Brasil e Paraguai irão renegociar os termos financeiros que ajudaram a viabilizar a construção de Itaipu Binacional, após 50 anos de consolidação do acordo.
Tal renegociação está prevista no contrato inicial entre os países, e engloba as bases financeiras e de prestação de serviços de eletricidade da usina.
O assunto foi tema de reunião realizada nesta sexta-feira entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o novo presidente paraguaio, Santiago Peña, que assume no cargo no próximo dia 15.
O encontro também contou com a presença do diretor-geral brasileiro da geradora de energia, Enio Verri, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Segundo Lula, a repactuação do Tratado de Itaipu deve levar em conta a realidade dos dois países e possibilitar o desenvolvimento de ambos.
Tal linha foi igualmente defenda por Peña, ressaltando que Itaipu tem que ser geradora de energia e de desenvolvimento tanto para o Brasil quanto para o Paraguai.
“O Paraguai não está buscando uma política rentista, mas uma política de desenvolvimento, uma política econômica que gere emprego”, afirmou Peña, ressaltando que o objetivo das negociações é construir uma visão comum e que o projeto de integração tem que olhar para o futuro de maneira mais ambiciosa.
Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, com 20 unidades geradoras e 14 gigawatts de potência instalada.
Em 2022, com 69,8 milhões de megawatts de energia gerada, a usina abasteceu 8,6% do mercado de energia elétrica brasileiro e 86,3% do paraguaio.
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