Energia elétrica impulsiona IPCA-15 em agosto

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Sete dos nove grupos que compõem a prévia da inflação avançaram no mês, segundo IBGE; índice em 12 meses interrompeu sequência de quedas

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) encerrou o mês de agosto em alta de 0,28%, revertendo a deflação de -0,07% vista em julho, segundo cálculos divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Sete dos nove grupos que compõem o índice tiveram alta no período, com destaque para o aumento dos preços do grupo Habitação, que fechou o mês em alta de 1,08%.

Os outros grupos que avançaram ao longo do período foram Saúde e cuidados pessoais (0,81%), Educação (0,71%), Despesas Pessoais (0,60%), Transportes (0,23%), Comunicação (0,04%) e Artigos de residência (0,01%).

Apenas os grupos Alimentação e bebidas (-0,65%) e Vestuário (-0,03%) apresentaram deflação no período de análise.

O grupo Habitação também foi responsável por exercer o maior impacto na composição do indicador, com 0,17 ponto percentual – segundo o IBGE, isso se deve ao fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior.

Além disso, reajustes foram aplicados em três áreas de abrangência do índice: em Curitiba (9,68%), onde o reajuste de 10,66% teve vigência a partir de 24 de junho; em Porto Alegre (5,44%), com reajuste de 2,92% a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e em São Paulo (4,21%), onde o reajuste de -1,13% foi aplicado a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.

A segunda maior elevação contabilizada pelo IBGE ficou com o grupo Saúde e cuidados pessoais (0,81%), que afetou a composição do índice em 0,11 ponto percentual.

Tal variação foi afetada pelos itens de higiene pessoal, que passaram de -0,71% em julho para 1,59% em agosto. Os preços dos produtos para pele (8,57%) e dos perfumes (2,94%) subiram, após queda de 4,32% e 1,90% em julho, respectivamente.

Alimentação em queda

Por outro lado o grupo Alimentação e Bebidas não só apresentou a menor variação (-0,65%) como exerceu o único impacto negativo no período (-0,13 ponto percentual) devido à deflação do item alimentação no domicílio (-0,99%), que já havia registrado recuo nos dois últimos meses.

Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-12,68%), do tomate (-5,60%), do frango em pedaços (-3,66%), do leite longa vida (-2,40%) e das carnes (-1,44%). No lado das altas, as frutas (1,42%) subiram de preço.

A alimentação fora do domicílio (0,22%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%), em virtude da desaceleração do lanche (1,02% em julho para 0,14% em agosto). Já a refeição (0,35%) acelerou na comparação com o resultado de julho (0,17%).

No gráfico abaixo, é possível verificar o impacto exercido por cada componente pesquisado no IPCA-15.

Total em 12 meses avança 4,24%

Com isso, a prévia da inflação oficial chegou a 3,38% e, em 12 meses, atingiu 4,24%, acima dos 3,19% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2022, a taxa foi de -0,73%.

No gráfico abaixo é possível acompanhar as variações vistas ao longo dos últimos meses – vale lembrar o resultado de agosto interrompeu um período de 11 meses em queda da variação acumulada em 12 meses.

Os custos com saúde e cuidados pessoais (9,89%), educação (8,38%) e vestuário foram os que mais subiram ao longo dos últimos 12 meses , contrastando com os custos da alimentação (1,53%) e dos artigos de residência (0,26%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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