O Brasil recebeu nesta quinta-feira (30/11) o convite para ingressar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+), grupo de 23 países produtores e exportadores de petróleo.
A questão está em avaliação pelo ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, que compõe a comitiva brasileira que está em Dubai, nos Emirados Árabes, para a COP28.
Caso aceite o convite, o Brasil passará a atuar em duas frentes: tanto na produção de petróleo como no movimento em torno da migração para o uso de formas mais sustentáveis de combustível.
O que é a OPEP+
Mais ampla do que a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), a OPEP+ é composta por 10 países além dos integrantes da OPEP, como Rússia e Arábia Saudita.
E justamente essa possibilidade de convidar outros países diferencia a OPEP+ da organização original – inicialmente criada em 1960 e que conta apenas com 13 países: Arábia Saudita, Irã, Kuwait, Venezuela, Iraque, Argélia, Equador, Gabão, Indonésia, Líbia, Nigéria, Catar e Emirados Árabes Unidos.
O objetivo da organização é estreitar a colaboração entre os produtores principalmente após turbulências registradas no passado recente, como a forte queda de preços vista em 2014.
O acordo entre a organização e outros países que produzem petróleo (em especial a Rússia) foi fechado para equilibrar a oferta e a demanda de petróleo, estabilizar os preços e manter a sustentabilidade econômica para todos os participantes.
A organização realiza reuniões regulares para ajustar e debater a produção global de combustível fóssil e manter a oferta global equilibrada inclusive em termos de preços, além de seu impacto na geopolítica e nos mercados financeiros.
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Eu entendo que a OPEP e a OPEP+ sabe perfeitamente das boas intenções ambientais do atual governante do Brasil, para restaurar e melhorar bastante a qualidade da atmosfera e em consequência, também contribuir para a melhora da qualidade de vida no planeta, com combustível limpo e energia limpa.
Fica claro que é uma intenção diretamente oposta e danosa aos interesses e a toda estrutura atual da OPEP e OPEP+.
Então, se assim for, qual o interesse do convite da OPEP+ ao Brasil?
Uma coisa não bate com a outra, certo?
Sem uma resposta lógica que justifique a oferta, só nos resta aguardarmos o andamento.
Também não dá para ironizar em se tratando de uma armadilha, a arquitetura do prédio Sede da OPEP permite imaginar um alçapão, onde se prende liberdades.