Merkel alerta para crescimento da tensão nos Balcãs

Da Agência Brasil

A chanceler alemã, Angela Merkel, alertou hoje (3) para possíveis conflitos armados nos Balcãs, por onde passa a maioria dos refugiados, diante da hipótese de a Alemanha fechar a sua fronteira com a Áustria.

“Nos últimos tempos, a tensão entre os países ocidentais dos Balcãs já começou a ser sentida, não queremos que esses problemas cheguem a confrontos militares”, afirmou a chanceler, nessa segunda-feira (2) à noite.

Especialistas alertam que se a Alemanha – principal destino dos migrantes, em especial dos que fogem da guerra na Síria -, fechar a sua fronteira com a Áustria, os países dos Balcãs vão acabar por fazer o mesmo.

No fim de outubro, a União Europeia anunciou a criação de 100 mil vagas para acolher refugiados na Grécia e nos Balcãs, a fim de conter a crise migratória sem precedentes que provocou tensões entre a Eslovênia, Croácia, Sérvia e Hungria.

Dentro da Alemanha, a questão dos refugiados também divide a coligação conservadores/social-democratas, que não conseguiu chegar a um acordo na reunião realizada domingo (1º).

Uma nova rodada de negociações está marcada para quinta-feira (5) e deverá abordar a criação, sugerida pelos conservadores, de “áreas de trânsito” na fronteira da Alemanha com a Áustria para acelerar a revisão dos registros e despejos, ideia já rejeitada pelo Partido Social Democrata.

Merkel afirmou que caso não haja acordo na reunião, as negociações vão continuar.

Redação

3 Comentários

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  1. Não deixe a beleza te enganar.
    Já absorveram a mão de obra barata que necessitavam.
    Agora é aparar as arestas com os vizinhos que.não necessitavam desta mão de obra.
    Antes do fluxo houve uma relativização das leis trabalhistas. Agora podem recebem menos que o salário mínimo.
    Sabe como são as coisas, salário mínimo é para seres humanos apenas.

    Isso é Alemanha! Não são bonitos?

    1. Olha o pathos, Athos…

      Não seja superficial. Informando-se melhor, você saberia que a decisão do governo de coalisão democrata-cristão/social-democrata o colocou em rota de colisão com a direita (CSU, AfD, “Pegida”, pra não alar da extrema-direita). Merkel pôs seu destino político em jogo ao abrir as fronteiras para os refugiados. Ela (como o presidente Joachim Gauck) começou sua carreira nos movimentos de sociedade civil na antiga Alemanha Oriental, sabe portanto o que é viver numa ditadura. Mas é aquela coisa: se a Alemanha não estende a mão, é mesquinha; se o faz, é movida por interesses. Contra o ressentimento nunca há argumento bom o suficiente (a não ser que você seja um Nietzsche).

      A Alemanha não é santa, claro. Está entre os maiores exportadores de armas. Mas tem tido uma postura positiva na arena internacional (ao contrário do governo Dilma, que se cala vergonhosamente diante do que está acontecendo na Venezuela). Anote aí: caso a atual coalisão não se reeleger nas próximas eleições, o que pode advir por lá é algo parecido com o Front National francês. Que lhe parece? Meu conselho portanto é que você torça discretamente pela Merkel, até porque um centro ideológico e com musculatura eleitoral é algo que atualmente faz falta em tudo quanto é canto. No Brasil, inclusive.

       

      1. Eu não tenho medo.
        Não vou
        Eu não tenho medo.

        Não vou apoiar quem abomino por medo do pior.
        Isso funciona com muitos, mas não comigo.

        Merkel é abominável!

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