Consumo de importados volta a bater recorde em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A participação dos produtos estrangeiros no consumo nacional voltou a subir: o Coeficiente de Penetração de Importações atingiu 22,5% no primeiro trimestre deste ano, segundo levantamento elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador, que aumentou 0,4 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2013, é o mais alto da série histórica, iniciada em 2007. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a participação dos importados cresceu 1,4 ponto percentual no início de 2014.

De acordo com a pesquisa, o crescimento é resultado “dos aumentos persistentes no Coeficiente de Penetração de Importações na indústria de transformação”, segmento em que o indicador subiu de 20,5% no final de 2013 para 20,9% no primeiro trimestre deste ano. No mesmo período, o coeficiente de importações na indústria extrativa caiu de 57,5% para 54,9%.

Entre os 23 setores da indústria de transformação pesquisados, o coeficiente de penetração de importações  caiu apenas nos de farmoquímicos e farmacêuticos e no de outros equipamentos de transporte (navios, reboques, aviões e outros). As maiores altas do indicador foram registradas nas indústrias de veículos automotores, produtos diversos, vestuário, têxteis e produtos de metal.

“O avanço da participação das importações não faz parte de uma estratégia das empresas. É mais um indicador que confirma a falta de competitividade da indústria brasileira. Com baixa produtividade e custos elevados, a indústria nacional está perdendo mercado interno e externo”, avalia o gerente executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, ressaltando que, enquanto o coeficiente de penetração das importações aumentou, o de exportações ficou estável e só não caiu por causa da desvalorização do real frente ao dólar no primeiro trimestre.

O coeficiente de exportação, que mede a importância das vendas externas no valor da produção da indústria, ficou em 19,8% no primeiro trimestre, praticamente igual aos 19,7% do final do ano passado.  “Os coeficientes da indústria extrativa e da indústria de transformação têm observado comportamentos distintos”, diz o estudo, elaborado em parceria com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).  Na indústria extrativa, o indicador caiu 1,4 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2013. Na indústria de transformação, o coeficiente ficou estável, em 16%.

“O valor das exportações de produtos industriais em dólares no primeiro trimestre deste ano é menor que o observado no último trimestre de 2013 (redução de 1%). Contudo, a desvalorização do câmbio impediu a queda do coeficiente. Em reais, as exportações aumentaram 2,6%”, informa o estudo trimestral.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1.  
     Vamos resumir:
      Os

     

     Vamos resumir:

      Os importados batem recorde.Mas quem compra importados?

    ”’ As maiores altas do indicador foram registradas nas indústrias de veículos automotores, produtos diversos, vestuário, têxteis e produtos de metal.”

           Caracas!!! 

            Sem pesquisar, esses setores são mais de 10 por cento de pessoas do país?

                  Não ou sim?

                Se é não, que o governo faça o seguinte:

                   Que essa classe ( que é o andar de cima como diz Gaspari) pague os impostos dos viventes do andar de baixo. Ou seja: Mais imposto pra eles ( supérfulos) e NENHUM pra arroz ,feijão,higiene e produtos básicos.

               E aí os preços baixam e a inflação tbm.

    Ou a inflação é medida pelos helicópeteros comprados pelos bacanaS?

     

                Será que é tão difícil concretizar?

  2. Quem vive a industria brasileira

    sabe muito bem que o mantra dos economistas do setor financeiro e seus repetidores da mídia sobre o Brasil ser uma “economia muito fechada” é hoje uma falácia.

    ” aumentos persistentes no Coeficiente de Penetração de Importações na indústria de transformação”, segmento em que o indicador subiu de 20,5% no final de 2013 para 20,9% no primeiro trimestre deste ano. “

    Mais de 20% de penetração, levando em conta que essas importações vem de além mar, é um número muito alto. Em praticamente todos os setores é o produto importado que define o nível dos preços internos.

     

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