Bancos apostam no mercado interno

Do Brasil Econômico

Bancos recomendam ações ligadas ao consumo interno

 Com cenário internacional instável, Bradesco Corretora, BTG Pactual e Bank of America apostam em empresas ligadas à economia doméstica em novembro e aumentam exposição no setor bancário.

O anúncio de um plano para a Grécia tranquiliza, mas não isenta o mercado de novas preocupações vindas do Velho Continente. 

O ambiente segue desafiador na opinião de Carlos Firetti e Dalton Gardimam, analistas da Bradesco Corretora.

“Ainda vemos risco de momentos adicionais de deterioração no cenário antes de uma recuperação mais firme”, avaliam.

A carteira sugerida pelo banco em outubro avançou 3%, contra uma valorização de 11,5% para o Ibovespa.

As principais perdas vieram dos papéis da Drogasil (-4%), do Fleury (-3,5%) e da BR Malls (-3,4%). As ações da Petrobras (11,6%), da Alpargatas (9,2%) e da Cielo (8,6%) destacaram-se positivamente.

Entre as expectativas da corretora, ênfase para Cyrela e Drogasil, empresas cujas ações têm potencial de valorização de 83,9% e 83,3%, respectivamente, em 2012.

O BTG Pactual aposta no setor bancário que, segundo os analistas, tem sido negociado a valores atrativos na bolsa de valores.

A instituição financeira ampliou sua exposição ao segmento, chegando a 10% de sua carteira em ações do Itaú Unibanco e 15% nos papéis do Bradesco.

Commodities

Por outro lado, a desaceleração da economia mundial força a saída de papéis ligados ao desempenho das commodities, segundo a equipe do Bank of America Merrill Lynch.

A opinião é compartilhada pelo BTG Pactual, que reduziu suas posições no setor a 15% da carteira, concentrados exclusivamente nos papéis da Vale.

O relatório do BTG, assinado por Carlos Sequeira, Bernardo Miranda e Antonio Junqueira, destaca que o mercado brasileiro está sobrevendido e tem reagido de forma exagerada aos indícios dos mercados.

“Entendemos que a venda dos papéis da Vale por receio de menores preços para o minério de ferro passou do ponto”, lembra o relatório.

Europa

O BTG Pactual lembra que a situação na Europa está longe de ser resolvida, o que alimenta mais a cautela.

“Estamos cautelosos com o mercado em geral e com o mercado brasileiro em particular”, sinaliza o documento.

“Na nossa opinião os mercados devem seguir voláteis enquanto os líderes europeus estiverem trabalhando na implementação das medidas anunciadas. Por isso decidimos manter nosso portfólio com baixo risco, focado em empresas expostas à economia local.”

Para os próximos 12 meses, o Bank of America espera que o Ibovespa esteja operando em torno dos 70 mil pontos, com base no avanço do setor doméstico, segundo o relatório assinado por Renato Onishi, Pedro Martins Jr. e Marina Valle.

“O Brasil segue sobrevendido, acreditamos em um potencial de alta de 20% nos próximos 12 meses.”


Luis Nassif

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador