mas a política econômica recuou para o simplismo dos anos 80 e 90.

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A demanda vai despencar, muito mais do que a presidente Dilma Rousseff imagina – três semanas atrás ela imaginava que o pior já tinha passado.

Despencando, o desemprego irá aumentar muito, especialmente se continuar sendo uma variável desconsiderada pelo BC – que aparentemente só sabe trabalhar com o binômio juros-inflação.

Com o aumento do desemprego e redução da demanda, o mercado de consumo cai e cria-se uma capacidade ociosa na indústria. Ao mesmo tempo a relação dívida/PIB explode por dois motivos: aumento da dívida, com os juros; redução do PIB com a recessão, exigindo metas mais drásticas ainda de superávit primário.

***

Fazenda e BC estão recorrendo à retórica do caos para aprovar as medidas, expediente que funcionava bem nos velhos tempos da hiperinflação. Tipo: se não derem o que peço, o Brasil acaba; se me derem, em breve o país será recompensado.

Vão receber o que querem e não vão entregar o que prometem. Caos ocorrerá se o desemprego explodir em um quadro politicamente instável como o atual.

Em um ponto qualquer do futuro, virão os investimentos, mas exclusivamente onde houver demanda: algumas concessões públicas, nas quais o preço será menor devido à redução das expectativas de negócio decorrentes da queda da atividade econômica.

É muito pouco para compensar o estrago que a recessão terá causado nos demais setores da economia.

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Se nesse período todo o governo Dilma não conseguir desenhar o segundo tempo do jogo, criar um sonho que seja, um pote d’água lá na frente para compensar a travessia do deserto, nem a mediocridade ampla da oposição salvará seu governo.

Luis Nassif

89 Comentários

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  1. Elementos da demanda agregada.

    Desta vez temos dois elementos da politica econômica atuando na contração da demanda interna, o aperto fiscal e aumentos dos juros da Selic, e a correção da taxa de câmbio atuando como aumento da demanda interna e externa.

    As importações estão recuando mais do que queda do consumo das famílias o que pode ser um indicador de que já está havendo uma substituição de parte das importações pela produção nacional.

    Além disso a correção do câmbio está sendo maior do que a queda do volume e dos preços das exportações, o que aumenta a remuneração em reais dos exportadores contribuindo também para o aumento da demanda interna.

    Daqui para frente a correção do câmbio será menor do que nos últimos trimestres, não mais do que 6% a 10″ao ano, o que vai contribuir para uma maior estabilidade dos preços, o que vai forçar o Copom a reduzir os juros Selic, o que contribuirá para o aumento da demanda interna, restando apenas o aperto fiscal como elemento de contração da demanda.

    Neste caso estaremos diante de uma combinação perfeita, aumento da demanda agregada, redução dos juros da Selic e redução dos gastos públicos.

    Nos próximos trimestres haverá um aumento da produção industrial, primeiro em função da substituição das importações e depois em função do aumento das exportações.

     

    1. Sonhar não custa nada

      A maior parte da indústria está voltada para atender o mercado interno. As cadeias produtivas foram destruídas e vão levar muito tempo para se reconstituir e substituir as importações.

      Qual empresa vai investir em aumento de produção num cenário onde a demanda interna está despencando, com uma taxa de juros que impossibilita o financiamento e com as incertezas tanto políticas quanto econômicas deixnado o cenário totalmente nebuloso? 

      Não deixa de ser irônico um governo presidido pelo Partido dos Trabalhadores adotar o receituário conservador na gestão da política econômica do país. 

      O governo vai ter uma grande surpresa em 2016 se achar que a retomada da economia está na esquina ; infelizmente não será nada positiva.

      1. Primeiro trimestre é negativo para indústria
        Indicadores CNIISSN 1983-621X • Ano 17 • Número 3 • Março de 2015(pdf)

        O desempenho da indústria no primeiro trimestre do ano foi negativo, como mostram os resultados de março. Todos os indicadores apresentaram queda na comparação dos três primeiros meses de 2015 com os três meses anteriores e também na comparação com os três primeiros meses de 2014. 

        Chamam atenção os resultados, tanto no trimestre como no mês, do mercado de trabalho industrial. O emprego caiu 0,8% em março frente a fevereiro (dado dessazonalizado) e 3,9% no primeiro trimestre deste ano comparado ao primeiro trimestre do ano passado, enquanto a massa salarial real se reduziu 1,4% em março e 4,1% no trimestre.

         

        Apenas dois indicadores apresentaram alta na passagem de fevereiro para março, o faturamento real e a utilização da capacidade instalada (UCI). O primeiro avançou 0,5% e o segundo 0,7 ponto percentual (p.p.). Vale destacar, contudo, que essas variações não foram suficientes para reverter o cenário adverso da indústria, já que  o faturamento e a UCI seguem em baixo nível em suas séries históricas e, além disso, vieram acompanhados de uma contração de 0,9% nas horas trabalhadas na produção em março.

         URL:

        http://www.portaldaindustria.com.br/cni/publicacoes-e-estatisticas/estatisticas/2015/05/1,38498/indicadores-industriais.html

         

        anexo: 

        1. QED

          Você realmente acredita que a capacidade ociosa vai ser milagrosamente reorientada para exportação? Como já comentei, grande parte da indústria está voltada para o mercado interno, não só por uma questão de câmbio mas pela inserção na cadeia global. 

          A indústria de transformação, que poderia se beneficiar com o câmbio mais favorável, foi destruída em decorrência de uma política cambial suicida ao longo dos últimos 20 anos. O tempo necessário para reconstruir essa indústria será muito longo, e isso só acontecerá se houver uma sinalização clara por parte do governo de que a mudança de patamar do câmbio será pra valer, o que não tem acontecido e nem acontecerá com a atual equipe econômica.

          Quanto à maioria da indústria, voltada para o mercado interno, se hoje já sofre com capacidade ociosa, os próximos meses tornarão a situação muito pior, por conta da forte retração da demanda como consequência das políticas monetária e fiscal brutalmente recessivas.

          Ou seja, a ociosidade da indústria reflete hoje uma demanda em franco declínio, com tendência de piora, e não uma oportunidade de crescimento das exportações.

          1. Questão de tempo, e não de milagre

            Primeiro a substituição de parte das importações, o que correrá com a renovação dos estoques e dos contratos em vigor.

            No segundo momento virá o aumento das exportações, nos últimos anos em função da queda do dólar no Brasil houve um aumento da participação de produtos importados na economia de cerca de 13% para quase 25%.

            Com a atual correção da taxa de câmbio haverá uma substituição gradual de parte destas importações, o que vai possibilitar um aumento da produçáo industrial no Brasil.

            Também vai ocorrer um aumento das exportações, primeiro daqueles produtos que já estão inserido no mercado internacional, e depois com os produtos que se tornaram competitivos no mercado internacional em função do nova patamar da taxa de câmbio.

            O aumento da demanda provocado pela correção da taxa de câmbio, mais do que compensa a contração da demanda provocado pelo aperto fiscal e monetário.

            As exportações de produtos idustrializados  em 2014 de US$ 110 bilhões, com o dólar a R$ 2,00 representa R$ 220 bilhões

            Em 2015, caso ocorra uma queda de 10%, as exportações ficarão em torno de US$ 100 bilhões, com o dólar a R$ 3,00 representará R$ 300 bilhões.

            O mesmo vale paras as importações de manufaturados.

            Os dados do comércio exterior ainda refletem uma taxa de câmbio ao redor dos R$ 2,00, mais longo do ano veremos um aumento na margem das exportações e uma redução significativa das importações caso o dólar se mantenha acima dos R$ 3,00.

             

      2. Há capacidade ociosa, primeiro sempre os mais aptos.

        O NUCI está abaixo dos 80%, o que não exige investimentos para atender parte das importações, evidentemente os setores que precisarem de investimentos aguardarão mais para se confirmar o novo patamar de câmbio.

        O Governo presidido pelo Partido do Trabalhadores é um governo de conciliação, com recuos e avanços de acordo com correlação de forças da sociedade, mas comparado com 2002, ou com período de FHC estamos infinitamente melhor em relação ao nível de emprego, da renda, do patamar de trabalhadores com carteira assinada, e o consumo das famílias.

        Ainda em 2015, mantida o atual processo de correção da taxa de câmbio haverá um significativa recuperação da produção industrial, com um aumento do emprego com carteira assinada.

        anexo:

        Produção brasileira de aço bruto apresenta crescimento de 4,4% em abril
        15/05/2015 | Assessoria de Imprensa Instituto Aço Brasil

        A produção brasileira de aço bruto em abril de 2015 foi de 2,9 milhões de toneladas, alta de 4,4% quando comparada ao mesmo mês em 2014. Em relação aos laminados, a produção de abril, de 2,2 milhões de toneladas, apresentou queda de 2,7% quando comparada com abril do ano anterior.

        Com esses resultados, a produção acumulada nos quatro primeiros meses de 2015 totalizou 11,3 milhões de toneladas de aço bruto e 8,7 milhões de toneladas de laminados, aumentos de 1,6% e 2,5%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2014.

        Quanto às vendas internas, o resultado de abril de 2015 foi de 1,5 milhão de toneladas de produtos, queda de 14,1% em relação a abril de 2014. As vendas acumuladas em 2015, de 6,7 milhões de toneladas, mostraram queda de 7,5% com relação ao mesmo período do ano anterior. 

        Apesar das condições adversas do mercado internacional, as exportações de produtos siderúrgicos em abril atingiram 633 mil de toneladas, no valor de 361 milhões de dólares devido, principalmente, às remessas de semiacabados. Com esse resultado, as exportações até abril de 2015 totalizaram 3,4 milhões de toneladas e 2,1 bilhões de dólares, representando um crescimento de 29,1% em volume e um aumento de 9,2% em valor, quando comparados ao mesmo período do ano anterior. 

        No que se refere às importações, registrou-se em abril o volume de 436 mil toneladas (US$ 369 milhões) totalizando, desse modo, 1,4 milhão de toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano, alta de 15,2% em relação ao mesmo período de 2014.

        O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em abril foi de 2,0 milhões de toneladas, totalizando 8,1 milhões de toneladas no período de janeiro a abril de 2015. Esses valores representaram queda de 8,5% e 4,2%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos do ano anterior.

        Este cenário de indústria do aço e perspectivas será discutido com mais detalhe no painel “Indústria Brasileira do Aço – As grandes questões” do 26º Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 2015. O evento será realizado nos dias 12, 13 e 14 de julho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

        Mais informações no site http://www.acobrasil.org.br/congresso2015.

        URL:

        http://www.acobrasil.org.br/site/portugues/imprensa/noticias.asp?id=12253

  2. ‘Crise da economia brasileira tem mais de 30 anos’

    Para Wilson Cano, docente da Unicamp, a indústria brasileira perdeu competitividade com a adoção da política neoliberal a partir dos anos 1990.

    Carta Maior—-13/05/2015—Caio Zinet

    Unicamp

    O Brasil cresce mal desde meados dos anos 1980, a avaliação é do professor do Instituto de Economia da Unicamp, Wilson Cano. Para o docente, a indústria de transformação perdeu peso na composição da riqueza do país nos últimos 30 anos em decorrência da crise anos 1980 e da adoção de políticas neoliberais que diminuíram a autonomia do Estado brasileiro no manejo da política econômica.

    “A crise dos anos 1980 pegou pesado o Brasil porque perdemos o rumo da história e deixamos de pensar no longo prazo. A crise fiscal e financeira do Estado foi de tal profundidade que nos desestruturou fiscal e financeiramente. Nossa crise tem mais de 30 anos, não é uma crise que começou há 2 ou 3 trimestres. É uma crise estrutural que nos fez chegar no ponto em que estamos”, afirmou o professor durante debate organizado pelo Centro Acadêmico Visconde de Cairu na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA).

    Durante a década de 1980, os Estados Unidos elevaram a taxa de juros dos seus títulos de dívida pública. A maior taxa de retorno garantida pelo governo americano atraiu a atenção de diversos investidores no mundo que deixaram de alocar seus recursos em outros países.
    Como efeito, a taxa de câmbio brasileira se apreciou, o que diminuiu a capacidade de competição das exportações da indústria. Paralelamente a esse processo, o neoliberalismo se tornou uma política hegemônica no mundo com a desregulamentação do mercado financeiro, a abertura comercial das economias nacionais e as privatizações de empresas públicas.
     
    “Nos anos 1990 nós tivemos a introdução do regime de política econômica neoliberal no Brasil que teve um resultado desastroso. Queimamos entre 1995 e 2001, a bagatela de US$ 200 bilhões nas nossas contas externas o que mais que dobrou a nossa dívida externa . Crescemos um pouco mais do que nos anos 1980, contudo, os nossos indicadores macroeconômicos atingiram níveis cruéis principalmente porque afetaram uma coisa absolutamente fundamental na economia, em especial no capitalismo, que é a taxa de investimento e nós de lá para cá não recuperamos os nossos níveis de investimento médio”, afirmou Cano.

     
    Como parte da política neoliberal, o Brasil assinou uma série de compromissos internacionais que para o Cano tiraram a autonomia do país em manejar sua taxa de juros e de câmbio, fatores essenciais para garantir a competitividade e o desenvolvimento da indústria nacional.

    “O Brasil pode crescer mais? Eu diria que não se nos mantivermos atados a essa circunstância estrutural da ordem neoliberal. Simplesmente porque o país não tem como manejar a política de comércio exterior porque assinou acordos e termos com a Organização Mundial do Comércio (OMC), com Basileia, e prometeu manter a taxa de juros dita necessária”, afirmou.

    “Diante desses compromissos é impossível a qualquer dirigente nacional formular um plano nacional de desenvolvimento econômico. Eles serão um grande embusteio se disserem que mantidas essas condições externas e internas vão poder manipular a taxa de investimento e fazer com que a economia volte a crescer a taxas elevadas porque não pode. Não pode porque o Estado não controla nem a taxa de juros, nem o câmbio”, completou o docente da Unicamp.
     
    Para o professor, os governos petistas adotaram políticas importantes e “corajosas” de combate à desigualdade tais como o bolsa família e a politica de valorização do salário mínimo. Apesar disso, a economia continuou a ser regida pelos cânones do neoliberalismo.
    “Tivemos uma série de outras atitudes de ampliação de direitos sociais, tivemos mais fiscalização do Ministério do Trabalho que é responsável por um pedaço do aumento da formalização do emprego. Mas nos mantivemos dentro dos cânones centrais da ordem neoliberal: abertura comercial e a desregulamentação financeira. Essas são as duas questões chaves da política macroeconômica neoliberal”, concluiu Cano.
     
    Indústria
    A indústria brasileira foi a que mais sentiu os impactos das políticas neoliberais adotadas nos últimos 30 anos isso porque um dos principais efeitos dessa política foi a apreciação da moeda brasileira ante o dólar norte-americano.
    Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a participação da indústria de transformação no PIB cresceu vertiginosamente entre 1947 e 1985 saltando de 11,8% para 27,2%.
     
    Nos últimos 30 anos, entretanto, a indústria de transformação perdeu significativamente sua importância para a economia brasileira voltando quase ao patamar de 1947. Atualmente o setor responde por apenas 13% da riqueza gerada no país.
    Para o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), José Luis Oreiro, a apreciação cambial é o principal fator que explica a queda da importância da indústria para a economia brasileira. Isso porque uma moeda local forte torna as exportações menos competitivas e permite a entrada de importados a um preço mais barato.
     
    Ele chama atenção para o fato do crescimento da demanda por produtos nos últimos anos ter sido atendida em grande medida por indústrias de outros países em um processo que ele chama de “substituição de importação às avessas”.
     “De 2006 a 2013, o coeficiente de penetração das importações passa de cerca de 13% para quase 22% no último trimestre de 2013. Isso nos mostra que ocorreu no Brasil uma espécie de substituição de importações às avessas, ou seja, estamos substituindo produção doméstica por importações”, afirmou.
    Para o professor Wilson Cano, a perda de importância da indústria no PIB nacional é preocupante porque o segmento é um importante dinamizador de outros setores porque gera um progresso técnico que pode ser apropriado por outros segmentos da sociedade.

    “Na história do mundo só se desenvolveram países que tiveram dois propósitos fundamentais.Primeiro fazer uma profunda transformação do Estado nacional e através dessa transformação conduzir a política econômica no rumo do desenvolvimento. A segunda questão é que esse desenvolvimento quase que se pode traduzir em industrialização porque o progresso técnico está na indústria e não em serviços ou em agricultura”, afirmou.
     
    Para ele, o desenvolvimento da indústria tem impactos diretos sobre os outros setores porque a tecnologia desenvolvida pela e para a indústria acaba sendo utilizado por outros setores como serviços e agricultura.
     
    “A introjeção de progresso técnico na indústria não tem como beneficiário único e exclusivo a indústria, pelo contrário. Foi pela industrialização que a Inglaterra no século XIX pode modernizar toda a sua agricultura mecanizando o campo graça aos avanços que houve no processo de industrialização”, analisou Cano.
     
    Estado desestruturado
    Para o professor de economia da FEA-USP, Roberto Vermulm, a recuperação da indústria passa pela adoção de uma série de medidas macroeconômicas, mas também de políticas micro voltadas para atender segmentos específicos da indústria priorizando o desenvolvimento de setores com mais tecnologia.
    “Toda política industrial é por definição setorial porque os padrões de concorrência, de desenvolvimento tecnológico são diferenciados. A política industrial não pode ser a mesma para todos os setores e mais do que isso ela também tem hierarquia. Existem setores mais importantes que outros. Não vou dizer que uma indústria eletrônica tenha a mesma importância numa política de desenvolvimento do que uma que é receptora de progresso técnico como a têxtil”, afirmou.
    O docente acredita que o Estado tem um papel crucial para fazer a indústria recuperar sua força. Ele, entretanto, não está otimista porque acredita que o desmonte do Estado promovido ao longo dos últimos 30 anos tirou parte da capacidade de atuação.
     
    “A minha visão é pessimista porque existem desasjustes de natureza macro, que é condição necessária, mas não suficiente para retomada do desenvolvimento industrial. Nesse momento o estado seria fundamental, mas ele não está preparado, o Estado está desestruturado. Repensar o futuro implica em um reposicionamento político e institucional”, afirmou.

    URL:

    http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/-Crise-da-economia-brasileira-tem-mais-de-30-anos-/7/33486

  3. No meio do túnel é o caos…

    e no fim do túnel também ?

    É isso ?

    Quem é que vai convencer o técnico a desenhar o segundo tempo do jogo, então.

    Me diga !

  4. Cachorro que tem dois

    “Fazenda e BC estão recorrendo à retórica do caos para aprovar as medidas, expediente que funcionava bem nos velhos tempos da hiperinflação”. Bingo, isso soa como música nos ouvidos dos banqueiros agiotas. E a presidente continua muda, quando fala parece que está tentando secar uma barra de gelo com pano quente. É uma loucura. Todo mundo fala e ninguém se entende. Já diria o dito popular: cachorro que dois donos morre de fome.

  5. Pátria Educadora

    Aristóteles/Paulo Freire o inverso proporcional de Houdini/Mandrake (tirante o Mandrake de Rubem Fonseca, que tem aos bortotões dentro dos salões do judiciário). Quanto não custou ao erário essa catchword “Pátria Educadora”.

  6. A economia para crescer exige

    A economia para crescer exige liderança apontando caminhos. O mesmo lider do ajuste precisa ser o guia do crescimento. No hoverno JK esse papel era do proprio Presidente, nos governos militares era de Roberto Campos e Delfim.

    A liderança do crescimento exige um animador, um personagem que transmita confiança e otimismo, há que ser um ator

    que maneja os instrumentos psicologicos, seja inspirador como um ator de novela. Roosevelt tinha um enredo para tirar os Estados Unidos do buraco da recessão. Delfim sempre foi um grande ator-animador, jogava com os episodios, virou personagem do Jo Soares, os humoristas do Pais se encarregavam de mimetiza-lo, Roberto Campos era um grande persoagem na figura de Bob Fields, até seus maiores detratores admiravam sua inteligencia e criatividade, construi no Brasil o Banco Central, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço,  o crédito imobiliario, o financiamento de veiculos, leis fundamentais que até hoje são instrumentos de organização da economia. Suas memorias LANTERNA NA POPA, de 1.400 paginas parecem um romance, Campos virou um ícone de uma certa visão de mundo, era um pioneiro da globalização antes que ela existisse, gostava de cinema e de artes plasticas, era mais humanista do que técnico.

    Hoje não temos esse animador de auditorio, o Ministro Nelson Barbosa não mostra a cara, Levy mostrou a que veio e não é para fazr o Brasil crescer, não há no Governo nenhuma sinalização de um futuro promissor, não há uma mensagem clara de que estamos apertando agora para chegar em 18 meses em uma caminho que aproveite o potencial de recursos natutais e humanos do Pais para que ele cresça e chega a bom porto. Ajustar por ajustar não inspira ninguem, o clima de crescimento mesmo que longinquo precisa ser desenhado na parede porque sem isso não haverá empreendimentos e investimentos, os estrangeiros vão se limitar a comprar titulos de renda fixa, o que não faz o Pais crescer, os nacionais vão lutar para manter o que tem, sem criar riqueza nova.

    Esse programa faz lembrar o Ministro da Fazenda Joaquim Murtinho, do começo do Seculo XX que congelou o Pais em formol, era sua visão de economia, cortar e congelar, evidentemente não chegou a lugar nenhum.

    Tres controllers de planilha, Levy, Barbosa e Tombini, estamos bem arranjados.

     

  7. Quem nunca administrou crises

    Um governo que nunca administrou crise e está acostumado a surfar na onda do crescimento mundial não serve mesmo para lidar com os problemas que ele mesmo criou. Cadê o Nacional Desenvolvimentismo do PT e da louca Maria Conceição Tavares? Ah, se esta turma tivesse herdado do FHC o que ele herdou do governo Color! O Brasil já teria quebrado de vez, porque ideia neste governo não tem nem para remédio.

    1. O governo FHC aconteceu pelo

      O governo FHC aconteceu pelo governo Collor, afinal o Itamar estava dentro do período para que o “impixado” foi eleito. Ha relatos que tanto a turma do PSDB quanto o Mercadante elogiavam nos bastidores a coragem da equipe da Zélia em fazer o que eles achavam necessário e nem podiam falar em público. Gente como André Lara Resende já conversava com a àrea economica da época sobre o próximo passo que seria a base do Plano Real. O FHC teve mérito em levar adiante e junto com seu partido bancar politicamente. Mesmo que na implementação não estivesse mais lá, foi graças a isso que logo depois conseguiu sua eleição à presidência.

    2. A maior crise estrutural do capitalismo em mais de 70 anos

      Além da crise politica de 2005/2006, quando quase todos acharam que o PT e Lula seriam entrerrados nas eleições de 2006,o Governo do Partido do Trabalhadores enfrentou a maior crise estrutural do capitalismo em 2008 após a quebra do Lehman Brothers.

      Em 2011 quando quase todos apostavam na recuperação da economia mundial, ocorreu um aprofundamento da crise econômica internacional com o risco de colapso do euro.

      Em 2014 ocorreu o início da revisão da política monetária nos EUA que provocou um novo gigantesco deslocamento de capital nos mercados internacionais.

      Em nenhum destes momentos o Brasil precisou ficar de joelho na porta do FMI,muito menos enfrentou o inferno da recessão e do desemprego como em governos anteriores.

      1. Suas crises são marolinhas

        perto do que foram as crises dos anos 90. Os outros países emergentes não sofreram tanto como o Brasil sofreu e está sofrendo. Foi preciso apelar para artifícios onde a Petrobrás teve que se descapitalizar para pagar a incompetência do governo do PT na administração da economia. É só ver o prejuízo que a empresa vinha tendo com a manipulação dos números da inflação quando os preços da inflação da baixa renda explodiam, mas a inflação global era mantida abaixo de 7% graças ao represamento do preço dos combustíveis e da energia elétrica, o que quebrou o setor elétrico também e a conta está aí para ser paga com inflação e desemprego após as eleições.

      2. Pura balela.  Pesquise e leia

        Pura balela.  Pesquise e leia mais. 

        Na era FHC (que realmente houve muito arrocho), a tonelada métrica de ferro que a Vale exportava custava US 12.00. No governo Lula passou de US$ 140 e chegou a US 180.00 no governo Dilma.

        Além do preço ter subido muito, a  quantidade exportada para China também disparou.  Aí veio uma enxurrada de dólares para o Brasil.

        As taxas de juros externas (Libor por exemplo) girava em torno de 5% a 6% ao ano na era FHC. Na era Lula os juros externos ficaram próximos a 2% a.a. 

        Durante a crise de 2008, todos os bancos centrais do primeiro mundo baixaram a zero os juros. Aí ficou fácil para o Brasil superar a grande crise. No governo FHC isso nunca aconteceu!!! 

        Por isso é que não foi preciso recorrer ao FMI. Com tanto dinheiro barato jorrando no mundo.

        Nunca votei em FHC, mas Lula ou DIlma jamais governaram num período tão ruim quanto o de FHC ou do Collor. 

        Agora que os preços das commodities começaram a cair (para desespero do atual governo), aquele surrado discurso de país maravilhoso está virando água.  

        Suria

         

      3. Pura balela.  Pesquise e leia

        Pura balela.  Pesquise e leia mais. 

        Na era FHC (que realmente houve muito arrocho), a tonelada métrica de ferro que a Vale exportava custava US 12.00. No governo Lula passou de US$ 140 e chegou a US 180.00 no governo Dilma.

        Além do preço ter subido muito, a  quantidade exportada para China também disparou.  Aí veio uma enxurrada de dólares para o Brasil.

        As taxas de juros externas (Libor por exemplo) girava em torno de 5% a 6% ao ano na era FHC. Na era Lula os juros externos ficaram próximos a 2% a.a. 

        Durante a crise de 2008, todos os bancos centrais do primeiro mundo baixaram a zero os juros. Aí ficou fácil para o Brasil superar a grande crise. No governo FHC isso nunca aconteceu!!! 

        Por isso é que não foi preciso recorrer ao FMI. Com tanto dinheiro barato jorrando no mundo.

        Nunca votei em FHC, mas Lula ou DIlma jamais governaram num período tão ruim quanto o de FHC ou do Collor. 

        Agora que os preços das commodities começaram a cair (para desespero do atual governo), aquele surrado discurso de país maravilhoso está virando água.  

        Suria

         

  8. O governo Dilma é

    O governo Dilma é extremamente submisso aos interesses dos investidores. Basta um colar de tomates no pescoço de uma apresentadora de TV para subir a taxa de juros para o maior patamar dos últimos anos, transferindo bilhões do setor produtivo, da saúde, educação, segurança, transporte, previdência para pagar os improdutivos rentistas/sanguessusas. O VERDADEIRO ajuste fiscal seria hoje no Banco Central reduzir a Selic para 9%a.a. numa paulada só, deixando os especuladores tontos e desnorteados. Sem uma inflexão drástica na política monetária, o governo Dilma pode se tornar um dos mais medíocres da história.

  9. Produção brasileira de aço bruto apresenta crescimento de 4,4% e

    15/05/2015 | Assessoria de Imprensa Instituto Aço Brasil

    A produção brasileira de aço bruto em abril de 2015 foi de 2,9 milhões de toneladas, alta de 4,4% quando comparada ao mesmo mês em 2014. Em relação aos laminados, a produção de abril, de 2,2 milhões de toneladas, apresentou queda de 2,7% quando comparada com abril do ano anterior. 

    Com esses resultados, a produção acumulada nos quatro primeiros meses de 2015 totalizou 11,3 milhões de toneladas de aço bruto e 8,7 milhões de toneladas de laminados, aumentos de 1,6% e 2,5%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2014.

    Quanto às vendas internas, o resultado de abril de 2015 foi de 1,5 milhão de toneladas de produtos, queda de 14,1% em relação a abril de 2014. As vendas acumuladas em 2015, de 6,7 milhões de toneladas, mostraram queda de 7,5% com relação ao mesmo período do ano anterior. 

    Apesar das condições adversas do mercado internacional, as exportações de produtos siderúrgicos em abril atingiram 633 mil de toneladas, no valor de 361 milhões de dólares devido, principalmente, às remessas de semiacabados. Com esse resultado, as exportações até abril de 2015 totalizaram 3,4 milhões de toneladas e 2,1 bilhões de dólares, representando um crescimento de 29,1% em volume e um aumento de 9,2% em valor, quando comparados ao mesmo período do ano anterior. 

    No que se refere às importações, registrou-se em abril o volume de 436 mil toneladas (US$ 369 milhões) totalizando, desse modo, 1,4 milhão de toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano, alta de 15,2% em relação ao mesmo período de 2014.

    O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em abril foi de 2,0 milhões de toneladas, totalizando 8,1 milhões de toneladas no período de janeiro a abril de 2015. Esses valores representaram queda de 8,5% e 4,2%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos do ano anterior.

    Este cenário de indústria do aço e perspectivas será discutido com mais detalhe no painel “Indústria Brasileira do Aço – As grandes questões” do 26º Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 2015. O evento será realizado nos dias 12, 13 e 14 de julho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. 

    Mais informações no site http://www.acobrasil.org.br/congresso2015.

    URL:

    http://www.acobrasil.org.br/site/portugues/imprensa/noticias.asp?id=12253

    1. Mão de obra

      A indústria de aço bruto é uma das mais intensivas em capital no mundo, a mão de obra no setor é irrisória. Além disso, como o próprio artigo cita, o aumento de produção ocorreu exclusivamente graças às exportações, uma vez que o consumo aparente local caiu mais de 8% no quadrimestre com relação ao mesmo período do ano passado, uma queda brutal.

      Ou seja, a indústria voltada para o mercado local, essa sim geradora de empregos, está afundando e a tendência é piorar graças à política econômica do governo.

      Infelizmente não vejo nenhum sinal positivo na economia, e os próximos meses tendem a ser catastróficos.

      1. Os impactos do câmbio virão nos próximos trimestres

        As exportações de produtos idustrializados  em 2014 de US$ 110 bilhões, com o dólar a R$ 2,00 representa R$ 220 bilhões

        Em 2015, caso ocorra uma queda de 10%, as exportações ficarão em torno de US$ 100 bilhões, com o dólar a R$ 3,00 representará R$ 300 bilhões.

        O mesmo vale paras as importações de manufaturados.

        Os dados do comércio exterior ainda refletem uma taxa de câmbio ao redor dos R$ 2,00, mais longo do ano veremos um aumento na margem das exportações e uma redução significativa das importações caso o dólar se mantenha acima dos R$ 3,00.

         

  10. Nassif x Mantega

     

     

      O Nassif e a sua crítica contumaz ao Mantega. O Mantega deve ser muito ruim. Só  o Lula e a Dilma não enxergaram !

     Ou o Nassif é o Pelé dos comentaristas e tem solução para tudo e quer fazer um Brasil ideal., onde todos ganhem e nada custa, Todos querem hospitais de 1o  mundo grátis ( existem onde ?) sem impostos, todos querem escolas maravilhosas sem impostos.

     O Delfin, o Beluzzo, o Bresser e outros que opinam aqui no blog  nunca mostraram uma “incompetência”do Mantega.

    Reclamamos demais ! Não aceitamos que a vida é dinâmica e que muitas vezes temos que aceitar o não previsto.

    A nossa vida em família é similar. Temos que comer sapos, aceitar malfeitos de filhos e continuar a gostar deles, temos que conviver com vizinho que pensa diferente de nós.Quando o elevador pifa, temos que subir a escada…ficar reclamando que o técnico deveria dar uma de  mãe Ddinah não vai fazer o elevador subir.

    Este é o Nassif que culpa o Mantega por não ser profeta e prever  que a crise mundial, depois de 6 a 7 anos, nos atingiria.

    Criticar, criticar, criticar   só torna o astral baixo e ambiene ruim gera ódio,  e o ódio mata !

    A economia mundial desde 2006 está ruim e estorou em 2008 – o Lula e o Mantega tornaram-na uma marolinha e o Brasil cresceu, o povão melhorou.

    A crise mundial continua  e nós estamos pegando rebarbas e necessitando de ajustes—–e aí é culpa do Mantega, do Lula e da Dilma. O Aécio daria um show de brasilidade !.

    Temos que parar de ser vira-lata e pensar grande, O PHA deu uma entrevista com pérolas como:

    – o Brasi é um dos cnco países que tem gente, área, por enquanto a mata amazônica, água, vento, PETRÓLEO em ABUNDÂNCIA ( o Lula acreditou no pré-sal, o FHC na PETROBRAX), minerais raros, urânio, minério, um bom PIB, indústrias, escolas, universidades, não tem guerras internas ( a não ser coxinhas x PT), terrorismo ( a não ser o da Globo e Veja ), não tem terremotos, maremotos, tem multidiversidade racial.

    – economia é pontual e é mandada e direcionada por banqueiros, que não suportam ver o pobre deixando de ser pobre, e assim evitando pagar juros extorsivos para suprir a vida.

    – ninguëm discute a cisterna dágua para os carentes, que vai melhorar a  saúde e amenizar a ida aos hospitais públicos.

    – ninguém discute como economizar água , como economizar energia elétrica: chuveiros elétricos menos potentes, energia solar, energia eólica,…..preferem reclamar do absurdo aumento da conta elétrica por conta das termoelétricas que evitam um racionamento. Reclamar é melhor do que agir e propor mudanças comportamentais.

    – O PT é paulista, o presidente do PT é paulista….todos amigos de coxinhas.

      O PT paulista, se continuar calado, medroso, omisso….vai acabar. Infelizmente, o lado social e humano trazido pelo Lula, CUT,e sindicatos estão indo para o espaço .  O PT tem que pensar Brasil e Barsil não é só SAMPA !

    Todas as mudanças geram desconfortos e os coxinhas não querem isso- tá tudo azeitado: pegam grana e benesses governamentais ( vide o Dória com o Alkmim e FHC) e arrumam padrinhos políticos para nunca perderem esta boquinha e se a economia muda,  a culpa e prejuízo vão para o Mantega e PT.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    1. Interessante sua colocação

      Olhando pelo seu ponto de vista, realmente é tudo tranquilo demais. É, pela sua lógica, melhorar de vida significa mudar de classe social e ao mesmo tempo aceitar pagar mais impostos (os mais altos do mundo), aceitar que a crise mundial é tão longa quantos os 500 anos do Brasil…reclamar significa despresar tudo. A sua marolinha, custou a quebra da indústria nacional e a balança comercial que se tornou cada vez mais desvavorável…masia isso não é nada…não é. Você fala em banqueiros e não se lembra que sobre a gestão Lula e Mantega os lucros dos brancos foram a estratosfera. Que isso….os banquerios hoje são vilões, assim como a insdústria o a chapeuzinho vermelho. O mundo é cíclico, todos sabemos disso, mas não quero pagar a conta pq pessoas como o senhor não sabem aceitar os erros. mantega errou e muito…para manter a sua marolinha, teremos que pagar mais…Acha normal uma pessoa receber 3.000 reais de salário bruto e pagar quase 500 reais de IR por mês? Claro…500 reais é uma marolinha. Tenha dó.

  11. o único períodp que deu certo

    infelizmente, o único período em que a economia lullopetista deu certo foi quando paloci seguia a cartilha do psdb, que era pouco voltada para a produção.

    mas é curioso ver o nassif agora criticar os rumos da economia que tanto defendeu…

  12. Campanha.

    O ajuste que está sendo proposto, em torno de 1,2%, é muito, mas muito menos drástico do que aqueles qe o FMI obrigava. Já ocorreu de fazerem superávites de 4,5% do PIB! E isso quando a política social era só de vitrine!

    Mesmo a oposição, pela voz do Armínio Fraga, já declarou pra quem quisesse ouvir que eles fariam um de 3%. Não é à toa que seus parlamentares já mandaram projetos contra o presal e votaram em peso pelas terceirizações como “sinalização para o mercado” e demais forças golpistas e entreguistas.

    Medidas anticíclicas não são eternas. O governo abriu mão de receitas. Os empresários cruizaram os braços por causa da campanha eleitoral. Está na hora, portanto, de o governo recompor suas receitas, por um lado, e de a campanha eleitoral ser desmascarada.

    O resto é histeria.

  13. Putz que estrago!

    Meus parabéns ao governo liderado pelo PT. Mantega era o ministro desde o começo do governo! E, claro, que não fez todas as coisa sozinho, afinal quem manda é o chefe dos ministros. O PT não sabe administrar. Conseguiram destruir a tranquilidade que haviamos conquistado. Pobre próximo governo, que herdará toda essa herança maldita, seja ele quem for.

  14. Resumindo

    A culpa é do PT e só dele os outros partidos não estão atuando no cenário para contribuir, com a melhora da situação atual, berrar repetir frases já basta.A questão é o conceito de democracia que não é aceita pela oposição,por isso reclamar basta, o parlamentarismo é o melhor caminho para a solução das mazelas nacionais, para o bloco do quanto pior,melhor(DEM,PSDB , etc.).

  15. Por que ainda se fala em Dilma?

    O atual governo não tem competência para entender as sutilezas da ciência econômica.

    Vão apenas majorar as alíquotas do PIS e do Cofins, alegando necessidades sociais.

    Quanto ao corte no orçamento, serão cortadas verbas para obras no norte e no nordeste, já que aqui no sul muito pouco se tem feito em termos de obras nos últimos anos. A saude, dispensa comentário, nem há mais o que cortar. A educação vai voltar para o foco no ensino elementar. Mas continuaremos tendo que aturar uma caríssima e ineficiente máquina judiciária, assim como teremos a carga de sustentação da classe parlamentar e dos inúmeros e desnecessários funcionários da burocracia pública.

    A meu ver, a única notícia que aqueceria o mercado agora é o impedimento de Dilma. Embora o PMDB não faça mais do que brigar por cargos note-se que foi em tempos de PMDB que surgiram os planos econômicos que deram certo. São vendidos, mas sabem fazer política.

  16. Me desculpe Nassif, mas o
    Me desculpe Nassif, mas o Mantega foi o maior ministro da economia que o Brasil já teve. Sabe porquê? Porque sempre se preocupou prioritariamente com os empregos dos brasileiros. Se ele errou ? Pode ser, mas me diga quem sempre acerta ?

    1. Paulo Bastos e MRE estão

      Paulo Bastos e MRE estão cobertos de razão e suspeição ao aventarem que seu Nassif tem um caso econométrico com doutor Mantega, tamanha é a pegação crítica vexatória à política econômica desonerativa movida à pedaladas criativas do governo Dilma-Mantega.

      morro de medo! (e de vergonha) ao imaginar seu Nassif cruzando com doutor Mantega num desses restaurantes $$$$$$$$$$$ estrelados dos poderosos da elite paulista, ou melhor, nacional.

      se conheço um pouco do brioso do seu Nassif, ele não irá se conter e muito menos será contido pelo circo traje gordo ao redor dos modos à mesa mais as indefectíveis insiders barbaras sempre no lugar certo na hora errada, como testemunhas míopes dos acontecimentos da elite de mando quando no seu trivial repasto gourmet….

      …. ESCÀNDALO ANUNCIADO!

  17. um sonho intenso: desenvolvimento e industrialização do Brasil

    após uma entediante e burocrática série de comentários com estatísticas e projeções claramente descontextualizadas mas pretensamente otimistas em relação a economia brasileira, surpreendo-me com a reprodução das declarações de Wilson Cano.

    não importa quão longe se possa ir na obsessão em torturar o números para se obter a estatística mais favorárel a a tese que desejosanente se pretende comprovar. ninguém se engane: a equação da crise brasileira é simples, muito embora de complexa solução.

    ou seja: num Brasil de economia com baixo crescimento, estagnada ou em recessão (com FHC, Lula ou Dilma a média é deprimente) os bancos exibem aumento recorde de lucro líquido declarado. o segmento produtivo, seja na ponta do trabalho ou do capital, é drenado para alimentar os ganhos absurdos do setor financeiro.

    se o governo, a sociedade, os empresários e os trabalhadores não enfrentarem esta questão, tudo o mais será muito barulho por irrelevâncias. 

    confesso: não tenho esperança. os cegos falam de uma saída. vejo. após os erros terem sido usados como última companhia, à nossa frente senta-se o Nada.

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  18. um sonho intenso: desenvolvimento e industrialização do Brasil

    após uma entediante e burocrática série de comentários com estatísticas e projeções claramente descontextualizadas mas pretensamente otimistas em relação a economia brasileira, surpreendo-me com a reprodução das declarações de Wilson Cano.

    não importa quão longe se possa ir na obsessão em torturar o números para se obter a estatística mais favorárel a a tese que desejosanente se pretende comprovar. ninguém se engane: a equação da crise brasileira é simples, muito embora de complexa solução.

    ou seja: num Brasil de economia com baixo crescimento, estagnada ou em recessão (com FHC, Lula ou Dilma a média é deprimente) os bancos exibem aumento recorde de lucro líquido declarado. o segmento produtivo, seja na ponta do trabalho ou do capital, é drenado para alimentar os ganhos absurdos do setor financeiro.

    se o governo, a sociedade, os empresários e os trabalhadores não enfrentarem esta questão, tudo o mais será muito barulho por irrelevâncias. 

    confesso: não tenho esperança. os cegos falam de uma saída. vejo. após os erros terem sido usados como última companhia, à nossa frente senta-se o Nada..

    1. Roberto São Paulo-SP 2015 vê o futuro você se atém ao presente

       

      Arkx (domingo, 17/05/2015 às 15:58),

      Parece que você andou afastado do blog durante muito tempo. Vejo que você não mudou. Nós não mudamos. Vou transcrever um post publicado aqui no blog de Luis Nassif a partir de comentário seu, mas de seis anos atrás. Trata-se de “Pensando o futuro” de quinta-feira, 21/05/2009 às 14:48, e que na época poderia ser visto no seguinte endereço:

      http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/05/21/pensando-o-futuro/

      E no post você disse o seguinte (Coloquei letra maiúscula no início das frases o que não era do seu feitio e continua não sendo):

      “Para seguir no rumo do desenvolvimento com inclusão social é preciso evitar que a pauta das eleições de 2010 seja capturadas pela infinita oposição binária e simplista entre lulistas e anti-lulistas.

      É preciso trazer ao primeiro plano da agenda de 2010 um projeto estratégico nacional para o Brasil do século XXI, dentro da perspectiva aberta pela atual crise global.

      O próprio destino parece conspirar neste sentidos, ao trazer para uma disputa que parecia estar definida entre Dilma e Serra o fator da incerteza e as questões da complexidade.

      Para assumir seu papel de grande player internacional, o Brasil necessariamente passará por um processo de amadurecimento – o que inclui o país, a sociedade, as instituições, as empresas, os partidos políticos, os movimentos sociais e cada um de nós.

      Precisamos assumir nosso destino de grande nação, compatível com nosso território, nossos recursos naturais, nossa população e a riqueza e o vigor de nossa cultura.

      Já não mais cabem visões estreitas do mundo e da realidade política reduzindo a pauta a um perene confronto entre os que apóiam e os que se opõe a Lula.

      Se não se trata de um retorno ao neoliberalismo tucano, precisamos também, definitivamente, que o Brasil avance para o pós-Lula.

      Não mais podemos deixar de reconhecer a contradição fundamental que bloqueia o desenvolvimento brasileiro: o BC de Meirelles.

      Não mais podemos nos omitir frente ao crime organizado que se imiscuiu nos três poderes e é hoje o principal fator de desigualdade e injustiça neste país, tão obscenamente simbolizado pelo STF de Gilmar Mendes.

      Nossa chance está em nossas mãos. cabe a nós não deixar que ela se perca por entre nossos dedos”.

      E como eu disse, nós não mudamos, continuamos os mesmos. Assim transcrevo um comentário que eu enviei para você quinta-feira, 21/05/2009 às 19:38, lá no post “Pensando o futuro”. Disse eu lá (Com correções de praxe de português):

      “Arkx,

      Há um texto muito bom do Idelber Avelar que trata da questão do binarismo na política em que ele levanta algumas teses interessantes. Uma delas diz que “a crítica ao binarismo é feita do ponto de vista de um dos termos do próprio binarismo”. E a outra é que “não existe binarismo em que não esteja embutida também uma hierarquia, uma violência, uma exclusão”.

      O post é “A crítica ao Fla x Flu como uma cortina de fumaça do nosso tempo” de 11/05/2009 e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.idelberavelar.com/archives/2009/05/a_critica_ao_fla_x_flu_como_uma_cortina_de_fumaca_do_nosso_tempo.php

      Espero que você não se inclua em nenhuma dessas duas teses.

      Penso, entretanto, que o binarismo que lhe está amedrontando parece mais presente na internet, que é um mundo ainda diminuto. Em minha opinião não sei até que ponto pode-se temer, como você o expressa de início, que “a pauta das eleições de 2010 seja capturada pela infinita oposição binária e simplista entre lulistas e anti-lulistas”. Ainda que se considere que os lulistas sejam únicos, os anti-lulistas são plúrimos. Enfim, não é um binarismo e se for não é simplista. E querer que caminhemos todos juntos ainda fica na faixa da utopia. Numa sociedade com Estado esta idéia de se ajuntar, de se fazer o pacto, lembra um pouco o fascismo intelectual italiano.

      Você quer trazer para a realidade brasileira um projeto estratégico pertinente ao Séc. XXI, dentro da perspectiva da crise global. Bem, no meu entendimento, o Séc. XXI ainda será o século do capitalismo. O modelo será o que se tem com os aperfeiçoamentos possíveis.

      Provavelmente o capitalismo estará neste Séc. XXI nos estertores, se ele não for capaz de se manter com outra face e outro jeito. Não imagino que um outro modelo econômico (O de Nicholas Georgescu-Roegen, por exemplo) venha acontecer ainda nesse século, mas deverá ser imperativo no próximo século. E ai é certo que substituirá o capitalismo, a menos que a maleabilidade e flexibilidade do capitalismo ainda o habilite a uma sobrevida no século seguinte.

      Para o Brasil, entretanto, não há um outro caminho. No ano passado quando se estava discutindo sobre Doha, o holandês Hans Bintje que sempre traz umas contribuições interessantes aqui para o blog do Luis Nassif lembrou um artigo de José Luís Fiori intitulado “A turma do “deixa disso”” publicado no Valor Econômico de 23/05/2007 que mais ou menos previa qual seria a nossa parte no butim. E é melhor que seja assim. Não devemos temer em ser pequenos. Não deve o Brasil ter mania de grandeza.

      A disputa entre Serra e Dilma é a disputa dos sonhos para a esquerda. Li no blog do Idelber Avelar alguém criticando o PT por correr o risco de com Dilma ter a candidatura mais à direita dentro dos possíveis candidatos. Como disse Darcy Ribeiro, vice de Brizola em 1994, não sabendo quão ruim seria FHC nos anos seguintes, a disputa Lula x FHC era um luxo (Precisava acrescentar para ele que era um luxo de esquerda). Quem deve se preocupar é a direita

      E por fim, BC do Meirelles? Seu nome parece mais de um gaulês, Asterix, não tem nada de inglês. Deixa essa história de falar no BC do Meirelles, pelos que não sabem que Henrique Meirelles é presidente do Banco Central para inglês ver, e se você vê assim é porque ou você é inglês ou se toma por tal”.

      E como me parece que você ficou muito tempo afastado deixo algumas informações que talvez você desconheça. O Luis Nassif bandeou para a oposição. Agora só faz post para criticar a presidenta Dilma Rousseff, o Banco Central e a política liberal de Joaquim Levy ou então para falar do impeachment. Corrijo, o Luis Nassif ainda não mudou porque o Roberto São Paulo-SP 2015 tem feito um esforço enorme de esclarecimento e ainda o segura do lado de cá.

      Sim quem impediu esta fuga do Luis Nassif foi o Roberto São Paulo-SP 2015, o mesmo que você diz que fez uma “entediante e burocrática série de comentários com estatísticas e projeções claramente descontextualizadas, mas pretensamente otimistas em relação a economia brasileira”. Menos mal se compararmos ao que disse o Claudio C que em comentário de segunda-feira, 18/05/2015 às 10:06, acusou o Roberto São Paulo-SP 2015 de assemelhar-se a um robozinho “que claramente tenta acobertar o óbvio por ter interesse próprio ou por burrice mesmo” e de ter um “comportamento que não agrega nada a discussão” e de ser um “pobre coitado se acredita que consegue mudar a opinião de alguém minimamente esclarecido”.

      Enquanto lia o comentário de Claudio C eu pensava que havia ali um tanto de inveja pelo fato de Roberto São Paulo-SP 2015 está do lado de cá e não do outro lado. É uma inveja, mas não há na inveja um desiderato. Não há porque a oposição querer contar com a ajuda de Roberto São Paulo-SP 2015. O trabalho dele é de esclarecimento para o qual não precisa de título. A oposição precisa da escuridão para sobreviver e utiliza os títulos que carrega para obnubilar o entendimento de mesmos os que se acham mais esclarecidos.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 18/05/2015

      1. em consideração

        Clever,

        note como o comentário de 2009 é extremamente atual. tanto é que vc mesmo o resgatou. note tb como todos os meus comentários daquela época, e mesmo os bem anteriores, ainda são atuais. então, por que eu haveria de mudar?

        além do mais, note como todo o cenário e desdobramentos colocados por mim em 2009 se confirmaram, algo que não me deixa nem um pouco gratificado.

        ainda dá tempo de superar o Alzheimer político, só que nem o Governo, nem o PT e nem os que se auto-iludiram com o Lulismo irão fazer isto. vai ser preciso ainda descermos mais fundo no poço.

        arquivemos este comentário: 19/05/2015. faço votos que desta vez eu me surpreenda e esteja equivocado.

        .

  19. Nassif e demais, boa tarde de

    Nassif e demais, boa tarde de domingo para todos.

     

    Caro jornalista, vamos combinar né.

    Sabemos que a análise econômica não passa de uma ferramenta,  um instrumento, ou melhor ainda, um esconderijo dos interesses em jogo 

  20. Vamos responder a seguinte

    Vamos responder a seguinte pergunta de forma clara:

     

    Qual será o PACTO POLÍTICO em formação no Brasil nos dias atuais?

  21. A fábula dos porcos assados.

    Não existe crescimento sem consumo. Portanto, crescer economicamente significa consumir mais. Por quê? Simples. Imagina que na indústria da construção civil, a que mais emprega no Brasil, aconteça um fato que para os sem teto seria maravilhoso e para os trabalhadores desastroso; o fato é: todos os brasileiros teriam casa. O governo num passe de mágica daria casa para todos através de financiamentos ultra baratos e então o sonho de milhões e milhões de brasileiros se realizaria. Na contrapartida, não haveria mais emprego na construção civil e então milhões e milhões de brasileiros ficariam sem emprego. Nassif está correto, a economia é uma engrenagem mega blaster sensível. Um parafuso que se mexe errado e o efeito dominó vira tudo de cabeça para baixo. Veja a Petrobrás. Imagina só o que ela movimenta da economia nacional de empregos diretos e indiretos. É assustador. Se amanhã o petróleo fosse substituído por outra fonte de energia, como ficariam os milhões de empregos deste ramo? Um caos. Como remanejar milhões de trabalhadores para outros setores? Isto leva muito tempo, tempo demais. Quando se mexe na economia a DOSE tem de ser milimetricamente perfeita ou consequências virão e na atual crise moral e econômica pela qual passamos ninguém vai querer sair perdendo e assim: protestos, protestos e mais protestos. O país vai virar um inferno. Todo mundo vai atacar todo mundo e no fim, bem no fim, só Deus sabe.  Se você quer entender bem o que o Nassif está querendo dizer procure o texto: A fábula dos porcos assados. (http://www.maisbelashistoriasbudistas.com/porcos.htm). 

    1. Desculpe me caro cidadão

      Desculpe me caro cidadão debatedor mas não há como concordar com sua tese de que a tal de economia não aceita quebra de engrenagem, digamos assim. Isso porque tudo é possível nessa vida. Nem mesmo a ciência natural, que se dizia absoluta,  suportou o relativismo do tempo c/c com a velocidade da luz. Portanto, desculpe me mas se todas as pessoas , num passe de mágica, viessem a conquistar a sua parte que lhe cabe nesse latifúndio, mudaria se o status quo ante. Tudo de desmancharia no ar e novas forças sociais e econômicas entrariam em ação.  

  22. Dilma vs Lula

    Lula foi ótimo Governante. Dilma está sendo péssima.

    A diferença são os Juros Selic. Lula abaixou; Dilma subiu.

    A esta altura, realmente não resta muita esperança que Dilma vá mudar de opinião, até porque parece não ter capacidade de entendimento para tanto.

    O negócio é esperar 2018, e evitar votar em PT, ou PSDB, tanto quanto for possível para presidência. PT a rigor, só se o Lula voltar.

     

    1. Henrique Meireles

      Você esqueceu dele?

      Foi ele que manteve os juros altos quando o mundo fazia juros negativos, em plena crise.

      Você esqueceu também o tombo que o Tombini deu nos juros no início do Governo Dilma 1, e que deixou o rentismo de cabelo em pé.

      ‘Capacidade de entendimento’ é muita Psicologia (da Aprendizagem) pra uma parca teoria política.

  23. Cadê a política?

    Nassif trata isoladamente da política econômica, e sua análise é impecável. Fica nos devendo, para um próximo artigo quem sabe, a abordagem da política política, que é quem comanda as opções da política econômica, que jamais é independente dela, por mais gerencial e apolítico possa se pretender algum governo. O simples ato de entregar a política monetária aos zeros à esquerda do BC é uma opção essencialmente política.

    Lula terceirizou a condução da política monetária ao mercado financeiro, partindo, supõe-se de uma opção política: manter a bolsa juros de modo a neutralizar a ação dos mercadistas contra seu gov. de modo a poder implantar a sua histórica política de integração social. Mas isso são águas passadas, que não movem moinhos. No primeiro mandato, Dilma surfou no resto da onda que a integração social ocasionou. Mas essa onda, como as da praia, foi morrendo, e parece já ter terminado. Dilma não a substituiu por outra onda, que desse sustentação ao seu segundo mandato.

    Neste, não só manteve terceirizada a política monetária, como terceirizou também, com Levy & Cia, a política econômica ao todo. E isso sem apresentar nenhuma justificativa política, como a de Lula, até porque seu governo ponto 2 não apresentou nenhum projeto político capaz de justificar essa entrega. Aliás, não foi só a condução da economia que ela terceirizou, mas também a própria condução da política mesma, entregue ao PMDB, não só na figura contemporizadora de Temer, mas na desbragadamente oportunista e antidemocrática de um Cunha, graças à desastrosa atuação dela, Dilma, na transição e início do 2º mandato. Dilma virou apenas uma apagada e burocrática figura de bastidores. Oxalá, consiga dar a volta por cima e assumir, de fato e finalmente, a condução política do país.

    Esse, a meu ver, é o grande desastre por que estamos passando: um país “desbussolado”, como dizem os franceses, sem norte, sem rumo, correndo o grande risco de cair nas mãos de forças retrógradas, antidemocráticas, antinacionais, que têm nos Cunha, nos Moro, nos procuradores paranaenses e não só desse estado, seus manequins de vitrine. Parte dessas forças, já está no comando do Estado, com o neoliberalismo na economia e um Cunha no comando do Congresso, que faz e desfaz ante a total passividade do Planalto.

    Um colega disse aqui que a renúncia de Dilma seria talvez capaz de alterar esse panorama sinistro. Duvido. Até porque, caso ela renunciasse, o poder executivo passaria a Temer. Que já está no comando.

     

    1. A crítica à política não é relevante e à economia não é correta

       

      Luiz Eduardo Brandão (domingo, 17/05/2015 às 19:23),

      Você já fez uma crítica mais correta sobre a falta de política no governo da presidenta Dilma Rousseff. E provavelmente junto ao seu comentário eu indiquei a melhor crítica que foi feita à presidenta Dilma Rousseff no aspecto político. Trato do comentário de Marco Antonio Castello Branco enviado quinta-feira, 26/06/2014 às 01:45, para junto do post “Para entender o desgaste do governo Dilma”, segunda-feira, 16/06/2014 às 16:47, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele. O endereço do post “Para entender o desgaste do governo Dilma” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/para-entender-o-desgaste-do-governo-dilma

      E eu fiz uma crítica ao texto de Marco Antonio Castello Branco em comentário que enviei quinta-feira, 26/06/2014 às 21:56, junto ao post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” de quinta-feira, 26/06/2014 às 11:51, também aqui no blog de Luis Nassif e também de autoria dele. O post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/pequeno-manual-de-como-discutir-politica-nas-redes-sociais

      Venho destacando a análise de Marco Antonio Castello Branco, pois já a reproduzi diversas vezes em comentários posteriores, por vários motivos. É uma crítica muito bem construída e centrada na falta de competência política da presidenta Dilma Rousseff. Uma crítica tão bem construída que me pareceu fruto da petulância vaidosa da arrogância pretenciosa da presunção autoritária da jactância sapiente do tucanato. Marco Antonio Castello Branco, entretanto, pouco tempo depois veio fazer parte da equipe de transição do governador eleito Fernando Pimentel e depois assumiu o cargo de presidente da Codemig. E em sentido mais amplo isso não o descaracteriza como sendo do tucanato.

      A crítica a presidenta Dilma Rousseff é contumaz, mas nunca a vi sendo feita com a dimensão que Marco Antonio Castello Branco deu no texto dele. E é uma crítica que deveria ser mais bem repercutida lá atrás quando da candidatura da presidenta Dilma Rousseff em 2010.

      E há uma instigante característica na falta de capacidade política da presidenta Dilma Rousseff. Teria Lula escolhido a presidenta Dilma Rousseff exatamente pela falta de habilidade política dela? Será que Lula ainda vivia preso a fala dele de que no Congresso Nacional há 300 picaretas? Eu sempre considerei esta frase de Lula como fruto do atraso político que a nossa cultura popular carrega que a faz desmerecer o nosso parlamento. Penso que Lula era, e ainda é, reflexo dessa cultura. Ele teria escolhido a candidatura da Dilma Rousseff porque o perfil técnico dela poderia ser uma barreira ao excesso de fervor negocial a que ele se entregou no embate com o parlamento.

      As pessoas que apoiam a presidenta Dilma Rousseff deveriam se dividir nos vários grupos que há por trás de uma candidatura presidencial e deveriam expressar-se de modo bem explícito a sua ideologia. Eu apoiei a presidenta Dilma Rousseff apesar de saber desta deficiência política dela, porque eu via nela um grande potencial eleitoral.

      Eu considerava que havia boa receptividade à candidatura da presidente Dilma Rousseff ainda que eu considerasse que ela não tinha nenhum carisma porque há a crença na população da superioridade do técnico sobre o político quando o oposto é o verdadeiro dado que são os políticos e não os técnicos quem governam o mundo.

      Além disso havia a vinculação dela com o PDT e o fato de ela ter nascido em Minas Gerais e vivido no Rio Grande do Sul, davam a candidatura da Dilma Rousseff a condição de ser a mais viável politicamente para o PT, principalmente quando se tem em vista a forte base de apoio de Lula no nordeste.

      A explicitação da avaliação que se fazia da candidatura da presidenta Dilma Rousseff era importante ser feita na época para não dar a impressão que houvesse muitos que apoiavam a presidenta Dilma Rousseff porque foram ingênuos em não perceber a deficiência dela na negociação política. E esses se diferenciam de outros que poderiam dizer que apoiavam a candidatura da presidenta Dilma Rousseff exatamente porque consideram o técnico superior ao político.

      Digo tudo isso porque não faz muito sentido se voltar hoje para a falta de habilidade política da presidenta Dilma Rousseff. A menos que se coloque no campo da oposição o que não parece ser seu caso. Para a oposição qualquer crítica à presidenta Dilma Rousseff é válida independentemente se a crítica é fundamentada ou não é fundamentada. Agora para quem está do lado do governo a crítica não faz sentido por dois motivos. A habilidade política pode até ir sendo adquirida com o tempo, mas esta vai ser uma forte carência na vida toda da presidenta Dilma Rousseff. Então é uma crítica que não leva a nada.

      E a segunda razão é que a atividade política de composição com o Parlamento pode ser delegada. Alguém consegue imaginar que Aécio Neves nos oito anos que foi governador de Minas Gerais gastou mais de duas horas por mês para tomar decisões importantes para o Estado. Não. Ele delegou para o Danilo de Castro as decisões de executivo. A análise da burocracia estadual foi delegada para A. Augusto Junho A. que tinha representantes (conhecidos técnicos que ficavam encarregados de algumas tarefas básicas) em quase todos os órgãos importantes do Estado. Nem os acertos políticos que por razões atávicas Aécio Neves pudesse se obrigar, dado o prestígio do pai dele e do avó dele, eram desempenhados por ele, pois eram realizados por uma trupe de políticos fruto do bom relacionamento dele e nos quais ele se permitia confiar.

      A questão a se fazer é saber se a presidenta Dilma Rousseff delegou a capacidade de negociação política no primeiro governo dela? Eu acredito que o Antonio Palocci era a pessoa perfeita para receber esta delegação. Só que ele foi o primeiro a cair. E caiu em razão de um fato que já era conhecido. Ao que me parece a saída de Antonio Palocci fora premeditada com o intuito de permitir a faxina que ela fez no primeiro ano de governo dela.

      Então o primeiro ano de governo da presidenta Dilma Rousseff na verdade não teve negociação. Foi um ano de eliminação dos políticos via faxina insuflada pelos meios de comunicação. Foi um ano de construção do mito do técnico. Ou seja, havia a intenção de não se dedicar a negociação política no primeiro período de governo da presidenta Dilma Rousseff. E não se pode dizer que esta proposta deu errada.

      O problema é que provavelmente ela não contou no planejamento ou estratégia de governo com o julgamento da Ação Penal 470 e com as manifestações de junho de 2013; Foram esses dois fatores que destruíram a presidenta Dilma Rousseff. Então eu não saberia responder se a presidenta Dilma Rousseff delegou a negociação política no primeiro governo dela, mas tudo leva a crer que não houve esta delegação e que isso seria um trunfo a ser utilizado na campanha da reeleição.

      E os altos índices de popularidade até a entrada de junho de 2013, e depois de quatro trimestres de crescimentos ínfimos da economia (por quatro trimestres em final de 2011 e início de 2012, o crescimento de um trimestre com o imediatamente anterior com ajustes sazonais foi praticamente de 0,1%) eram prova dessa correção da política adotada no início do governo dela de não contemporizar com qualquer desvio apontado na imprensa. E o resultado mais palpável dessa ação foi o aumento do índice de popularidade.

      Só que a fase da bonança acabou nas manifestações de junho de 2013 em que a popularidade da presidenta Dilma Rousseff caiu quase 30 pontos percentuais. Só que ali quando caiu o país estava iniciando uma recuperação econômica que não se concretizou em razão de uma reversão sem motivo no terceiro trimestre de 2013. Houvesse a recuperação a presidenta Dilma Rousseff talvez nem contasse com a oposição do PSB de Eduardo Campos.

      Então não vejo razão para os que apoiam o governo do PT se oporem a presidenta Dilma Rousseff pela falta de habilidade dela no campo político se para preencher esta carência ela pode bem delegar. E a falta de delegação não foi a razão do fracasso relativo (pois foi reeleita) do primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff.

      Assim o que resta na sua análise é a crítica à política econômica. Aliás é o que resta na sua análise, na análise do Luis Nassif e na análise do Motta Araujo. E fui à cata de outro que professasse a mesma crença e não os encontrei, pelo menos aqui neste post aberto logo após o seu comentário.

      O problema da sua crítica, da crítica de Luis Nassif e da crítica de Motta Araujo é que elas são atemporais ou intempestivas ou acircunstancias ou talvez devesse dizer desatentas às circunstâncias.

      A maior circunstância é o plano real ter acabado com a inflação de uma vez. Isso gerou uma dívida pública para país em desenvolvimento altíssima. Com uma tendência de se favorecer os empréstimos de curto prazo pois a tendência do juro seria crescer. Depois fomos engessado pela dívida pública alta, juros alto (Em decorrência da perspectiva de que o juro mais à frente voltaria a crescer ele era sempre estabelecido em bases elevadas), regime de metas de inflação, livre fluxo de moeda, flutuação da moeda, liberação do comércio exterior (Se bem que o PT reforçou esta liberação com a constitucionalização da Lei Kandir). E a própria Lei de Responsabilidade Fiscal também faz parte desse conjunto de engessamento da atividade política econômica no Brasil.

      Não se pode esquecer, entretanto, que este conjunto de regras que empobrecem um país de periferia também permitiu que a candidatura presidencial no Brasil ficasse entre o PT e o PSDB. Com o andar da carruagem o PSDB vai se tornar um partido da direita radical, mas Fernando Henrique Cardoso, José Serra e outros semelhantes nunca foram de direita. É um luxo para a esquerda que essa disputa esteja ido para 24 anos.

      Há também as circunstâncias de um crescimento do PIB acima do recomendado no primeiro governo do presidente Lula em 2004. Foi também um crescimento além da nossa capacidade o que aconteceu no ano de 2007 e em 2008 (Antes da queda do quarto trimestre). Tudo isso ajudou a moeda a valorizar. E a recuperação em 2009 (As taxas de crescimento de um trimestre em relação ao trimestre anterior foram bastante elevadas naquele ano) e de 2010 que foi feita de modo a assegurar a eleição da presidenta Dilma Rousseff também pesou para que se precisasse fazer uma contenção do crescimento a partir de 2011. Crescimento que começou a ser contido a partir do segundo semestre de 2010.

      Então houve erros no primeiro e no segundo mandato de Lula. Erros, entretanto, que o Roberto São Paulo-SP 2015, há mais tempo, e muito certamente com outra data, questionou se não foram esses erros ao valorizar a moeda nacional que facilitaram a formação das reservas brasileiras?

      Sem negar os erros que a presidenta Dilma Rousseff por desventura cometeu, é preciso entender o que norteou a política econômica no primeiro momento do governo dela. Ela adotou políticas visando segurar o crescimento econômico, algo que vinha sendo feito desde o segundo semestre de 2010 e depois ela foi buscar um crescimento que não criasse restrições na Balanço de Pagamentos. Para isso houve tentativas de desvalorizar a moeda e de redução de custos para o setor exportador (Políticas de desonerações e de redução do preço de energia elétrica) de modo a tornar a economia brasileira mais competitiva. A política de desvalorização da moeda teve que ser mitigada diante da seca no oeste americano que valorizou algumas commodities internalizando aumentos de preços no Brasil.

      Então trata-se de crítica perfunctória aquela que desmerece o primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff sem explicar porque houve uma reversão na taxa de crescimento da economia no terceiro trimestre de 2013.

      E a crítica é desatenta às circunstâncias quando quer que se aplique agora políticas que faziam sentido antes. A desvalorização da moeda que foi tão desejada no primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff só veio ocorrer agora no início do segundo governo. Com a desvalorização do real tudo aquilo que foi feito para dar mais competitividade à economia brasileira diante do mercado externo deveria ser desfeito. Não haveria como Guido Mantega executar uma política diferente da que ele executou antes, a menos que tudo tivesse dado certo, isto é, não tivesse ocorrido a reversão do crescimento no terceiro trimestre de 2013.

      Eu não sou economista, mas vejo a crítica de Luis Nassif, a sua e a de Motta Araujo contando com a aparência de consistência de uma crítica acadêmica, mas que dada a desconsideração com circunstâncias importantes tem tudo para ser chamada de crítica infantil.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 17/05/2015

    2. Rumo, Norte e Estrela + ferramentas imateriais para materializar

      Quase chegou lá.

      Mas falta a ESTRELA  para proteger o governo  da Dilma, uma que coloque suas políticas, tanto no campo político como econômico, no patamar da seriedade, frutos de um amadurecimento de pensamentos, ações e palavras. Dotadas de unidade, compondo um plano vencedor para a sociedade brasileira.

      Moleza, com o uso da Astrologia, Tarot e Geometria.

      Mas isto aqui no blog, todo mundo já sabia que eu ia dizer rsrsrsrsrs….

  24. A política de Dilma

    O melhor comentário, que vi até o momento. Pena que a população brasileira está tão em crise que se faz apática. Hoje, nem os mais ferrenhos incentivadores de protestos e paralisações estão querendo provocar novos protestos; não têm esperança. E isso caminha para o caos total. Em setembro de 2014, escrevi um comentário em uma rede social prevendo o que acontece hoje, que fui muito mais preciso que as previsões bombásticas de Nostradamus.

    Agora, perdi completamente a vontade de escrever; afinal é só falar e ninguém ouvir.

    Gervas

  25. As crise no capitalismo são cíclicas

    Além da crise politica de 2005/2006,  quando quase todos acharam que o PT e Lula seriam entrerrados nas eleições de 2006, o Governo do Partido do Trabalhadores enfrentou a maior crise estrutural do capitalismo em 2008 após a quebra do Lehman Brothers.

    Em 2011 quando quase todos apostavam na recuperação da economia mundial, ocorreu um aprofundamento da crise econômica internacional com o risco de colapso do euro.

    Em 2014 ocorreu o início da revisão da política monetária nos EUA que provocou um novo gigantesco deslocamento de capital nos mercados internacionais.

    Em nenhum destes momentos o Brasil precisou ficar de joelho na porta do FMI,muito menos enfrentou o inferno da recessão e do desemprego como em governos anteriores.

    1. Verdade

      Foi exatamente isso que o Nassif escreveu.

      Tudo foi represado com excessivas doses de subsídios e desoneração. No fim, por óbvio, ao invés de uma enchente tivemos apenas uma marolinha. Agora que a represa arrebentou, teremos o tsunami.

       

      1. Vária ondas de emprego e de distribuiçao de renda

        A correção da taxa de Câmbio acima para uma patamar acima dos R$ 3,00 vai tornar desnecessários as desonerações, o que vai permitir uma recuperação na arrecadação de impostos e taxas.

        Daqui para frente a correção do câmbio será menor do que nos últimos trimestres, não mais do que 6% a 10″ao ano, o que vai contribuir para uma maior estabilidade dos preços internos, o que vai forçar o Copom a reduzir os juros Selic, o que contribuirá para o aumento da demanda interna, restando apenas o aperto fiscal como elemento de contração da demanda.

        O aumento real do salário mínimo nos próximos anos e substituição de parte das importações pela produção nacional vai permitir um aumento da produção industrial e do emprego com carteira assinada.

        Teremos também um aumento da exportações com a recuperação das economias dos países desenvolvidos, gerando mais aumento do emprego e da renda no Brasil.

        O desemprego nos EUA já está ao redor de 5,5%, o que vai levar o FED a promover um aumento gradual da taxa de juros, mas boa parte deste aumento dos juros já estão precificados pelos mercados, pois o FED já vem anunciando as prerrogativas da correção da política monetária desde do início de 2014.

         

         

         

        1. Sonha meu querido, sonha

          Estou no ramo de eletro eletrônicos, no meio da cadeia distributiva. Há dez anos compravamos de fabricantes nacionais, hoje eles não existem mais. Os que eram fabricantes viraram mero importadores ou transferiram suas linhas para a China e outros países. Foi um processo longo, mas hoje praticamente tudo ,que vendemos é importado, mesmo que tenha marca que algum dia já foi produzida por aqui.

          A troco de que você acha que esses empresários que descobriram o céu de não ter que se preocupar com linhas de produção, engenharia de produtos, maquinário, recursos humanos, etc, etc, etc voltarão a investir em linhas de produção para, num primeiro instante, ter que competir com o importador chinês que já está devidamente se instalando no país há coisa de tres anos para cá ?

          Somente com muuuuuuito incentivo, e não apenas por conta de um cãmbio supostamente favorável, e que não se sabe até quando, pois não há nenhuma regra garantindo essa depreciação do real ?

          Fala sério amigo, você imagina que o processo de projetar, produzir e comercializar um produto é como fazer um x-salada ? É um processo que demanda tempo e investimento e necessariamente demanda garantida.

          Redes de distribuição não se consolidam do dia para a noite, são processos contínuos e de confiança dos diversos atores envolvidos. E o processo que vem se desenvolvendo nos últimos anos é justamente baseado na importação e para reverter esse processo novamente para cadeias de produção e distribuição eminentemente nacionais leva anos.

          Além disso, grandes redes distribuidoras antes nacionais foram adquiridas por capital estrangeiro e hoje seguem normas onde a origem do produto é indiferente.

          Ah, mas se ouve tanta desativação de indústrias no Brasil porque não houve desemprego ?  Ora, a mão de obra foi toda absorvida pelos setores de serviço, isso é óbvio e está nos relatórios do IBGE. Foram gerados milhões de postos de trabalho que requerem pouca quaificação e que serão eliminados com a mesma facilidade com que foram criados.

          1. Primeiro os setores menos afetados pela queda do dólar

            anexo 1

            Com alta do dólar, indústria planeja exportar mais e vê oportunidades no Leste Europeu
            Movimento pode transformar déficit de US$ 2,5 bilhões em superávit de US$ 1,5 bilhão, preveem economistas
            por João Sorima Neto / Roberta Scrivano29/12/2014 6:00–O Globo
            URL:
            http://oglobo.globo.com/economia/negocios/com-alta-do-dolar-industria-pl

            ——Muitas empresas que sofreram com a economia doméstica patinando em 2014 já planejam exportar mais no próximo ano e preveem um incremento de até 20% na receita com as vendas ao exterior, com o dólar na faixa de R$ 2,60. Com produtos mais baratos por causa do real desvalorizado, essas companhias ganham competitividade e começam a mirar novos mercados.

            Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/negocios/com-alta-do-dolar-industria-planeja-exportar-mais-ve-oportunidades-no-leste-europeu-14925708#ixzz3aS2LKtUQ

            © 1996 – 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. —–

            anexo 2

            Indústria planeja exportar mais com dólar mais forte

            11/11/2014 às 05h00-Valor Econômico

            URL:

            http://www.valor.com.br/brasil/3774182/industria-planeja-exportar-mais-c

            ——-“Estamos vendo que agora podemos dobrar o peso da exportação no faturamento total sem muitas dificuldades. Já tivemos essa proporção, de 20%, nos nossos melhores anos, em 2003 e 2004. Acho que conseguiremos isso, se o câmbio estiver entre R$ 2,50 e R$ 2,70”, diz Edgard Dutra, diretor da Metalplan.—-

          2. Iveco tem US$ 80 milhões para nacionalização

            Empresa adota estratégia para reduzir exposição às importações
            PEDRO KUTNEY, AB-AUTOMOTIVE BUSINESS—NOTÍCIAS—Indústria16/04/2015 | 17p1

            “Importar ficou caro, está doendo.” Assim Osias Galantine, diretor de compras da CNH Industrial América Latina, justifica o investimento da Iveco para aumentar a nacionalização dos caminhões da marca produzidos em Sete Lagoas (MG). Com o objetivo de elevar em 10 a 12 pontos porcentuais o índice de componentes nacionais utilizados nos veículos, o departamento de Galantine está recebendo a maior parte do programa de R$ 650 milhões que a Iveco investe entre 2014 e 2016 (leia aqui). Cerca de US$ 80 milhões, o equivalente a R$ 250 milhões, serão aplicados em ferramentais e logística para reduzir a importações e a consequente exposição cambial desfavorável em momento de desvalorização do real.

            “Os caminhões Iveco já têm índice de nacionalização médio acima de 60%, mas podemos aumentar esse nível para 72% até 82%, dependendo do caminhão. A situação de alta do dólar abre a oportunidade de substituir vários itens importados por nacionais”, diz Galantine. Ele explica que o investimento será em bens de capital: a CNH Industrial, grupo do qual a Iveco é uma das subsidiárias, comprará máquinas-ferramenta e cederá em comodato ao fornecedor que fabricará a peça. O diretor cita o exemplo de painéis de porta, em que a empresa vai emprestar ao fornecedor nacional escolhido o molde para fazer o componente.

            Atualmente a Iveco consome R$ 1,7 bilhão das compras anuais do grupo CNH Industrial no Brasil, que totalizam R$ 5,5 bilhões. Galantine estima que o investimento em nacionalização deverá localizar a compra de 150 a 200 itens até agora importados para a montagem dos caminhões, que dependendo do modelo têm entre 3 mil e 5 mil peças.

            Galantine avalia que a nacionalização trará outros benefícios além da redução de gastos com importações. “Comprar aqui significa também aumentar a agilidade do transporte dos componentes, além de melhorar a qualidade, porque temos controle maior sobre fornecedores localizados no País”, diz.

            A Iveco já tinha um programa de nacionalização em curso previsto em R$ 100 milhões. A desvalorização do real, no entanto, provocou a aceleração do processo e mais que dobrou o valor a ser investido. Galantine estima que levará cerca de dois anos para finalizar todo o programa.

            Com relação à hipótese de passar a produzir as próprias transmissões no País, hoje compradas da Eaton e ZF, o diretor de compras diz que existe essa possibilidade, mas ainda é um estudo sem decisão final. “Já produzimos nossas próprias transmissões na Europa e eventualmente podemos fazer aqui também. Mas esse é um tema que escapa ao programa de nacionalização atual, pois internar a produção de um item é diferente de aumentar as compras no País”, explica.

            Sobre a viabilidade de se sustentar investimentos em tempos de retração econômica no País, com forte contração das vendas de caminhões, Galantine avalia que os gastos se justificam pela perspectiva futura: “Não se pode ver o Brasil no curto prazo, é preciso ver o quando já crescemos e ainda há oportunidade para crescimento. A crise também abre oportunidades”, confia.

            PARQUE DE FORNECEDORES
            Dentro do plano de nacionalização dos caminhões Iveco está a criação do parque de fornecedores ao lado da fábrica de Sete Lagoas, um projeto que vinha se arrastando desde o início desta década e que agora será de fato colocado em operação. O distrito industrial de 156 mil metros quadrados para abrigar as empresas, a 450 metros da linha de montagem, já tem muros, ruas, portaria, guaritas e infraestrutura ligada de energia, água e saneamento. Uma via interna liga as fábricas de componentes diretamente à produção dos caminhões.

            A Iveco doou parte do terreno de sua fábrica à Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), que investiu R$ 16,2 milhões nas obras de infraestrutura. Esse valor será cobrado das empresas interessadas em se instalar em lotes de 2 mil a 25 mil metros quadrados. O investimento em edificações e áreas tem condições flexíveis: os fornecedores de peças poderão arrendar a área da Codemig por certo período de tempo, alugar diretamente de empresas especializadas em construir os edifícios industriais, ou mesmo comprar o lote, com quatro anos de prazo para pagar.

            Segundo a Iveco, o empreendimento pode abrigar até 20 empresas e oito já fizeram reservas – são fabricantes de bancos, montagem de chassi e módulos de arrefecimento, entre outros. A expectativa é que os primeiros fornecedores comecem a operar na área no início de 2016. Ao todo, foram convidados 40 e existem planos de expansão do parque caso exista necessidade. “Ter um supply park ao lado da fábrica é algo mandatório atualmente para se garantir mais produtividade e competitividade”, afirma Galantine. “A Iveco deve seguir os mesmos passos da Fiat em Minas, que atraiu seus fornecedores para o entorno da fábrica de Betim”, diz o executivo, que seis meses atrás era o diretor de compras da Fiat Chrysler América Latina, a FCA, antes Fiat Automóveis. CNH Industrial e FCA têm os mesmos acionistas majoritários e é bastante comum a troca de empregados entre as duas companhias.

            URL:

            http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/21819/iveco-tem-us-80-milho

          3. Tudo o que se precisa agora é

            Tudo o que se precisa agora é manter o dólar entre R$ 3,00 e R$ 3,50 por um longo tempo e não permitir irresponsavelmente que o Real se aprecie novamente.

            O problema é que os governantes (de qualquer partido) ficam tentados a deixar o Real valorizado, porque isso eleva a renda da população, mantém baixa a inflação e traz uma sensação temporária de melhoria do padrão de consumo.

            FHC, no auge do Real, deixou o câmbio alto, Lula também aproveitou o boom das commodities.

            Mas isso detonou nossa indústria.

            Agora vamos ver se a  Dilma manterá essa coragem para enfrentar o problema e acabar com essa farra.

             

            Suria

             

             

  26. Cenário interno brasileiro X Cenário Internacional

    O problema orçamentário nacional, como mostra a reunião de hoje à tarde no palácio do Planalto, está sendo tratado como um problema interno, que se resolve com medidas orçamentárias de corte e políticas monetaristas recessivas.

    Burrice ao cubo.

    Muito melhor estratégia seria sopesar as dificuldades internacionais, o novo jogo geopolítico, posto às claras no desfile em Moscou das tropas conjuntas da Rússia e da China, bem como a mudança de tom na conversa da banca por tais acontecimentos .

    Penso que cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Assim, antes de acentuar a recessão interna, que tal esperar umas duas semanas para ver para onde o vento sopra?

    Um mês a mais ou a menos, não irá comprometer a situação interna, pois as medidas anti-currupção já começaram a mostrar seus efeitos.

    Dilma, muita calma nesta hora!

  27. Em panelaço com 50 em SP, Lobão critica tucanos

    Brasil 247–17 de Maio de 2015 às 19:57

    :

     

    Assediado por manifestantes anti-PT na Avenida Paulista, neste domingo 17, o cantor criticou a posição contrária de FHC sobre o impeachment da presidente Dilma: “Isso é típico do PSDB. O PSDB tem conluio histórico com o PT”; para Lobão, “o impeachment é uma questão de tempo”; grupo de cerca de 50 pessoas gritava, com panelas nas mãos: “Lula cachaceiro, devolve o meu dinheiro”

    SP 247 – O cantor Lobão foi assediado neste domingo 17 durante uma manifestação contra o governo e o PT na Avenida Paulista. O grupo era formado por cerca de 50 pessoas, trazia panelas e gritava: “Lula cachaceiro, devolve o meu dinheiro”.

    Lobão tirou fotos com os manifestantes e criticou os tucanos, especialmente FHC, que se posicionou de forma contrária ao pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. “Isso é típico do PSDB. O PSDB tem conluio histórico com o PT”, disse.

    “Todo social-democrata é um comunistinha lustroso. São mais bem letrados, mas não só toleram os comunistas como admiram mesmo os comunistas”, acrescentou o músico, segundo relato da Folha de S. Paulo.

    Questionado sobre o número baixo de manifestantes no protesto de hoje, afirmou: “Se está diminuindo o povo, não interessa. Qualquer manifestação é saudável, legítima e necessária. O impeachment é uma questão de tempo”

    URL:

    http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/181263/Em-panela%C3%A7o-com-50-em-SP-Lob%C3%A3o-critica-tucanos.htm

  28. FIEE

    A Feira da Indústria Eletro-Eletrônica me parece um bom parâmetro para quem acha que apenas com boa vontade e um dólar favorável teremos uma nova expansão na indústria nacional.

    Praticamente todos ex-fabricantes nacionais, assim como os grandes distribuidores, já estão muito bem arrumados com parcerias chinesas e só com muito incentivo ( e lucratividade asseguarda ) voltarão ao inferno de ter que  lidar com as dificuldades de se ter uma indústria num péssimo ambiente de negócios como é o Brasil.

    Engraçado é que tem gente que imagina que aquele que já foi industrial no Brasil, diante da falta de competitividade, fechou sua indústria e ficou de braços cruzados, vivendo de rendas el esperando o horizinte melhorar. O sujeito que é empresário, empreendedor, vai atrás dos melhores negócios, e uma vez que importar se tornou amplamente favorável em comparação a produzir por aqui, “transferiram ” suas linhas de produção para a China. Hoje, boa parte já tem sua empresa na China e além de tudo, ainda entra no Brasil de volta, importando a própria mercadoria, como sendo um investidor chinês. Há tempos que esse pessoal está “fazendo” a maior parte do seu lucro lá na China, onde ganhar dinheiro é visto com melhores olhos pelo governo.

    A grosso modo, nos últimos anos viemos paulatinamente importando produtos e exportando empresa, empresários e, lucros. 

  29. Primeiro os setores menos afetados pela queda do dólar

    anexo 1

    Com alta do dólar, indústria planeja exportar mais e vê oportunidades no Leste Europeu
    Movimento pode transformar déficit de US$ 2,5 bilhões em superávit de US$ 1,5 bilhão, preveem economistas
    por João Sorima Neto / Roberta Scrivano29/12/2014 6:00–O Globo
    URL:
    http://oglobo.globo.com/economia/negocios/com-alta-do-dolar-industria-pl

    ——Muitas empresas que sofreram com a economia doméstica patinando em 2014 já planejam exportar mais no próximo ano e preveem um incremento de até 20% na receita com as vendas ao exterior, com o dólar na faixa de R$ 2,60. Com produtos mais baratos por causa do real desvalorizado, essas companhias ganham competitividade e começam a mirar novos mercados.

    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/negocios/com-alta-do-dolar-industria-planeja-exportar-mais-ve-oportunidades-no-leste-europeu-14925708#ixzz3aS2LKtUQ

    © 1996 – 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. —–

    anexo 2

    Indústria planeja exportar mais com dólar mais forte

    11/11/2014 às 05h00-Valor Econômico

    URL:

    http://www.valor.com.br/brasil/3774182/industria-planeja-exportar-mais-c

    ——-“Estamos vendo que agora podemos dobrar o peso da exportação no faturamento total sem muitas dificuldades. Já tivemos essa proporção, de 20%, nos nossos melhores anos, em 2003 e 2004. Acho que conseguiremos isso, se o câmbio estiver entre R$ 2,50 e R$ 2,70”, diz Edgard Dutra, diretor da Metalplan.—-

     

  30. Iveco tem US$ 80 milhões para nacionalização

    Empresa adota estratégia para reduzir exposição às importações
    PEDRO KUTNEY, AB-AUTOMOTIVE BUSINESS—NOTÍCIAS—Indústria16/04/2015 | 17p1

    “Importar ficou caro, está doendo.” Assim Osias Galantine, diretor de compras da CNH Industrial América Latina, justifica o investimento da Iveco para aumentar a nacionalização dos caminhões da marca produzidos em Sete Lagoas (MG). Com o objetivo de elevar em 10 a 12 pontos porcentuais o índice de componentes nacionais utilizados nos veículos, o departamento de Galantine está recebendo a maior parte do programa de R$ 650 milhões que a Iveco investe entre 2014 e 2016 (leia aqui). Cerca de US$ 80 milhões, o equivalente a R$ 250 milhões, serão aplicados em ferramentais e logística para reduzir a importações e a consequente exposição cambial desfavorável em momento de desvalorização do real.

    “Os caminhões Iveco já têm índice de nacionalização médio acima de 60%, mas podemos aumentar esse nível para 72% até 82%, dependendo do caminhão. A situação de alta do dólar abre a oportunidade de substituir vários itens importados por nacionais”, diz Galantine. Ele explica que o investimento será em bens de capital: a CNH Industrial, grupo do qual a Iveco é uma das subsidiárias, comprará máquinas-ferramenta e cederá em comodato ao fornecedor que fabricará a peça. O diretor cita o exemplo de painéis de porta, em que a empresa vai emprestar ao fornecedor nacional escolhido o molde para fazer o componente.

    Atualmente a Iveco consome R$ 1,7 bilhão das compras anuais do grupo CNH Industrial no Brasil, que totalizam R$ 5,5 bilhões. Galantine estima que o investimento em nacionalização deverá localizar a compra de 150 a 200 itens até agora importados para a montagem dos caminhões, que dependendo do modelo têm entre 3 mil e 5 mil peças.

    Galantine avalia que a nacionalização trará outros benefícios além da redução de gastos com importações. “Comprar aqui significa também aumentar a agilidade do transporte dos componentes, além de melhorar a qualidade, porque temos controle maior sobre fornecedores localizados no País”, diz.

    A Iveco já tinha um programa de nacionalização em curso previsto em R$ 100 milhões. A desvalorização do real, no entanto, provocou a aceleração do processo e mais que dobrou o valor a ser investido. Galantine estima que levará cerca de dois anos para finalizar todo o programa.

    Com relação à hipótese de passar a produzir as próprias transmissões no País, hoje compradas da Eaton e ZF, o diretor de compras diz que existe essa possibilidade, mas ainda é um estudo sem decisão final. “Já produzimos nossas próprias transmissões na Europa e eventualmente podemos fazer aqui também. Mas esse é um tema que escapa ao programa de nacionalização atual, pois internar a produção de um item é diferente de aumentar as compras no País”, explica.

    Sobre a viabilidade de se sustentar investimentos em tempos de retração econômica no País, com forte contração das vendas de caminhões, Galantine avalia que os gastos se justificam pela perspectiva futura: “Não se pode ver o Brasil no curto prazo, é preciso ver o quando já crescemos e ainda há oportunidade para crescimento. A crise também abre oportunidades”, confia.

    PARQUE DE FORNECEDORES
    Dentro do plano de nacionalização dos caminhões Iveco está a criação do parque de fornecedores ao lado da fábrica de Sete Lagoas, um projeto que vinha se arrastando desde o início desta década e que agora será de fato colocado em operação. O distrito industrial de 156 mil metros quadrados para abrigar as empresas, a 450 metros da linha de montagem, já tem muros, ruas, portaria, guaritas e infraestrutura ligada de energia, água e saneamento. Uma via interna liga as fábricas de componentes diretamente à produção dos caminhões.

    A Iveco doou parte do terreno de sua fábrica à Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), que investiu R$ 16,2 milhões nas obras de infraestrutura. Esse valor será cobrado das empresas interessadas em se instalar em lotes de 2 mil a 25 mil metros quadrados. O investimento em edificações e áreas tem condições flexíveis: os fornecedores de peças poderão arrendar a área da Codemig por certo período de tempo, alugar diretamente de empresas especializadas em construir os edifícios industriais, ou mesmo comprar o lote, com quatro anos de prazo para pagar.

    Segundo a Iveco, o empreendimento pode abrigar até 20 empresas e oito já fizeram reservas – são fabricantes de bancos, montagem de chassi e módulos de arrefecimento, entre outros. A expectativa é que os primeiros fornecedores comecem a operar na área no início de 2016. Ao todo, foram convidados 40 e existem planos de expansão do parque caso exista necessidade. “Ter um supply park ao lado da fábrica é algo mandatório atualmente para se garantir mais produtividade e competitividade”, afirma Galantine. “A Iveco deve seguir os mesmos passos da Fiat em Minas, que atraiu seus fornecedores para o entorno da fábrica de Betim”, diz o executivo, que seis meses atrás era o diretor de compras da Fiat Chrysler América Latina, a FCA, antes Fiat Automóveis. CNH Industrial e FCA têm os mesmos acionistas majoritários e é bastante comum a troca de empregados entre as duas companhias.

    URL:

    http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/21819/iveco-tem-us-80-milho

  31. Jeep faz futuro chegar rápido a Goiana

    —O Renegade, o primeiro produto da Jeep Goiana, já nasce com 70% de conteúdo local, que deve subir a 80% nos próximos meses, sendo que 40% de suas partes já são fornecidas por 16 empresas instaladas no parque de fornecedores dentro do terreno da planta, responsáveis por entregar 17 linhas de produtos já montados, como bancos, painéis, conjuntos soldados, grandes peças plásticas e rodas já calçadas com pneus. —

    FCA inaugura em Pernambuco sua mais produtiva fábrica de veículos
    PEDRO KUTNEY, AB | —Indústria——-De Goiana (PE)—-28/04/2015 | 14p6

    Um imenso canavial plantado em 11 milhões de metros quadrados deu lugar à mais moderna e produtiva fábrica de automóveis do mundo, promovendo a transição em apenas dois anos, sem escalas, de ciclos econômicos separados por quase cinco séculos de história.

    O início da operação do Polo Automotivo Jeep na Zona da Mata Norte de Pernambuco, inaugurado oficialmente na terça-feira, 28, na pequena Goiana, substitui a monocultura agrária da cana-de-açúcar – primeira grande riqueza brasileira que começou a ser explorada na região ainda no século 16 – pela sofisticação tecnológica da indústria de transformação do século 21, onde entram chapas de aço de um lado e saem automóveis de alto valor agregado de outro, não sem antes passar por 700 robôs de última geração e pelas mãos bem treinadas de mais de 2 mil trabalhadores, muitos deles ex-lavradores. Eles poderão somar 3,8 mil quando a planta atingir plena capacidade de 250 mil veículos/ano, ao ritmo de 45 unidades/hora.

    A grandiosidade do projeto pode ser medida pelo tamanho do investimento, de R$ 7 bilhões para desenvolvimento de produtos, construção da fábrica de automóveis e do parque de fornecedores no mesmo terreno. É o maior aporte inicial já feito no Brasil em uma única unidade de produção por um fabricante de veículos, no caso a Fiat Chrysler Automobiles (FCA). Goiana sedia a primeira planta da companhia após a criação formal do grupo, em 2014, mas já serviu de laboratório para unir as sinergias entre Fiat e Chrysler desde o início das obras, em dezembro de 2012.

    Exemplo disso é o americano Joe Ozdowy, chefe de prédios e facilidades que trabalha há 31 anos na Chrysler (agora FCA), que já em 2012 foi escalado para coordenar toda a construção do polo com 530 mil metros quadrados de área construída, 260 mil m2 da fábrica e 270 mil m2 dos fornecedores, incluindo prédios e toda a infraestrutura industrial, como fornecimento e tratamento de água, energia, ar-comprimido, esgoto etc. Quase um ano depois, em novembro de 2013, chegou ao canteiro de obras de Goiana o italiano Denny Monti, com 20 anos no Grupo Fiat, para montar todo o maquinário e equipamentos da fábrica.

    “Foi o maior projeto de construção civil não-governamental do mundo. Megaempreendimentos assim surgem talvez uma vez por década”, disse Ozdowy, que se autodenominou Lucky Joe (Joe Sortudo) por ter participado da maior empreitada de sua vida, que chegou a reunir 10 mil pessoas trabalhando no pico das obras. Para construir a fábrica pernambucana a FCA contratou o consórcio formado pela brasileira Construcap e a americana Walbridge, que nos últimos 50 anos foi responsável por erguer mais da metade das plantas do setor automotivo nos Estados Unidos.

    Ao ver todas as máquinas funcionando apenas um ano depois de sua chegada, Monti definiu assim a obra que ajudou a construir: “É a fábrica mais bonita do mundo”. Mais do que isso, já pode ser considerada uma das mais eficientes do planeta. “Aplicamos aqui conceitos de flexibilidade, modularidade e automação únicos no mundo, que nos permitem montar até quatro modelos de carros diferentes ao mesmo tempo e na mesma linha”, explica Monti. Futuras expansões também estão previstas no projeto. A planta poderá dobrar sua capacidade para 500 mil unidades/ano, pois há espaço de sobra para ampliar os prédios.

    MELHORES PRÁTICAS


    A entrada principal da fábrica em Goiana e o Communication Center, área administrativa onde ninguém tem mesa ou cadeira fixos

    Embora tenha sido oficialmente batizada como fábrica Jeep – a primeira da marca fora dos Estados Unidos –, está certo que em Goiana poderão ser produzidos carros de qualquer uma das marcas do grupo FCA, incluindo principalmente a Fiat. “Adotamos a estratégia de dar um nome às fábricas da empresa, porque achamos importante que nossos empregados se identifiquem com uma marca e isso também ajuda na propaganda. Mas fizemos aqui uma planta totalmente flexível, que pode fazer diversos modelos de veículos e também pode ser facilmente expandida”, explica Stefan Ketter, membro do conselho executivo e vice-presidente global de manufatura da FCA, que fixou residência em Recife desde julho de 2013 para coordenar a construção da planta pernambucana.

    Ketter fez com que a planta fosse construída e entrasse em operação sobre os princípios do World Class Manufacturing (WCM), sistema de produção que ele implementou no Grupo Fiat a partir de 2005, quando passou a comandar a manufatura da empresa. O WCM é baseado em bons exemplos de procedimentos para aumentar a qualidade e eficiência dos processos produtivos e passam a ser multiplicados globalmente. Com isso, foram adotadas na nova fábrica as 15 mil melhores práticas já testadas e aprovadas por diversas unidades do grupo no mundo.

    “Essa é a vantagem de se fazer tudo do zero. Podemos introduzir aqui tudo que já conhecemos e sabemos que dá certo. Mas Goiana também cria novas práticas servirá de exemplo para outras plantas da FCA no mundo todo”, afirma o executivo.

    Um desses exemplos poderá ser o setor administrativo, o chamado Communication Center, localizado estrategicamente na base do “U” que forma o desenho da planta, de onde pode-se acessar facilmente a pé todos os três prédios da fábrica, estamparia e funilaria de um lado, pintura do outro e montagem final na parte de trás. Em formato de escritório aberto até agora inédito no grupo, ao melhor estilo de empresas de tecnologia como Google ou Apple, no espaço de 11 mil metros quadrados ninguém tem mesa, sala ou telefone fixos. Todos têm seu celular e um laptop e podem ocupar temporariamente qualquer uma das mesas e cadeiras disponíveis. Existem salas envidraçadas para as reuniões mais longas, mas a maior parte dos assuntos são resolvidos em pé, em torno de pequenas mesas altas e sem cadeiras, para abreviar as conversas. Quase não há sinais de hierarquia. A maioria das pessoas veste a mesma camiseta polo informal com a marca Jeep no peito, usada indistintamente em todas as áreas da planta, inclusive nas linhas de produção.

    ESTADO DA ARTE


    Uma das prensas automáticas de transferência e os robôs da funilaria: 18 batidas de 2,5 mil toneladas por minuto e, logo na sequência, as partes são soldadas em estação automatizada capaz de aplicar 150 pontos de solda em apenas um minuto e meio. 

    Uma porção da zona rural de Pernambuco recebeu o que há de mais moderno e eficiente em termos de instalações, equipamentos e processos conhecidos para se fazer automóveis, que pode ser considerado o estado da arte da indústria automotiva.

    Essa percepção cativa o visitante desde o início do processo produtivo em Goiana, que começa na área de estamparia, instalada em uma das pontas do “U” que forma o desenho da fábrica de 260 mil metros quadrados. Ali as bobinas de aço alimentam uma linha automatizada da Schuler de limpeza e corte das chapas, que então são encaminhadas para duas linhas de prensas automáticas de transferência da Komatsu – foram necessários dois navios para trazer do Japão o maquinário de 5 mil toneladas acondicionado em mil volumes, que levaram dois meses para atravessar o oceano e outros 15 dias em caminhões entre o Porto de Suape e Goiana.

    O ritmo de produção é frenético: uma das prensas trabalha a 18 batidas de 2,5 mil toneladas por minuto, a outra bate 16 por minuto a 2 mil toneladas. As trocas de matrizes, perto de 60 ao todo, são feitas em apenas 4 minutos por meio de trilhos. São moldadas cerca de 40 peças de cada carro, o que corresponde a 90% da carroceria. O setor é capaz de estampar algo como 48 mil partes para 1,2 mil veículos por turno de oito horas. Existem, ainda, duas outras prensas menores para testes de estampagem com novos ferramentais.

    Logo na sequência do mesmo prédio está a área de funilaria, que recebe as partes da estamparia e de alguns outros fornecedores para soldar toda a carroceria, em uma das linhas de produção mais automatizadas e produtivas do mundo. São poucas as estações de trabalho em que há contato humano com as peças, por isso o setor pode trabalhar com o máximo de 500 pessoas. A Comau – braço de instalações industriais da FCA – instalou 650 robôs que aplicam 3 mil pontos de solda ao corpo de aço dos veículos. Também foi instalada uma linha paralela, exclusiva para treinamento do pessoal.

    Em um processo inovador, os robôs estão fixados no chão e no teto, para aumentar o número de operações em uma única estação e reduzir as etapas de soldagem, evitando assim desvios na geometria da carroceria que acontecem durante o transporte entre um processo e outro. Logo no início da linha todo o “esqueleto” principal do carro (assoalho e laterais) é unido e armado por 18 robôs que executam perto de 150 pontos de solda em apenas um minuto e meio.

    A funilaria tem sistema de produção extremamente flexível, pode armar 45 carros por hora de até quatro modelos diferentes sem necessidade de troca de ferramentas. O setor está conectado ao sistema central de informática, de onde recebe as ordens para montar cada carroceria de acordo com a configuração do veículo vendido.


    A pintura da fábrica de Goiana é totalmente automatizada: 48 robôs aplicam o primer já misturado à cor do veículo. Na linha de montagem final, a ergonomia foi pensada para obter o máximo de produtividade.

    Da funilaria as carrocerias seguem por meio de um transportador aéreo para a outra perna do “U”, onde fica a linha de pintura, também altamente automatizada, em que a mão-de-obra humana é mais utilizada para supervisionar máquinas do que executar tarefas manuais. O setor entrega até 45 carros/hora, em processo que pode abrigar até 150 veículos ao mesmo tempo e inclui dois banhos de imersão (limpeza e cataforese anticorrosão), selagem de frestas, além de pintura e aplicação de verniz totalmente automatizadas, executadas por 48 robôs, passando por quatro fornos de secagem ao longo da linha.

    Com o processo “primeless” foi eliminada a aplicação de primer e um dos fornos normalmente utilizados na maioria das áreas de pintura das montadoras. A tinta-base e a cor final são aplicadas de uma só vez, reduzindo assim a quantidade de água e energia utilizadas. As tintas são à base d’água, o que evita emissões de solventes na atmosfera.

    TRABALHO POR MÚSICA

    Na base do “U” fica a linha de montagem final, com 150 estações distribuídas em quase 3 quilômetros para instalar cerca de 2 mil componentes aos carros. Cada uma leva cerca de um minuto para montar peças em um carro. Toda a ergonomia foi pensada para dar ao setor a mais alta produtividade do mundo. “Cada operador gasta em média 70% de seu tempo de trabalho agregando valor ao produto e o resto com ajustes e buscando componentes ou ferramentas. Esse é o maior índice já conseguido por uma fábrica e é quase impossível avançar além disso. Nas montadoras japonesas, que são referência de eficiência, esse porcentual varia de 60% a 65%”, afirma um orgulhoso Ketter.

    Ao contrário da maioria das montadoras, que tem uma única entrada para receber componentes dos fornecedores, a nova fábrica da FCA tem dezenas de docas localizadas bem ao lado da linha de montagem. A todo momento chegam peças exatamente no tempo e na sequência em que elas serão usadas (just in time e just in sequence), sem formação de estoques.

    O Renegade, o primeiro produto da Jeep Goiana, já nasce com 70% de conteúdo local, que deve subir a 80% nos próximos meses, sendo que 40% de suas partes já são fornecidas por 16 empresas instaladas no parque de fornecedores dentro do terreno da planta, responsáveis por entregar 17 linhas de produtos já montados, como bancos, painéis, conjuntos soldados, grandes peças plásticas e rodas já calçadas com pneus. A FCA montou um complexo sistema logístico para receber as demais peças que vêm de fornecedores do Sul e Sudeste. Eles entregam os pedidos em dois centros, um em Minas Gerais e outro em São Paulo, e de lá a própria montadora assume o transporte em linhas de caminhões criadas especialmente para abastecer Goiana.

    Segundo Ketter, o controle de qualidade é uma constante, com cerca de 10 mil inspeções na linha feitas pelos próprios operadores. “A ideia é não deixar nenhum problema passar adiante”, ele destaca. Todas as ocorrências durante a montagem são registradas em um monitor com tela sensível ao toque instalado em cada estação, que alimenta o sistema central e avisa as áreas responsáveis sobre possíveis problemas a resolver. Ao fim do processo todos os carros já montados passam por uma auditoria final e um teste de pista.

    Existem ainda três centros de controle para peças, veículos e processos, responsáveis por examinar meticulosamente os componentes e carros prontos por amostragem aleatória, além de zelar pela eficiência da produção como um todo. “Usamos aqui métodos de escaneamento para verificar a conformidade de peças e veículos que ainda não são usados pela maioria das montadoras. Filmamos o componente e o computador já o compara com a peça ideal gravada no sistema, para mostrar na tela do computador tudo que estiver errado ou fora de medida”, exemplifica Ketter.

    Ao caminhar pela linha de montagem, o visitante pode ouvir cerca de 60 músicas diferentes a cada turno, do rock metal ao frevo. Elas são tocadas sempre que um operador precisa chamar o líder de equipe para resolver qualquer problema da estação. Existe uma música para cada um dos 60 líderes, em média um para cada grupo de seis pessoas. Sempre que ouvem sua música, ou recebem um aviso no palmtop que carregam consigo, eles correm para a estação onde estão seus liderados para verificar o que está acontecendo.

    O líder é considerado o personagem mais importante da produção em Goiana. É ele quem cuida de aplicar todos os conceitos do World Class Manufacturing, assegura a qualidade, faz a ponte entre empregados e diretoria, negocia as folgas de seu grupo, intermedia problemas. Até agora, é possível dizer que todos ali trabalham por música.

    Assista abaixo a entrevista exclusiva de Stefan Ketter à ABTV:

    https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=xLPzMHNjYUE

    URL:

    http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/21875/jeep-faz-futuro-chega

  32. Para aumentar nacionalização, terá parque de fornecedores em Jac

      —-Outro efeito da alta do dólar sobre o real na Chery é a aceleração do plano de nacionalização dos produtos fabricados em Jacareí. “Não é só para atender as exigências do Inovar-Auto, mas porque o câmbio nesse nível tornou as peças importadas muito mais caras e aumentou nossos custos de produção. Queremos elevar a nacionalização ao grau máximo o mais rápido possível, antes de 2016”, revela Curi —

    Chery fará nova geração do Tiggo no Brasil 

    Para aumentar nacionalização, terá parque de fornecedores em JacareíPEDRO KUTNEY, AB–12/12/2014 | 20p3—Indústria

    Novo Tiggo será o terceiro produto da Chery fabricado em Jacareí 

    A Chery já decidiu qual será o seu terceiro produto fabricado no Brasil, após o Celer (hatch e3 sedã) e o novo QQ. A quinta geração do SUV urbano Tiggo deve entrar na recém-inaugurada linha de produção de Jacareí (SP) no segundo semestre de 2015. “Já entramos com o projeto no Ministério do Desenvolvimento para inclusão do modelo na nossa habilitação do Inovar-Auto”, revelou Luis Curi, vice-presidente da Chery Brasil.

     O novo Tiggo já foi mostrado ao público brasileiro este ano no último Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro passado. O carro faz parte do projeto New Generation da Chery, que traz à marca nível aprimorado de design e acabamento. O plano inicial era importar o modelo da China a partir de dezembro de 2015, mas a alta do dólar diante do real mudou essa perspectiva. O Tiggo foi o primeiro carro da Chery lançado no Brasil, em 2009, e já passou por uma reformulação estética. Desde então o modelo é montado no Uruguai em CKD, com partes importadas da China, em uma pequena linha de montagem mantida pela Chery com um sócio minoritário argentino, o Grupo Macri. Dessa forma a Chery aproveitava as concessões do Mercosul para trazer o Tiggo ao mercado brasileiro sem pagar imposto de importação nem os 30 pontos adicionais de IPI impostos a veículos importados desde 2012. A intenção era continuar a montar o Tiggo antigo o Uruguai para exportação à Argentina. Contudo, com a decisão de fabricar a nova geração do SUV no Brasil, que será base de exportação para todos os países sul-americanos, a montagem do carro na linha uruguaia perde o sentido e será interrompida no ano que vem. Segundo Curi, ainda está em estudo se algum produto da Chery poderá continuar a ser montado no Uruguai. O ritmo de produção da unidade já está bastante prejudicado com a redução dos embarques ao Brasil e a quase paralisação das vendas para o mercado argentino, que despencaram este ano, com nível 60% inferior ao de 2013 (e a marca é a oitava mais vendida no país vizinho). Outro efeito da alta do dólar sobre o real na Chery é a aceleração do plano de nacionalização dos produtos fabricados em Jacareí. “Não é só para atender as exigências do Inovar-Auto, mas porque o câmbio nesse nível tornou as peças importadas muito mais caras e aumentou nossos custos de produção. Queremos elevar a nacionalização ao grau máximo o mais rápido possível, antes de 2016”, revela Curi Para isso, está em curso a instalação da “Cidade Industrial Chery”, que segundo Curi irá ocupando uma área no entorno da fábrica de 4 milhões de metros quadrados. “A desapropriação já está sendo negociada com o município”, revela. Ele acrescenta que existem cinco fornecedores, dois deles da China, já acertados para se instalar no parque. Outro projeto que começa a andar logo no início de 2015 é o prometido centro de pesquisa e desenvolvimento, que deve ser instalado dentro da área da fábrica de Jacareí. A intenção é realizar no País um maior número de projetos e, ao mesmo tempo, atender também às exigências de investimento em engenharia do Inovar-Auto. URL:http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/21103/chery-fara-nova-geracao-do-tiggo-no-brasil

  33. Dólar em alta faz Black & Decker aumentar a produção em 20%

    GERAL—Jornal da Manhã—-Daniela Brito -Uberaba/MG— 22/02/2015

    Black & Decker irá aumentar a produção em Uberaba. A afirmação é do diretor industrial da fábrica, Domingos Dragone. A expectativa é de crescimento de 20% em relação a 2014. Diversas contratações estão sendo feitas e, até o fim do ano, mais de 200 estarão sendo confirmadas pela multinacional. Inclusive, 80 novas vagas para operador de produção estarão abertas a partir de terça-feira (24).

    A projeção está relacionada à alta do dólar, que favorece as exportações e a competitividade de mercado. Domingos Dragone diz que muitos produtos, antes importados, vão começar a ser produzidos na fábrica de Uberaba. “Este é um dos projetos para este ano, por conta da alta do câmbio”, adianta. Além disso, a Black & Decker quer retomar as exportações, que caíram em razão da valorização do real. “Vamos voltar a exportar – algo que já fizemos com vontade. A alta do dólar, acima de US$2,60, favorece a competitividade. Vamos recuperar o que perdemos nos últimos dois anos”, explica. No entanto, as projeções são menos otimistas para o mercado interno. “Esperamos um crescimento de até 0,5%. O que faremos é fabricar mais produtos em Uberaba”, diz.

    A Black & Decker fará investimentos da ordem de US$4 milhões – algo em torno de R$10 milhões – e planeja algumas ampliações para conseguir retomar a exportação e a concorrência do mercado interno. Entre as propostas está o aumento da produção, a partir de abril, de ferramentas da marca Dewalt. Para o diretor, a indústria brasileira está recuperando o espaço perdido nos últimos anos em razão da alta do dólar. “O câmbio valorizado dá possibilidade de recuperar o terreno perdido nos últimos anos em curto espaço de tempo”, conclui.

    Os interessados nas vagas oferecidas pela multinacional devem procurar, até o dia 27 de fevereiro, o Sistema Nacional de Emprego (Sine), na rua Vigário Silva, 309, centro, munidos de CTPS e demais documentos pessoais. 

    URL:

    http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,1,geral,106336

  34. Minha Casa Minha Vida atinge 3,857 milhões de moradias

    —–“É um programa que não vai parar. O Brasil está passando por um momento de dificuldade, estamos fazendo ajuste fiscal, mas esse programa, como vários outros programas sociais, não vai parar”, disse a presidenta.—–

    Até março último, o programa criado em 2009 entregou 2,169 milhões de unidades e tem mais 1,688 milhão de casas e apartamentos já contratados
    por Portal Brasil publicado: 15/05/2015 19p8 última modificação: 15/05/2015 19p2—Habitação

    O programa Minha Casa, Minha Vida alcançou todas as metas das duas primeiras fases e, em março deste ano, chegou à marca de 3,857 milhões de unidades. Desse total, as famílias beneficiadas já receberam 2,169 milhões de moradias. Mais 1,688 milhão de casas e apartamentos foram contratados para entrega nos próximos meses e anos.

    Os recursos investidos colocam o programa habitacional do governo federal entre os maiores do mundo. Desde o início em 2009, foram liberados R$ 139,6 bilhões em financiamentos dos bancos, principalmente da Caixa Econômica Federal. O governo ainda investiu R$ 114,9 bilhões em subsídios para famílias de menor renda.

    Nesta semana, a presidenta Dilma Rousseff entregou mais unidades no Rio de Janeiro e lembrou que, até o ano de 2018, um total de 27 milhões de famílias será atendido pelo Minha Casa, Minha Vida. “É um programa que não vai parar. O Brasil está passando por um momento de dificuldade, estamos fazendo ajuste fiscal, mas esse programa, como vários outros programas sociais, não vai parar”, disse a presidenta.

    Com as metas já alcançadas nas duas primeiras fases, o programa já está realizando operações da terceira fase que prevê a construção de três milhões de unidades habitacionais. Até março de 2015, o Minha Casa, Minha Vida (MCMV 3) entregou 52.387 moradias entregues e contratou outras 50.220 casas e apartamentos.

    Abril

    No mês passado, mais de 5,2 mil famílias foram contempladas com moradias, apenas por meio de operações da Caixa Econômica. A instituição entregou apartamentos e casas em 11 estados (Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Tocantins), concretizando o sonho da casa própria para 20 mil pessoas.

    O Pará foi o estado que liderou as entregas em abril. Foram 968 casas no Residencial Jardim do Éden, em Marabá, a 650 quilômetros de Belém. Foram investidos R$ 58 milhões nos imóveis de dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço, destinados a famílias com renda de até R$ 1,6 mil.

    Fonte:

    Portal Brasil e Ministério do Planejamento

    URL:

    http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2015/05/minha-casa-minha-vida-at

  35. Mais de 100 mil pessoas passaram pelos estandes

    Feirão da CAIXA encerra fim de semana com mais de R$ 4 bilhões em negócios
    Evento percorreu as cidades do Rio de Janeiro, Curitiba, Campinas e Fortaleza. No próximo fim de semana é vez de Brasília, Uberlândia, Florianópolis e Porto Alegre
    Caixa Econômica Federal—BRASIL, HABITAÇÃO—-17/05/2015 21h00 – Atualizado em 17/05/2015 21p8

    ​ A 11ª edição do Feirão CAIXA da Casa Própria terminou neste domingo (17) nas cidades de Campinas, Curitiba, Fortaleza e Rio de Janeiro. Nos três dias de evento, mais de 100 mil pessoas passaram pelos estandes e puderam conferir as 66 mil ofertas de imóveis novos e usados com os mais variados valores.

    Só no Rio de Janeiro, mais de 40 mil pessoas passaram pelo Pavilhão 4 do Rio Centro, na Barra da Tijuca. Esse movimento representou mais de R$ 962 milhões em contratos assinados e encaminhados, num total de 6.566 negócios. Na sexta, em visita à abertura, a presidenta Miram Belchior lembrou que o Feirão é o símbolo do avanço da política habitacional no Brasil.

    “O evento estimula a demanda e proporciona as pessoas a ter acesso à casa própria. A política habitacional não constrói apenas casas, mas, sim, novas vidas. E a CAIXA tem orgulho de fazer parte disso,” afirmou Miriam.

    Em Curitiba, o Feirão da CAIXA movimentou R$ 1,5 bilhão em negócios fechados e encaminhados. Além dos 26 mil visitantes, o evento recebeu, no sábado, o atacante do Clube Atlético Paranaense, Guilherme Dellatorre. “Aqui é mais difícil lidar com o público do que no estádio, com a torcida”, brincou o jogador.

    Já em Campinas, o evento atraiu mais de 17 mil pessoas, movimentando cerca de R$ 558 milhões em negócios. No evento, que teve como foco o financiamento de habitação popular do Programa Minha Casa, Minha Vida e das demais operações com recursos do FGTS, foram oferecidos mais de 15 mil imóveis, distribuídos na Região Metropolitana de Campinas. Participaram dessa edição, 30 construtoras, 25 imobiliárias correspondentes imobiliários CAIXA e 5 parceiros institucionais que ocuparam uma área de 7 mil m². Mais de 300 empregados da CAIXA trabalharam para atender o público visitante.

    Fortaleza
    Na capital cearense, o evento movimentou mais de R$ 1 bilhão em negócios, atraindo mais de 18 mil pessoas nos três dias. Participaram dessa edição, 78 construtoras, 15 imobiliárias, 20 correspondentes imobiliários e mais de 200 empregados da CAIXA que ocuparam todo o pavilhão Oeste do Centro de Eventos do Ceará.

    E ainda tem feirão nos próximos fins de semana. Até 14 de junho, o evento ainda percorrerá as cidades de Brasília (DF), Uberlândia (MG), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Goiânia (GO). É o primeiro ano que a capital goiana recebe o evento.
    URL:

    http://www20.caixa.gov.br/Paginas/Noticias/Noticia/Default.aspx?newsID=2441

    1. Estatística

      Caro Colega,

       

      Vou esclarecer alguns pontos sobre estatísticas puras e simples que talvez você não saiba, ou talvez não seja parcial em admiti-las

      Como todo e qualquer íncicador feito pelo PT (e outros partidos), se fazem malabarismos muito criativos sempre buscando na estatística “parcial” os melhores números para apresenta aos tolos e desavisados”. Trabaçhar com número fictícios

      Nestes feirões se você entrar e sair 10x você será contabilizado 10x. Basta observar, em num  feirão que estive se você quisesse ir ao banheiro ou fazer um lanche, a organização o obrigava a sair e entrar o que registrava mais um visitante…qualquer entra e sai de organizadores e imobiliarias, pessoal técnico, pessoal de apoio, limpeza é contabilizado como um novo visitante a cada acesso.  Antes mesmo do feirão abrir na sexta o contador já contabilizava 800 pessoas.

      Quanto ao volume de negócios, bem isto é uma piada maior ainda. Se você realmente for visitante a procura de imóveis e perguntar sobre 20 imóveis aos diversos expositores, isto é registrado como 20 negócios. Um valor de um imóvel sondaddo por 50 visitantes é contabilizado 50 vezes.

       

      Cuidado com as estatísticas sem saber como são feitas, talvez o PT não saiba disto…ou simplesmente omite situações assim pois são mais favoráveis ou talvez seja ele que fabrique estes números. Não esquecamos de como é claculado o índice de desemprego tbm…vergonhoso…pesquise.

      Abraço

       

      Abraços

  36. Se o preço das comodities não estivesse tão alto

    este país já teria quebrado faz tempo. Os petistas falam de um tempo em que o minério de ferro e a soja não valiam nada para dizer que precisavamos do FMI como se fossem eles os responsáveis pela entrada de dólares no Brasil. Como se fossem eles os responsáveis pela valorização dos produtos agrícolas e minérios no mercado internacional que fizeram aumentar nossas reservas e atrair num circulo virtuoso mais investimentos para o País. Não fosse o crescimento da demanda internacional pelas comodities, que puxaram o Brasil para cima, e estaríamos quebrados. Hoje, Dilma usa a mesma política econômica que ela chamava de simplista para puxar o tapete do Paollocci no governo Lula. Ou seja, nunca deixaram de bater cabeça.

    1. Sofisma, nada mais que sofismas.

      Caso o governo não administre numa crise de liquidez internacional o país quebra, fica de joelhos e de pires na na mão nas portas do FMI, e mergulha no inferno da recessão e do desemprego.

      O Governo do Presidente Lula assumiu quase 25% da dívida pública interna era atrelada ao dólar, além  de uma elevada dívida pública externa.

       

      O aumento do superávit comercial foi utlizado para aumentar as Reservas cambiais, viabilizando a desdolarização da dívida pública interna, reduzir a dívida pública externa e quitar antecipadamente a dívida junto ao FMI.

      Além disso proporcionou o aumento do crédito agrícola, sem o qual não haveria aumento da produção agrícola.

      Na grave crise de 2008, administrou corretamente as Reservas Cambiais, reduziu  o compulsório e juros da selic, fez um gigantesco aporte ao BNDES, acionou os bancos públicos e garantiu o aumento do crédito agrícola.

      Ao contrário do que era feito nos governos anteriores.

      1. a amigo não respondeu, se não

        a amigo não respondeu, se não fosse o boom de commodities seria possível? o que leva em primeiro lugaro ao “inferno” do desemprego é inflação, pergunte a qualquer empresário o que é mais importante na hora de definir investimento, se inflação ou taxa de juros alta… ele até pode hesitar, mas vai responder inflação.. PT trouxe inflação de volta, a população não vai perdoar nunca.

  37. Verdade

    Há tempos não via tanta coragem L.N. Que se danem os anúncios da CEF, BNDES e Cia. Há verdade sempre vence. Espero que teus auxiliares também tenham está consciência-liberdade…..

  38. A miopia da política econômica de prioridades conflitantes

    Gostaria que me dessem um exemplo, unzinho só, de País que tenha sua condição melhorada em função de aperto monetário/fiscal, nos últimos 30 anos.

    1. Deu certo no primeiro ano do governo lula

      O “cavalo de pau” na economia de 2003 foi fundamental para o sucesso do governo lula.  

  39. Desgoverno irresponsável

    Lendo os cometários favoráveis e tentando justificar o desgoverno, instabilidade política e descrédito de quem pilita esta náu tupiniquim, só posso rir!

    O governo Dilma foi uma série de trapalhadas (burradas mesmo) e teimosia em todos os níveis, direcionamento errado, populisto para se manter no poder a todo custo, teimosia em admitir o óbvio, querer convencer que problemas não existiam e reverter as coisas aumentando gastos de marqueting.

    Aparelhamento vergonhoso do estado que hoje está contaminado como um vírus todos os escalões governamentais e na administração das estatais.

    Fixação quase psicótica em jogar a culpa em outros (FHC, Crise internacional, banqueiros, industriais, EUA, rentistas, sanguessugas, classe média fascista e reacionária, alinhamento com países de caráter claramente duvidoso (bolivarianos), financiamento de obras farônicas em outros países,copa, olímpiada, etc). Nunca é culpa da visão turva e desvirtuada do PT. Insistem nos erros e tentam resolve-los com propapaganda. Entendo que o primeiro passo para resolver algo é admitir que o problema existe….o que não ocorre e nem vejo o menor sinal disto!

    Vemos aqui comentários interessantes, alguns inteligentes pró ou contrários ao governo, e outros como o robozinho “Roberto São Paulo-SP 2015” que claramente tenta acobertar o óbvio por ter interesse próprio ou por burriçe mesmo. Comportamento que não agrega nada a discussão, pobre coitado se acredita que consegue mudar a opinião de alguém minimamente esclarecido.

    O resumo da ópera é que o PT trocou um programa de governo por um projeto de poder a qualquer custo. Para isto espalhou seus tentáculos perniciosos em todas as instâncias, aparelhando o estado para conseguir apoio, cabos eleitoraise patrulhas ideológicas em todas as esferas. A missão: Calar vozes discordantes e negociar “acordos” com formecedores, vide o que ocorre na pretrobrás.

    Gastou demais, gastou mal, deixou de investir no necessário, quis fazer propaganda trazendo Copa do Mundo e Olímpiadas…coisas que poderíamos descartar. Fizemos feio internacionalmente,  passamos por irresponsaveis e incompetentes. Simplemente “nenhuma” obra finalizou no prazo e dentro do orçamento planejado….já seria feio se fossem obras de infra-estrutura, quiçá sendo obras fúteis e sem retorno ao cidadão pagador de impostos.

    Quer mais exemplo de má fé do que pegar dinheiro “emprestado” do BNDES para cobrir rombo das distribuidoras de energia e baixar artificialmente as tarifas elétricas em 2013, alardeando nossa suposta auto-suficiência elétrica….inclusive tinhamos excedente de energia, conforme as palavras de nossa presidente…..sem comentários

    Nada diferente do que feito por todos os outros partidos, porém o que foi vendido antes das eleições não foi o que entregue e prometido.

    Rendeu-se aos mesmos vícios …..tolos os que ainda tentam defender este governo irresponsável e mentiroso.

     

    ps. não sou PSDB ou de qualquer outro partido. Acredito que o sistema como um todo é podre, não nos representa e nem dá ferramentas para cobrarmos e/ou processarmos e prendermos os malfeitores. Leis feitas por bandidos para bandidos e julgados por uma justiça parcial!

     

    Que Deus nos ilumine….estamos precisando!!

     

     

     

  40. Nassif,
    Concordo com você

    Nassif,

    Concordo com você quando diz que, ao insistir num ajuste fiscal rigoroso,  “…a relação dívida/PIB explode por dois motivos: aumento da dívida, com os juros; redução do PIB com a recessão, exigindo metas mais drásticas ainda de superávit primário”.

    Mas, qual a alternativa? A Dilma não pode sugerir um ajuste mais suave. Seria imediatamente acusada de não se emprenhar plenamente no ajuste, o que agravaria ainda mais as expectativas negativas do mercado, e aumentaria o tom de críticas da oposição.

    Qual a saída?

  41. Seja o que for que aconteça
    Seja o que for que aconteça os dois primeiros anos de governo estão irremediavelmente perdidos.
    Mas isso de nada Vale para a próxima eleição.

    Vamos ver se.o projeto político do PT tem apoio externo.
    Acredito que só isso pode salvar este Governo.
    Vamos ver o que a China oferece. Está semana mesmo saberemos como serão os dois últimos anos de governo de Dilma.
    E São estes que interessam para às eleições!

  42. Então…

    Sempre que leio uma análise econômica me deparo com considerações sobre o passado (o que não poderia ter sido feito) e/ou sobre o presente (o que está sendo feito e que não deveria ser feito daquela forma). Nunca vejo considerações sobre o que e como fazer. Por que será?

  43. por que a política econômica não desenvolve o Brasil?

    “Alzheimer” tornou-se uma das grandes patologias contemporâneas. progressivamente a pessoa se desconecta da realidade e de si mesma, passando a habitar um mundo de esquecimento e solidão.  o debate político está desde muito em estágio avançado de Alzheimer, inteiramente desconectado da realidade, girando no vazio de si mesmo.

    caso os dados e estatísticas exibidos pelos defensores do modelo Lulista (ou Dilmista, ou PSDBista, ou neoliberal, dá na mesma: são variações de gestão do mesmo projeto) correspondessem de fato a realidade, estaríamos numa formidável ciclo virtuoso, com o país marchando decididamente rumo ao desenvolvimento com inclusão social.

    contudo, os dados e estatísticas ufanistas não são simplesmente falsos! trata-se de um dos lados da verdade. para cada dado e estatística ufanista há outro correspondente, revelando tão somente um marketing político orientado a objetivos de curto prazo. assim é com a mobilidade social e “Nova Classe Média”, com o aumento do salário-mínimo e a queda da SELIC, com os programas sociais e tudo o mais. para quem de fato não apenas torce – e distorce – o fundamental está alhures.

    por exemplo: é fato que para a Copa de 2014 ocorreu gigantesco investimento, inclusive em infra-estrutura urbana (não foram só as arenas bilionárias da FIFA). por que a economia não cresceu?

    outro exemplo: é fato que a votação de Dilma no Nordeste se deve não ao Bolsa-Família e sim ao crescimento da economia na região, impulsionada pela atuação do Estado. então, por que em SP a iniciativa privada não foi capaz de fazer o mesmo?

    .

    1. Eu já disse o que queria dizer e está em comentário na 2ª página

       

      Arkx (segunda-feira, 18/05/2015 às 16:58),

      Parece que você resolveu recuperar o tempo afastado e se dedicou mais a este post pois aqui já são três os seus comentários.

      Só vi o seu terceiro comentário hoje, terça-feira, 19/05/2015. Se tivesse visto antes teria respondido aqui com o comentário que enviei ontem, segunda-feira, 18/05/2015 às 21:35, para junto de outro comentário seu (que na verdade eram dois, pois estava repetido) aqui neste post “A miopia da política econômica de prioridades conflitantes” de domingo, 17/05/2015 às 15:59.

      Ontem quando enviei o meu comentário, o seu estava na primeira página, e hoje da primeira vez que abri este post a minha resposta para você já estava na segunda página. Pensei até em fazer um comentário só para levar o seu para a segunda página e o comentário que eu enviei não ficasse solto no início da segunda página. Em meu comentário eu transcrevo o post “Pensando o futuro” de quinta-feira, 21/05/2009 às 14:48, publicado aqui há cerca de seis anos e que era de sua autoria e reproduzo também um comentário meu para você em uma época em que você era frequente por estas plagas.

      Bem, por curiosidade o título que eu dei para o meu comentário junto ao seu foi: “Roberto São Paulo-SP 2015 vê o futuro, você se atém ao presente”. A essência do que eu queria dizer é que você vê o passado e o presente com os olhos presos a um futuro muito distante. O Roberto São Paulo-SP 2015 está olhando para o futuro próximo e trás os dados do passado recente e do presente para mostrar que o futuro que ele divisa é factível.

      Sonhar não é pecado, mas faz mais bem sonhar mantendo os pés no chão.

      Clever Mendes de Oliveira

       

      BH, 19/05/2015

  44. Austeridade petista

    O pessoal que acusava a Alemanha aqui deve estar desesperançado…. meu diagnóstico é que Levy encontrou um rombo muito maior do que o que foi divulgado e não sabe fazer outra coisa do que cortar.

  45. Vamos

    Quero acompanhar o aumento do desemprego, os projetos pararem e a inflação. Nem falo nos déficit. Retornamos aos sistemas politico e econômicos antes de 2002 e que não deram certos..

  46. Pois é, Nassif

    Exatamente o cenário que vejo pela frente. E, até agora, irrversível, pois se a base do crescimento está na expectativa de aumento de demanda e os instrumentos são todos de contenção de consumo, este só poderia vir através das exportações. O agronegócio fará sua parte, mas quem mais?

    Agora, o mais intrigante, com esta sua análise, como respeitar o que propõe e escreve Samuel Pessôa, engatado num neoclássico despropositado? Respeitá-lo apenas pela educação é para outra hora.

    Vou mais longe. Quem fica se batendo, como ele, a dizer que o Brasil só melhora depois que melhorar a educação do brasileiro, mente, tergiversa, bota um longo prazo para lá da casa do Carvalho. Qual o nível de instrução bom para a economia? Alguém sabe? O quanto foi feito nos últimos anos para isso. Sem dúvida, bastante. E veio a crise de que não sairemos tão cedo.

    O pensamento econômico nacional é impregnado de visão macro, funcionalista, patrimonial. Poucos ousam negar o cânone consumo-inflação-taxa de juros.

    Nunca trabalhei em empresa que não tivesse perspectiva de demanda que pudesse ser crescente e ajustada aos custos fixos e margens. Milhares de negócios foram criados no Brasil, sob esta óptica, nos últimos anos.

    Dilma, mais uma vez, está sendo mal orientada. Quer e não quer; faz e não faz; propõe e despropõe conforme seu corpo técnico, aos poucos, se adapta aos clamores da mídia e do Congresso.

    Voltei, hoje, de Salvador. De todos, percebi, que se houvesse guilhotina no País, Lula e Dilma a ela seriam submetidos. Pergunte por quê? Poucos sabem. Misturam corrupção, inflação, desemprego, queda nos salários, povo sujo, trânsito desorganizado, pão bolorento.

    Catástrofe que nem aconteceu, que irá piorar muito mais, sem dúvida, como você expõe, mas já tem donos e reponsáveis.

    E quem anda contando tudo isso pra essa gente? Sabemos bem. Com a luxuosa ajuda do pandeiro de Samuel Pessôa, e outros analistas sérios e bem educados.

    Nota: sei lá se deveria ter postado no blog; ainda não entendi bem a dinâmica GGN 

  47. Alô Dilma!

    “Houve exageros na dosagem dos incentivos fiscais da era Mantega. Agora corre-se o risco inverso, do excesso de dosagem na combinação política fiscal-monetária”. Senhora Dilma, precisa desenhar??

  48. Desespero

    O pior ainda está por vir. Em 2022 a população inativa será numericamente igual a da ativa, só que não haverá dinheiro para pagar os aposentados. Quem não tiver previdência privada estará no sal!

  49. Politica Econômica ou Economia Politica??

    Perfeita e sintética descrição da trajetória de queda livre em direção ao abismo – para a maioria – que a politica econômica atual desenha. Quanto a travessia, é preciso lembrar que no meio dela muitas vidas são ceifadas – literalmente em alguns casos. Já dizia o conservador Lord Keynes que no longo prazo todos estaramos mortos. Acho que não todos, não os ‘rentistas’ mas muitos (os trabalhadores e alguns setores da ‘pequena burguesia’). Ah, e a politica econômica não visa o crescimento: visa manter o status quo dos 1% que detém 40% da riqueza no mundo. Falta discutir a Economia politica em lugar da politica econômica!

  50. Se não há ações efetivas de

    Se não há ações efetivas de contra-golpe, talvez seja a hora – figura de linguagem – de assumirem na prática, o controle dos métodos de entreguismo que há séculos vem evoluindo nos ninhos de serpentes nacionais, deixando como opção aos escravagistas, apenas ações de risco relacionadas ao saque – obviamente nada contra a biologia da coisa –
    mas continuar apostando na auto regulação institucional como algo que “acontece” ou acontecerá, demonstra bem o motivo pelo qual milhares de pessoas acreditam nos contos de pastoreio.

    As esquerdas – dito isto – há muito passaram, passarão ou passarinho entre os direitista com escopetas de sal. Ao contrário do apregoado diuturnamente pelos meios antipáticos midiáticos – não há o que finalizar.  Persistir na crença da auto-regulação, sem atualizar essas ramificações teóricas que conectam os subterrâneos das fases político-econômicas – como se fossem dissociáveis, apenas adia o ilusório fim .

    Como diria em ditado popular: “Tirar o doce da boca dessas crianças lobbistas!”

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