Trabalho: renda média de admissão despenca em um ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Saldo referente a março é o menor do ano e está abaixo do visto no mesmo período de 2021, segundo dados do Caged

Photo by Eduardo Soares on Unsplash

O mercado de trabalho brasileiro registrou a criação de 136,1 mil postos de trabalho no mês de março, mas a uma renda média de admissão em queda: o salário médio registrado foi de R$ 1.872,07, queda de 2,03% ante o visto em fevereiro (R$ 1.910,79).

E a retração é ainda mais expressiva quando se compara o valor apurado em 2021: na ocasião, a média do salário médio na admissão era de R$ 2.018,60. Ou seja, o trabalhador brasileiro está recebendo R$ 146,54 a menos em relação aos contratados no ano passado.

Ao longo do mês, o país criou 136.189 empregos formais, abaixo dos 153.431 empregos novos gerados em março do ano passado, segundo dados do novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado recentemente pelo Ministério do Trabalho.

O saldo apurado em março foi decorrente de 1.953.071 contratações menos 1.816.882 de demissões.

Já o estoque de empregos formais, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos no país, encerrou março com 41,2 milhões de empregados, alta de 0,33% em relação ao mês anterior. No ano, foi registrado saldo de 615.173 empregos, decorrente de 5.820.897 admissões e de 5.205.724 desligamentos.

Quatro dos cinco grupos de atividades econômicas apresentaram melhora no saldo de empregos: a grande parte, no total de 111.513 novos empregos, foi gerada no setor de serviços, distribuído principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. 

O setor de construção civil gerou 25.059 postos de trabalho, seguido pela indústria (15.260 novos empregos) e comércio, com saldo de 352. O setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve saldo negativo de geração de empregos, com 15.995 desligamentos a mais do que contratações. 

Com informações da Agência Brasil

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Diante da situação geral do País, esses números não poderiam vir diferentes. Pode haver uma oscilação aqui outra alí num momento ou outro, mas o quadro precisa ser coerente com a realidade. O problema passa a existir quando todos se comportam isolando a nossa realidade, deixando de considerar outras realidades. Querendo atribuir e justificar a realidade do Brasil apenas com os fatores externos, selecionando somente dados ruins que possam diminuir o peso das atitudes tomadas aqui. Por quê nós não estamos no mesmo grupo dos países que apresentaram expansão nos seus índices, enquanto as expectativas eram contrárias. Ao invés de buscar fazer o que é necessário para o País colher os frutos que precisa, pegam as piores previsões, pra continuar não fazendo nada. Quem pode crescer e abdica disso, não pode ficar se queixando. A ralé que depende das decisões dos nobres, essa é sempre vítima, ou melhor, atingida pelas consequências delas.

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