Desemprego recua, mas subemprego segue avançando

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Taxa de desocupação chega a 9,3%, segundo IBGE; taxa de informalidade chega a 40% da população ocupada

Foto: Marcello Casal Jr/ABr

A taxa de desemprego no mercado de trabalho brasileiro atingiu 9,3% no segundo trimestre de 2022, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O índice caiu 1,8 ponto percentual (p.p.) ante o primeiro trimestre de 2022 (11,1%) e 4,9 pontos percentuais frente ao mesmo trimestre de 2021 (14,2%).

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,3%, com destaque para os percentuais apurados em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (81,0%) e Paraná (80,9%) e os menores, no Piauí (46,6%), Maranhão (47,8%) e Pará (51,0%).

Ao mesmo tempo, a taxa composta de subutilização da força de trabalho – que engloba pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada – atingiu 21,2%.

Novo documentário do Jornal GGN denuncia ameaça de golpe eleitoral de Bolsonaro e os esquemas da ultradireita mundial. Apoie o lançamento: WWW.CATARSE.ME/XADREZ-ULTRADIREITA

Já a taxa de informalidade no país foi de 40,0% da população ocupada durante o segundo trimestre. As maiores taxas ficaram com Pará (61,8%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (57,7%) e as menores, com Santa Catarina (27,2%), São Paulo (31,1%) e Distrito Federal (31,2%).

De acordo com o IBGE, o percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 26,2%, sendo que os maiores percentuais foram vistos no Amapá (35,7%), Rondônia (35,3%) e Amazonas (35,0%) e os menores foram apurados no Distrito Federal (20,1%), Mato Grosso do Sul (22,6%) e São Paulo (23,2%).

O número de desalentados no segundo trimestre de 2022 foi de 4,3 milhões de pessoas. O maior número estava na Bahia (612 mil desalentados). O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no segundo tri de 2022 foi de 3,8%.

Leia Também

Orçamento 2023 projeta salário mínimo de R$ 1.294

Vendas no varejo caem 1,4% no mês de julho, segundo IBGE

Puxada pela redução dos combustíveis, julho registra deflação de 0,68%

O assalto aos pobres, por Marden Campos

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Nassif, esse dado do IBGE, não pode ser levado em conta cientificamente, não temos aferidor confiável, do trabalho informal, nem pela quantidade, nem pelo tempo ocupado, e nem da remuneração. Se os dados da indústria não mostram nenhum crescimento, nem o comercio e nem o setor de serviço, qual a confiabilidade disso, além de que o setor de construção não mostrou crescimento nenhum? O IBGE não confiável com os dados, uma vez que foi totalmente aparelhado de forma não técnica, mudado as metodologias e etc, pois esses dados saem da anti sala de políticos para formar fake e criar perspectiva eleitoral. Nesse momento uma analises serias dos dados, deveriam averiguar essas informações, pois o que estão fazendo cruzando a diminuição dos combustíveis, o auxilio que na economia ainda não teve impacto e a questão política do orçamento secreto.

  2. Todos esses dados servem como indicadores da realidade do mercado de trabalho, das condições nas quais se solidifica o trabalho no País. Mas o que realmente importa é a tradução de tudo isso. O avanço do tempo não está resultando no progresso das atividades produtivas e consequente multiplicação de meios e formas dessas atividades. A procura cada vez maior, por questões de sobrevivência, das atividades informais demonstra o preço pago pelo País, à sua opção pelo não desenvolvimento. Ao deixar de expandir o conjunto produtivo da economia, incapacitando-a de absorver fora da marginalidade, os contingentes de trabalhadores que estão ou ingressam no mercado de trabalho, está-se condenando todo o País a não prosperar. A qualificação do País carregaria todos os tipos de negócios e atividades para níveis acima, criando padrões mais elevados minimamente aceitáveis. A precarização adotada no Brasil e amplamente praticada acaba por inviabilizar qualquer intenção de atingir competitividade nas relações econômicas. Não se pode tirar muito do mínimo. Assim esse processo de desorganização prejudica o País e toda essa sociedade.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador