Painel internacional

“O Brasil é um país sério e isso é um caminho sem volta”

ELPAIS.COM

Previsibilidade, mas sobretudo seriedade. Este é o Brasil. Esta é a mensagem que, acompanhada por números esmagadores de sua gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva transmitiu ontem em Madri para os participantes da reunião ‘Brasil – Aliança para a nova economia global’, organizada pelo El País e o jornal brasileiro Valor Econômico. E com uma mensagem importante: “é um caminho sem volta”, disse o ex-sindicalista. Na reta final de sua gestão – em outubro será realizada a eleição presidencial e em 1º de janeiro de 2011 deixará o poder -, Lula expôs a numerosos empresários espanhóis e brasileiros alguns aspectos que fizeram o seu caminho até a sede presidencial do Planalto. O presidente anda a frente de 14 milhões de empregos criados, com 30 milhões de pobres incorporados à classe média e poder de consumo, e com o número de vagas nas universidades estaduais duplicando. “E ninguém está preocupado com quem vai ganhar as eleições. Essa é a grande mudança no Brasil”, acrescentou o presidente, que também marcou outra grande guinada na estratégia brasileira: E assim, assumindo o papel de líder de de um país de peso internacional em nível econômico, o presidente brasileiro foi especialmente duro com a gestão europeia da crise econômica e financeira. “Por que a Alemanha levou tanto tempo para ajudar a Grécia, e por que a Europa levou três meses para ajudar a Grécia? Os países dependiam de uma decisão coletiva, que de coletiva não tinha nada. [Na verdade] Se tratava de a Alemanha dizer sim [ou não]”.
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O euro se torna radioativo
Rússia diz que reator nuclear iraniano terá início em agosto
Perspectivas para o encontro EUA-China
Governo tailandês amplia toque de recolher

O euro se torna radioativo

Alguns dos maiores gestores financeiros do mundo e os bancos centrais têm se tornado cada vez mais céticos em relação ao euro, representando uma ameaça para o futuro da moeda única. Até agora, durante a descida de meses de duração do euro, a atenção tem sido focada na venda dos fundos de hedge de ativos europeus, mas os bancos centrais e os grandes gestores têm uma influência muito maior sobre os mercados cambiais. Mesmo que eles não despejem ativos em euros, uma simples pausa na sua compra poderia pesar sobre a moeda. O euro subiu nesta quarta-feira para US$ 1,2385, saltando de US$ 1,2143, atingindo no dia o nível mais baixo em relação ao dólar em quatro anos, e de US$ 1,2210 na terça-feira em Nova York. Foi apenas o segundo ganho em sete dias face ao dólar para a moeda comum da Europa, que caiu cerca de 15% em relação ao dólar este ano. O banco central da Coreia do Sul, que tem aproximadamente US$ 270 bilhões em reservas de moeda estrangeira, entre as maiores do mundo, disse neste mês que os problemas de dívida soberana da zona do euro tornam a moeda utilizado por 16 nações menos atraente como valor de reserva. O chefe do banco central do Irã disse nesta semana que o país pode repensar suas reservas, que a Agência Central de Inteligência estima em cerca de US$ 81 bilhões. E a Rússia, com US$ 400 bilhões em reservas em moeda estrangeira, disse que mudou seu mix de reservas para fora do euro no ano passado.
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Rússia diz que reator nuclear iraniano terá início em agosto

Um reator que está sendo construído pela Rússia na usina iraniana de energia nuclear de Bushehr está programado para começar a operar em agosto, disse o chefe da corporação estatal nuclear da Rússia, disse aos jornalistas na quinta-feira. Questionado por jornalistas sobre quando o reator da usina de Bushehr começaria a operar, Sergei Kiriyenko, chefe da Rosatom Rússia Corp disse: “agosto”. O Irã diz que seu programa atômico se destina à geração de eletricidade e não desenvolvimento de armas, como suspeitam as potências ocidentais. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas – Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, China e Rússia – mais a Alemanha chegaram a um acordo sobre um novo rascunho de sanções da ONU contra o Irã. A delegação dos EUA a apresentou ao conselho de 15 nações na terça-feira. O projecto de resolução foi suavizado depois que a Rússia e China se opuseram às propostas mais draconianas dos EUA e os europeus.
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Perspectivas para o encontro EUA-China

Um ano repleto de drama diplomático mudou um pouco os objetivos de ambas as partes no diálogo de 2010, a segunda vez que o encontro anual EUA-China é convocado desde que a administração Obama tomou posse. Os diplomatas da China vieram a Washington no ano passado prontos para culpar o sistema financeiro dos EUA pela recessão global. Este ano, a recuperação econômica da China está no mais sólido terreno e até mesmo superaquecendo, colocando Pequim na defensiva justo quando o alto desemprego e as ameaçadoras eleições intercalares aumentam a pressão sobre os negociadores dos EUA para que adotem uma abordagem linha-dura. A última reunião EUA-China e o Diálogo Econômico e Estratégico (DE&E) abriu com um debate sobre as alterações climáticas, dando início ao processo em que a administração Obama claramente esperava liderar um acordo multilateral apoiado pela China na reunião de cúpula de Copenhague. Essa estratégia fracassou: espera-se que os formuladores políticos dos EUA na próxima reunião em Pequim minimizem a importância da cooperação com a China sobre questões ambientais. Em vez disso, a cooperação entre o Irã e outros interesses geoestratégicos podem tomar o centro das atenções na esfera da segurança, somadas a outras preocupações sobre a oferta de energia. A reunião anterior também veio no auge da preocupação com a sustentabilidade do dólar como moeda de reserva.
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Governo tailandês amplia toque de recolher

O governo tailandês concedeu um toque de recolher noturno em Bangcoc e em 23 províncias na quinta-feira, mesmo com as tensões diminuindo na capital um dia depois dos distúrbios e incêndios convulsionando a cidade, em resposta à repressão militar aos manifestantes antigovernamentais. Os bombeiros apagaram o que sobrou de um grande centro comercial incendiado pelos manifestantes na quarta-feira, durante a retirada das forças de segurança e ao meio-dia aparentemente a maioria dos edifícios em incêndios em toda a cidade estava sob controle. Mas houveram danos extensivos em cerca de uma dúzia de edifícios, incluindo o Central World, um dos maiores centros comerciais do Sudeste Asiático. Na tarde de quinta-feira, era uma ardente e enegrecida concha. As testemunhas ouviram tiros ocasionais no início da quinta-feira na área onde os manifestantes se reuniam – o principal distrito comercial da cidade popular entre os turistas estrangeiros – mas sem deixar feridos. Algum tráfego voltou ao coração de Bangcoc, mas o lixo de dois meses de protestos lotavam as ruas, agora patrulhadas por centenas de soldados. Também na quinta-feira, a polícia negociou a saída do que parecia ser mais de mil manifestantes que haviam passado a noite em um templo budista próximo à área de protesto. Os corpos de seis manifestantes mortos nos confrontos eram alinhados no terreno do templo. O número de mortos na repressão -14 e 105 feridos – foi menor do que o banho de sangue que muitos temiam. Pelo menos 60 pessoas morreram desde que começaram os protestos em Bangcoc, em março.
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Luis Nassif

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