Sobre macacos, bananas e racismo

Sugerido por Nilva de Souza

Da Carta Capital

Contra o racismo nada de bananas, nada de macacos, por favor!

NeyAFRICA

À esquerda, foto de Neymar em apoio a Daniel Alves; À direita foto de Ota Benga, Zoológico do Bronx, Nova York, em 1906.

Por Douglas Belchior

A foto da esquerda todo mundo viu. É o craque Neymar com seu filho no colo e duas bananas, em apoio a Daniel Alves e em repulsa ao racismo no mundo do futebol.

Já a foto à direita, é do pigmeu Ota Benga, que ficou em exibição junto a macacos no zoológico do Bronx, Nova York, em 1906. Ota foi levado do Congo para Nova York e sua exibição em um zoológico americano serviu como um exemplo do que os cientistas da época proclamaram ser uma raça evolucionária inferior ao ser humano. A história de Ota serviu para inflamar crenças sobre a supremacia racial ariana defendida por Hitler. Sua história é contada no documentário “The Human Zoo”.

A comparação entre negros e macacos é racista em sua essência. No entanto muitos não compreendem a gravidade da utilização da figura do macaco como uma ofensa, um insulto aos negros.

Encontrei essa forte história num artigo sensacional que li dia desses, e que também trazia reflexões de James Bradley, professor de História da Medicina na Universidade de Melbourne, na Austrália. Ele escreveu um texto com o título “O macaco como insulto: uma curta história de uma ideia racista”. Termina o artigo dizendo que “O sistema educacional não faz o suficiente para nos educar sobre a ciência ou a história do ser humano, porque se o fizesse, nós viveríamos o desaparecimento do uso do macaco como insulto.”

Não, querido Neymar. Não somos todos macacos. Ao menos não para efeito de fazer uso dessa expressão ou ideia como ferramenta de combate ao racismo.

Mas é bom separar: Uma coisa é a reação de Daniel Alves ao comer a banana jogada ao campo, num evidente e corriqueiro ato racista por parte da torcida; outra coisa é a campanha de apoio a Daniel e de denúncia ao racismo, promovida por Neymar.

No Brasil, a maioria dos jogadores de futebol advém de camadas mais pobres. Embora isso esteja mudando – porque o futebol mudou, ainda é assim. Dentre esses, a maioria dos que atingem grande sucesso são negros. Por buscarem o sonho de vencer na carreira desde cedo, pouco estudam. Os “fora de série” são descobertos cada vez mais cedo e depois de alçados à condição de estrelas vivem um mundo à parte, numa bolha. Poucos foram ou são aqueles que conseguem combinar genialidade esportiva e alguma coisa na cabeça. E quando o assunto é racismo, a tendência é piorar.

E Daniel comeu a banana! Ironia? Forma de protesto? Inteligência? Ora, ele mesmo respondeu na entrevista seguida ao jogo:

“Tem que ser assim! Não vamos mudar. Há 11 anos convivo com a mesma coisa na Espanha. Temos que rir desses retardados.”

É uma postura. Não há o que interpretar. Ele elaborou uma reação objetiva ao racismo: Vamos ignorar e rir!

Há um provérbio africano que diz: “Cada um vê o sol do meio dia a partir da janela de sua casa”. Do lugar de onde Daniel fala, do estrelato esportivo, dos ganhos milionários, da vida feita na Europa, da titularidade na seleção brasileira de futebol, para ele, isso é o melhor – e mais confortável, a se fazer: ignorar e rir. Vamos fazer piada! Vamos olhar para esses idiotas racistas e dizer: sou rico, seu babaca! Sou famoso! Tenho 5 Ferraris, idiota! Pode jogar bananas à vontade!

O racismo os incomoda. E os atinge. Mas de que maneira? Afinal, são ricos! E há quem diga que “enriqueceu, tá resolvido” ou que “problema é de classe”! O elemento econômico suaviza o efeito do racismo, mas não o anula. Nesse sentido, os racistas e as bananas prestam um serviço: Lembram a esses meninos que eles são negros e que o dinheiro e a fama não os tornam brancos!

Daniel Alves, Neymar, Dante, Balotelli e outros tantos jogadores de alto nível e salários pouca chance terão de ser confundidos com um assaltante e de ficar presos alguns dias como no caso do ator Vinícius; pouco provavelmente serão desaparecidos, depois de torturados e mortos, como foi Amarildo; nada indica que possam ter seus corpos arrastados por um carro da polícia como foi Cláudia ou ainda, não terão que correr da polícia e acabar sem vida com seus corpos jogados em uma creche qualquer. Apesar das bananas, dificilmente serão tratados como animais, ao buscarem vida digna como refugiados em algum país cordial, de franca democracia racial, assim como as centenas de Haitianos o fazem no Acre e em São Paulo.

O racismo não os atinge dessa maneira. Mas os atinge. E sua reação é proporcional. Cabe a nós dizer que sua reação não nos serve! Não será possível para nós, negras e negros brasileiros e de todo o mundo, que não tivemos o talento (ou sorte?) para o  estrelato, comer a banana de dinamite, ou chupar as balas dos fuzis, ou descascar a bainha das facas. Cabe a nós parafrasear Daniel, na invertida: “Não tem que ser assim! Nós precisamos mudar! Convivemos há 500 anos com a mesma coisa no Brasil. Temos que acabar com esses racistas retardados, especialmente os de farda e gravata”.

Quanto a Neymar, ele é bom de bola. E como quase todo gênio da bola, superacumula inteligência na ponta dos pés. Pousa com seu filho louro, sem saber que por ser louro, mesmo que se pendure num cacho de bananas, jamais será chamado de macaco. A ofensa, nesse caso, não fará sentido. Mas pensemos: sua maneira de rechaçar o racismo foi uma jogada de marketing ou apenas boa vontade? Seja o que for, não nos serve.

Sou negro, nascido em um país onde a violência e a pobreza são pressupostos para a vida da maior parte da população, que é negra. Querido Neymar – mas não: Luciano Hulk, Angélica, Reinaldo Azevedo, Aécio Neves, Dilma Rousseff, artistas e a imprensa que, de maneira geral, exaltou o “devorar da banana” e agora compartilham fotos empunhando a saborosa fruta, neste país, assim como em todo o mundo, a comparação de uma pessoa negra a um macaco é algo culturalmente ofensivo.

Eu como negro, não admito. Banana não é arma e tampouco serve como símbolo de luta contra o racismo. Ao contrário, o reafirma na medida em que relaciona o alvo a um macaco e principalmente na medida em que simplifica, desqualifica e pior, humoriza o debate sobre racismo no Brasil e no mundo.

O racismo é algo muito sério. Vivemos no Brasil uma escalada assombrosa da violência racista. Esse tipo de postura e reação despolitizadas e alienantes de esportistas, artistas, formadores de opinião e governantes tem um objetivo certo: escamotear seu real significado do racismo que gera desde bananas em campo de futebol até o genocídio negro que continua em todo o mundo.

Eu adoro banana. Aqui em casa nunca falta. E acho os macacos bichos incríveis, inteligentes e fortes. Adoro o filme Planeta dos Macacos e sempre que assisto, especialmente o primeiro, imagino o quanto os seres humanos merecem castigo parecido. Viemos deles e a história da evolução da espécie é linda. Mas se é para associar a origens, por que não dizer que #SomosTodosNegros ? Porque não dizer #SomosTodosDeÁfrica ? Porque não lembrar que é de África que viemos, todos e de todas as cores? E que por isso o racismo, em todas as suas formas, é uma estupidez incompatível com a própria evolução humana? E, se somos, por que nos tratamos assim?

Mas não. E seguem vocês, “olhando pra cá, curiosos, é lógico. Não, não é não, não é o zoológico”.

Portanto, nada de bananas, nada de macacos, por favor!

———————–

Por Elias Candido, via Facebook

Macaco, uma banana!!!

Daniel Alvez é um excelente jogador desse tempo. O Barcelona é um grande time de futebol, e o seria em vários tempos. O preconceito sempre existiu, enquanto o racismo, do ponto de vista histórico, é mais recente.

Nesse tempo atual, Daniel, preconceito, racismo, futebol e Barcelona se encontraram. E não foi a primeira vez. A atititude do jogador brasileiro , ao comer uma banana que lhe havia sido atirada com objetivos ofensivos foi pensadamente espontânea; Uma resposta dada em segundos para uma agressão que dura séculos.

Agressão, essa, que se manifesta em objetos atirados contra pessoas, em abordagens policiais injustas e com desfechos dos mais diversos, em esforços para manter pessoas em subempregos, sem escolas, sem saúde, sem teto, sem terra, sem cidadania; mas que se manifesta, mas comumente, em forma de impropérios, xingamentos racistas feitos de uma distância segura, mas que cumprem sua função de diminuir quem já está oprimido por um esquema racialista planejado.

Proeminentes colegas de profissão de Daniel , jornalistas, apresentadores de programas, políticos entre outros, alguns bem intencionados, outros não, se apressaram em lançar a campanha:
“somos todos macacos”

Essa é uma campanha a qual eu não poderia aderir por vários motivos, mas o simples deles é: Não sou macaco. Sou uma pessoa. Um torcedor fascista , frustrado e criminoso do outro lado do mundo não tem condições de me convencer do contrário.

Preconceito e racismo se combatem com Políticas de inclusão, leis punitivas realmente duras e de fácil aplicação, e com muita educação, em todos os aspectos que esse conceito tem. Campanhas tontas e algo cínicas só atrapalham o combate a esse complicado problema humano. Não sei de quem partiu essa ideia idiota, de animalizar a todos baseada em atos de psicopatas em estádios de futebol (o que tem muito, hoje em dia) . mas o fato é que ela servirá aos mais diversos interesses, nenhum deles bom.

Vejo pessoas que tem empresas e /ou programas de televisão que poderiam empregar ao menos um negro em um cargo importante aderirem à campanha. Vejo jornalistas que combatem duramente o programa de cotas ou qualquer ação afirmativa aderirem também. E por que?

Tirando os companheiros de profissão de Alves, cuja única perspectiva que eu alimento em relação a eles é uma boa atuação na Copa, e foram orientados por uma agência de propaganda que disse que a melhor forma de se combater preconceito é acabar com a palavra, seja lá o que isso signifique, quem são os demais?

Nunca havia visto a prontidão de certos setores em apoiar uma ação anti racista sem contemporizar ou pedir calma aos ditos “radicais”. Mas eu sei, sim, o porquê.
Ouvi um cantor sertanejo dizer, enquanto comia bananas em apoio à causa, que essas ações, tanto a do jogador quanto a campanha, eram perfeitas porque seguiam os preceitos de Ghandi, de apanhar sem reagir. A apresentadora concordou com um discurso vazio enquanto um humorista, também comendo dessa fruta, fazia sinal de aprovação. A plateia aplaudia, enquanto recebia unidades do mesmo alimento. Ao longo do dia, todo tipo de pessoas, insisto, todo tipo, se apresentava para a batalha contra o mal com a única arma exigida: uma foto postada em redes sociais comendo banana.

Não, não somos macacos. Pensamos e raciocinamos. A elite nacional e os pobres de espírito querem nos convencer de que somos todos iguais, todos “macacos” , que somos um povo unido e a questão do racismo se resume em falta de cortesia de torcedores em terras estrangeiras. Basta portanto , ignorar ou devolver a ofensa, de preferência, de forma bem humorada.

Não , não somos macacos. Somos inteligentes. Sabemos quais as causas , históricas e atuais que fizeram com que uma das únicas maneiras de ascenção do negro fosse através do futebol. Se dependesse da turma dessa campanha, nem essa o seria. Porque foram e são contra todas as políticas que visem diminuir a desigualdade racial nesse país. Mas sejamos justos, também são contra diminuir a desigualdade social, de gênero, regional, ou qualquer fator que emancipe pobres, principalmente se esses forem negros.

Não, não somos macacos. Temos bom senso. Sabemos que muitos que aderiram o fizeram de boa fé. Mas sabemos que as estrelas que aparecem nesse momento não tem em seus corpos de assessoria nenhum negro. Pesquisem. O único nordestino em que votaram foi Fernando Collor. Pesquisem. Acham que não são racistas porque tem motoristas e seguranças negros. Perguntem a eles , se puderem. Eles mesmo dirão isso.

Não , não somos macacos. Gente é o que somos. Nenhum racista vai nos convencer do contrário.

ELIAS CANDIDO 
é Professor, Militante da Igualdade Racial, 
e Presidente do Diretório Zonal do PT em V. Matilde.
Redação

59 Comentários

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  1. Mas a ciência não afirma que

    Mas a ciência não afirma que somos descendentes de macacos?

    Então o Neymar apenas falou uma verdade.

    Aliás, meia  verdade, tendo em vista que os macacos me parecem mais civilizados.

    1. De onde vc tirou essa “pérola”? De um site criacionista?

      A ciência NAO DIZ que viemos do macaco. E sim que temos um ancestral comum com ele, há cerca de 7 milhoes de anos. Como temos com as bactérias, há alguns bilhoes de anos. Todos os seres vivos têm um ancestral comum. Só isso. 

  2. Comentei ontem.
    Os branquelos

    Comentei ontem.

    Os branquelos foram unânimes em aprovar e aplaudir a reação de Daniel Alves. Entre os negros, a certeza do acerto na atitude de brincar com coisa séria não foi tão bem aceita, muito menos por quem milita contra o racismo entre negros que não estão no auge do estrelato, como Daniel Alves ou Neymar.

    Porque será que o dançarino DG não descascou a bala que a polícia racista lhe atirou, descascou-a e a chupou, ironicamente.

    Do lado de cá do alambrado, Daniel e Neymar, as brincadeiras sao mais doídas. E nem todos tem o dom de jogar bola como vocês e poderem lucrar com o circo, se apresentando para uma platéia repleta de racistas.

    Vai brincando com coisa séria que daqui a pouco em vez de banana, vão te jogar uma jaca na cabeça. Daí é tarde prá reclamar.

  3. O maor  erro da ciencia e de

    O maor  erro da ciencia e de  quem pensa  que os seres humanos  vinheram do macaco, pois  entao teriamos que dizer que  todos os outros seres  vinheram do macaco  tambem.  A teoria  de  Darwin  deixa  a desejar  nesse  ponto, nao por  questoes  religiosas  pois nao  estou  aqui  defendendo  tal  ponto de vistra  mais  pelo proprio  carater cientifico, Se formos  olhar  as caracteristicas  dos  macacos  seu  DNA, e  a  sua propria  evoluçao  vamos nos perguntar: PORQUE  ENTAO AS OUTRAS ESPECIES  NAO  EVOLUIRAM  PARA SE TORNAR  HUMANOS  TAMBEM.

    A minha  teoria  e  acho que  a  de muitos  tambem  é  que  os  seres  humanos surgiu  na terra  e  por  medidas de  sobrevivencia passou a imitar o macaco  mais  com o tempo sua  inteligencia  que  era  destacada  entre os  macacos  fez o  homem  aprender a se defender, lutar pela  vida,  plantar,  fazer suas  casas  etc.  e o homem  foi se separando  do primata. mais  o homem nao decende do  macaco. e  isso é ponto   final. 

    1. Edson, na boa, sem querer

      Edson, na boa, sem querer ofender, mas você não tem a menor noção do que é a evolução.

      Isso não o diminui nem um pouco, mas eu sugiro fortemente que você procure aprender o que é e o que diz essa disciplina científica. Tenho certeza que com a capacidade de raciocínio e a curiosidade científica que você demonstra ter, irá gostar muito de compreender as hipóteses e os experimentos comprobatórios que formam a teoria da evolução.

      O que eu percebo é que por não saber o que é a seleção natural e o processo evolutivo, sua natural e evidente capacidade de raciocínio está sendo aplicada em bases equivocadas.

      Não estou querendo convencê-lo de nada, apenas avisando que com um pouco mais de informação sobre o que realmente é a teoria da evolução, você poderá formar sua opinião com mais propriedade.

      1. Vc é muito polido, Ruy. Nao tenho tanta paciência

        Ninguém é obrigado a ter escolaridade e a conhecer teorias científicas, e realmente ninguém vale menos por causa disso. Mas as pessoas deviam ter desconfiômetro, e nao comentar sobre assuntos de que nao entendem nada, dizendo absurdos como os que esse cara disse. 

  4. O maor  erro da ciencia e de

    O maor  erro da ciencia e de  quem pensa  que os seres humanos  vinheram do macaco, pois  entao teriamos que dizer que  todos os outros seres  vinheram do macaco  tambem.  A teoria  de  Darwin  deixa  a desejar  nesse  ponto, nao por  questoes  religiosas  pois nao  estou  aqui  defendendo  tal  ponto de vistra  mais  pelo proprio  carater cientifico, Se formos  olhar  as caracteristicas  dos  macacos  seu  DNA, e  a  sua propria  evoluçao  vamos nos perguntar: PORQUE  ENTAO AS OUTRAS ESPECIES  NAO  EVOLUIRAM  PARA SE TORNAR  HUMANOS  TAMBEM.

    A minha  teoria  e  acho que  a  de muitos  tambem  é  que  os  seres  humanos surgiu  na terra  e  por  medidas de  sobrevivencia passou a imitar o macaco  mais  com o tempo sua  inteligencia  que  era  destacada  entre os  macacos  fez o  homem  aprender a se defender, lutar pela  vida,  plantar,  fazer suas  casas  etc.  e o homem  foi se separando  do primata. mais  o homem nao decende do  macaco. e  isso é ponto   final. 

  5. O maor  erro da ciencia e de

    O maor  erro da ciencia e de  quem pensa  que os seres humanos  vinheram do macaco, pois  entao teriamos que dizer que  todos os outros seres  vinheram do macaco  tambem.  A teoria  de  Darwin  deixa  a desejar  nesse  ponto, nao por  questoes  religiosas  pois nao  estou  aqui  defendendo  tal  ponto de vistra  mais  pelo proprio  carater cientifico, Se formos  olhar  as caracteristicas  dos  macacos  seu  DNA, e  a  sua propria  evoluçao  vamos nos perguntar: PORQUE  ENTAO AS OUTRAS ESPECIES  NAO  EVOLUIRAM  PARA SE TORNAR  HUMANOS  TAMBEM.

    A minha  teoria  e  acho que  a  de muitos  tambem  é  que  os  seres  humanos surgiu  na terra  e  por  medidas de  sobrevivencia passou a imitar o macaco  mais  com o tempo sua  inteligencia  que  era  destacada  entre os  macacos  fez o  homem  aprender a se defender, lutar pela  vida,  plantar,  fazer suas  casas  etc.  e o homem  foi se separando  do primata. mais  o homem nao decende do  macaco. e  isso é ponto   final. 

    1. Teoria?

      Edson, vc nao tem uma “teoria”. Vc tem uma hipotese apenas. Uma teoria e’ um todo (relativamente) coerente e se baseia em milhares ou milhoes de observacoes. Uma hipotese e’ apenas uma ideia a ser verificada, que so vai ser incorporada ‘a teoria se tiver algum suporte nas observacoes.

      O que, no seu caso, nao existe. Dizer que o homem “apareceu” na Terra nao e’ uma hipotese sequer. E’ apenas dizer o obvio. E’ verdade, um dia o homem apareceu… De que forma? Como evolucao de primatas inferiores ou por criacao de Deus? Simplesmente “apareceu” daonde??? Sua “teoria” nao explica nem isso. E dizer que o homem ja apareceu com um “intelecto superior” e’ ainda pior, ja que de novo deixa de explicar de onde esse intelecto apareceu.

      A unica coisa que serve como hipotese do que vc escreveu e’ que em algum momento o homem ja dotado de intelecto superior passou a imitar o macaco para depois desenvolver-se. O que e’ basicamente contrario a toda evidencia cientifica acumulada.

      Se antes de supor isso, vc tivesse pensado como esse intelecto foi criado, vc nem proporia uma hipotese dessa. Veja so, se a Teoria (com T maiusculo) da Evolucao estiver correta, o intelecto foi-se desenvolvendo aos poucos. Nao tem sentido dizer que o homem precisaria “imitar” o macaco, ja que em algum ponto do passado nao havia diferenca entre eles. A evolucao foi criando estas diferencas e acumulando aos poucos. Se por outro lado o homem foi criado por Deus (o que tambem nao e’ uma teoria, apenas uma hipotese), porque seria necessario imitar os macacos? O homem ja teria nascido com inteligencia superior e nao precisaria disso.

      Portanto, a hipotese que vc sugere nao faz nenhum sentido.

      Quanto ao seu ponto do porque os outros macacos nao evoluiram…. Bom, sugiro que leia um pouco mais sobre evolucao. Muitos outros primatas evoluiram e se tornaram humanoides. O homem de Neanderthal, por exemplo, nao e’ nosso antepassado, e’ uma outra especia que conviveu com a nossa especie durante algum tempo. So que a selecao natural so permite a sobrevivencia do mais apto e esse “nicho ecologico” foi tomado pela nossa especie. A existencia do homo sapiens e’ que essencialmente dizimou os demais hominideos. Os macacos de hoje vivem em um nicho ecologico diferente e estao adaptados a ele, certamente melhor que nos estariamos, por isso eles nao precisam evoluir para virar “humanos”. Mas eles evoluem tambem, sempre que necessario para adaptar-se melhor as suas condicoes.

       

       

    2. Caro edsontadeu,
      Há um

      Caro edsontadeu,

      Há um equívoco aí. Aliás, comum a muitos, portanto nada demais: a Ciência, aí entendida o que chamamos popularmente de “Evolucionismo”, nunca afirmou que os “homens vieram do macaco”. Tanto é que somos de espécies distintas. 

      A preconização é que nós NÃO VIEMOS DE NENHUM MACACO. O que temos com eles é um ancestral comum. Somos no máximo “primos”.

      Veja mais em: http://zip.net/bpnfKV

    3. Juramaia

      Caramba Edson,

      Como você pode ser tão tomado pela soberba assim mermão ?

      Acabou de de decretar o maior erro da ciência, sem dó nem piedade. Jogou fora o trabalho de zilhões de cientistas e séculos de esforços e estudo.

      Dizer a você que todos os mamíferos derivam (provavelmente) de uma criatura (ancestral comum) que chamam de Juramaia. que a 160 milhões de anos atrás foi o primeiro adaptado a ter placenta e gerar suas crias internamente ou dizer que os pássaros derivam dos répteis deve parecer uma heresia né?

      Você diz que não, mas se sua resistência à “teoria de Darwin” se prende a questões religiosas, saiba que o conhecimento científico, não obstante alguns pensem assim, não se opõe à religosidade ou à religião. Na verdade o conhecimento pode ser um auxílio à sua fé, lançando luz aos supostos pontos de conflito e abrindo novas possibilidades de interpretação.

      ps. o Juramaia parecia mais com um rato

       

       

      1. Caro Luis, nao sei como vc

        Caro Luis, nao sei como vc define religiao, mas a razao pela qual “alguns pensam” que religiao e ciencia se opoem e’ simplesmente por causa da ideia de FE’ preconizada pela religiao, ou seja, o principio de que as pessoas tem que aceitar e adotar certas ideias sem qualquer comprovacao – e ainda tentar convencer outros a aceitarem – e que nao aceitar ou apenas colocar em questao para analisar a luz de evidencias e’ algo inadequado.

        Parece que voce aceita a teoria da evolucao (e seu comentario foi perfeito nesse aspecto). Mas o unico motivo pelo qual esta ideia ainda e’ questionada e’ por causa da fe’ que as pessoas colocam em mitos criados na idade do bronze.

        Da mesma forma que a simples ideia de que a Terra se move ao redor do Sol levou seculos a ser aceita. Quando Galileu mostrou as luas de Jupiter num telescopio, os religiosos se recusaram a olhar porque aquele instrumento estava sendo usado pelo Diabo para atacar sua fe!

        O mesmo ocorre hoje com qualquer teoria nova. O Big Bang ainda nao e’ aceito pelo mesmo motivo. Ha duvidas cientificas quanto a aspectos tanto da teoria do Big Bang quanto da Evolucao, mas quem se vale da fe’ nem entende quais sao essas duvidas, apenas as usa para equiparar estas teorias que, como voce disse, sao resultado do trabalho de milhares de cientistas com bonitas historias passadas de boca em boca por alguns milhares de anos.

        E’ verdade que acreditar em Deus simplesmente nao e’ anti-cientifico. Como a hipotese de Deus e’ impossivel de testar, nao tem nenhum valor cientifico e portanto nao opoe religiao e ciencia. Mas a paz para ai. No momento que alguem fala que certa coisa aconteceu “porque Deus fez assim” ou “porque Deus quis”, ja esta de novo se opondo ao pensamento cientifico.

        Assim, com todo respeito, ciencia e religiao estao em campos opostos em praticamente tudo o que realmente interessa. Depois de um tempo, quando ja nao da mais para negar, a religiao muda e adota as ideias cientificas tentando mostrar que elas nunca foram contrarias a religiao. Primeiro, condenaram Galileu por heresia; seculos depois declaram que nao existe divergencia entre as coisas que Galileu descobriu e a Biblia (neste caso, podia ser o Corao, o Alcorao ou qualquer outra doutrina).

        Ha um sem-numero de exemplos assim. A religiao se opoe, mas depois muda e aceita a ciencia. Ate o proximo desenvolvimento cientifico, que a religiao se opoe novamente, para depois mudar novamente. O engracado e’ que nao existe o caso contrario. Nao houve um debate entre religiao e ciencia que mais tarde a ciencia concluiu que havia errado e que os preconceitos religiosos e’ que estavam certos….

        Enfim, ciencia e religiao se opoem sim e sera assim pra sempre, ou pelo menos enquanto a base da religiao for a fe’ como opositora do avanco do conhecimento.

         

         

  6. Ótimo os dois textos. Não

    Ótimo os dois textos. Não achei nada inteligente esse negócio de “somos todos macacos”. Vulgariza uma questão por demais complexa, como bem elucida os autores do post. 

  7. TAMBÉM SOU NEGRO
    Também sou

    TAMBÉM SOU NEGRO

    Também sou negro, mas não vamos criminalizar o jogador por seu gesto.

    Quem escreve um bom artigo, como o que acabo de ler, teve tempo para pensar, raciocinar, escrever, apagar o que não ficou bom, editar ou reeditar o texto.

    Daniel Alves foi singular em sua demonstração, naqueles segundos em que uma fruta batia no chão e corria em sua frente, relevando o asco e o desprezo que alguns humanos tem por seus semelhantes.  E foi um grito, sim, contra os que tentam menosprezar pessoas, que não têm a mesma cor de suas peles.

    Foi a reação que pode fazer em segundos, enquanto realizava seu trabalho.

    De uma forma ou de outra, o grito valeu.

  8. TAMBÉM SOU NEGRO
    Também sou

    TAMBÉM SOU NEGRO

    Também sou negro, mas não vamos criminalizar o jogador por seu gesto.

    Quem escreve um bom artigo, como o que acabo de ler, teve tempo para pensar, raciocinar, escrever, apagar o que não ficou bom, editar ou reeditar o texto.

    Daniel Alves foi singular em sua demonstração, naqueles segundos em que uma fruta batia no chão e corria em sua frente, relevando o asco e o desprezo que alguns humanos tem por seus semelhantes.  E foi um grito, sim, contra os que tentam menosprezar pessoas, que não têm a mesma cor de suas peles.

    Foi a reação que pode fazer em segundos, enquanto realizava seu trabalho.

    De uma forma ou de outra, o grito valeu.

  9. Que bom é ver a prevalência

    Que bom é ver a prevalência da razão e da coerência na análise de uma situação, especialmente quando tendemos a achar que a resposta e a posterior divulgação dada à banana foram adequadas. Que banho!

  10. Que bom é ver a prevalência

    Que bom é ver a prevalência da razão e da coerência na análise de uma situação, especialmente quando tendemos a achar que a resposta e a posterior divulgação dada à banana foram adequadas. Que banho!

  11. Gênio

    Joel Rufino dos Santos, hoje, na Folha, entendeu. Muitos entenderam. Infelizmente, o brasileiro está perdendo o humor em troca da violência e de mimimis politicamente corretos. Daniel Alves deu a melhor resposta que poderia ser dada a atitudes racistas em ação autofágica do símbolo usado pelo pensamento colonialista europeu.

    Yes, nós temos banana! Zé Celso deve ter entendido. Oswald de Andrade aplaudiu de seu túmulo. A brincadeira bem colocada. O darwinismo chamado à precedência não criacionista.

    A militância negra tem-se esfalfado em campanhas pedindo compreensão das injustiças históricas que realmente sofreram e nunca foram reparadas. Pedir? Então, que vão à guerra, pois pedindo, sem ironia, sem nonchalance, não chegarão a lugar nenhum.

    Alguém comenta, também na Folha de hoje, que preferiria o hachstag “somos todos humanos”. Como? Que bondade a esperar de racistas, preconceituosos e fascistas, quem justamente acha que somente eles são humanos.

    O cacete! É macaco mesmo! De onde nasceram judeus, orientais, índios, brancos e negros.

    Olhem uma foto de Nicole Kidman. Bonita, não? Claro. Criada sob uma estética vencedora, a da colonização. Quando Daniel Alves come a banana e bate o escanteio, manda mensagem de compreensão rápida para fora do que a militância filósofa levará anos … para nada conseguir.

    Que eu saiba, Dani é de Juazeiro, Bahia. Ando muito por lá. Vejo a pobreza da região, um semiárido de roer. Também para os muitos brancos que lá vivem na pobreza.

    1. Oi, Rui, tudo bem?
      Vou te

      Oi, Rui, tudo bem?

      Vou te contar um causo que aconteceu comigo.

      Conheci um cara, loiro de olhos azuis, que vivia falando que gostava de mim, estava super afim, eu era linda, etc. Não por este fato, sou miscigenada, casei-me com um homem branco, o que não significa que não tenha sofrido racismo, inclusive na família original, eu não estava nem aí pra ele. Somente um amigo.

      Certa vez ele me convidou pra jantar e eu disse que não poderia pois iria sair com um outro amigo, que ele conhecia, pois o mesmo precisava conversar uns assuntos pessoais comigo. A reação dele foi absurda. Simplesmente ele virou e disse que eu o estava rejeitando para sair com um macaco.

      Meio chocada,  mas tentando “levar na brincadeira”, falei: muito prazer, também sou macaca e obrigada por ter demonstrado seu racismo antes de, por acaso, eu me interessar por você. E acrescentei que teria que ir embora póis a macacada estava me esperando.

      Parei de atender seus telefonemas e ele me procurou para entender o que tinha acontecido que eu havia me afastado.

      O chamei de racista e ele jurou que não era. A propósito, a personagem da TV de quem ele mais gostava era o tal do Caco Antibes.

      Desculpe-me Rui, não dá pra levar na brincadeira quando um negro é chamado de macaco. É ofensa sim, é racismo sim e não é fingindo que não existe que vamos mudar alguma coisa.

      A atitude do Daniel Alves foi muito boa, naquele momento ele fez calar o idiota, até porque sua reação oi espontânea,inusual. Mas esta campanha do Neymar (que assim como o Ronaldo Fenômeno não se vê como negro), é uma aceitação do xingamento. E não tem nada a ver com “apelido pegar ou não”. Chamar negro de macaco é racismo sim.

       

      Saudades do amigo.

      Abração procê.

       

       

  12. AGORA SOMOS TODOS MULATOS

    Somos todos macacos!, não adianta querer desqualificar Darwin. Achei o gesto brilhante e brincar com a maldade é a melhor maneira de ridicularizá-la. E não importa de onde venha a brincadeira. Chega de maniqueísmo, o mundo não está dividido em bons e maus, negros e brancos, flamenguistas e americanos. Somos todos um pouco bons, um pouco maus, um pouco racistas, um pouco anti-racistas. Se alguns brancos ricos estão apoiando o ato anti-racista, que bom! Agora vou lá eu dar uma de Deus e escolher quem pode apoiar boas causas e quem não pode? Ah, chega de prepotência!

  13. AGORA SOMOS TODOS MULATOS

    Somos todos macacos!, não adianta querer desqualificar Darwin. Achei o gesto brilhante e brincar com a maldade é a melhor maneira de ridicularizá-la. E não importa de onde venha a brincadeira. Chega de maniqueísmo, o mundo não está dividido em bons e maus, negros e brancos, flamenguistas e americanos. Somos todos um pouco bons, um pouco maus, um pouco racistas, um pouco anti-racistas. Se alguns brancos ricos estão apoiando o ato anti-racista, que bom! Agora vou lá eu dar uma de Deus e escolher quem pode apoiar boas causas e quem não pode? Ah, chega de prepotência!

  14. Permita-me complementar o

    Permita-me complementar o trecho “sou rico, seu babaca! Sou famoso! Tenho 5 Ferraris, idiota! Pode jogar bananas à vontade!”.

    SOMO MACACOS DIFERENTES, SIM! UNS, COMO VOCÊ, Ô BABACA!, PAGA PARTE DO MEU SALÁRIO VINDO AQUI!”

     

     

  15. Somos todos descendentes de

    Somos todos descendentes de primatas, que há milhares de anos eram semelhantes aos macacos. Evoluímos desde então segundo Charles Robert Darwin. Os mais aptos teriam tido mais sucesso. 

    O episódio envolvendo o torcedor, o jogador e a banana é uma prova empírica da correção da teoria de Charles Robert Darwin.

    Jogar fora um alimento saudável ao invés de estocá-lo é algo irracional, a conduta não prova superioridade e sim déficit cognitivo e evolutivo. Apanhar a banana atirada e se alimentar dela, por outro lado, é uma atitude perfeitamente racional, pois o que fez a espécie humana evoluir não foi o desperdício e sim a economia (o uso racional de coisas necessárias e escassas, como alimentos, água, bens materiais, etc…).

    Há mais, o europeu que jogou a banana, branco e supostamente educado, estava na platéia. O brasileiro escurinho, supostamente inferior, estava no centro do espetáculo. Uma comparação entre os salários de ambos revelaria que o jogador ganha milhares de vezes mais que seu ofensor. O ofendido, porém, agradeceu a banana e dela se alimentou. O fruto é rico em potássio, uma substância que garante o bom desempenho da musculatura humana. O símio queria ofender o atleta e, no entanto, o ajudou a fazer bem o que ele faz melhor.  

     

    O ato cometido pelo torcedor racista é duplamente irracional. É irracional do ponto de vista econômico, é irracional também do ponto de vista e esportivo, pois ele beneficiou a pessoa que pretendia ofender. Sua deficiência cognitiva e evolutiva está, portanto, satisfatoriamente demonstrada.

     

    O jogador brasileiro, mais bem sucedido e melhor adaptado, certamente tem mais chances de produzir prole saudável do que o torcedor europeu que o ofendeu. Darwin estava certo. Todos nós somos símios, mas os símios escurinhos brasileiros  tem melhores possibilidades evolutivas que seus parentes europeus brancos que demonstram limitações cognitiv

  16. Uma coisa que aprendi desde

    Uma coisa que aprendi desde muito pequeno. Se você quer que um apelido pegue, sinta-se ofendido com ele (a expressão do meu pai era fique brabo). Se ignorá-lo, não pega. Pois acho que é disto que se trata aqui. Quanto mais os negros se demonstrarem ofendidos por serem tachados de inferiores, mais os racistas assim os tacharão. Simples assim.

     

  17. Eu gostei

    E’ previsivel que quem sentiu na pele o racismo nao acha que se pode brincar com isso. Mas eu sinceramente nao vi no que fez o jogador nenhuma expressao de brincadeira. Pra mim, a atitude foi agressiva; como alguem disse em um comentario anterior, antropofagica. Eu nao apenas desdenho o seu racismo, eu o como.

    De toda forma, o movimento que se seguiu foi menos bem pensado. Nao acho que se trata de elitismo de negros ricos. Foi apenas uma reacao de alguem que se sentiu vingado e achou que isso poderia catalisar o sentimento em outras pessoas. Mas veja so: e’ evidente que mexe com sensibilidades e deveria ter sido melhor pensado – so’ que esperar isso de um cabeca-oca como o Neymar e’ um pouco demais.

    Mas eu gosto do slogan “somos todos macacos”. Eu sou branco, e’ verdade, entao pode me faltar a experiencia real para entender o problema. Mas a frase e’ muito mais verdadeira que “somos todos humanos”. Nos, brancos, amarelos, negros, sim somos simplesmente macacos. Eu entendo que nao e’ esse o sentido do xingamento, mas e’ exatamente por isso que eu gosto do slogan, porque re-signifca a palavra. Certamente nao vai acabar com o racismo, mas quanto mais TODOS entendermos nossa origem e condicao comum, menos a palavra podera significar um xingamento.

     

  18. E o Danilo Gentilli,

    E o Danilo Gentilli, comparando negros a macacos e oferecendo bananas para o rapaz do movimento negro?

    Vai ser lembrado por essa campanha?

  19. Se fosse “não somos macacos” ele se ofenderia também

    Quando o Le Monde logo após o atentado de setembro de 2001 colocou em primeira página “somos todos americanos”, o objetivo foi tentar se colocar no lugar das vítimas e criticar o ato de estupidez.

    Esse campanha vai nessa linha, confesso que me choca um pouco o aspecto de envolver dinheiro, mas foi uma forma de solidariedade com o ato que o jogador sofreu. A lógica é dizer para alguns espanhóis (mas tb argentinos, italianos, portugueses etc) que eles são idiotas e que aquilo que entendem como ofensa nós entendemos como estupidez e demonstração de inferioridade.

    O articulista vai na linha do “se você não concorda inteiramente com o meu diagnóstico sobre o racismo, não pode combatê-lo de forma nenhuma”. A gente já conhece esse filme, é o pensamento radical e totalmente avesso a qualquer forma de união entre pessoas de “classes” diferentes. Famoso modelo americano, importado de uma realidade que não é a nossa.

    Vivemos no Brasil uma escalada assombrosa da violência racista.

    Violência racista, no Brasil? Escalada assombrosa ? O Brasil não vive escalada nenhuma, nossos índices de violência são absurdos há várias décadas. Quem aqui conhece alguém que foi morto pelo único e exclusivo motivo de ser negro, por motivos puramente raciais ? Eu não conheço e, por favor, quem disser que sim que traga o caso e referência na Internet para consulta.

    Acho que o grande Nassif está queimando o filme do PT pelas beiradas, mas um artigo absurdo de um dos seus representantes com uma monte de afirmações radicais desprovidas de sentido…

  20. Tenho que confessor, alem de

    Tenho que confessor, alem de burro ( nao entendo o Brasil ), sou macaco e pior sou viciado em bananas !!!!, deixem as pessoas protestar nem que seja para aparecer na grobo, o que importa e o resultado final, mais pessoas vao se mobilizar em torno de um tema importante, o sistema racista esta sendo usado contra o proprio sistema.

  21. Eu também sou macaco

    Eu sou o que se costuma chamar de “branco”, descendente de alemães por parte de mãe e de portugueses por parte de pai.

    Também sou macaco como os jogadores de futebol, e todos os outros seres humanos. Mas acho que isso na verdade é uma ofensa grave para os macacos:

    – Macacos não matam por dinheiro…

    – Macacos não fazem guerras por não concordar com a opinião dos outros…

    – Macacos não destroem o planeta…

    – Macacos vivem em paz, e não incomodam ou escravizam inutilmente os outros seres do planeta…

     

    Para podermos nos considerar macacos, ainda vamos ter que evoluir muito.

    1. Serio?

      De que vale a demonizacao dos opositores? Em um tema complexo como este, voce acha que resolveu o problema apenas olhando para o que o RA pensa? Alem de que, por incrivel que pareca, ele nao estara sempre errado em tudo, esse seu raciocinio e’ tao preconceituoso quanto o que vc supoe combater.

  22. A resposta de Daniel Alves e

    A resposta de Daniel Alves e a campanha subsequente é, no fundo, uma tentativa de “abrasileirar” o racismo. Torná-lo social ao invés de racial. Isto porque, aqui em terra brasilis, ao contrário da Europa, nenhum branco possui preconceito contra mestiços ricos e famosos como Daniel Alves, ou Neymar.

    Essa de comer a banana é uma resposta eficiente, simbólica, ao racismo dentro dos estádios, mas não consegue, de forma alguma, abalar as estruturas do que o discurso racista é, de poder, de dominação.

    Os mesmos que aqui no Brasi colocam a hashtag #somostodosmacacos são os que aplaudem justiceiros que espancam negros e querem que os haitianos e nigerianos em SP sejam deportados do país num rabo de foguete.

     

     

     

     

  23. Em primeiro lugar, quem ler

    Em primeiro lugar, quem ler os textos com atenção verá que os autores não criticam a atitude do Daneil Alves, mas sim o oportunismo gerado em torno (depois) da espirituosa atitude do jogador em campo.

    E… enfim, parece que #somostodospapagaios cai melhor para quem aderiu imediatamente a campanha #somostodosmacacos lançada por Neymar (aquele que já declarou não ser negro certa vez…) com ajuda de publicitários, frise-se, campanha esta que já estava pronta aguardando momento OPORTUNO.

     

    Quanto ao Luciano Huck, acho que nem é preciso falar nada, só desenhar mesmo.

     

     

  24. Negros eruditos querendo

    Negros eruditos querendo calar negros não eruditos. Negros e brancos são iguais.

  25. Olha, entendi o ponto do

    Olha, entendi o ponto do texto. Mas fato é que o gesto do Daniel Alves desmontou totalmente o racista imbecil, que esperava que o jogador ficasse constrangido ou reagisse com agressividade. 

    Criatividade e inteligência é a melhor maneira de colocar racista em seu lugar, que é o da ignorância e da burrice. O sujeito deve estar até agora sem entender nada

  26. Quando o jogador pegou e

    Quando o jogador pegou e comeu a banana atirada no campo fez um ato com fortíssimo efeito semiótico.

    A banana que foi jogada com a simbologia de ser uma ofensa pela associação banana->macaco->negro, perde completamente esse significado e volta à condição normal de alimento.

    A ação foi genial justamente por desmontar a simbologia pretendida pelo ofensor que vê desmontada sua ferramenta de ofensa (a significação atribuida à fruta).

    Porém essa campanha recoloca a associação e neutraliza o ato do jogador.

    Campanhas contra o racismo são importantes, mas essa campanha está reforçando a simbologia utilizada pela agressão racista. As bananas continuarão a ser atiradas ao campo porque voltam a ser um símbolo desse tipo de agressão.

    A mensagem do jogador (isso é apenas uma fruta) é revertida por essa campanha, o que é justamente o contrário da solidariedade que ela diz representar.

    Sim, somos todos primatas (não macacos), mas essa não é exatamanete a mesma mensagem das campanhas antiracismo já realizadas (somos todos iguais)? Em que isso atingiu os racistas? Eles continuaram atacando e ofendendo justamente para afirmar o contrário.

    Por isso mesmo o ato de desmontar o gesto de agressão neutralizando o símbolo através do qual a gressão foi feita é uma idéia excelente. Esse ato diz: “Você não me atingiu, não conseguiu seu objetivo” e é isso que desestimula o agressor.

    1. O simbolismo da ação é

      O simbolismo da ação é  fascinante, só que já tem um monte de ” rascistinha” 

      de o casião surfando na onda.Os mesmos de sempre.

  27. Neymar precisa do bom-mocismo

    Neymar precisa do bom-mocismo fabricado das agências?

    A carreira de Neymar é admirável. Em sua curta história no esporte profissional, o craque do Barcelona evitou até aqui todos os erros crassos de outros jogadores brasileiros que, como ele, despontaram entre os melhores do mundo. Neymar é dedicado aos treinos, sempre está em forma, fez carreira em um único clube brasileiro e evitou propostas de times pequenos europeus. Assim, tem um físico invejável, respeito do torcedor brasileiro pelo que fez no Santos e está posicionado para ter, no Barcelona, seu potencial amplificado de forma magnífica.

    São sinais de que Neymar entende o mundo em que vive e está pronto para fazer sucesso nele. Todo esse preparo torna razoável supor que o atacante terá pela frente uma carreira longa e frutífera, na qual não parecem grandes as chances de descasos eventuais, como ocorreu com Romário; de contusões sequenciais, como Ronaldo; de falta de habilidade para lidar com a fama, como Rivaldo; ou de falta de estrutura, como Adriano.

    A ânsia do jogador e de seu estafe em prepará-lo para o estrelato, porém, tem ficado esquisita. O mais recente episódio envolvendo Neymar, e certamente não o último, é a hashtag #somostodosmacacos. Talvez não haja causa mais nobre do que o combate ao racismo, e é excelente que Neymar se engaje nela. Ocorre que não foi Neymar o criador da campanha, mas aagência de publicidade Loduccaresponsável pela imagem do jogador desde 2012.

    A ação de marketing, bolada a pedido de Neymar segundo um sócio da empresa, estava aguardando um novo ato de racismo para ser lançada. Ao site da Veja, Guga Ketzer negou que Daniel Alves fosse parte da campanha, mas é razoável supor que conhecia o projeto de seu companheiro de equipe.

    A campanha em si tem problemas. Foi considerada despolitizada e alienante por integrantes do movimento negro, como Negro Belchior, e virou plataforma para Luciano Huck faturar com mais uma tragédia. Tudo isso, entretanto, não tira o mérito de Neymar ter tentado se engajar na luta contra o racismo, uma postura que a sociedade espera de seus ídolos.

    O problema é a forma como tudo se deu. Já sabíamos que quando Neymar coloca a mão na cintura é para fazer propaganda da Lupo, e que quando conversa com a presidente da República pelo Twitter é um diálogo armado. Agora, soubemos até que suas boas ações são maquinadas pelas empresas que cuidam de sua marca e imagem, e que desejam transformá-lo no novo David Beckham.

    É um momento delicado para Neymar. Afinal, é fácil idolatrar o atacante de carne e osso, que cria uminstituto para crianças carentes na região de sua cidade. Mas quem quer idolatrar um atacante de plástico, que funciona como uma empresa ou como um político em campanha e, agora, flerta com o bom-mocismo fabricado?

    Aos poucos, as criações da Loducca, da MediaCom e da Doyen Sports estão desenvolvendo uma máscara (lucrativa) para Neymar. O perigo é a máscara se tornar seu rosto, e sua credibilidade, não como jogador, mas como ídolo, ficar em dúvida. Como escreveu o Bruno Bonsanti na Trivela, por um momento foi legal imaginar que Neymar estava agindo só por companheirismo. Daqui para frente, ficará cada vez mais complicado fazer isso.

    http://esportefino.cartacapital.com.br/neymar-macacos-banana-loducca/

    http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/fundo-ve-em-neymar-potencial-para-ser-novo-beckham-do-setor-de-publicidade

    http://trivela.uol.com.br/neymar-garoto-propaganda/

     

  28. Sobre macacos, bananas,

    Sobre macacos, bananas, Daniel Alves e Neymar: Não somos macacos, porra! – Por: Higor Faria

    No último domingo (27/04), durante o jogo entre Barcelona e Villarreal, jogaram uma banana no campo de futebol. Em uma atitude totalmente irônica, o jogador negro Daniel Alves a comeu.

    Não é de hoje que negros e negras são chamados de macacos e que a banana se tornou, dentro ou fora dos campos, um símbolo desse tipo de agressão racial. Não é de hoje também negros jogadores de futebol são vítimas do racismo dos torcedores, dos patrocinadores, da FIFA e dos árbitros.

    Daniel Alves sofreu uma agressão. Reagiu. Contudo, a atitude do jogador não neutralizou a violência racial a qual ele foi exposto, nem tirou a necessidade de se punir os agressores. O jogador sentiu aquilo que todos os negros e negras passam diariamente no esporte ou fora dele. Ser retirado da sua humanidade e colocado em condição de animal irracional é artifício secular do racismo reproduzido até hoje. A diferença no caso de Daniel é a sua visibilidade e o alcance da sua reação — diga-se de passagem: melhor que muito discurso por aí.

    Todo o apoio a Daniel Alves.

    A atitude de Daniel não faz dele um macaco. Não faz de nenhum negro ou negra macacos. Não faz de ninguém macaco. Neymar parece que não entendeu.

    Num surto heroico anti-racista, Neymar, que até ontem não se identificava como negro, colocou uma foto no instagram dele acompanhado do filho, segurando cada um a sua respectiva banana, dizendo “Tomaaaaa bando de racistas. #Somostodosmacacos e daí?”. Em pouco tempo, famosos acompanharam o desserviço em forma de indignação do rapaz.

    Toda a repulsa à campanha que Neymar emplacou.

    Se Neymar começou a reconhecer e a assumir sua negritude agora, não se sabe. O que se tem é um homem negro com visibilidade dizendo que o discurso racista do opressor está certo e que somos macacos. Todo mundo deveria saber que ninguém é macaco — o problema é que alguns de nós, pretos e pretas, fomos e somos historicamente tratados como animais.

    Neymar tá empurrando para o lixo anos e anos de luta anti-racista. E nem acho que ele esteja ligando muito para a merda que fez. O racismo nos campos de futebol sempre existiu e agora têm ganhado bastante espaço na mídia. Os veículos até então não tinham encontrado um rosto que estampasse a luta contra esse tipo de discriminação sem afetar seus interesses. Neymar percebeu a oportunidade, agarrou como a banana na foto e provavelmente será esse rosto: mais visibilidade para o afroconveniente de ouro.

    famosos

    E a merda não para por aí. Faça a pesquisa nas redes sociais com #Somostodosmacacos e você vai perceber a quantidade de fotos de pessoas brancas com suas respectivas bananas como se estivessem sob a ameaça de sofrer um ataque racista. Não faz sentido! Afinal, nenhuma banana, real ou não, foi jogada na cara delas.

    Neymar não fala pela comunidade negra.

    Eu não sou macaco.

    Nenhum negro ou negra é macaco.

    Ninguém é macaco.

    Higor Faria é preto, publicitário, estuda masculinidade negra e escreve no https://medium.com/@higorfaria

      

  29. Todos somos primatas…

    Vejo que alguns comentaristas tem a idéia equivocada segundo a qual Darwin, na sua Teoria da Evolução, aduziu que nós seres humanos evoluimos dos macacos.

    Não, nada disso. Darwin e a ciência não afirmam que, por exemplo, os  chimpanzés ou gorilas (macaco é um termo genérico) são ancestrais do homem.

    Ao contrário, o que se sustenta é o seguinte: o homem e o chipamzé – que são primatas – tiveram um antepassado em comum, que viveu há aproximadamente 6 milhões de anos em algum lugar da África.

    Dito de outra forma, o homem não evoluiu do macaco. Homem e macaco, cada um a seu modo, evoluiiram do antepassado em comum (somos, digamos, “primos”).

  30. A banana é para pessoas de cor.

    Nunca jogaram banana para um jogador brasileiro da cor branca. Ex: Kaká.

    Então esta campanha não procede, porque pessoa branca não sabe o que é o racismo branco. 

    1. A banana não é só para pessoa de cor.

      Ô fera, já fizeram isso com o Roberto Carlo (que é sim branco). Esses doentes não descriminam exclusivamente negros, eles fazem isso com sul-americanos e africanos.

  31. The Third Cimpanzee

    Pois eu acho que a afirmação de Neymar é correta. No livro The Third Chimpanzee, o biólogo evolucionista Jared Diamond defende que as duas espécies de chipanzés, o chipanzé comum e o chipanzé pigmeu (também conhecido como bonobo) deveriam ser incuídos no gênero Homo, do qual  Homo sapiens é a única espécie na classificação vigente. Compartilhamos 98,5% dos nossos genes com os chipanzés e, como demonstrou Jane Goodall (ver seus livros Trhough a Window e In the Shadow of Man), a maior primatologista da história, nosso comportamento é muito semelhante ao deles. Quanto ao odioso racismo, faz parte da tendência tribal do ser humano de discriminar todos aqueles que não pertencem ao seu grupo. A ciência moderna já deixou de reconhecer raça como uma categoria válida (ver Race? Debunking a Scientific Myth, de Ian Tattersallle Rob DeSalle). Há menos diversidade genética na população humana do que em um bando de chipanzés.

    1. Ainda nao no mesmo gênero, Daniel, mas já na mesma família

      Pelo menos alguns autores dividem os hominídeos em duas sub-famílias, uma incluindo os grandes símios e outra só os gêneros Homo e Austrolopithecus (talvez alguns outros). Estou sem a fonte onde li isso aqui, e nao encontrei numa pesquisa relâmpago pelo Google, mas já li sobre isso. 

      E por falar em austrolopitecos, é bom lembrar que há outros gêneros na família dos hominídeos além do Homo… 

      1. Não me referi à classificação vigente

        Anarquista,

        você não deve ter notado que não me referi às classificaçoes vigentes dos hominídeos, que são matéria de divergências, mas à proposta do Diamond de que sejamos considerados o terceiro chipanzé, ou seja, junto com os cihipanzés normais que vivem ao sul do rio Congo e os bonobos, que vivem ao norte do rio (o Congo separou duas populações que acabaram formando espécie distints), sejamos agrupados em 3 espécies do gênero Homo. Não sou zoólogo, nem mesmo biólogo, mas aprovo a ideia, não por critério científico, mas por simpatia. O relevante no meu comentário é o quanto somos próximos dos chipanzés, que como comentou Jorge Borges, só não falam para que que ninguém os ponha para trabalhar. Não veja esta última sentença como motivo para nova discussão sobre a linguagem, que obviamente é uma aptidão exclusivamente humana. 

  32. @somosunsbananas

     

    A atitude de Dani Alves de comer a banana que alguém atirou como um insulto racista, deu impulso a uma campanha nas redes sociais com a hashtag #somostodosmacacos. Uma febre se espalhou na web, virou campanha de uma agência publicitária com Neymar nos holofotes, uma camiseta com a grife de Luciano Huck e uma grande jogada de marketing.

    Enquanto alguns acham que a campanha desperta em todos a necessidade de combater o racismo, outros acreditam que atitudes como essas incitam as pessoas a continuar incentivando a segregação.

    Somos todos diferentes, isso sim, ninguém é igual a ninguém neste mísero planeta. Todos são diferentes na cor da pele, dos olhos, na forma de pensar e de agir, de ver o mundo, de viver e morrer. Talvez um dia os seres humanos entendam isso, mas enquanto isso não acontece o que pesa na balança é a cor da pele, a conta bancária, a viagem para o exterior nas férias das crianças.

    Infelizmente ainda não nos demos conta de que enquanto as pessoas se divertem jogando bananas nos campos de futebol, estão apenas buscando uma forma de chamar a atenção da mídia, que na falta de assuntos mais importantes, insiste em garantir alguns minutos de fama aos torcedores que querem ver a reação dos jogadores.

    Damos muito ‘Ibope’ para essas pessoas. Ignorar este tipo de atitude é a melhor forma de acabar de uma vez por todas com isso. Toda atitude de bullying, assédio moral, apelidos desagradáveis que as pessoas insistem em usar para criar uma situação de humilhação, quando ignorada tende a criar um vazio e o agressor vai sendo desestimulado. Se a vítima por outro lado se desespera, o agressor vai se sentindo mais forte, sente a adrenalina crescer e continua o ataque.

    Quando usamos a palavra banana no sentido figurado, no masculino, dizemos ‘Fulano é um banana’. Estamos querendo dizer que o sujeito é um molenga, um idiota.

    É isso que somos mesmo! Uns bananas, porque se essas manifestações de racismo ainda nos atingem é porque alguma coisa está errada. Ainda acreditamos que há a supremacia de uma raça sobre a outra.

    Somos uns  molengas, porque este problema se arrasta já por muito tempo nas arenas de futebol. A campanha precisa ser feita dentro do campo, precisa partir dos próprios jogadores, antes do jogo, cartazes e manifestações.

    Com os dias contados para a Copa do Mundo, os jogadores e técnicos podem chamar a atenção da torcida, aproveitar que o mundo todo vai ver e antes do jogo, manifestarem-se para se chutar para longe o racismo no esporte.

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